Hidden escrita por jduarte


Capítulo 54
Disparada


Notas iniciais do capítulo

OIIIII OLHA, EU COLOQUEI ESSAS LETRAS GIGANTES PRA CHAMAR A ATENÇÃO MESMO! Já que tenho sua atenção (eu esper), leia com atenção o que eu escrevo:
1º - Não! A história NÃO vai terminar TÃO CEDO!
2º - Sim, eu tenho preguiça de criar outra história... E é por isso que a Segunda temporada, chamada: STRANGER estará no mesmo lugar que a Primeira. Não reclamem! u-u.
3º - Vou fazer um concurso. - Se vc uiser participar, mande um email para: thehiddentrilogie@hotmail.com
4º - Tudo sobre o concurso vai estar nas notas finais...
mas deixa de enrolar, e bora ler!!!
Beijooos,
Ju!



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- O que? Lógico que não! Somos pessoas normais!

- É que, bem, temos uma política rígida sobre não deixar os mutantes entrarem.

- Porque? – perguntou Lonlye. O cutuquei por debaixo da mesa.

- Eles são contagiosos. – disse o homem anotando o pedido.

   Minha vontade era bater na cara pelancuda e gorda desse homem e gritar: “Não somos contagiosos, seu idiota nojento!”

- Ah. Tá.

   Quando o homem saiu, meu irmão comentou:

- Porque é que ele não fica quieto e anota os pedidos?

   Segurei o riso, e esperei pelas rosquinhas que havia pedido.

   Depois de já postas na mesa, tive que ajudar Lonlye a abrir o suco de laranja e a limpar a boca de Rubens.

- Eu pareço a mãe de vocês. – murmurei.

- O que foi? Só tenho dez anos, e ele cinco. Você tem que nos ajudar! É sua obrigação!

   Ri.

- Eu sei disso. – respondi.

   Quando terminamos, peguei um dos poucos táxis que haviam na cidade, e pedi para nos levar até um hotel barato. Ele fez o que combinamos e paguei pouco, o que foi bom. Quando chegamos na recepção do hotel denominado “Barney’s Hotels”, uma assistente chegou perguntando:

- Três camas?

- Sim.

- Quartos separados?

- Não. – respondi.

- Saí... Cento de vinte cada noite, por pessoa. – disse a mulher.

- Claro. Aceita cartão?

   Quando mostrei o cartão dourado e reluzente, seu rosto se abriu.

- Sim! Serviço de quarto a qualquer hora! – disse ela animadíssima.

- Tá. Tenho que deixar esse cartão? – perguntei.

- Só preciso do número dele para deixar arquivado, e poderá subir. Sem malas?

- Sem malas.

- Ok. Seu quarto é no segundo andar, número 220.

   Assenti pegando de volta meu cartão com a chave, e caminhando com Lonlye e Rubens para o quarto.

   Pegamos o elevador, que por sinal era bem bonito, e entramos em um corredor tão gelado, que gelava a alma.

   Peguei a chave do quarto que estava em minha mão trêmula, e abri o quarto, deixando que meu irmão e Lonlye entrassem primeiro.

   Fechei a porta atrás de mim, e quando fui ver, Lonlye e Rubens já estavam embaixo da coberta. Duas camas eram de solteiro e uma delas era de casal.

- Eu fico com a de casal! – meu irmão dizia se esparramando na cama.

- Não! Eu fico! – Lonlye rebatia deitando por cima dele e forçando o corpo para baixo.

   Afastei os dois, separando a briga com quatro palavras.

- Quem fica sou eu.

   Os dois me olharam chocados, levantaram da cama, e disseram:

- Nada mais justo.

   Viraram cada um para um lado, e dormiram.

   Coloquei a mão no bolso onde Meredith havia deixado seu telefone, e fiquei tentado decidir se ligava ou não para ela. Seria muita sacanagem? Seria bobeira? Será que King e o filho deles iriam estar lá? E minhas roupas?

CONVIDADA

   Quando dei por mim, já havia discado o número, e estava dizendo:

- Oi! Sou eu a garota do ônibus, sabe, adoraria almoçar com você.

- Claro! Só tem um problema, meus dois filhos e a esposa de um deles vêm comer conosco.

- Não tem problema, sua casa, seus filhos, sua escolha. – disse a ela.

   Meredith pareceu suspirar.

- Quando então? – perguntei.

- Hmm... Semana que vêm?

- Pode ser.

- Então está combinado. – Meredith me passou seu endereço, e marcou as três horas da tarde. Iria ser um almo-janta, praticamente.

- Até.

- Até. – e ela desligou.

   A semana passou especialmente lenta. Não fazíamos nada, comíamos o que dava na telha, treinávamos nossos poderes, e, mais de uma vez, consegui grudar um pedaço de gelo seco na parede, deixando um defeito básico na pintura. Mais uma coisa para botar na conta.

   Consegui um emprego, o que já era um bom começo. Era assistente de um teatro velho. Apesar de velho, o pessoal que trabalhava ali era bem gente fina.

- Gosta de trabalhar aqui? – perguntou Leroy, um garoto pouco mais velho do que eu, que vinha me cantando há algum tempo.

- Sim. Acho divertido. E você?

- Gostaria de sair comigo? – perguntou sem responder minha pergunta.

   Fiz cara de cachorro abandonado, e disse:

- Leroy... Sabe que tenho namorado. – sussurrei.

   Era uma mentira, não tinha, mas para fugir dele, sempre inventava as coisas. Um dia ele iria descobrir, e viria tirar satisfações comigo. Leroy era uma boa pessoa, se tornaria um homem muito bom e – cá entre nós – bem bonito, porém era muito jovem e nada sabia da vida.

   E se mentisse que era casada? Será que ele largava do meu pé? Bem provável que não.

- Eu tô amarradão em você, gata. – disse Leroy.

- Isso é legal, mas não sou pra sua lábia. Você é um garanhão para as garotas da sua idade. Tenta com uma delas, Le.

   O menino abaixou a cabeça, jogando seu cabelo cortado milimetricamente para parecer um verdadeiro capacete e disse:

- Valeu. Mas, qualquer coisa, – ele deu uma pausa traumática para jogar o cabelo mais uma vez para o lado, e aproveitou para alisá-lo com as mãos. – me liga. – disse ele fazendo como se fosse um telefone com as mãos.

   Leroy saiu balançando sua cabeleira mais brilhante que a minha, e Odete chegou.

- Esse garoto está bem na sua, não é garota?

   Começamos a rir.

- Ainda não entendo como é que ele consegue ter esse cabelo. – disse depois do ataque de riso.

- Pra mim, ter aquele cabelo é um sonho de consumo. – disse Odete.

   Ela tinha o cabelo estilo Black-power e era extremamente estilosa carregando no mesmo, um pente velho, e tendo também alguns piercings pelo corpo, bem como tatuagens. Seus olhos eram escuros e sua pele bem morena. Ela tinha um namorado, Henry, mas sempre dizia que ele era um traste. Um dia, peguei Odete chorando no banheiro, e por causa de quem? Pois é, Henry.

- Ele não agüenta a rejeição. Vem sempre de novo, para mais uma rodada de rejeição pura, com um pouco de mentira. – disse eu pegando uma garrafa de água que tinha ali, e bebendo do bico.

   Odete olhou para mim com cara de nojo.

- O que é que você fala pro garoto? – perguntou rindo.

   Tampei a garrafa e comecei:

- Sabe o que é Leroy, eu já tenho namorado, e ele é bem mais alto que você, e mais forte, e também, é extremamente ciumento. Se ele te pega, tá ferrado. – disse fingindo cortar o pescoço.

   Odete se dobrava de rir. E quando parou, seu pente havia caído no chão.

- Ei... – ela do nada parou de rir, pegando seu pente, e botando-o no lugar certo.

- Que? Que é que foi? – perguntei.

- Cê acredita em mutantes?

   Engoli seco.

- Você acredita? – rebati.

- É lógico, querida! – disse meio ofendida.

- Na minha cidade começaram a caçar os mutantes.

- É? Na minha, se saísse de casa morria, sendo mutante ou não.

   A conversa tomava um rumo diferente do que eu queria.

- Tão dizendo que o Thomas é um deles. – sussurrou ela.

- É mesmo? – perguntei.

- Sim. E se ele comer nossos cérebros?

- Mutantes não comem cérebros, nem ao menos bebem sangue. É tudo farsa. – disse a ela.

   Odete olhou para mim sem realmente entender.

- E então porque é que ninguém fala sobre a verdade?

- Querem que eles morram. – disse eu.

   Ela colocou a mão na boca com o pavor, e eu levei as mãos na testa quando vi Leroy se aproximando.

- Eae gatinhas? – perguntou ele jogando o cabelo novamente.

   Odete colocou as mãos na cintura e ficou o encarando com a boca chispada e uma das sobrancelhas levantadas com desgosto.

- “Gatinhas” você fala para as suas coleguinhas do pré, garoto. – disse ela.

   Ele jogou o cabelo novamente e de novo.

- Cala a boca, Odete. Tava falando com a Camila. – rebateu ele.

- Ah, porque têm uma pessoa ao lado dela, que eu não tô vendo, né? – Odete repuxou a pele do canto de seu dedo, nem ligando para a cara feia que ele fazia a ela.

   Ela fez uma careta para ele, com a intenção de assustá-lo, mas tudo que aconteceu foi ele dizer:

- Cara feia pra mim é fome.

- Então você deve estar com fome sempre, né? Afinal, achamos uma coisa boa em você: quando for andar com sua bicicleta de rodinhas, não precisa de equipamento pra proteger a cabeça, já está com o capacete, não é mesmo?

   Leroy fez cara feia, parecendo xingá-la em pensamento, mas como é proibido falar qualquer tipo de palavrão no teatro, tenho certeza que só ficará no pensamento mesmo.

   Ri até faltar ar, e até meus olhos lacrimejarem. Odete continuava com cara feia, olhando para Leroy que não se movia. Quando parei de rir, apoiei-me nos ombros dele, e perguntei tentando ficar séria:

- O que quer, Leroy?

   Ele apontou para o nariz de Odete dizendo como uma criança birrenta.

- Ela de bico calado, e você aceitar sair comigo. – disse ele.

   Revirei os olhos como Odete.

- Se eu fizer isso, pára de me encher o saco? – perguntei.

   Ele assentiu.

- Tá. Hoje à noite, sete horas. Se atrasar, vou fazer picadinho de você! – disse eu.

- Legal! – Leroy praticamente gritou.

   O empurrei para sair do lugar que estávamos, e quando foi embora, jogou a droga de lindo cabelo que ele tem, mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Ah, então... Sobre o concurso. É o seguinte, vocês me mandam vários personagens (ORIGINAIS! PELOAMORDEDEUS! Se alguém falar que quer o Naruto na história, eu dou um tiro! Nada contra, mas como eu disse: ORIGINAIS!) que gostariam de ver na 2ªparte da história, e a que for mais original, ganha!
Terão 3 partes:
1ª- Seleção de histórias;
2ª- Finalistas;
3ª-Estilo. Detalhes de corpo, rosto, personalidade, e 3D. Pegue alguma foto de algum ator, ou qualquer merda, que vc acha que se parece com seu personagem, e me mande.
MAS LEMBRE-SE: ESSE CONCURSO SÓ VAI ACONTECER SE VÁRIAS PESSOAS TOPAREM!
Para se inscrever, mande uma msg nos reviews : "Eu quero participar, e pronto!" As inscrições vão até Março!
Beijooos,
Ju!