Hidden escrita por jduarte


Capítulo 5
Assustada


Notas iniciais do capítulo

continua... Desculpem-me pelo atraso! Booooom, sexta-feira: *Assista a primeira temporada de The Vampire Diares;
*Coma pipoca com limão e manteiga;
*Ouça a música: Got My Girls - Demi Lovato (muuuuuito mara!);
*Irritem sua vizinha,
*Ache o seu próximo namorado ;]
Beijooos meladoos,
JuliaDuarte/Ju



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  Havia algumas luzes passando por meus olhos, e pessoas estavam em cima de mim. Parecia que eu estava olhando tudo com os olhos fechados, e por mais que quisesse, não conseguia abri-los.

- Ela vai ficar bem? – perguntou um homem, grosso. – Não posso perder mais um deles.

   A voz parecia estar longe e tão perto ao mesmo tempo.

- Ela só não morreu por causa de sua cicatrização rápida. Caso contrário, não estaríamos aqui, e sim no necrotério. – respondeu uma voz suave e rouca pela idade. – Aconselho que o senhor fique longe dela quando Camila acordar.

- Por quê?

- Porque ela é única. Diferente de todos os outros. Tem uma força inimaginável e pode dilacerar um ser humano em segundos. – sussurrou a voz rouca.

   Eu nunca machucaria alguém! Isso é um absurdo!

- Hoje iremos transferi-los para o castelo.

- Uhum. Daqui algumas horas ela acordará, então sugiro que você coloque as algemas e o colar de choque e o número de série.

O homem bufou baixo e senti uma pressão em meus braços e em meu pescoço. Abri os olhos vendo bolhas brancas vindo em minha direção.

- Para trás. – ordenou o médico, ou o homem armado, não pude distinguir.

- Onde está meu irmão? – perguntei com dificuldade.

- Ele está bem. – assegurou-me puxando meus braços para eu sentar na maca.

   O homem vestia um jaleco e tinha quinze balas sangrentas nas mãos. Olhei feio para o baixinho que deu de ombros e descarregou a “bazuca”.

- Você! – gritei apontando para o que carregava a arma. Percebi que meus punhos estavam presos em um tipo caixa, e minhas mãos ficavam de fora. – Posso saber porque atirou em mim? – perguntei grossa.

   Ele carregou a arma novamente e apontou para mim.

- Mais respeito comigo, animal!

- O respeito tem que ser mútuo. Você me respeita, eu te respeito...

   Não pude terminar de falar, pois ele me interrompeu.

- Ei, você é só mais um monstro que irá apodrecer naquele castelo imundo. E eu vou ficar aqui...

- Apodrecendo nesse emprego miserável. – rebati e senti-o mudar de pálido a vermelho-raiva em poucos segundo. – sem querer ser grossa, mas porque tanto ódio?

- Não é da sua conta. – gritou saindo da sala.

   Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que o médico “barra” cientista bateu uma mão na outra e colocou o que parecia ser um rastreador, em meu tornozelo.

- Não ligue para Gordon, ele é rabugento assim, pois um transformador matou sua mãe. Ele vive aqui. A sua família está aqui.

   Senti pena do homem por alguns segundos, mas depois me lembrei da dor das balas perfurando minha pele, e a dó se foi.

- Hmm... Vocês estavam conversando sobre um castelo. Sobre sermos transferidos...

- Vocês não podem ficar nos Estados Unidos. A não ser para proteger os humanos. – respondeu ele pegando um livro grosso. – Porque estavam se escondendo?

   Revirei os olhos.

- Sério? Para evitar isso, é óbvio!

   Ele suspirou.

- E se eu te contar um segredo?

- Hmm... O que? – perguntei entretida.

- Eu sou um mutante também, mas por causa de minha inteligência avançada, deixaram que eu cuidasse dos mutantes que fogem.

   Fiquei boba e depois brava.

- Mentiroso!

- Ok, não acredita em mim, não é?

- Não, não acredito.

   Ele mordeu a ponta do bigode grosso e preto.

- Escolha um livro da prateleira.

- O que isso vai fazer você provar que é um mutante? – perguntei tentando coçar minha cabeça, mas estava inacessível no momento.

- Só escolha. – pediu.

   Eu apontei para um azul com capa de veludo e folhas emaranhadas e amarelas.

- Aquele.

   Ele esticou a mão e o livro veio flutuando e tocou seus dedos.

- Hmm... Só isso?

- Eu não sou poderoso como você. – rebateu frustrado. – Meu pai era humano e minha mãe tinha o poder da telecinese.

- Uau! – menti. Odiava ver os outros tristes.

- Posso lhe pedir um favor? – perguntou.

- Claro.

- Camila, a senhorita poderia abrir as asas? – perguntou formalmente.

- Ok. – sussurrei. Senti as penas rasgando o tecido da roupa que eu vestia, e percebi que me senti livre. Suas pontas chegaram a tocar de canto a canto a sala grande.

   O cientista estava paralisado e olhava para elas como se fossem a coisa mais bonita do mundo. Ele exclamou algo baixo e tocou minhas penas. Elas eram arredondadas, quase como de anjos, e eram tingidas com preto, marrom, cinza e braço em certas partes. Elas se encolheram por vontade própria e se esticaram mais ainda.

- Ela é linda!

- O que diabos... – gritou um homem jovial apontando o dedo para mim.

- Experimentos, Joshua.

- Ah. O chefe não vai gostar nada, nada disso. – sussurrou ele fechando as cortinas e a porta. O tal de Joshua caminhou até mim e perguntou: - Que bicho você é?

- Da raça mais distinta de alados. Os magnolos. – respondeu o cientista por mim.

- Uhum. Seu irmão está na ala das crianças. Ele disse que se você não fosse para lá agora, iria explodir o prédio todo. – bufou Joshua.

   Dei um salto e coloquei as asas de volta nas costas.

- Onde fica isso? – perguntei gritando e apertando o colarinho do cientista que tremia.

- Segundo corredor, direita, esquerda, escadas do fundo! – respondeu sem ar.

- Obrigada...

- King. Barnabé King – terminou o cientista.

   Saí correndo pelo caminho que Barnabé me indicou e percebi que as luzes piscavam um pouco. Estava perto dali e precisava agir rápido. Rubens deveria estar assustado ou bravo.

   Abri a única porta que havia ali e entrei. Crianças-mutantes brincavam, caiam, gritava, atiravam umas as outras na parede, e no meio daquilo tudo, vi Rubens tremendo. Caminhei até ele e puxei seu braço ele pulou e seu susto fez com que ele explodisse uma fileira de lâmpadas caras. Ficou silêncio e todos olharam para ele por um segundo, e começaram a rir logo após.

- Vamos embora logo, Mila! – sussurrou ele puxando minha mão bruscamente.


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Notas finais do capítulo

continuaa?