Hidden escrita por jduarte
Notas iniciais do capítulo
continua... Desculpem-me pelo atraso! Booooom, sexta-feira: *Assista a primeira temporada de The Vampire Diares;
*Coma pipoca com limão e manteiga;
*Ouça a música: Got My Girls - Demi Lovato (muuuuuito mara!);
*Irritem sua vizinha,
*Ache o seu próximo namorado ;]
Beijooos meladoos,
JuliaDuarte/Ju
Havia algumas luzes passando por meus olhos, e pessoas estavam em cima de mim. Parecia que eu estava olhando tudo com os olhos fechados, e por mais que quisesse, não conseguia abri-los.
- Ela vai ficar bem? – perguntou um homem, grosso. – Não posso perder mais um deles.
A voz parecia estar longe e tão perto ao mesmo tempo.
- Ela só não morreu por causa de sua cicatrização rápida. Caso contrário, não estaríamos aqui, e sim no necrotério. – respondeu uma voz suave e rouca pela idade. – Aconselho que o senhor fique longe dela quando Camila acordar.
- Por quê?
- Porque ela é única. Diferente de todos os outros. Tem uma força inimaginável e pode dilacerar um ser humano em segundos. – sussurrou a voz rouca.
Eu nunca machucaria alguém! Isso é um absurdo!
- Hoje iremos transferi-los para o castelo.
- Uhum. Daqui algumas horas ela acordará, então sugiro que você coloque as algemas e o colar de choque e o número de série.
O homem bufou baixo e senti uma pressão em meus braços e em meu pescoço. Abri os olhos vendo bolhas brancas vindo em minha direção.
- Para trás. – ordenou o médico, ou o homem armado, não pude distinguir.
- Onde está meu irmão? – perguntei com dificuldade.
- Ele está bem. – assegurou-me puxando meus braços para eu sentar na maca.
O homem vestia um jaleco e tinha quinze balas sangrentas nas mãos. Olhei feio para o baixinho que deu de ombros e descarregou a “bazuca”.
- Você! – gritei apontando para o que carregava a arma. Percebi que meus punhos estavam presos em um tipo caixa, e minhas mãos ficavam de fora. – Posso saber porque atirou em mim? – perguntei grossa.
Ele carregou a arma novamente e apontou para mim.
- Mais respeito comigo, animal!
- O respeito tem que ser mútuo. Você me respeita, eu te respeito...
Não pude terminar de falar, pois ele me interrompeu.
- Ei, você é só mais um monstro que irá apodrecer naquele castelo imundo. E eu vou ficar aqui...
- Apodrecendo nesse emprego miserável. – rebati e senti-o mudar de pálido a vermelho-raiva em poucos segundo. – sem querer ser grossa, mas porque tanto ódio?
- Não é da sua conta. – gritou saindo da sala.
Ficamos em silêncio por alguns minutos, até que o médico “barra” cientista bateu uma mão na outra e colocou o que parecia ser um rastreador, em meu tornozelo.
- Não ligue para Gordon, ele é rabugento assim, pois um transformador matou sua mãe. Ele vive aqui. A sua família está aqui.
Senti pena do homem por alguns segundos, mas depois me lembrei da dor das balas perfurando minha pele, e a dó se foi.
- Hmm... Vocês estavam conversando sobre um castelo. Sobre sermos transferidos...
- Vocês não podem ficar nos Estados Unidos. A não ser para proteger os humanos. – respondeu ele pegando um livro grosso. – Porque estavam se escondendo?
Revirei os olhos.
- Sério? Para evitar isso, é óbvio!
Ele suspirou.
- E se eu te contar um segredo?
- Hmm... O que? – perguntei entretida.
- Eu sou um mutante também, mas por causa de minha inteligência avançada, deixaram que eu cuidasse dos mutantes que fogem.
Fiquei boba e depois brava.
- Mentiroso!
- Ok, não acredita em mim, não é?
- Não, não acredito.
Ele mordeu a ponta do bigode grosso e preto.
- Escolha um livro da prateleira.
- O que isso vai fazer você provar que é um mutante? – perguntei tentando coçar minha cabeça, mas estava inacessível no momento.
- Só escolha. – pediu.
Eu apontei para um azul com capa de veludo e folhas emaranhadas e amarelas.
- Aquele.
Ele esticou a mão e o livro veio flutuando e tocou seus dedos.
- Hmm... Só isso?
- Eu não sou poderoso como você. – rebateu frustrado. – Meu pai era humano e minha mãe tinha o poder da telecinese.
- Uau! – menti. Odiava ver os outros tristes.
- Posso lhe pedir um favor? – perguntou.
- Claro.
- Camila, a senhorita poderia abrir as asas? – perguntou formalmente.
- Ok. – sussurrei. Senti as penas rasgando o tecido da roupa que eu vestia, e percebi que me senti livre. Suas pontas chegaram a tocar de canto a canto a sala grande.
O cientista estava paralisado e olhava para elas como se fossem a coisa mais bonita do mundo. Ele exclamou algo baixo e tocou minhas penas. Elas eram arredondadas, quase como de anjos, e eram tingidas com preto, marrom, cinza e braço em certas partes. Elas se encolheram por vontade própria e se esticaram mais ainda.
- Ela é linda!
- O que diabos... – gritou um homem jovial apontando o dedo para mim.
- Experimentos, Joshua.
- Ah. O chefe não vai gostar nada, nada disso. – sussurrou ele fechando as cortinas e a porta. O tal de Joshua caminhou até mim e perguntou: - Que bicho você é?
- Da raça mais distinta de alados. Os magnolos. – respondeu o cientista por mim.
- Uhum. Seu irmão está na ala das crianças. Ele disse que se você não fosse para lá agora, iria explodir o prédio todo. – bufou Joshua.
Dei um salto e coloquei as asas de volta nas costas.
- Onde fica isso? – perguntei gritando e apertando o colarinho do cientista que tremia.
- Segundo corredor, direita, esquerda, escadas do fundo! – respondeu sem ar.
- Obrigada...
- King. Barnabé King – terminou o cientista.
Saí correndo pelo caminho que Barnabé me indicou e percebi que as luzes piscavam um pouco. Estava perto dali e precisava agir rápido. Rubens deveria estar assustado ou bravo.
Abri a única porta que havia ali e entrei. Crianças-mutantes brincavam, caiam, gritava, atiravam umas as outras na parede, e no meio daquilo tudo, vi Rubens tremendo. Caminhei até ele e puxei seu braço ele pulou e seu susto fez com que ele explodisse uma fileira de lâmpadas caras. Ficou silêncio e todos olharam para ele por um segundo, e começaram a rir logo após.
- Vamos embora logo, Mila! – sussurrou ele puxando minha mão bruscamente.
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continuaa?