Hidden escrita por jduarte


Capítulo 3
Caçada


Notas iniciais do capítulo

desculpa pelo atraso básico! Não me abandonem :)!
Bom, queria dizer que essa fic é única e só minha. Quem plageia, não tem criatividade! Denuncie!
Beijooos,
JuliaDuarte/Ju



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   Acordar todos os dias, e perceber que se está no meio de uma “guerra”, é doloroso. Estamos em um tempo de ruínas. Mutantes e humanos combatem entre si. O que antes era paz, agora é o inferno. Tudo não passa de guerra e mortes. O sangue de minha espécie escorre pelas paredes. Fomos marcados e caçados como bichos que fugiram do zoológico.

   Abri os olhos e encarei o teto que despedaçava. Teríamos de nos mudar mais cedo do que esperado. Iríamos para um refúgio, e esconderíamos nossa identidade do mundo. Isso era necessário. Ainda lembro-me das palavras de minha mãe antes de sair pelo mundo inseguro: O mundo não é mais o mesmo. Tudo o que você e seu irmão fizerem estará sendo vigiado. Caso eles te peguem, esconda sua identidade, e proteja seu irmão acima de tudo!

   Meus pais foram para o refúgio como ilegais, e por isso, corriam o risco de serem mortos. Ficamos aqui nos Estados Unidos, onde tem a maior concentração de humanos e menos mutantes. E pensar que eles podem estar mortos agora, faz meu coração se apertar.

   Respirei fundo e abri a porta do esconderijo. Isso era ridículo. Ficar me escondendo como um ratinho com medo. Corri pelo corredor e escondi-me na fresta da parede. Passos ecoaram pelos ares, e eu prendi a respiração contando os segundos.

- Camila? – perguntou meu irmãozinho. Ele era o único da família que não tinha medo de andar pelas ruas livremente, pela casa vazia ou brincar na casa de outros garotos.

- Aqui. – sussurrei saindo do esconderijo. – O que foi?

- Têm uns homens lá fora, e eles estão carregando armas. – disse ele agarrando o ursinho de pelúcia. – Eles estão tentando não fazer barulho, e estão subindo. – avisou.

   Corri pelo corredor e fiquei espionando pelo alto da escada de mármore branco.

- Têm que ter mutantes aqui! – esbravejou um homem magro e baixo cutucando o sofá empoeirado com a ponta da arma.

- Eles têm o cheiro adocicado, amargo, dependendo de qual tipo. – disse outro homem, vestido com um jaleco branco acinzentado, carregando a maior arma, mas deixando-a relaxada ao lado do corpo. Ele parecia não querer machucar ninguém.

   Qual tipo? Viramos o que? Bichos?

- Aham. Tanto faz. Já vasculhamos aqui embaixo, agora vamos lá para cima! – disse o homem baixo.

   Eu prensei o rosto na parede respirando com dificuldade, e abri a passagem secreta. A atravessei em poucos segundos e peguei meu irmão. Ficamos dentro da parede grossa e empoeirada, respirando o puro pó.


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Notas finais do capítulo

continua?