Hidden escrita por jduarte


Capítulo 17
Enojada


Notas iniciais do capítulo

mais um !!!!!!!!
Beijoooos,
Ju!
ps: me amem por eu postar rápidão! HAHAHA ;]



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   O “café-da-manhã”, foi bem estranho, devo admitir. Ao invés de ficar de pé e praticamente perfurar nossas cabeças com o cano da arma, Bernardo pegou a mesma comida que nós, sentou-se a mesma mesa que nós, e não fez menção alguma ao gosto horrível da comida.

   Já eu? Bem, eu peguei a comida com nojo, sentei a mesa com nojo, e não consegui terminar de comer. Meu irmão? Esse come até pedra! Comeu tudo, e ainda pediu mais! Que nojo! Só de olhar para aqueles dois mamutes, - quero dizer, um mamute e meio (meu irmão bate na cintura de Bernardo) – comendo aquela gosma, fez meu estômago se revirar fortemente na barriga, e chicotear minhas costelas em protesto.

- Eu estou passando mal! – avisei.

   Os dois me olharam.

- Então coma algo, oras! – disse Bernardo empurrando um prato intocado da especialidade da casa: “gosma cinza e com gosto ruim”.

- Isso? – perguntei cética.

- É. – respondeu Rubens com aquele jeitinho infantil que eu adorava. Não esbocei expressão alguma.

- O que foi? – perguntou Bernardo.

- O que foi? – repeti sem acreditar. Eu não acreditava que ele esperava que eu botasse isso em minha boca! – Eu não vou colocar isso em minha boca! É nojento! – exclamei franzindo o nariz com a aparência daquele lixo!

   Rubens riu.

- É só você fingir que é... que é... – ele não conseguiu terminar a frase, pois não achou nenhuma palavra que se encaixasse.

- Um peru? – perguntou Bernardo terminando a frase para meu irmão.

   O rosto de Rubens se iluminou como nunca, e eu sorri.

- Ok. Eu como... essa coisa nojenta!

   Os dois começaram a sussurrar “Come, come, come”, e botaram pressão para meu lado.

   Peguei um pouco daquilo com uma cara irresistível de nojo, e coloquei na boca sentindo o gosto azedo, amargo – tudo ao mesmo tempo -, descer garganta abaixo, e cair pesado em meu estômago.

   Coloquei a língua para fora com desgosto, e eles riram.

- Pensou no peru? – perguntou Rubens não conseguindo conter a risada.

- Se o peru estiver estragado, mofado e tudo de ruim, então sim. Pensei!

   Eles riram da minha cara de nojo a cada garfada, e Bernardo limpou as lágrimas que se acumulavam embaixo dos olhos de tanto rir, anunciando:

- Vamos? Ainda temos muita coisa pra fazer antes de almoçar.

   O olhei sem entender.

- Espera um pouco... onde vamos?

- É. Onde vamos? – perguntou Rubens como um gravador de voz.

- Treinar.

- Pra quê exatamente?

- É uma maneira de vocês aprenderem a controlar os poderes. Só isso. – disse Bernardo claramente incomodado pelo interrogatório. – Vamos?

   Levantei sem nem me importar em dar mais uma garfada na meleca que ousavam chamar de comida esparramada em meu prato, e sai atrás de Rubens e Bernardo.

   Rubens era levado – acredite se quiser – de cavalinho nas costas de Bernardo, e se divertia fazendo piadas das minhas caras e bocas por causa da “comida”.

- Mas... – meu irmão explodiu em gargalhadas novamente – você viu a cara dela? Muito engraçada! – e mais uma rodada de gargalhadas gostosas.

   Ouvir a risada rouca de Bernardo ecoando pelo corredor que não sabíamos onde iria dar, fez com que eu me sentisse... eu não sei... estranha! De um modo bom, sabe? Não? Nem eu. Só consigo sentir!

   Chegamos em um galpão – bem, parecia com um galpão, então não tenho absoluta certeza de que era isso -, e ele era apinhado de esteiras de ginásticas, bicicletas ergométricas, pesos do tamanho de Fuscas e várias escaladas.

   Arregalei os olhos e Bernardo abriu os braços dizendo

- Bem vindos ao paraíso daqui. A única coisa boa por aqui. Aproveitem. – dizendo isso, ele baixou meu irmão que foi correndo brincar com o resto das crianças que estavam lá.

- Já parou para pensar como é horrível ficar aqui? – disse a Bernardo que continuava parado, mas parecia meio... infeliz consigo mesmo.

- Já. Mas... não tem como sair. Acredite em mim, eu já tentei. Só dá para sair, se tiver algo tipo asas, ou ter o poder de flutuar. – disse ele sonhador. – mas mesmo assim, eles acabam te pegando do mesmo jeito. Não tem como fugir.

   Com um clique, uma idéia veio em minha cabeça.

- Gostaria de ter asas?

- Sim.

- Uhum. Gostaria de ver uma? – perguntei com os olhos brilhando.

    Seu rosto se iluminou.

- Se for falar que conhece alguém que tem asas, não vou acreditar.

- Tá. Eu não conheço alguém com asas. É muito melhor! – eu disse.

- Então diz quem é! – exigiu praticamente quicando de felicidade.

- Segredo!

- Camila!

- Ok! Calma! – eu disse rindo e sendo acompanhada por Bernardo que não se continha. – Eu te conto, quando todos tiverem saído.

- Sério? Vai manter esse suspense todo, até todos saírem? – perguntou.

- Oh, yeah, Baby! – eu disse rindo logo após.


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Notas finais do capítulo

de novo um cap pequeno. Foi mal! Prometo que o próximo será maior! Beijooos,
Ju!