Hidden escrita por jduarte


Capítulo 10
Temida


Notas iniciais do capítulo

geeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeenteeeeem desculpe-me pelo atraso do capítulo, mas é que... Bem, não tem desculpas, mas enfim, tanto faz ¬¬'
Bora ler cambada,
Beijooos,
Ju



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   Alguns minutos depois, chegamos a um jardim com uma grama verde e ressecada, os portões de ferro preto e grosso até uns oito metros acima de nossas cabeças, ele tinha flechas pontudas miradas para todos os lados, e um caminho de cascalhos, dava direto a um...

- Castelo? – perguntei.

   Meu irmão fez um barulho parecido com um gemido e um começo de choro. O olhei. Ele estava com os olhos comprimidos, a boca em um biquinho e o queixo enrugado.

- Rubens... – sussurrei correndo para seu lado.

- Ei! – gritou um homem alto e com aparência caliente, indo para o meu lado e enterrando as mãos em meu cabelo. – Esquisitinha, eu te disse pra sair do lado de Bernardo?

   Grunhi de dor e vi Bernardo arregalar os olhos.

- Você não manda em mim. – sussurrei tentando sair de perto dele sem sucesso.

   O homem puxou a raiz de meus cabelos e eu gritei. Já sentia as lágrimas beirando meus olhos. Num ato desesperado e sem pensar, lhe chutei na perna e dei uma cotovelada em seu rosto. O homem caiu para trás com o rosto manchado de sangue, e eu corri para o lado de meu irmão quando ele pegou a arma e a carregou.

   Ele apontou-a para mim e eu fiquei na frente de Rubens.

- Volte para lá! – berrou apontando para o lado de Bernardo.

- Abaixe a arma. – murmurei com uma coragem que não sabia que tinha.

- Vá para lá! – gritou ele novamente.

- Abaixe a arma, primeiro! – disse eu mais alto.

   Bernardo deu alguns passos para frente e encostou com a ponta dos dedos no cano da arma.

- Abaixa cara. Só vai arrumar mais confusão. – disse ele, e por mais que fosse impossível, o homem abaixou.

   Dei uma olhada em volta e minha expressão se transformou em choque. Alguns mutantes estavam inclinados na direção do homem que apontara a arma para mim, e o fuzilavam com os olhos vermelhos de raiva. Assenti para que todos parassem, e como se nada houvesse acontecido, voltamos a encarar o portão de ferro.

   O castelo era pedregoso e sombrio. Havia musgo nas juntas das pedras, e gárgulas, que pareciam lhe acompanhar com o olhar, em cada janela. Estas – janelas – estavam soldadas à barras grossas que pareciam ser de ferro. Suas torres altas e grossas davam a impressão que estávamos no mundo imaginário de J.K. Rowling. Era tudo muito escuro naquela parte. Quase parecia que o mal rondava por ali, mas eu sentia-me, de certa forma, protegida.

   Rubens havia agarrado minhas mãos doloridas pelas algemas, e estava olhando tudo com certa admiração.

- Não se anime tanto, meu amor. Vou arrumar um jeito de nos tirar daqui. – sussurrei para ele abaixando-me até chegar à altura de seus ouvidos, ou seja, muito para abaixar.

- Promete?

- Pela luz do dia! – prometi cruzando com dificuldade os nós dos dedos que já estavam brancos.

   Ele riu um pouco, de nervoso, e voltou a fitar a grande escultura de pedra que havia à nossa frente. Antes de chegarmos à entrada do... castelo, tínhamos que passar por uma ponte que, na minha opinião, não parecia nada segura.

- Eu não vou passar por ai! – esbravejou meu irmão subindo em minhas costas e puxando-me para o chão.

- Calma! – gritei para ele invertendo as posições e colocando as mãos em seu rosto. Suas veias da testa começavam a aparecer, as folhas das árvores formarem um redemoinho à nossa volta, a ponte balançar e a terra começar a tremer. Algumas armas começaram a fazer uns barulhos de metal retorcido, e os guardas as largaram no chão.

- Pare! Rubens pare agora! Se acalme pelo amor de Deus! – gritei deixando as lágrimas rolarem por meu rosto, e ele fechar os olhos inspirando e respirando fundo, numa tentativa chula de se acalmar.

   Tudo se acalmou tão rápido quanto começou e ele sussurrou um: “Desculpe” muito baixo.

   Depois disso, levantamos meio desajeitados e Bernardo arregalou os olhos.

- Sinto muito mesmo por isso. Não era o que planejávamos. – eu disse travando a mandíbula e tentando não olhar para os outros.

   Ninguém falava nada, então de repente, um dos especiais se revoltou:

- Vocês nos tratam como animais, não falam para onde exatamente estamos indo, e ainda pensam que têm algum poder sobre nós? – gritou ele.

   Seus olhos eram de um azul profundo, o cabelo era mais comprido do que o meu, loiro quase branco e com rastafári crespo, mas descolado, o corpo alto e atlético, o rosto anguloso e parecia mágico.

- Fica quieto ai, ô Bob Marley ao avesso! – exigiu um dos guardas atirando para o céu na tentativa de ser “O” tal, mas ruborizando ao ver que sua arma atirou um monte de pó que atingiu seu uniforme engomado.

   Ninguém riu. Não sei por que, mas esse parecia ser o lema: A cada risada, uma bala! ou talvez: Para cada risada, uma coronhada! Divertido, não? É, eu sei que não.

- Vamos? – perguntou um outro guarda se abaixando até ficar na altura de meu irmão. Suas feições não chegavam nem aos pés de Bernardo. Ele podia parecer legal, mas em um jeito para proteger meu irmão, puxei seus ombros para trás e fiz com que ele ficasse meio escondido do homem. – Eu não vou o machucar.

   Não me importava se ele dissesse que não iria machucar meu irmão. Na verdade, ele poderia dizer isso o dia inteiro que eu NÃO ia deixar ele se aproximar de Rubens.

   O guarda se levantou suspirando, e sussurrou:

- O prazer de lhe conhecer é todo meu. Meu nome é Adam Jordin.


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Notas finais do capítulo

genteeeeeeeeeeeeeeeeeee, desculpem-me, mas é que o capítulo ficou pequeno mesmo!
Desculpa de novo.
Beijooos,
Ju