Point Of View escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 15
Capítulo 14 - Untitled.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Que saudade de vocês! Aqui é a Carol, seus lindos! :) Então, hoje a fic faz 1 ano, 365 dias! AI QUE EMOÇÃO! :)



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Minutos depois que Thalia desligou o telefone, o grupo de adolescentes avistou um pé de amora totalmente carregado das pequenas frutas. A única garota começou a rir baixinho enquanto escalava o tronco e pegava algumas.

- Tudo bem, espertinha. Aonde vai colocar as amoras mesmo? – indagou Nico, enquanto tentava segurar Grover para o outro não ir ao chão. Thalia bufou e olhou ao redor, procurando por alguma sacola plástica ou algo do gênero.

- Aqui, coloca na minha camisa. – Luke decidiu, retirando a peça de roupa. Thalia de repente imaginou-se fazendo testes, testes cardiológicos. Sinceramente, seu pobre coração não iria agüentar tantas surpresas de uma vez só.

Thalia agradeceu baixinho e estendeu o braço para pegar sua sacola improvisada. O plano teria dado certo se, de tão bêbado, Luke não tivesse tropeçado. E a garota, que segurava a camiseta, acabou se esborrachando no chão. Ironia do destino. Nico sinceramente não sabia se ria ou se chorava com tal cena. Grover vomitava em um canto qualquer, Luke olhava para os lados, se perguntando o que acontecera e Thalia encarava-o com raiva.

- Ei, Thalia! Posso ver sua calcinha! – gritou Grover, apontando para ela e rindo. A garota imediatamente lhe mostrou o dedo médio, deu uma risada de descrença e levantou-se, dando logo depois um tapa na nuca do garoto. – Calma, eu estava só brincando. Deve estar na TPM...

Thalia achou melhor não se estressar com o tal comentário, afinal não seria um tapa que ela daria em Grover se reagisse. Provavelmente, ele pararia no hospital, o que seria horrível, pois ela levaria mais uma bronca da mãe por ser presa. Suspirando, pegou a camisa de Luke e colocou algumas amoras dentro, gritando aos outros para andarem logo. Já se passavam da meia-noite. É, a madrugada ainda seria muito longa.

---*-*---

Depois que Charles teve certeza de que Silena se recuperara, quebrou o silêncio com um convite animado.

- Então, que tal sairmos?

- Para onde? – perguntou a garota, sonolenta.

- Não sei, dar uma volta, talvez. Espairecer a cabeça, comer alguma coisa... O que acha?

Silena ronronou no peito do garoto. O sono já havia a abatido e o que ela mais queria era dormir ali, aconchegada em sua cama e só acordar no dia seguinte. Porém, Charles a ajudara tanto e fora tão gentil durante seu momento de fraqueza que dizer “não” seria a maior grosseria de todas. Portanto, deu-lhe um beijo na bochecha e levantou-se para trocar de roupa.

- Ok, vamos lá! – disse, animada. Ou, pelo menos, fingindo estar. Sentiu braços quentes ao seu redor e virou-se, olhando no fundo dos olhos do outro.

- Você fica tão bonitinha quando quer dormir. – um sorriso enorme brotou nos lábios de Silena. Elogiar era uma coisa, mas dizer que ela ficava bonita quando estava grogue, levava as coisas para outro nível. Nível esse que a deixava encantada.

- E você é um fofo que deve correr para trocar de roupa.

Rindo, ele abriu a porta do quarto e saiu, fechando-a novamente. A garota suspirou enquanto vestia uma roupa qualquer que achara no armário. Realmente não importava o que vestir, se ela estivesse com Charles. Na verdade, quase nada importava quando estava com ele. E isso a preocupava. E muito.

- Pronta? – o garoto colocou a cabeça para dentro do quarto, mantendo o resto do corpo do lado de fora. Sorrindo, Silena assentiu e correu ao seu encontro. E, juntos, saíram de casa loucos por um pouco de paz e sossego.

---*-*---

Annabeth ouviu a campainha tocar e correu para atender a porta, pensando ser Percy. Infelizmente, não era o namorado e sim a amiga e mais três meninos. Franzindo o cenho, deixou-os entrar, pegando uma camisa cheia de amoras. Colocou um belo sorriso no rosto e seguiu o grupo para dentro de casa.

- Nossa, assaltaram alguma loja de bebidas ou algo assim? – comentou a garota. Antes mesmo que alguém respondesse, correu para o banheiro e colocou pra fora tudo o que comera naquele dia. Pelo menos, era o que parecia.

- Não... Mas foi quase isso. Ah, e obrigada por nos deixar passar a noite aqui.

Annie deu de ombros apesar de não se lembrar de fazer tal declaração.

- Claro, fiquem a vontade.

Então, enquanto lavava a boca, a garota escutou o toque de seu celular. O toque que ela colocara especialmente para o celular de Percy. Correndo pelo apartamento, pegou o objeto assim que o achou e atendeu a chamada.

- Percy? É você?

- Annie...

- Sim? Onde você está, pelo amor de Deus? Fiquei te esper...

- Aconteceu um acidente.

Os olhos da garota se arregalaram. Instintivamente, colocou a mão em sua barriga e a acariciou. Annabeth não sabia o porquê de tal ato, simplesmente o fez enquanto tinha uma imagem horrível em sua mente. Uma imagem que envolvia Percy e sangue.

- Você... Você está bem? O que foi? Você está machucado? Quer que eu vá para algum hospital ou algo assim? – as mãos de Annie tremiam como se ela estivesse em um local totalmente congelado, algo como o Inferno às avessas.

- Não sei se “bem” seria a melhor colocação, mas, é, algo assim. Escute... Preciso que ligue para alguém.

- Quem?

- Para a mãe de Silena. O carro era de Charles.

E foi então que o telefone caiu da mão de Annabeth, indo de encontro ao chão em um estrondo, as lágrimas caindo ininterruptamente.

---*-*---

Thalia estava ajudando Grover a ficar deitado no sofá sem se esborrachar no chão quando outra coisa o fez em algum outro canto do apartamento. A garota franziu o cenho e chamou por Annabeth, imaginando que algum acidente acontecera. Arregalou os olhos quando encontrou a amiga sentada no chão do corredor.

- Annie! O que aconteceu? Me conte! – exclamou a morena, abraçando a melhor amiga que chorava escandalosamente. – Pare de chorar e me fale logo!

- Percy... Acidente... Charles... Ai meu Deus! – e começou a soluçar novamente.

- Ah, não... Nico! Nico, corra aqui! – logo, um garoto desesperado apareceu em uma das extremidades do corredor, olhando para os lados.

- O que foi? – perguntou alarmado.

- Alguém ligou para a Annie e falou de algum acidente com o Charles ou com o Percy. Ai meu Deus! Ligue para o celular da Silena ou do Percy! Ache onde eles estão!

- Não, ligue para a mãe da Si... Lena. Percy pediu. – ordenou Annabeth, tão baixo que Thalia se espantou de Nico ter ouvido.

- Annabeth, não chore, vai fazer mal ao bebê... Se acalme, vamos achá-los. Tenho certeza de que estão bem. Já ligou ou quer que eu vá aí te bater? – exclamou Thalia, colocando uma expressão brava em seu rosto. Direcionando-a a Nico, é claro.

- Oi, Percy! Onde você está? – uma pausa demorada se seguiu – Certo. Estamos a caminho, não se desespere. Sim, Annie está bem, não se preocupe. Ok, tchau. – se virou para Thalia e Annie – Eles estão indo para aquele hospital há duas quadras daqui, sabe? Temos que nos apressar! Grover! Luke! Acordem seus molengas!

- Vamos, Annie. – disse Thalia, passando um braço em volta da cintura da loira e o braço fino da amiga em seu pescoço.

- Eu estou bem, Thalia, consigo caminhar sozinha. Acho que bati o pé, foi só.

- Tem certeza? – a preocupação da amiga era completamente verdadeira, percebeu Annabeth. Sorrindo abertamente, assentiu de leve e começou a andar até a porta, pegando a chave no balcão. Grover, Nico e Luke já se encontravam do lado de fora, tentando ao máximo se manter calmos. Quando todos já haviam se postado próximos ao elevador, Annabeth girou a chave algumas vezes e arrancou-a, indo direto até o interior do elevador e apertando rapidamente o botão do térreo. Thalia seguia com precisão todos os passos da amiga e percebeu que sua mão tremia um pouco ainda. Suspirou e continuou de cabeça baixa até entrarem no carro. Nico pegou a direção naquela vez. Afinal, Annabeth tinha uma grande chance de provocar outro acidente, provavelmente ainda pior.

- Será que alguma coisa séria aconteceu? – perguntou Grover baixinho para Thalia. A garota o olhou pelo canto do olho e pegou sua mão inconscientemente. Ele estranhou um pouco, afinal poucas eram as vezes que vira a amiga demonstrar algum sentimento que o lembrava aquele tipo de desespero. Ou aflição.

- Não tenho nem idéia, Grover. E prefiro nem saber, na verdade. – respondeu a morena, suspirando. Poucos minutos depois, Nico parou o carro e todos abriram as portas, doidos para encontrar Percy, Silena ou Charles. Loucos por alguma notícia. Luke acelerou o passo e parou uma enfermeira baixinha, perguntando se ela havia visto algum de seus amigos. Deu descrições rápidas e ela pediu que eles a acompanhassem até a sala de espera. Chegando lá, Thalia tapou os ouvidos assim que começou a ouvir os gritos e o choro de Annabeth enquanto abraçava Percy fortemente.

- Percy? Onde estão os outros? – perguntou Luke, olhando em volta. O efeito da bebida parecia ter se dissipado de seu organismo e Thalia agradeceu por isso. Um escândalo no hospital só pioraria tudo.

- Os médicos levaram. Não podemos vê-los por, pelo menos, algumas horas. Já briguei com todos, mas... Nada feito. - respondeu o garoto, apertando a namorada contra o peito.

- Mas... Como eles estavam? Ninguém te falou nada?

- Não, nada me disseram. Só entraram com os dois em macas e mal consegui ver alguma coisa já que três enfermeiras estavam na minha frente, então...

- Ai meu Deus! Isso não pode estar acontecendo! – exclamou Thalia, se jogando no sofá da sala de espera. Grover sentou-se ao seu lado, passando o braço em volta dos ombros da garota. Thalia sentiu uma pequena lágrima descer por sua bochecha, mas logo a limpou, olhando para os lados, checando se alguém havia visto sua fraqueza. A garota sabia que baixar a guarda naquele momento seria inapropriado, portanto contentou-se em manter a tristeza dentro de si. Para o bem maior, obviamente. Apenas isso.


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