Point Of View escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 14
Capítulo 13 - Thunder


Notas iniciais do capítulo

OI, GEEEEEEENTE! Mais de mês sem postar! Meu deus, que horror, não? Aqui é a Carol, povão! >.< Tudo bem, então... Como vocês vão?
Sei que muita gente vai acabar lendo a fic inteira antes desse cap, mas muitas coisas aconteceram nesse meio termo entre a última postagem e essa, então... Vamos lá!
"Mandy disse que ela vocês e queria pedir desculpas pela demora". Isso aí hehe
Também queria pedir desculpas. É sério, sorry.
Ah é, vão assistir EVANESCENCE! YEEEEEEEAH! ROCK IN RIO!
Beijos e tomara que gostem do cap!
Eu que escrevi hehe



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Apenas alguns minutos depois que começaram a caminhar em direção a casa de Thalia, o celular de Nico tocou. Uma música de rock encheu o ambiente e a garota teve que reconhecer que o primo tinha um gosto aguçado, do tipo que ela realmente curtia. Não que isso importasse, é claro. Ele ainda era um idiota, chato e boboca, para não falar outras coisas.

Ele atendeu e começou a combinar algo com a pessoa do outro lado da linha. A voz de Nico parecia urgente, preocupada. Thalia franziu o cenho, afinal nunca imaginara ver o garoto preocupado com algo. Ainda mais algo que o fez fechar o telefone com força e puxá-la pelo braço na outra direção.

- Ei, ei, ei! Calma aí, garanhão! – ela reclamou, puxando seu braço com força – 1. Você está apertando meu braço. 2. Qual o seu problema? Tenho que ir para casa e não pra uma de suas “festinhas de última hora”.

- 1. Não é nenhuma “festinha” e 2. Você está sob minha responsabilidade, então vai aonde eu quiser, ouviu?

Apesar da raiva borbulhar em sua cabeça e de fechar suas mãos em punho, Thalia tentou cooperar. Nunca vira Nico tão bravo em toda a sua vida. Sempre fora aquele garoto amigável, brincalhão e divertido, aquele que anima todos sempre. Mas, naquele momento, ela viu um novo Nico. E ela tinha certeza que brincar não era a melhor opção. Por isso, deixou que ele a levasse aonde quer que fosse antes que as ameaças começassem.

- Hun... Posso, ao menos, saber aonde vamos?

- Tenho que impedir que Grover faça alguma besteira.

- Como assim “alguma besteira”?

Nico não respondeu. Pressionou os lábios com força e balançou a cabeça. Aquele era o sinal que a garota precisava para saber que falar também não era a resposta. Respirou fundo quando pararam em frente a um bar de esquina. Era realmente uma merreca, com as paredes descascadas e um cheiro forte de cigarro. Encarou Nico, porém não recebeu nenhuma resposta.

Assim que colocou os pés dentro do estabelecimento, Thalia gelou. Em um canto escuro, avistou Grover e Luke bebendo direto da garrafa, rindo como dois loucos. Ela olhou ao redor, com os olhos arregalados. A situação era, ao mesmo tempo, assustadora e vergonhosa. Talvez a loucura dos dois amigos fosse contagiosa, pois o coração de Thalia batia insanamente quando colocava os olhos em Luke. Era instantâneo.

Nico soltou seu braço e seguiu até a mesa dos amigos, acompanhado da garota. Grover apontou para ela e gritou:

- Vocês vieram!

- Vamos levá-los para casa.

- O que? – gritou Thalia. – Ficou maluco? Minha mãe me mata, seu idiota!

- Prefere deixá-los aqui para se perderem no caminho para casa? Se quiser ir embora, vá em frente. Afinal, já está bem crescidinha, não?

A idéia ficou em sua cabeça. Ele havia confirmado, ela podia ir embora. Porém, Thalia era horrível com direções e a perdida seria ela se fosse caminhando para casa sozinha. Bufou e cruzou os braços enquanto Nico tentava segurar Grover para que ele não caísse.

- Ei, ei! Aonde pensam que vão?

Um homem enorme saiu do canto escuro. Tinha ombros largos e muitos músculos. Muitos mesmo. Parecia um armário.

- Hun... Embora?

- Sem pagar a conta? – o homem riu amargamente. Thalia engoliu em seco.

- Vocês não pagaram a conta?

- Desculpe, cara... Meu dinheiro acabou ontem – respondeu Grover dando de ombros. Nico arregalou os olhos.

- Quanto deu, no total?

- 200 dólares.

- N-não...

- Ei, esperem. 200 dólares? – perguntou Thalia, suando frio – Eu tenho.

- Como assim, Thalia? Não temos...

- Eu tenho, está no carro.

Grover começou a protestar, mas Nico pisou forte em seu pé, trocando a confissão por um grito agudo.

- Grover, cuidado, cara! Vai acabar se machucando...

O homem fez um sinal para um outro se aproximar. Esse era magro, quase sem músculos e cheios de espinhas no rosto. Fácil de derrubar, pensou Thalia.

- Vão e tragam meu dinheiro. Spencer irá acompanhá-los.

- Como quiser.

Com o coração batendo loucamente, a garota puxou Grover e o amparou até duas ruas dali. Spencer os acompanhava, mas continuava um pouco distante, o que ajudou a garota a executar seu plano. Pegou o celular e mandou uma mensagem para Nico. Eles se entreolharam e o garoto parou de repente.

- Merda, tenho que ir ao banheiro.

- Não dá pra segurar?

- Não, não dá! Esperem aqui! - E correu para o meio do mato.

- Quanto falta para chegarmos até o carro?

- Pouco. Acabamos estacionando...

E, então, Thalia viu Nico sair do meio das árvores com uma tora na mão.

- Bem... Foi ótimo te conhecer de qualquer maneira, Spencer.

- Hã? Do que você e...?

O bartender caiu desacordado no chão. A garota checou se ele estava vivo e, quando sentiu o ar saindo por suas narinas, se puseram a correr. Dobraram esquinas, segurando Grover e Luke sempre que precisassem parar para vomitar ou simplesmente respirar normalmente. Thalia arfava. Sua cabeça estava prestes a explodir, afinal ela tinha que ter chegado a sua casa duas horas atrás! Sua mãe iria lhe matar.

- Meu deus, estou ferrada! – ela exclamou, tirando um sorriso travesso de Nico – Por que está rindo, idiota?

- Estou imaginando a cara da “Montanha” quando descobrir que fugimos.

E, então, todos o acompanharam.

---*-*---

Charles franzia o cenho. Nunca vira sua madrasta tão concentrada e preocupada com algo. Deveria ser algo muito grande e forte, porque Charles podia imaginá-la abraçando Silena, coisa que o deixaria completamente pasmo. Aquelas duas não eram do tipo “mãe e filha carinhosas”. Não, pelo contrário. Mas, mesmo sabendo, que seria algo muito sério, ele continuou dentro do armário esperando por sua deixa.

- Hoje de manhã seu pai estava fazendo uma entrega para um cliente, quando foi tentar ultrapassar ele... Bateu com um carro que vinha na direção contrária.

Silena se calou de repente. Ficou em um tipo de transe por alguns segundos, como se milhões de imagens estivessem passando sua mente. E Charles, a conhecendo bem, tinha certeza de que isso acontecia.

- Como... como ele está?

-Está na UTI. Estado grave. O médico disse que ele sofreu várias fraturas de costelas, na perna, na bacia e perdeu muito sangue, porque uma costela perfurou o baço...

-Me... deixe sozinha.

Silena direcionou essas palavras à sua mãe e ela, por fim, se foi. Nessa hora, Charles viu a garota correr pelo quarto até chegar ao guarda-roupa. Abriu a porta com força e se agarrou a sua camiseta. Chorando. E muito.

Seu reflexo foi abraçá-la fortemente, tentando fazê-la parar. Era esquisita aquela situação para Charles, mas tentou não demonstrar, deixando-a colocar tudo para fora. Nunca alguém o buscara como consolo. Não do jeito que Silena o fazia. Franzindo o cenho, começou a acalmá-la com palavras doces.

Silena chorou por mais alguns minutos e, quando parou, ele a levou para a cama e começou a alisar seus lindos cabelos loiros.

- Obrigada. – ela sussurrou baixinho. Charles sorriu.

- Não precisa agradecer.

- Não, é sério... Desculpe-me por todo esse...

- Não se preocupe, Silena. – beijou o topo de sua cabeça – Eu faria de qualquer maneira.

E ela sorriu. Aquilo o deixou feliz. Muito feliz.

---*-*---

Annabeth estava impaciente e, de quebra, preocupada. Onde diabos Percy estava? Saíra há 30 minutos e ainda não voltara com suas amoras. O estômago da loira roncou.

- Argh! Vou matá-lo quando chegar!

Pegou o celular para ver se ele havia, pelo menos, lhe mandado uma mensagem. Nada. Vasculhando sua lista de contatos, lembrou-se de Thalia. Na casa da amiga, haviam dois pés de amora. Rindo histericamente, Annie discou o número.

- Alô? – Thalia estava ofegante.

- Oi! Thalia, é a Annabeth.

- Ah. Oi, Annie.

- Desligue isso, Thalia. Temos que ser rápidos ou vão nos pegar em flagrante.

Annabeth ouviu a voz de Luke. Ela franziu o cenho. Por que Thalia estava ofegante e Luke estava a mandando desligar no meio da noite? Annie tentou dissipar a imagem obscena em sua mente.

- Ok, o que está acontecendo?

- Estamos fugindo de uns caras.

- Uns caras?

Thalia bufou do outro lado da linha.

- É, de uns donos de um bar que não pagamos a conta.

- Bom... Se trouxerem umas amoras, podem ficar aqui.

- Amoras? Para que quer amoras, menina?

- Percy saiu há algum tempo e ainda não trouxe minhas amoras, poxa. Estou com vontade.

- Não pode ser chocolate não?

- Ahn... Tudo bem, mas corram.

E desligou.

---*-*---

Percy suspirou. Tentara achar as tais amoras, mas nada. Annie deveria saber que amoras estavam fora de época. Talvez não o tivesse mandado se soubesse. Não, conhecendo-a bem, ela mandaria de todo jeito.

Praguejando, percebeu que estava perto da casa de sua mãe. Poderia ver se ela tinha as benditas amoras, afinal. Acelerou o passo e, quando chegou a casa, entrou, usando a chave reservada embaixo de um gnomo de jardim. Acendeu a luz da cozinha e gritou que estava na casa caso sua mãe achasse que era um ladrão e viesse correndo com uma vassoura enorme, ameaçando machucá-lo. Péssima experiência, Percy tinha que acrescentar.

- Olá, Percy. – cumprimentou Paul, seu padrasto. Atrás dele, estava sua mãe, com os cabelos bastante bagunçados.

- Ah... Oi pra vocês. Só vim ver se tinha amoras aqui.

- Oh, sim. Estão aqui. São para Annie?

- É... Desejo de grávida no meio da madrugada. – respondeu Percy, bocejando.

- Aqui estão, filho. – disse Sally, lhe entregando uma vasilha, cheia de frutas.

- Obrigado, mãe. Tchau, Paul.

Após trancar a porta e guardar a chave novamente, começou a ir em direção de seu apartamento, doido para cair na cama e dormir até tarde. Colocou os fones de ouvido com uma música calma e baixa e pegou o celular para mandar uma mensagem de texto para Annabeth. Porém, apenas um pouco antes de terminar de digitar, um carro em alta velocidade virou na esquina ao mesmo tempo em que uma van fazia o trajeto inverso. A única coisa que o garoto conseguiu fazer foi ficar parado, em choque, enquanto olhava o acidente acontecer. Um acidente que envolvia um carro muito familiar. 


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