Era Uma Vez... escrita por Alana5012


Capítulo 8
Como João e Maria


Notas iniciais do capítulo

Legenda
Fala do personagem: - Cuidado, Sammy!
Pensamento: "Itálico"
Memória: Negrito
Narração - Alice permanecia inerte à tudo e todos em sua volta.
Mudança de Tempo e Espaço: ●๋•..●๋•



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  - Onde estamos? - Alice olhou ao redor e tudo o que viu foi um castelo sombrio. Aquele não era um lugar onde Sam e Dean estariam por livre e espontânea vontade. Tudo estava tão quieto. Quieto demais.


  - Alice! - Cass havia sido capturado por outros 9 anjos e preso numa armadilha com fogo sagrado. A garota tentou ajudá-lo, mas era tarde demais.

  - Parada! - Era Magnólia - Se tentar fazer alguma coisa, eu juro que mato todos esses nojentinhos! - A maléfica feiticeira apontou para um grupo de seres que prendiam Sam, Dean, Will e seus outros amigos, que haviam sido levados com seus pais, Sophie e Bryan, segurando-os firmemente com os dois braços atrás  das costas, e com armas ameaçadoras, prontas para dilacerá-los. A menina ficou sem reação.

  - Porque estão fazendo isso comigo? - Dizia entre lágrimas - Eu jamais fiz mal algum a vocês! Por que me odeiam tanto?!

  Os tios de Alice a olhavam com descaso. Pareciam não se importar com o desespero da jovem. Aqueles eram os irmãos de seu pai: frios, cruéis e assassinos.

  - Agora, Sammy! - Dean e seu irmão soltaram-se das criaturas e agora tentavam se defender das criaturas malignas. William, Bryan e Sophie também tinham conseguido libertar-se em meio a confusão, assim como Castiel, que tinha escapado do círculo.

  - Bonequinha! - Uma mulher ruiva, usando óculos, chamou-a enquanto se aproximava em meio a toda aquela confusão. Era Sophie. Alice correu para abraçá-la. Esta, abaixou-se e disse em seu ouvido - Sai daqui imediatamente!

  - Mas, tia Sophie! - Alice não queria deixá-los agora que haviam se encontrado.

  - Alice, faça o que lhe pedimos! - Bryan chegara e ajoelhara-se em frente a pequena, encarando-a com ternura. Esta assentiu com a cabeça - Essa é a minha garota: rainha do meu coração... - Despediu-se com um abraço.

  - Sammy! - O loiro olhou o irmão distante, lutando contra aqueles monstros - Cuide da Alice! Will, Cass e eu te encontramos depois.

  E com um gesto afirmativo, ele correu em direção a adolescente e, juntos, deixaram aquele lugar.

  - Não vamos conseguir! - Sophie dizia entre gritos - São muitos!

  - Pelo menos eu cumpri minha promessa: - Dean olhou Will - Ela está segura!

  - Espero que estejam prontos! - Cass tirou todos dali.

  Logo, o grupo conseguiu escapar. Porém,o anjo ficou muito ferido. Havia feito muito esforço. Nada que algum descanso não resolvesse.

  - A Alice vai ficar bem mesmo? - Bryan parecia preocupado.

  - Vai sim: pode confiar nos Winchester. - O moreno sorriu.

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  - Sammy, você está bem? - Alice o olhava com grande aflição. O rapaz estava muito machucado. Havia sangue espalhado por sua face. 

  - Estou, estou... - Disse ofegante - Onde estamos?

  - Numa cidadezinha no interior da Inglaterra. Meus pais e eu ficamos aqui nas férias.

  A casa era enorme. Um chalé. A residência era a única em quilomêtros. Ao fundo, um belo lago. A menina o conduziu até um quarto, onde sanou suas feridas.

  - Você pode dormir aqui. - Disse. Se precisar de alguma coisa, meu quarto é o primeiro a direita.

  - Obrigada. - O mais velho agradeceu meio sem jeito.

  - Posso fazer compania a você. Se importa?

  - Não, de modo algum. - Disse cedendo um espaço na cama para que Alice pudesse se sentar.

  Conversaram por um tempo e logo ela caiu no sono. Adormeceu com a cabeça encostada num dos ombros do garoto. Este ficou velando seu sono.

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  "Estou ficando louco... Ela está tirando a minha razão!" Lucífer não conseguia parar de andar de um lado para o outro. Não queria saber de nada que não fosse a respeito de Alice. Estava desesperado. Precisava vê-la novamente. Saber se ela sentia o mesmo  que ele. Aquela aflição estava o consumindo pouco a pouco. "Eu vou vê-la. Agora!"

 ●๋•..●๋•

  Perdidos, em meio a floresta. Sozinhos, um rapaz e a garotinha. Como João e Maria. Ele ria de seus pensamentos. Olhou o rosto daquele ser tão frágil. Tão angelical... Acariciou sua face de uma maneira suave. Eles dois ali, deitados abraçados: seus corpos colados, faziam com que ele arfasse. Não podia se controlar. Sempre que estava perto dela sentia-se daquele modo. Estava perdido fitando-a que sequer notou que essa se mexia.

  - Sam? - Chamou-o de olhos fechados. Ainda estava sonolenta.

  - O que? - Perguntou com a voz ofegante.

  - O que você está fazendo? - A voz dela, era tão doce e rouca.

  - Durma. 

  - Não estou mais com sono.

  - Quer conversar?

  - Está bem.

  - Você gosta de mim?

  - Claro que gosto. - Disse rindo baixinho.

  - Perguntei se você gosta de mim, quer dizer, de verdade!

  - E eu gosto de você de verdade! - Ela ria inocentemente.

  - Eu gosto de você. Gosto mesmo.

  - Como assim? - Os olhos semi-serrados, os lábios entre-abertos... tentador. Ele pensou.

  - Eu... posso... te dar um beijo? - Perguntou num tom inocente.

  - Tudo bem. - Alice riu mais. Estava achando aquilo tudo muito cômico. Pensou que quando  o Winchester referiu-se a beijo estivesse falando de um beijo na testa ou no rosto. Qual não foi sua surpresa ao sentir ambos os lábios se tocando?!

  - O que você... - Perguntou, ainda sem acreditar no que acontecera. Abriu lentamente os olhos. Aquele não era Sammy. Lucífer o havia possuído. Afastou-se repentinamente - Você não pode...

  - Uma vez que se diz sim, não pode-se voltar atrás.

  - Vai embora! - Falou enquanto se levantava.

  - Por favor... - Tentou argumentar, mas foi interrompido.

  - Eu estou me sentindo muito confusa agora. Você e o seu irmão... não podem... eu...

  - Vem cá. - A puxou pelo braço de uma forma delicada. No entanto, ela conseguiu se desvencilhar e correu até o corredor. Ele levantou-se rapidamente e a seguiu. Próximos a porta do quarto da garota, ele a puxou para si e encostou-la na parede - Eu só preciso saber: você me ama?

  Ela não o fitava. Respirou fundo. Nada disse. Lucífer estava agonizando. Preferia a morte àquele sentimento confuso que fazia com este não visse razão ou motivo algum para fazer qualquer coisa se ela não estivesse ali.

  - Não faça isso comigo!

  - Me solta.

  - Não quero.

  - Me esquece!

  - Não posso.

  - Então não se apaixone por mim!

  - É tarde demais!

  O olhar dele era de desespero. Ela o afastou e desapareceu. Ele caiu sentado, encostou a cabeça na parede e cerrou os olhos. "O que eu faço?" 

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