-O que houve, Mô?- Cebola me falava assustado.

-Ah, nada.Foi só uma tontura passageira.- menti.O que aconteceu?Parece que eu vi tudo o que ia acontecer.Desde a hora que eu...acordei...Será que foi tudo um sonho?Ou uma premonição?

-Na verdade Mônica, eu precisava falar com você.

-Podemos ir na sorveteria primeiro?-perguntei.talvez eu me acalma-se um pouco.Só comendo mesmo, pareço a Maga por um momento.Isso é engraçado.

-Eu queria falar agora.-falamos juntos.-Você primeiro!-de novo em um uníssono.

-Então falaremos juntos.-ordenei.

-EU QUERIA TERMINAR COM VOCÊ!-de novo juntos.-POR QUE!?- perguntamos.

-Na viagem, eu conheci uma garota...-começou Cebola.

-Ela se chama Irene e vocês tem muito em comum.É isso não é?-eu me lembrava bem do que ele havia falado.

-Como você sabe?-perguntou espantado.Seu rosto parecia ter ficado pálido.

-Isso não vem ao caso.Você ta dizendo que quer me trocar, sua amiga de infância, uma pessoa que sempre esteve ao seu lado, por uma qualquer que você encontra por aí!?- eu tinha que perguntar.

-Não, não é isso!Você tem que entender...eu não quero terminar com você.

-CLARO QUE QUER, CEBOLA!-gritei.

-Não!A Irene...bem, eu conheci a Irene antes de vir morar aqui no Limoeiro, mas eu não queria que você sofresse e...

-Acha que eu estou feliz com isso?-eu chorava.Parece que eu me esqueci totalmente da parte em que eu beijo o DC.

-Mônica, quer por favor me escutar!- assim que ele disse isso eu me acalmei e sentei de novo na cadeira.

-Você não precisa falar nada.Você não acabou de dizer que quer terminar comigo?

-Não...é bem assim.Eu acho que...bem...acho que você não está como antes, não fica tão perto de mim.Eu fui hoje de manhã na sua casa e a Dona Luíza disse que você estava com o DC e...

-O DC é só um amigo.Você não confia em mim?

-Claro que confio Mônica. E-eu só não sei se confio em mim mesmo.

-Eu te amo Cebola.-eu disse isso e sorri.

-Eu também te amo...- falou e se levantou da cadeira.

-Mas, quanto a Irene?-perguntei olhando pra ele que me abraçava.