Fleet Captain escrita por Cherrybomb


Capítulo 8
Capítulo 8 - Indignado


Notas iniciais do capítulo

Voltei õ/ - Ainda é a Ra. '-' -, boa leitura!



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P.O.V. Capitão Jared J. Leto (N/a: HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA* Primeira narração do Jared, espero que tenha acertado na personalidade do nosso sedutor Capitão. *-*)

                     Sinceramente eu não sei o que tinha acontecido. Em um momento estávamos eu e Cecile “brincando” no corredor e então depois o lugar estava pegando fogo. Tudo bem que o clima estava quente mais isso foi demais!

                     Cecile.

Essa era a única palavra que minha mente repetia desde o momento que pisei nesse local. Cecile Morsson era a garota mais linda que eu já havia visto, com seus cabelos dourados, cintura fina e seios discretos eu fiquei louco por ela logo que há vi. Se bem que ficar louco por algum rabo de saia não era novidade pra mim.

Todos os lugares que ia sempre encontrava alguma que ficava realmente interessado, como aconteceu com Cecile. Já tinha ate certa fama por causa disso, não que eu me queixe, esse tipo de fama sempre é boa, pelo menos eu acho.

- Jared? Irmão você esta me ouvindo? – Tomo deu-me um tapa em meu ombro.

- O que? – Eu geralmente era fidelíssimo com todos, mas não estava com bom humor, havia perdido uma conquista, isso para mim era uma tragédia.

- Calma so estava dizendo que acho que realmente gosto da Merli. – Ele deu uma olhada para a garota de cabelos pretos que estava num canto enrolada em um cobertor.

- Gostando? Você esta louco Tomo?

- Qual o problema? Eu sempre a achei linda e o tempo que ficamos juntos me deixou encantado por ela. – Ele suspirou e eu o olhei incrédulo. Tomo era tão mulherengo quanto eu, ok nem tanto, mais mesmo assim ele nunca foi de se interessar realmente em uma mulher.

- A maior parte do tempo que vocês passaram juntos foi uma mentira. Tanto por parte dela quanto da sua alias.

- Não estou pedindo sua aprovação, Jared. Apenas estou lhe informando meus sentimentos. – Eu virei à cara e parei de escutá-lo, na verdade acho que ele parou de falar. Como ele podia dizer que estava realmente gostando de Merli se a semana que eles passaram juntos foi uma pura e completa invenção? Merli fingia ser uma Morsson e Tomo fingia ser um cara comum que gostava de ver as estrelas com certa freqüência. Meu deus isso foi patético!

- Cecile. Vinho. – Ouvi a voz da Morsson ruiva, eu esqueci seu nome, na verdade não lembrava o nome de nenhuma das outras a não ser o nome de Cecile. Pra que saber o nome de pessoas que não lhe interessam? Olhei pro lado e notei Cecile com os longos cachos loiros soltos e a camisola de algodão claro, tão claro que se houvesse um pouco mais de luz eu poderia ver através dele. Seus lábios finos e delicados deram um gole no vinho e depois suas feições quase perfeitas se contorceram em uma careta e me segurei para não rir.

            Nesse momento seus olhos se viraram em minha direção e quando nossos olhares se encontraram um pânico tomou conta daquelas esferas verdes e eu repentinamente sabia qual era o motivador daquele medo. Ela estava assustada, com medo de que eu a dedurasse como causadora do incêndio. Eu apenas acenti, e como numa conexão mental tive certeza que ela entendeu a mensagem. Uma tranqüilidade a atravessou, ela fechou os olhos e então recostou a cabeça na beirada do sofá, e acho que dormiu.

            Humilhado, era assim que eu me sentia. Humilhado e com raiva, como esse tal de Pierre Morsson tem a ousadia de caçoar de mim por ter pedido mais dois dias de estadia em sua casa? Ridículo!

            Ah pouco Tomo informou-me de que um de nossos barcos havia dado problema e que precisávamos de mais tempo. So que existe um porem, eu nunca fiquei mais que o tempo marcado em um local, e conseqüentemente a Frota também não. Mas como eu tenho meu orgulho, quando fui comunicar ao Sr. Morsson sobre nossa vontade de ficar mais tempo disse que era por cauda do incêndio, e que eu e Tomo nos sentíamos na obrigação de ajudá-los com a reconstrução do primeiro andar.

            Quando disse isso o porco hipócrita riu alto como nunca ninguém ousou rir de mim ate hoje. Não sei o que deu em mim mais me segurei e não lhe enfiei uma espada goela abaixo, mas tenho uma leve suspeita de que foi a imagem de Cecile que se formou em minha mente. Pisquei duas vezes e me perguntei por que estava dando tanta importância a essa garota.

- Bem Capitão Leto, o senhor é muito bem vindo em nossa residência quanto tempo quiser. – Apenas acenti. Ele deu mais uma risada e juro que fiz a maior força para não partir para cima daquele filho de uma concubina. Eu apenas sorrir e me levantei de muito, mais muito mal humor. Abri a porta com tudo e me deparei com uma figura loira, linda e encolhida que assim que me viu ficou encarando-me como se fosse um deus. Admito que achei um pouco sensual a forma que seus lábios estavam posicionados. Ela piscou duas vezes e balançou a cabeça fazendo com que os cachos louros balançassem ao seu redor. Magnífica.

- Capitão. – Ela fez uma referencia que eu não gostei nada. Ela estava me tratando como se a cena do corredor não tivesse sido nada, como se eu nunca a tivesse tocado. Sorri por pura educação.

- Cecile, entre agora.  – A voz de trovão do Porco Morsson ecoou forte.  Vi Cecile estremecer de leve. Dei passagem para ela e fechei a porta logo em seguida, não antes de escutar sua delicada voz perguntar um “Papai, o que deseja”. Ah se ela me fizesse essa pergunta a resposta não seria nada descente.

            Fiquei com esse pensamento na cabeça e sai caminhando pelo jardim, acho que passei por Tomo e Merli, mais a forma deformada de dois seres tentando se fundir em um por trás de uma arvore não estava claro o suficiente para mim. Bufei. Acabei por centra-me em baixo de uma linda Cerejeira. Eu não conseguia entender essa idéia de Tomo de se apaixonar.

Desde que nosso pai nos abandonou quando ainda éramos pequenos, deixei de acreditar em amor eterno, na verdade em qualquer tipo de amor. Lembro-me de minha mãe feliz com meu pai, sorrisos diários e abraços calorosos; mas então quando eu tinha por volta dos nove anos, ele foi embora, deixou minha mãe aos prantos no chão da cozinha e nunca mais voltou. Tomo nunca se importou, lembro que ficava chorando e Shannon vinha me consolar dizendo que não deveria me importar.

            Shannon era meu irmão, ao menos supostamente era. Diziam as más línguas que meu pai havia se deitado com uma escrava e engravidado ela, nascendo assim Shannon, que possuía quase a minha idade, apenas um ano mais velho. Ele trabalha em um dos navios da Frota, é um dos meus homens de confiança e acho que em quesito de mulher ele é o único que não sai por aí ficando com qualquer uma. Shannon mal ligava pra essas coisas, ele tinha os seus casos mais ficava bem atrás de mim e de Tomo.

Fechei os olhos e a sensação de inconsciência estava começando a me levar, aquela sensação boa que eu so sentia quando estava em alto mar, comandando minha gente, meus amigos. Já estava com um pé no meu refugio do sono quando um barulho, uma gritaria na verdade, me fez da um pulo.

            Mas que diabos estava acontecendo aqui?

            Levantei-me e fui em direção a casa, não vi mais Merli e Tomo atrás do pessegueiro mais assim que entrei na sala vi uma cena que me doeu o coração. Merli estava nos braços de Tomo, que a segurava com a maior força possível, ela estava gritando o nome de Cecile e tentando se soltar freneticamente de Tomo.

- Jared! Segure-a, por favor! – Tomo praticamente suplicou.

- O que esta acontecendo? – Falei segurando Merli pelas costas, ela deu uma cotovelada nas minhas costelas como resposta. Tenho que admitir, essa garota tem força.

- Cecile! Alguém a ajude pelo amor de Deus, alguém vá tirá-la de lá! – Merli gritou de um jeito desesperado, como se alguém a tivesse matando ou algo do gênero.

- O que aconteceu com Cecile? – Assim que o nome dela foi citado eu me preocupei. Devia ser algo muito grave.

- O pai dela, ele bateu nela e saiu para andar de cavalo dizendo que ninguém devia ir lá ajudá-la. Mais já faz 20 minutos que ela esta lá dentro e ainda não veio.

- Ele falou o que? – O sangue me subiu a cabeça. Soltei Merli que se contorceu mais três vezes e consegui soltar-se de Tomo. – Merli escute você e Tomo vão ate o gabinete e irão pegar Cecile agora, entenderam?

- Sim. – O choramingo de Merli foi escutado a longe, ela estava já dobrando o corredor.

- E o que você vai fazer? – Tomo me olhou um pouco assustado.

- Vou esperar o pai dela voltar. – Falei entre dentes e me sentei no sofá com uma raiva que nunca senti antes por alguém que não fosse minha mãe e irmãos.

            Acho que acabei cochilando alguns segundos no sofá mais assim que escutei os pesados passos de botas de couro despertei com uma fúria indescritível.

- Senhor Morsson. – Rugi fazendo-o parar no meio da escada. Acho que meu tom não foi dos mais educados porque ele me olhou com um medo no olhar que fez com que quase gargalhasse. Patético.

- Pois não, Capitão? – Sua voz saiu fina e eu sorri um sorriso cruel que fez com que ele arregalasse os olhos.

- Eu posso saber o que passou em sua cabeça quando decidiu partir pra cima de uma garota inofensiva como Cecile? – Minha voz saiu calma, calma como o tom de alguém que esta lendo a sentença de morte de um bandido qualquer.

- Não é de sua conta! Eu faço o que bem quiser com minha filha. – Sua coloração passou do pálido para o vermelho.

- Apenas estou pedindo uma boa justificativa, Senhor. – Eu já estava perdendo o controle. Minhas mãos tremiam freneticamente.

- Não lhe interessa já disse; mais se insiste tanto vou lhe falar. Ela recusou-se a se casar e ainda difamou a sua reputação.

- Como é que é? – Essa foi à gota d’água. Quando reparei já estava gritando. – Sua filha tem o direito de escolher não acha?

- Olhe aqui Capitão, eu o trato com respeito e não me intrometo em seus negócios, portanto não se intrometa nos de minha família! – Ele gritou e subiu as escadas, não antes de eu acerta-lhe um jarro de porcelana que parecia caro na cabeça.

- Isso é para você aprender a respeitar sua filha seu desgraçado! – E então gargalhei, como a tempos não gargalhava.

- Você ira me pagar! Você vai ver Leto! – Pierre saiu correndo pelo corredor com a mão na cabeça e uma linda mancha de sangue em seu casaco.

            Suspirei e subi as escadas logo em seguida. Sei que deveria estar comemorando, mas tudo que queria agora era dormir, e assim que cheguei a meu quarto o fiz.

            Quando acordei meu quarto estava em tom laranja vivo, acho que esqueci de fechar as cortinas. Suspirei e me levantei da cama ainda meio grogue e fui em direção à pequena bacia de água que tinha em meu quarto, quando me olhei no espelho acima da cômoda percebi que estava horrível. Meu rosto estava com vestígios de preto carvão e minha camisa preta estava colada com o corpo de tanto suor. Despi-me completamente e me banhei com uma esponja o mais rápido que pude. Desde que acordei estava pensando em Cecile. Eu não fazia a mínima idéia de como ela poderia estar agora, e pro bem daquele porco, espero que bem.

            Coloquei qualquer roupa e sai em direção ao quarto da frente. O corredor estava com um cheiro horrível e todo coberto de preto, mas o interior dos quartos haviam ficados intactos. Parei em frente à porta e bati. Ouve um longo tempo então finalmente alguém respondeu.

- Quem é? – Era Merli, aquela voz feliz e descontraída so poderia ser dela. Isso me acalmou um pouco, se ela estava feliz de novo significava que Cecile estava bem, certo?

- Jared Leto, Merli. – Respondi com um suspiro. Mais uma pausa e então Merli abriu a porta com um sorriso no rosto. Sorri de volta, era impossível não sorrir pra ela. E o que mais me intrigava era que com toda sua beleza, como não fui ficar encantado com ela?

- Você poderia me deixar um segundo a sós com a Cecile, Merli? É rápido eu prometo. – Murmurei baixo o suficiente para Cecile não ouvir. Merli sorriu mais e acentiu saindo do quarto.

            Olhei para os meus pés com um pouco de medo de o que iria encontrar quando a visse. Caminhei lentamente ate a frente de sua cama, suspirei discretamente e olhei para cima. Assim que meus olhos pararam nela uma raiva tomou conta de mim e me amaldiçoei mil vezes por não ter matado o Porco quando ainda estava no escritório com ele. Mais isso seria fácil de resolver. Sorri por dentro.

- Eu vou matar seu pai. – Falei e ela arregalou os olhos.


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Notas finais do capítulo

Ramona: Meu Santinho lindo! Fiquei surpresa com os comentários, a Cherry falou que vocês comentavam, mas eu não sabia que era tanto assim, fiquei com medo por um momento, foi tão rápido.Agora falando do que interessa... Pergunta que eu tenho que responder: "Qual foi a melhor parte DESSE capítulo?" A parte que ele vai tomar uma "banho", Ahhhhhhhhhhhhhhh! Vou admitir, que imaginei a cena. hihi'Eu não sei mais o que falar, estou muito triste por esse ser o último capítulo que eu vou postar, já que Cherry não me mandou os outros, eu ainda mato ela. Digo mesmo. '-'Então eu acho que é isso, não sei o que dizer sobre esse capítulo, está tão... Incrível! Por um momento eu quis matar o Jared, mas em outra eu queria pular nele.Beijos para todos que leram isso e a história e estou quase implorando para a Cherry me mandar mais capítulos para eu poder postar.



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