Fleet Captain escrita por Cherrybomb


Capítulo 3
Capítulo 3 - A chegada


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e conversamos lá em baixo ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/116030/chapter/3

            - Anne, aperte esse espartilho menina! – Mamãe estava desesperada. O tal Capitão Leto chegaria hoje e todos os empregados da casa estavam em alvoroço tentando deixar tudo arrumado a tempo.

- Mas Mamãe, ele machuca... – Ela não deixou que Anne terminasse a frase, correu para trás dela apertando o espartilho ao máximo, fazendo Anne soltar um gritinho de dor.

- Merli. – Mamãe falou olhando para a garota que arrumava os cachos de forma elegante em um coque. – Já que esta pronta ajude Cecile.

- Sim senhora. – Merli fez uma reverencia com a cabeça e se pois a meu lado.

            Eu estava mais que atrapalhada com o meu corpete. O vestido que mamãe escolheu para mim era lindo, porem nada confortável. O Vermelho vivo da seda era lindo, mas achei desnecessário e muito chamativo para alguém na minha idade, sem duvidas ficaria melhor em Simone, ela usava um vestido de um verde intenso; já Anne estava para colocar um de um tom claro de azul, quase celeste como o céu. As mãos ágeis de Merli pegaram as cordas do corpete e amarraram-na delicadamente. De uma coisa não podia reclamar, minha cintura, ela era fina e curvilínea por natureza fazendo que o uso do corpete fosse puramente decorativo.

- Simone, esta pronta? – Mamãe perguntou afobada enquanto dava bons puxavancos nos cachos ruivos – do mesmo tom do dela – de Anne enquanto tentava penteá-los.

- Sim Mamãe. – Simone falou quando colocou o ultimo adereço em seu lindo cabelo castanho, do tom quase que exato do de finada Vovó.

            Oh, Vovó. Dizem que ela morreu de desgostos depois que a irmã de Mamãe fugiu com um camponês bom de lábia, mas eu acredito que ela morreu foi de tanto beber mesmo. Nunca vi em toda minha curta vida, alguém com um hálito capaz de fazer uma vaca cair de bêbeda como o que Vovó possuía.

- Ceci! – Merli beliscou meu braço de leve me fazendo olha feio para ela. – Ah horas que te chamo criatura! Onde você esta com a cabeça?

- Em canto nenhum Lili, mas me diga o que você quer? – Passei a mão no local do beliscão, sem duvida doeu um pouco.

- Quero que você calce os sapatos. – Ela estava com um par de sapatos vermelhos com alguns detalhes dourados pintado a mão. Sentei-me na cama colocando os sapatos. Porque tínhamos que usar sapatos tão apertados?!

            Eu tinha certa inveja das camponesas, elas andavam descalças ou com sapatos de couro desbotados que pareciam bastante confortáveis. Pode parecer egoísta, eu uma garota que sempre teve tudo na vida querer ser uma camponesa, mas não eram so os sapatos que me faziam querer ser uma delas, mesmo sendo pobres e sujas elas eram livres e podiam escolher com quem poderiam casar. Suspirei, mas é como se dizem, você nunca esta satisfeita com o que tem.

- Ok meninas. – Mamãe bateu as mãos chamando a atenção de todas nos. – Já que estamos todas prontas vamos descer e esperar pelo Capitão Leto na entrada da casa. Espero que todas ainda estejam em concordância sobre o que conversamos na biblioteca. – Assentimos e Simone bufou, fazendo com que Anne risse baixinho. Mamãe abriu a boca para falar alguma coisa mas nesse momento alguém bateu na porta. – Madame? – Era Luri, até ela estava arrumada, se bem que um vestido surrado branco de algodão não é bem minha noção de arrumada.

- Sim Luri? – Mamãe perguntou docemente.

- O Capitão e seu astrônomo já estão a caminho da casa. – Mamãe soltou um gritinho.

- Meu deus! Já estamos descendo Luri. – A escrava assentiu e fechou a porta. – Ok, agora todas, desçam em ordem de nascimento. – Revirei os olhos, era sempre essa a ordem que usávamos desde sempre.

            Assim que coloquei a cabeça do lado de fora do quarto me surpreende, estava todo o corredor enfeitado com flores de um tom delicado de azul, vermelho e branco. As cores da bandeira pensei. A enorme escadaria estava coberta por um majestoso tapete vermelho. E a sala estava totalmente aberta e arejada. Fiquei chocada, acho que nunca vi minha casa arrumada dessa maneira.

Notei que as meninas também estavam tão chocadas quanto eu.

            Assim que passamos pela porta de entrada da casa avistei Papai na frente do grande portão de metal andando de um lado para o outro visivelmente nervoso. Quando nos viu sorriu com um orgulho palpável.

            Mamãe caminhou na frente parando ao lado de Papai com uma postura totalmente perfeita. Suspirei, eu não havia nascido pra ser uma dama como Mamãe.

- Jesus Ceci, aí vem ele. – Merli sussurrou assumindo uma postura totalmente ereta.

            Olhei pra frente e vi uma multidão carruagem vindo em direção a mansão. Ela parou bem na nossa frente e logo a porta se abriu dando passagem a um homem de cabelos longos e negros com uma barba bem aparada, era bem apessoado e tinha o rosto divertido. Ouvi Merli arfar, mas não me dei ao trabalho de prestar atenção porque ele estava descendo da carruagem. Ele o homem mais lindo que eu já havia visto saia com uma elegância de da inveja a qualquer Rei.

- Capitão Leto. – Papai deu um paço a frente estendendo a mão direito para o Deus que estava na minha frente. Mas não podia ser, ele o Capitão? Então nesse momento as palavras de Merli vieram em minha mente.

“Uma fonte confiável me disse que ele é lindo. Tem um corpo que é de da inveja a qualquer obra de Michelangelo.”

 

- Essa aqui é minha esposa Lilian Morsson. – O capitão pegou a mão de mamãe depositando lá um beijo. Mamãe riu sem graça.

- É um prazer te-lo em nossa residência Senhor Leto. – Ela falou corada. Se fosse em outra hora estaria rindo, mas estava muito ocupada admirando o sorriso que brotava nos lábios do Capitão.

- E eu me sinto honrado pelo convide Senhora Morsson. – Ele disse, sua voz era linda e cordial. Mais uma vez as palavras de Merli brotaram em minha mente.

      O jeito perfeito de um cavalheiro – Ela dissera.

- E permita-me apresentar-lhe minhas filhas. Essa é Simone, minha filha mais velha. – Ele olhou Simone e deu um sorriso singelo, repetindo o mesmo gesto formal de beijar a mão da dama que cumpriu com Mamãe.

- Essa – Papai continuou – É Anne, minha filha do meio. – Novamente o gesto sendo repetido. Ele chegava mais perto de mim a cada pessoa que Papai apresentava. Meu coração batia alto como nunca havia batido antes.

            O Capitão olhou para Merli fixamente, mas um que se caia pelos encantos de Merli.  A olhei um pouco irritada, mas então notei que ela olhava o Capitão surpresa, como se acabasse de ver um fantasma.

- Essa é Merli. Filha de uma escrava da casa, nos a criamos como se fosse uma filha. – Ele sorriu divertido com a expressão de Merli. Tudo bem que ele era lindo, um verdadeiro deus, mas ela parecia assustada. Teria que me explicar isso mais tarde, ah se ela teria. Mais uma vez o ato repetido.

- E essa, é minha filha mais nova Cecile. – Assim que seus olhos pousaram em mim me segurei para não arfar.

Os olhos de um azul mais profundo que o mais belo mar do caribe. – Merli dissera.

Seus olhos de um tom perfeito de azul me olharam com uma intensidade que me senti desconfortável.

- Cecile. – Ele repetiu ainda me encarando. A única coisa que pude fazer foi encará-lo de volta. Um sorriso torto brotou de seus lábios perfeitos e ele pegou minha mão e depositou um beijo no meio da mesma. Assim que seus lábios tocaram minha pele um arrepio me atingiu a espinha. Ele voltou a ficar ereto de uma forma lenta e elegante. Ouvi uma risadinha baixa vindo de trás do capitão que riu e revirou os olhos. Jesus como ele era lindo!

- Aonde esta sua educação irmão, não vai me apresentar? – O homem de feições divertidas falou. O Capitão riu em resposta.

- Esse é Tomo Leto, meu irmão e Astrólogo da minha frota.

- Claro, claro. É um prazer Sr. Leto. – Papai lhe estendeu a mão e o homem pegou e então riu novamente.

- Por favor, me poupem de toda essa cena de beijinhos, isso não é para mim. – O Capitão deu uma cotovelada no irmão que riu mais ainda.

- Você não tem jeito mesmo hem? – Ele disse balançando a cabeça. Isso me fez rir. O capitão era realmente totalmente diferente do que eu esperava.

- Então vamos entrando, o jantar esta para ser servido. – Ela sorriu aquele sorriso que eu odiava, totalmente formal e duro.

- Claro, vamos sim. – Tive a impressão de que o Capitão me olhou, mas foi tão rapidamente que não tive certeza se foi real ou uma mera ilusão.

E o que você deve ser o mais importante tem aparecia de um jovem deus grego

Novamente a voz sonhadora de Merli me preencheu a mente. Ela estava certíssima.

Nunca mais duvido de uma só palavra que ela disser.

            Fomos todos para a grande sala de jantar, onde o banquete chamado de jantar pela mamãe foi servido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Queridos eu sei que eu prometi portar segunda dia 24/12 mas o meu word deu pau eu tive que refazer o capítulo então se não estiver lá essas coisas saibam que ele foi feito de emergência.
S:
Espero que gostem, estou amando os reviews então por favor não parem.
Beijuus, Cherry.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fleet Captain" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.