Dinheiro e Luxúria escrita por Sckarlet


Capítulo 6
Uma quase história de amor


Notas iniciais do capítulo

OLÁ pessoas! Voltei de viajem um pouco antes e já vim pro computador..espero que gostem do capítulo apesar de ser narrado mais pelo Jake! Beijocas



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 JACOB

As semanas se arrastaram, o tempo lutando contra mim. Primeiro a angustia de ter meu pai num hospital, entre a vida e a morte, mesmo que estivesse tendo progresso no quadro. Depois a incerteza de uma traição por parte de Bella, uma incerteza tão grande e devastadora que me levou a atirar a primeira pedra e eu me sentia sendo sugado para dentro de um buraco negro. Eternamente dividido entre duas possibilidades.

Após aquela noite no hospital, em que num momento de fraqueza eu me deixei levar por um conforto inesperado, passei dias lamentando ter me deitado com Nessie. Por mais que eu tivesse certeza quanto ao fato de que eu não queria magoar ninguém, não pude deixar de sentir que eu estava sendo desleal com Bella. Afinal, era possível que nada tivesse acontecido entre ela e Edward, apenas uma insegurança da minha parte.

As vésperas do retorno de Bella e do resto da "família real de Nova York" eu estava me corroendo em remorso, pois uma noite levou a outra e mais outra. Antes que eu me desse conta, ter Nessie nos cantos daquele hospital estava se tornando um vício. Talvez fosse a profissão, mas aquela menina era viciante como a morfina usada para banir a dor. Minha consciência só se acalmou, se é que a minha reação teve algum traço de calma, quando passei em uma banca para comprar um jornal e me deparei com uma dúzia de tablóides exibindo manchetes como "DUAS SEMANAS DE FIDELIDADE! EDWARD CULLEN, COMPROMETIDO?" ou "A NOVA VÍTIMA DE EDWARD!", e a pior delas "ROMANCE EM PARIS! EDWARD E A NOVA CANDIDATA À MRS. CULLEN!" Antes fossem só as manchetes, o que se seguia era uma boa quantidade de fotos tiradas em eventos de gala, onde Bella estava dançando com aquele miserável de uma figa. Em outras eles estavam saindo de lojas finas, acompanhados por Alice e Jasper, e pra completar uma foto em que estavam claramente se beijando numa festa em Paris!

Tive a sensação de ser transportado para um mundo paralelo em que a única cor existente era o vermelho e todas as suas variações. Eu estava cego de ódio! Eu queria matar aquele cretino que atendia pelo nome de Edward Cullen e de quebra mandar Bella junto com ele para o quinto dos infernos! Eu amei aquela garota mais do que a minha própria vida, por ela movi céus e terra! Eu desistiria de tudo por ela e no momento em que ela deveria mostrar alguma consideração por isso ela estava se esfregando naquele playboy efeminado, na frente de fotógrafos internacionais.

Eu não tinha apenas sido chifrado. EU TINHA SIDO CHIFRADO EM NIVEL INTERNACIONAL! Depois desta dura constatação, mandei meu remorso pro inferno. Sim, eu transei com Nessie inúmeras vezes naquele hospital, outras tantas na minha casa, e a única coisa da qual eu me arrependia era de não ter tirado fotos, feito vídeos caseiros e colocado no Youtube com uma linda legenda dizendo "ESSA É MINHA VINGANÇA!" Mas Nessie não merecia uma exposição pública como aquela.

Eu não fui ao aeroporto no dia que ela disse que chegaria em Nova York. Ao invés disso, fui para o hospital, aproveitar o horário de almoço de Nessie. Eu não estava apenas interessado naquela garota, eu estava dependente daquela sensação reconfortante de ser amado por alguém, do companheirismo, da cumplicidade. Coisas tão novas e ao mesmo tempo prazerosas.

Encontrar minha enfermeira naquele dia era tudo o que eu queria e precisava desesperadamente. Eu a enxerguei no fim do corredor e fui até ela correndo, urgente para abraçá-la, mas antes que eu pudesse fazer qualquer coisa impensada, ela me pegou pelo braço e me arrastou para fora do hospital, onde nós poderíamos nos "expressar" mais livremente, sem o risco de sermos pegos pelos superiores dela. Eu a beijei como um louco. Como um homem sedento por aquela garota.

Eu me sentia livre, me sentia satisfeito com o fato da monstrinha Nessie estar ali, comigo. Não porque ela dependia da sensação de segurança que eu poderia passar, mas por escolha, por querer que eu estivesse ali, beijando-a. Dane-se Bella, Edward e o mundo. Eu estava cansado de viver naquela prisão escura em que Isabella Swan me manteve trancado por tantos anos. Eu queria minha liberdade, minha vida, meus raios de sol de volta. Eu estava tão entretido que nem mesmo me dei conta de que nós não estávamos exatamente sozinhos. Ouvi o barulho de algo pesado caindo no chão, interrompi o beijo para perceber que Bella estava parada, boquiaberta, observando cada momento entre mim e Nessie.

- É pra isso que eu vim correndo a este hospital? – a voz dela saiu baixa, perigosamente baixa. Nessie se afastou de mim e escapou para dentro do prédio novamente – PRA ENCONTRAR VOCÊ SE AGARRANDO COM UMA ENFERMEIRA! É pra isso que você queria uma relação oficial? Pra me humilhar e me trair deste jeito, Jacob? – aquilo me irritou, provavelmente muito mais do que o que eu esperava.

- Não, Bella. – minha voz saiu dura – Você voltou simplesmente para me ouvir dizer que esse faz de conta, que nós tentamos chamar de namoro, acabou. – eu vi lágrimas rolarem dos cantos dos olhos dela. Surpreendentemente, aquilo não me atingiu como eu esperava que fizesse – Eu sinceramente espero que Edward esteja bem, e que vocês tenham realmente aproveitado esta viagem romântica à Europa.

- Tudo isso por que eu viajei com ele a negócios? – ela me encarou duramente e um sorriso amargo brotou na minha boca.

- Não. Isso tudo porque você, enquanto supostamente deveria estar trabalhando, estava se agarrando com aquele cretino e sendo fotografada em flagrante por algum paparazzo! O pior é saber que eu fui traído por meio de um tablóide que intitulou você como "A nova candidata à Mrs. Cullen"! – ela me encarou abobalhada.

- Não aconteceu nada! – ela respondeu prontamente.

- Agora o ato de beijar outro cara que não é o seu namorado se chama "nada"? - olhei apara ela cinicamente – Essa realmente foi ótima, Bella.

- É só por isso que você estava beijando aquela outra? – Bella disparou venenosa contra mim. Ouvir aquela mulher chamando Nessie daquela maneira me ferveu o sangue.

- "Aquela outra" se chama Reneesme Wolf, também é conhecida como Nessie, e pra seu governo é a pessoa mais decente, carinhosa e compreensiva que eu já conheci. Não que você esteja familiarizada com alguma dessas características. – ela me encarava escandalizada – E não, isso não tem nada a ver com vingança ou retaliação. Isso tem a ver com cansaço, com uma sensação incrível de plenitude que ela passa para mim sempre que estamos juntos. Uma coisa que eu sempre tentei sentir por você, mas busquei em vão todos estes anos. Parabéns, Bella. Você está livre pra se jogar na cama de Edward Cullen e tentar durar mais do que uma semana lá.

- Então é isso? – ela me encarou com olhos doloridos – É assim que acaba uma amizade de tanto tempo? Não valeu de nada?

- Valeu sim, Bella. – eu respirei fundo, tentando não desabar – Eu ainda amo você, mas este é um amor que não nasceu pra dar certo. Eu não direi "nunca mais", eu só não quero ver você por enquanto. Eu preciso me curar deste sentimento destrutivo e louco que eu tenho por você. E você precisa crescer, sem depender de mim para aquecer a sua cama toda vez que você se sente carente. – passei a mão pelos cabelos – É aqui que termina este erro que nós tentamos classificar como um namoro. – ela não disse mais nada, apenas pegou a bolsa caída no chão e entrou no primeiro táxi que viu na frente, de um jeito intempestivo. A dor veio, inevitavelmente, e eu chorei como não me lembrava de ter feito em muitos anos. Aquele era o trágico fim de uma quase história de amor.

"well, I'd never want to see you unhappy

I thought you'd want the same for me

goodbye my almost lover

goodbye my hopeless dream

I'm trying not to think about you

can't you just let me be

so long my luckless romance

my back is turned on you

should have known you'd bring me heartache

almost lovers always do"

EDWARD

Eu estava na minha suíte do Cullen Plaza, exatamente como fazia sempre que voltava de uma viagem longa, para me recuperar do fuso horário com mais tranqüilidade. Usando nada além de cuecas de seda, eu me joguei na cama ampla e confortável, fitando o teto do quarto e pensando nela.

Nunca um beijo significou tanto, ou foi tão prazeroso para mim. Eu estava acostumado com o jogo da sedução e nunca com o prêmio em si. Eu invejava Jake, por ser uma parte tão inegável da vida dela, invejava por ele estar sempre na mente dela, mesmo que ela não sentisse nada além de amizade. Eu queria aquela certeza, de saber que ela se preocuparia comigo, pensaria em mim boa parte do dia e chegaria até mim no fim do dia só pra perguntar como eu estava. Era uma necessidade boba, mas de alguma forma eu sentia que era aquilo que faltava na minha vida.

Recebi telefonemas seguidos de Alice, mas não me dei ao trabalho de atender, apenas fechei os olhos, me lembrando dos detalhes daquele beijo solitário em Paris. Lembrando do quanto ela me evitou depois e o quanto aquilo me deixou louco. Ouvi batidas frenéticas na porta do quarto, eu estava realmente disposto a ir até lá e mandar o infeliz para o quinto dos infernos. Ainda usando apenas a cueca de seda, fui até a porta e a abri rapidamente. Qual não foi minha surpresa ao ver Bella parada na minha frente, com os olhos vermelhos, cabelos bagunçados e um calhamaço de jornais na mão.

- SATISFEITO, EDAWRD! – ela gritou atirando os jornais contra mim e me pegando de surpresa – Você acabou com a coisa mais importante que eu tinha na vida! "Candidata a Mrs. Cullen", "Nova presa", até de aproveitadora me chamaram!

- Do que está falando, Bella? – ela avançou pra cima de mim desferindo socos contra o meu tórax – FICA CALMA!

- Estou falando de você e dessas manchetes malditas! – segurei os pulsos dela com força, impedindo ela de continuar me agredindo, mas aquilo estava mexendo comigo de uma maneira um tanto perigosa. O corpo dela ter se colado ao meu piorou ainda mais as coisas.

- Eu não sei do que você está falando, Bella. – eu mantive minha voz baixa e rouca, bem próxima ao ouvido dela – Apenas se acalme. Jake fez alguma coisa com você?

- Ele... – ela engasgou – Ele terminou tudo... Por causa daquele maldito beijo!

- Bella, aquilo não foi um erro, apenas aconteceu. – ela se agitou novamente, tentando me agredir. Fechei a porta com o pé e a prensei contra a parede, imobilizando-a – Fica calma, ou vou te machucar.

- Me larga! – ela falou ríspida. Minha boca se colou a orelha dela, beijando o lóbulo e fazendo Bella arrepiar.

- Agora que você está aqui, solteira? – minha voz saiu rouca e perigosa – Não sou louco o bastante, muito menos forte o bastante para fazer isso. – prendi as mãos dela sobre a cabeça e antes que ela pudesse falar alguma coisa eu a beijei furiosamente, com toda frustração de duas semanas sem um contato com ela. Minha boca correu para o pescoço dela, beijando e sugando com força, enquanto ela ainda tentava lutar. Sussurrei – Além do mais, você não tem para onde ir. Eu vou cuidar de você, Bella.

- Você não consegue cuidar nem de si mesmo. – ela falou, mal contendo um suspiro. Aquilo me acertou bem no meio do ego. Eu podia cuidar de mim e principalmente, cuidar dela. Afinal, eu queria cuidar daquela garota perdida e sozinha.

- Eu vou te provar que está errada. – minhas mãos soltaram as dela cuidadosamente, sem que nossos corpos se separassem – Você confia em mim, mais do que gostaria de admitir, do contrário por que teria vindo até aqui?

- Pra tentar te matar? – ela respondeu ironicamente. Meus dedos percorreram o caminho traçado pelas lágrimas anteriormente e depois pousaram sobre a boca dela.

- Bella, eu não quero a sua virgindade, não quero as suas memórias de faculdade, não quero suas respostas sobre pressão. – beijei o rosto dela, sentindo o gosto das lágrimas.

- O que você quer, Edward? – a voz dela saiu baixa e controlada. Minhas mãos entrelaçaram as dela com cuidado e reverencia.

- Isso é uma dança como as outras, Bella. – minha mão pousou sobre a cintura dela, enquanto eu segurava a outra como numa valsa para colocar ao redor do meu pescoço – Não olhe para o chão, não olhe pra trás, apenas confie em mim. – a boca dela não conseguiu produzir som algum, ficou ali, aberta, num convite mudo irrecusável. Eu a beijei intensamente, sentindo o gosto dela misturado ao sal das lágrimas, acariciando a língua dela com a minha.

Minhas mãos a seguraram possessivas e urgentes, mantendo os corpos unidos e guiando minha Bella, sem que ela notasse. A maneira como ela se movia era vaga e pouco segura, como alguém que está perdido. Ela estava cega, surda e muda, eu estava agindo como seu guia. Os passos tortuosos continuaram até a beira da cama, onde eu a deitei com muito mais cuidado do que me julgava capaz, enquanto me livrava do casaco que ela vestia e desabotoava o vestido dela.

Meus dedos mal tocavam a pele dela, enquanto faziam desenhos invisíveis, provocando suspiros e gemidos baixos. Às vezes ela tentava me repelir, mas era tudo confuso de mais, tudo muito mais certo do que deveria ser. Mesmo que a consciência dela ordenasse que aquilo deveria ser errado e impedido, eu não a deixava ir, eu não permitia que ela pronunciasse uma única palavra. Era a minha vontade, era a minha necessidade de ter Bella. Soltei o soutien dela e senti os mamilos enrijecerem contra as palmas das minhas mãos.

Separei o beijo por um momento e parei as caricias. Bella fez menção a se levantar da cama, mas mantive o peso do meu corpo sobre o dela, enquanto minha mão alcançava a gravata que eu havia deixado sobre o criado mudo. Eu encarei Bella com um sorriso cheio de idéias. Ela pareceu se assustar com aquilo.

Suspendi as mãos dela, de modo que ficassem unidas a cima da cabeça e próximas a cabeceira de barras metálicas da cama. Amarrei a gravata ao redor dos pulsos de Bella e depois os prendi firmemente a cabeceira da cama. Eu desci da cama e admirei a cena de longe, enquanto minha prisioneira me encarava chocada.

Fui até a cadeira onde meu paletó estava e tirei de dentro do bolso interno um lenço de seda que Alice havia me dado a alguns anos. Costumava ser muito útil para este tipo de idéia que eu tinha em mente. Eu dobrei o lenço, fui até Bella e a vendei com ele.

- Edward! – ela protestou – Me solte! – uma pena que ela estava vendada e não pode ver o meu sorriso. Meus dedos alcançaram a calcinha dela, deslizando-as até que Bella estivesse totalmente nua, em seguida retirei a única peça de roupa que eu vestia. Separei as pernas dela e me posicionei entre elas.

- Relaxe, Bella. – sussurrei ao ouvido dela, fazendo-a arrepiar – Apenas confie em mim. – a esta altura eu já estava mais do que excitado, mas ainda não era a hora. Meus lábios foram até a boca dela mais uma vez, beijando-a com luxuria e em seguida descendo pela garganta, vale dos seios, ventre, até chegar aonde eu queria. Minha língua passou pelo clitóris dela, fazendo-a gemer alto, em seguida invadindo ela inteira e sentindo o sabor dela como se fosse a mais saborosa das iguarias. Bella se contorcia, impossibilitada de ver o que eu estava fazendo, ou usar suas mãos de alguma maneira, apenas gritando para extravasar o prazer cego, até não agüentar mais e gozar na minha boca. Céus! Ela era deliciosa!

Me posicionei mais uma vez entre as pernas dela, deixando minha boca colada ao ouvido dela, e me divertindo com a reação dela ao sentir meu pênis na entrada.

- Você é deliciosa, sabia? – minha voz rouca, mal saiu da minha garganta – Tente adivinhar o que vem agora. – minha mão desceu até as nádegas dela, apertando com força – Tem noção do quão cuidadoso estou sendo, Bella? Normalmente não sou tão paciente, nem tão dedicado. Isso é só pra você. – comecei a penetrá-la lentamente, ouvindo os gemidos dela – Está vendo? Está vendo como eu fico por sua causa? – eu estava totalmente dentro dela, me movimentando lentamente e aumentando a velocidade à medida que ela gemia. – Você está tão molha. Tão apertada por mim!

Bella se contorcia embaixo de mim, me excitando ainda mais. Cada vez mais rápido, mais intenso e mais próximo do fim. Eu a beijei como um desesperado, colando nossos corpos e chamando por ela entre um beijo e outro. Eu estava muito próximo do fim, eu precisava sentir que ela também estava. Eu senti cada músculo dela se contrair violentamente, me apertando e me levando a loucura. Num ultimo movimento eu cheguei ao clímax, me derramando dentro dela.

Retirei a venda dela e desamarrei as mãos. Bella perecia ainda se recuperar do orgasmo, sentindo o corpo lento e pesado. Eu a puxei para os meus braços e a abracei com força.

- Por que fez isso, Edward? – ela perguntou com a voz ainda entorpecida.

- Porque eu te amo. – era a primeira vez que eu falava aquilo, com uma certeza tão grande e com tanto significado – Porque você não precisa se sentir só, ou abandonada. Porque eu estou do seu lado e não pretendo sair.

- Está querendo provar que pode ser igual ao Jake? – ela olhou profundamente nos meus olhos. Eu não queria ser como aquele cão sarnento.

- Não. – falei diretamente – Estou querendo te mostrar que você sente algo por mim que não sentia por ele. Você nunca me viu como um amigo, Bella. Muito menos como um irmão.

- Quanto tempo vai durar isso, Edward? – ela disse sonolenta. Meus olhos estavam pesados.

- Eu não sei, Bella. – minha voz estava baixa – Mas acho que é pra sempre. – foi a ultima coisa que me lembro de dizer, antes de pegar no sono.

"we walked along a crowded street,

you took my hand and danced with me,

images

and when you left you kissed my lips,

you said you'd never, never forget these images

well, I'd never want to see you unhappy

I thought you'd want the same for me"

JACOB

"goodbye my almost lover

goodbye my hopeless dream

I'm trying not to think about you

can't you just let me be

so long my luckless romance

my back is turned on you

should have known you'd bring me heartache

almost lovers always do"

Nessie chegou em minha casa por volta das nove da noite. Ela havia saído do plantão e passado na própria casa para trocar de roupas. Ela não parecia nem um pouco confortável ali, mas não disse nada sobre o incidente quando notou que eu estava uma bagunça sobre duas pernas.

- Me desculpe por aquela cena de hoje, Nessie. – eu disse oferecendo o sofá para ela se sentar – Não era pra ter sido daquele jeito.

- Como ela reagiu? – ela disse assim que se sentou.

- Como uma dama. – eu me sentei ao lado dela e a puxei para os meus braços – Eu estava bem mais exaltado do que ela.

- Vocês se entenderam? – eu senti a insegurança na voz dela. Nessie não era o tipo de garota que acaba com uma relação, era do tipo que você encontra uma vez na vida e constrói uma família com ela. Eu imaginava o quanto àquilo era ruim para ela.

- Não tem volta, Nessie. – ela prendeu a respiração – Eu não quero mais sofrer por ela, não quero mais perder tempo amando alguém que não sente nada por mim além de uma necessidade doentia de me ter como um bicho de estimação.

- Jacob, eu não queria que acabasse assim. – ela se afastou de mim e escondeu o rosto entre as mãos. Eu a abracei e afaguei seus cabelos acobreados.

- Ia acabar de qualquer jeito, Ness. – eu disse baixinho – Estávamos em fase terminal dês do dia que oficializamos.

- Acho que é melhor se eu for embora. – ela disse e uma onda de pânico correu pelas minhas veias.

- Você não vai fazer isso. – eu apertei mais o abraço – Ness, você não vai embora, muito menos me deixar.

- Jake, foi um dia cheio. Você está confuso e nós não precisamos ter esta conversa. – ela usou aquele tom de voz que as professoras de jardim de infância usam.

- Precisamos, Ness. – eu disse com tom definitivo – Eu quero que você entenda uma coisa. Eu acabei de fechar um capitulo da minha vida e começar outro. Eu não quero mais me sentir incompleto.

- Não precisa dizer isso, Jake. – ela encostou a cabeça no meu peito.

- Sim, eu preciso. Eu quero dizer, não porque você está me pedindo, ou porque me sinto obrigado. – respirei fundo – Eu amo você, Ness. – ela estremeceu – Foi rápido, repentino de mais, eu sei.

- Jake...

- Não precisa dizer o mesmo só porque se sente pressionada. – eu cortei antes que ela dissesse alguma coisa – Não é o que eu sinto pela Bella, mas é intenso e muito forte. Eu me apaixonei por você, garota, no momento em que você me falou de milagres. Você é o meu milagre. – senti as lágrimas descerem pelo rosto dela. – Não chora, monstrinha.

- Eu preciso, Jake... – ela disse entre um soluço e outro – Eu preciso dizer que eu sou a mulher mais feliz do mundo!

- Monstrinha... – beijei o alto da cabeça dela, sentindo mais uma vez o cheiro do cabelo.

- Eu também te amo, Jacob. – meu coração falhou uma batida – Eu não consegui evitar a sensação de que minha felicidade depende de você, no momento em que eu vi você desesperado naquela sala de espera.

- Fica comigo, monstrinha? – sussurrei ao ouvido dela. Nessie virou a cabeça e colou a boca a minha orelha, mordendo-a de maneira sensual. Não contive o rosnado baixo que se formou na minha garganta.

- Pra sempre, se você quiser. – ela falou rouca.

- Vou me lembrar desta fala no dia que eu resolver te pedir em casamento. – eu já estava mais do que excitado. Deitei Nessie no sofá e com toda minha possessividade eu a amei loucamente, marcando meu território de maneira definitiva.

"I cannot go to the ocean

cannot drive the streets at night

cannot wake up in the morning

without you on my mind

so you're gone and I'm haunted

I'll bet you are just fine

did I make it that easy to walk

right in and out of my life?

goodbye my almost lover

goodbye my hopeless dream

I'm trying not to think about you

can't you just let me be

so long my luckless romance

my back is turned on you

should have known you'd bring me heartache

almost lovers always do"


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Notas finais do capítulo

A música deste capitulo é "Almost Lover" da banda A Fine Frenzy e eu acho que se encaixa bem nas diferentes histórias de amor conturbadas que temos aqui.



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