Por Toda a Vida escrita por Caah_cherrybomb


Capítulo 2
Vida, proposta e Memórias.


Notas iniciais do capítulo

eu ia esperar ter uma boa quantidade de review.
mas, achei melhor postar o primeiro capitulo.
nao me perguntem porque. só sei que postei.
é só isso. beijos e curtam o cap



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Vida, proposta e Memórias.

O dia começou ensolarado em Seattle. Os carros nas ruas, em plenas 6:00 da manhã já andavam apressados. O congestionamento não era grandioso, mas alguns estressados reclamavam da pequena fila em que estavam.

Seatlle não era uma cidade tão grande assim. Porem uma imensidão de arranhas céus, fazia com que a cidade fosse uma mostra perfeita de modernidade e economia.

Entre aqueles carros congestionados, a mulher de cabelos castanhos avermelhados, olhos castanhos escuros e intensos e pele branca ouvia sua musica clássica baixinho dentro do seu Fiat línea preto, enquanto a garota de cabelos lisos e castanhos, levemente puxado pra um bronze, e os olhos verdes tão intensos, que fazia seu dia feliz tomava seu shake de chocolate.

A garota vestia uma saia xadres acima dos joelhos, uma blusinha manga ¾ branca e uma gravata vermelha, da cor do suspensório pregado na saia. Os sapatos pretos semelhante a um veludo nos pés, por cima das meias brancas, estava ainda despertando. A mãe precisava ir mais cedo pro hospital, por isso teve de levantar a filha mais cedo, deixando-a mais cedo no colégio.

—Mamãe, semana que vem terá o festival da escola. Você vai me ver cantar?

—è claro que vou meu amor. Acha que eu deixaria de ir ver você cantar e ter mais um pouco de orgulho de você?—Respondeu com um sorriso, sem tirar os olhos do caminho.

A garota riu alto, fazendo a mulher fechar os olhos por um instante, curtindo a risada da filha. Toda vez que ria, que a olhava intensamente com aqueles olhos verdes, fazia ela se agradecer profundamente de Deus a ter abençoado, fazendo com que de algo horrível, nascesse esse ponto de luz na sua vida, sua estrelinha, a sua vida se resumia a ela.

Dirigiu por mais um tempo, logo parando em uma escola grande, de paredes azuis e borboletas amarelas e rosas.

—Tchau mamãe, eu te amo.– Disse a garota se inclinando entre os bancos e dando uma beijo na bochecha de sua mãe.

—Também te amo querida. Comporte-se.— Disse quando a filha já havia descido do carro.

—Pode deixar. Beijos.

Disse antes de sair correndo na direção da porta da escola.

Ela ligou o carro e fez rugir o motor, querendo saber logo o que a esperava no hospital.

Era ansiosa e curiosa demais, dois defeitos que ela mesma detestava, mas não conseguia segurar ou impedir. Falava mais alto que ela.

Sempre foi uma mulher que se deixava levar pelas emoções e sensações, nunca pensava nas conseqüências de suas atitudes, ate que um dia se arrependeu profundamente da sua ingenuidade.

Só de pensar em toda a dor que sentiu seu peito doía. O que tinha tudo pra ser uma noite perfeita, se foi em um piscar de olhos.

Tudo o que ela acreditava, todos os planos e sonhos se desfizeram, enquanto era humilhada pra mais de 300 pessoas.

Foi motivo de chacota, risadas e humilhação, por alguém que pensou nunca a fazer sofrer.

Respirou fundo engolindo o soluço que ameaçou sair, junto das lagrimas que teve que afastar de seus olhos.

Verdade seja dita, não podia odiar a fonte de tudo aquilo, pois graças a ele, teve sua filha. A pessoa mais importante de sua vida. Morreria por ela, e se fosse preciso,  voltaria a vida, mesmo sofrendo, por ela.

Mas alem de odiá-lo, ainda sentia em seu interior, bem no fundo de seu ser, que ainda nutria algo por ele.

Droga, não podia simplesmente esquecê-lo? Tinha que viver toda a sua vida, durante dez anos se remoendo, se amargurando por algo que nunca existiu?

Não entendia sua cabeça, não entendia a confusão que ainda se instalava nela.

Pensava que era por conta de ser seu primeiro amor, mas a verdade, era que fora seu único.

Fora o único a qual ela amou, a qual a beijou, fora o único a qual a usou e a jogou fora, como um lixo.

Fechou-se então para o mundo, concentrando-se apenas em sua filha e sua carreira.

Mesmo ninguém acreditando nela, ninguém pondo fé nela, conseguiu com uma filha recém nascida nos braços, sem o pai e sem a sua própria família, concluir a sua faculdade de medicina, tornando-se assim a melhor cirurgiã geral que os hospitais de seatlle já havia visto.

Na época, sentia que deveria partir pra bem longe, pra outro pais se fosse preciso, mas não poderia, como estudaria e deixaria sua filha com estranhos? Então deixava sua filha em um berçário, enquanto graças a uma maravilhosa prova, conseguiu uma bolsa integral de medicina.

Ralou, se desgastou, mas conseguiu. A pequena criança deu a ela forças pra viver.

Lutou durante dez anos pra dar o melhor pra sua filha, e conseguiu. Graças a muito esforço, e a sua dedicação aos estudos, pulou alguns módulos da faculdade, conseguindo fazer em 8 anos, sua faculdade e sua especialização.

Mas mesmo com sua cabeça sendo totalmente ocupada por estudos, trabalhos e uma filha,ela se via todas as noites chorando em seu travesseiro, no escuro de seu quarto, revivendo cada momento, cada minuto de tudo aquilo, que um dia acabou.

Queria esquecer seu passado, queria esquecer ele, mas não podia. Como o esqueceria se toda vez que olhava pra sua filha ele estava lá?

Os mesmos olhos, a mesma cor de cabelo, o jeito como estreitava os olhos quando irritada.

Mesmo sem a filha ter ao menos conhecido o pai, tinha mais dele do que qualquer pessoa poderia copiar convivendo com ele.

E a menina sempre sentiu vontade de conhecer o pai, sempre chamou por ele, mas ela nunca pode.

Não por ela não querer, ma por apenas sentir medo da reação dele, alem de não saber que caminho ele tomou.

Na verdade, bem que queria ter coragem pra saber dele. Na verdade, no seu intimo, queria poder ser sua mulher, e seguir pelo resto da vida seus passos.

Deixou os pensamentos e divagações de lado, e entrou no estacionamento da enorme construção.

Se tinha algo grandioso em Seatlle, esse algo era o hospital central.

Saiu do carro e andou a passos apresados pelos corredores.

As enfermeiras olhavam aquela mulher de cabelos castanhos avermelhados, com seus passos determinados e decididos em cima de seus stiletos e ansiavam um dia, poder ser como ela.

Verdade também seja dita, era uma cirurgia exêlente. Ganhara prestigio no hospital com toda a sua dedicação.

Não podia fazer plantão já que tinha uma filha pequena, mas as 10 horas que trabalhava ali,

eram as horas mais trabalhosas, difíceis e felizes de seu dia.

Salvar vidas sempre foi o sonho dela, e concluir seu sonho a cada dia, era gratificante.

Abriu seu armário e pegou seu jaleco. Vestiu por cima de sua calça jeans apertada e

sua blusa social lilás, saindo de sua sala e indo tomar um café, antes de ir para a sala de seu chefe.

As vezes a irritava um pouco ver todas aquelas pessoas vestidas de branco, mas logo se lembrava que amava aquilo, e que qualquer coisa, era nada comparado ao prazer de salvar vidas.

Perdeu 10 minutos no restaurante do hospital e pegou o elevador, se dirigindo ao ultimo andar do enorme prédio.

Bateu na sala do Dr Jenks e ao ouvir o “entre” que ele anunciou com sua voz grave e cansada, abriu a porta, e entrou.

—Dra Swan, muito bom dia.

Ela apenas assentiu com a cabeça e se sentou. O Dr Jenks estava nervoso, enxugava a careca com um lenço branco, enquanto olhava a mulher a sua frente.

Ela passava uma imagem intimidante pro homem, que engolia em seco, enquanto escolhia bem as palavras para falar a ela.

—Bom Dra Swan. É de meu conhecimento que a sua fama tem se espalhado por ai. E devo dizer, que é uma fama ao qual me agrado. É uma medica maravilhosa, e essa fama se espalhou, chegando a ouvidos um tanto que... promissores.

Bella ergueu as sobrancelhas, tentando entender a onde o homem queria chegar. Ele estava nervoso demais, e dando voltas, tentando evitar falar do assunto abertamente, e isso queria dizer que ela não gostaria da história. Fez um aceno com a cabeça, o fazendo prosseguir.

Dr Jenks respirou fundo e tentou controlar os batimentos cardíacos. Ela o mataria se ele fosse direto? Pois sabia da fama dela durante a faculdade. Os meninos vinham se engraçanhar com ela, e a jovem lhe acertava o meio das pernas. Um dia ate tentou afogar um garoto no banheiro por ele ter espalhado calunias sobre ela. Mas ele era o seu chefe, ela não o atacaria. Atacaria?

—Bom Dra Swan, o hospital central de Los Angeles tem grande interesse em você. Eles me mandaram uma proposta, ao qual eu devo apresentá-la a você. Eles querem que a senhora assuma a ala da cirurgia, junto a um outro cirurgião. Eles acham que juntos vocês farão um maravilhoso trabalho.

Ela sabia a fama que tinha dentre os hospitais da região. Mas chegar ao grandioso hospital de LA? E ser chamada para fazer parte do grupo de cirurgiões?

Era uma coisa inovadora pra ela. Ficou tentada não poderia negar, mas tinha sua tranqüilidade em Seatlle, seu conforto. E tinha Reneesme. Sua pequena garota gostava da cidade, tinha tudo o que precisava ali.

Mas era uma ótima oportunidade.

Precisava conversar com Reneesme primeiro. Disse ao Dr Jenks que pensaria no caso, e o informaria no dia do seu plantão, que seria a exatos dois dias.

O dia dela foi corrido. Uma desgastante cirurgia de 4 horas, por conta de uma crânio fraturado em um acidente de carro. Teve que auxiliar uma estagiaria, e uma reunião de extrema importância no período da tarde. Tirando isso, o dia dela ate poderia ser normal, se não fosse o fato de uma proposta incrível estar mexendo com a cabeça dela.

Precisava pensar, precisava entender tudo o que poderia acontecer. As conseqüências disso, o que aconteceria com sua filha se ela fosse? Reneesme aceitaria ir? Por mais que esteja tentada a ir, sua filha é mais importante que tudo, e a infelicidade dela, é sua própria infelicidade.

Depois de seu expediente terminado, pegou seu carro e foi buscar sua filha. Ao parar na porta da escola,

a linda garota estava com a bolsa nos pés, as mãos tinha um enorme pedaço de bolo.

Ela sorriu e entrou correndo no carro, no banco de trás pos o cinto e se acomodou.

—Comendo bolo antes do jantar querida?— Perguntou Bella.

—Desculpe mamãe, mas eu estava com fome. Hoje deu cachorro quente, e eu não gosto de salsicha.

Reneesme tinha um pequeno problema, odiava ovos e salsichas. Ela tinha uma mania de cheirar a comida antes de comer,

e o cheiro de ambas a enjoavam.

Bella não forçava a filha a nada. Por ser sua princesinha, Reneesme poderia muito bem ser uma garota mimada. Mas não.

Era doce, educada, gentil, carinhosa e compreensiva. E Bella estava contando com isso quando fosse lhe falar sobre a proposta em LA.

Chegaram na enorme casa. A mãe de Bella, Renne não entendia porque a filha morava em uma casa tão grande, se eram só ela e a filha.

Mas Bella justificou dizendo que sua filha precisava de espaço. O que era verdade, e era um espaço muito bem ocupado. A casa de dois andares,

com uma enorme garagem subterrânea  havia custado os olhos da cara. Bella decorou a casa da melhor forma possível.

E em todos os cômodos haviam proteções para Rennesme,

como o piso que não fazia ela derrapar, as proteções anti-quedas, os tapetes seguros em todos os cômodos, inclusive no banheiro, redes nas janelas impedindo-a de cair. Na escada, havia um corrimão baixo para que ela se segurasse quando a usasse. Todas as coisas dela, estavam em uma altura baixa o suficiente para que fosse fácil dela pega-las.

Poderia parecer exagero, mas Bella era preocupada demais com a segurança da menina.

—Anda logo pimpolha, pro chuveiro. Veja sua roupa, esta toda suja.— dizia Bella enquanto corria atrás de Reneesme para o andar de cima,

levando-a para sua suíte, onde tomaria banho.

Já no chuveiro, Bella recolhia as roupas do cesto, enquanto atrás do boxe Reneesme cantava com a escova sendo feita de microfone.

—Nós Aqui estamos pra brincar com você, tem muita diversão e coisas pra se fazer, comer na casa da vovó, fazer de tudo,

jogar bola. Descer no escorrega, GRITAAR. O Pernalonga, o Patolino, o Taz e a Lola vem, piu-piu é tão fofinho,

queremos você também. Estamos animados venham já de uma vez, baby looney tunes e vocês

Deixou ela no quarto assistindo TV, e desceu pra cozinha preparando o jantar, enquanto falava com sua mãe.

—É eu sei mamãe. Mas tem a Reneesme. E se ela não gostar?— Perguntou Bella a mãe no telefone.

—Você conhece ela querida. Ela nunca iria falar por não querer te machucar.— Respondeu a voz tranqüila do outro lado da linha.

—Eu sei. E  é por isso. já imaginou se ela esta infeliz, e não me conta por não me querer infeliz? Por querer me agradar? Eu não quero magoá-la.

—A única coisa que a magoa querida, é não conhecer o pai.

Bella suspirou.— Ela ainda tem perguntado por ele?

—Todos as vezes que vem aqui. Ela quer conhecê-lo Bella. Ela precisa conhecê-lo.

—Não. Ela não precisa. Ela não vai.

—Bella você não pode privá-la disso. Eu não te privei de conhecer Charlie.

—Com vocês foi diferente mamãe. Ele não fez com você o que ele fez comigo.

—Bella. Você não quer que sua filha o conheça, ou você não quer vê-lo por ainda não o ter esquecido?

Bella respirou fundo. Fechou os olhos e viu a imagem daquele rapaz de 17 anos que ela tanto amou, e que a fez sofrer tanto.

—Como posso esquecê-lo mamãe? Como esquecê-lo se toda vez que olho pra minha filha ele esta lá?

Bella encerrou a ligação dizendo que o jantar estava pronto. Chamou sua filha e se sentaram a mesa.

—Mamãe? Aconteceu alguma coisa?— Perguntou Reneesme. A garota era muito perceptiva. Perceptiva como o pai pensou Bella. Não conseguia mentir nem esconder nada pra ela.

Como não conseguia com ELE.

—Preocupações com o hospital.Só isso meu amor.

Reneesme olhou pra ela e ergueu a sobrancelha, num gesto claro que não tinha acreditado. Meu Deus, a garota a conhecia melhor do que ninguém.

Por vezes parecia ela ser a mãe,

e Bella a filha sendo pega na mentira.

—Eu recebi uma proposta de emprego.— Bella disse simplesmente.

—E isso é bom, não é?— Perguntou a pequena, que sabia que não era só aquilo. Conhecia muito bem a mãe, e sabia que algo a incomodava.

E como sempre ela tinha algo a ver com essa preocupação.

—Bom. É em outra cidade meu amor. Em Los Angeles. É uma ótima proposta, mas eu não sei. Estou pensando em não aceitar.

—Você quer não quer?— Perguntou.

—Sim. Mas eu tenho medo de você não se enquadrar lá querida. De não gostar.

—Eu vou gostar mamãe. Fica tranqüila.

A garota sorriu e desceu de sua cadeira, se encaminhou ao lado da mãe, que a pegou no colo e a abraçou.

—Você é perfeita sabia?— Bella perguntou lhe beijando a testa.

—Eu sei. Todos dizem isso.—Reneesme respondeu brincando, enquanto limpava uma suposta poeira dos ombros.

—E convencida também.

Convencida como seu pai pensou.

.-.

As coisas já estavam preparadas pra viagem. Bella já havia dado a resposta pro Dr Jenks, que havia lhe garantido que tudo tinha corrido bem.

A apresentação de Reneesme já tinha acontecido, e amanhã elas partiriam.

Bella estava deitada em sua cama, havia empacotado coisas o dia todo, estava exausta.

Ouviu batidas na porta e levantou o corpo, vendo a pequena criatura com pijama de vaquinhas e meias brancas entrando no quarto, com um sorriso tímido e uma caixa preta nas mãos.

Bella gelou quando reparou na caixa. Como Reneesme havia conseguido aquilo?

A menina subiu com dificuldade na cama e se sentou na frente da mãe. sabia que ela teria aquela reação quando visse a caixa. Sabia que estava tomando atitudes erradas, mas precisava.

Incrível como Reneesme com apenas seus 10 anos já era tão esperta e madura. E conhecia a mãe. Conhecia o suficiente pra saber que as suas atitudes poderiam trazer conseqüências pra ela.

—Sabe mamãe. Na escola, no dia da apresentação. Todas as minhas amigas estavam acompanhadas da mãe e do pai. Menos eu. Todas as minhas amigas convivem com o pai, menos eu.

Eu nem sequer o conheço. Eu sei que eu deveria entender, que eu deveria respeitar o seu silencio, a sua fuga deste assunto. Mas eu acho que eu tenho direito de saber quem ele é.

A garota entregou a caixa pra mãe, que com as mãos tremendo notou que ela estava muito bem trancada. Reneesme desceu da cama e foi ate o guarda roupa da mãe,

onde pegou um porta jóias vermelho de veludo e o abriu. Jogou as jóias em cima da cama, e abriu um fundo falso dentro do porta jóias, tirando dela uma pequena chave. 

Olhou pra mãe que acompanhava cada passo da filha e lhe deu a chave. Bella segurou firme na sua mão a chave e olhou pra filha com um olhar frio.

—Sei as conseqüências que isso me trará, mas eu preciso saber. Eu ainda não abri, pois as lembranças pertencem a você.

Mas eu sabia desde o inicio onde cada um destes estavam. Vovó me contou.  Não fique brava com ela, eu posso ser bem convincente quando quero.

Bella havia perdido a fala. Sua filha agiu errado? Agiu. Mas tinha que entender. Era a vida de Reneesme. Ela precisava saber.

Respirou fundo e chamou a filha pra se sentar ao seu lado. Abriu a caixa e pensou que eram só lembranças, nada era real o suficiente para fazê-la sofrer.

A primeira coisa que viu foi uma foto dele.  Se lembrou de todos os sorrisos, todas as palavras bonitas. Merda, hoje pagaria por seus pecados.

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—Você se parece muito com ele. Os olhos, os sorriso, os cabelos. O jeito que sabe como eu minto.— Bella disse dando a foto pra filha ver.

Reneesme admirou a beleza daquele homem. Parecia um modelo.

—Ele é lindo mamãe. Como era conviver com ele?

—Ele era um pouco atentado. Adorava pregar peças nas professoras. Quando o conheci jurava que ele era nerd, por conta das roupas que ele usava. Mas ele sempre gostou de xadrez. Era muito namorador. Não parava com uma garota só. Ele não era o estilo sentimental, mas sabia tratar uma mulher. Sabia conversar, era divertido e esperto. Colava de mim nas provas, e eu deixava. Ele era um pouco irresponsável, mas era um bom rapaz.

—A senhora ainda gosta dele?

A pergunta pegou Bella de surpresa. Gostava? Não né?  Só não o havia esquecido.

—Posso o considerar um grande amigo.

Bella passou horas falando de Edward. Não tudo, mas o que ela poderia, e agüentava contar. Rennesme havia visto uma foto dos dois juntos dentro da caixa e pediu pra ficar com ela. http://images.orkut.com/orkut/photos/OgAAAFNkZo2yAEVCqnb3GZ2twH9NlUXHLCVybTL6rL2oSvJ70VR9hISllrY-kMcuHx05uC6AjxuiwWMDie9rIGbM-TMAm1T1ULtmzVMJFMaeigT814XuIK8lidlI.jpg

Bella deixou, e por fim guardou a caixa, não querendo mais viver as lembranças.

Quando por fim deitou em sua cama, não queria pensar em mais nada. Porém, as lembranças, como todas as noites vieram em sua mente. E enquanto a dor tomava conta do seu pequeno e frágil coração, ela secava as lagrimas e

pensava que talvez indo pra La as coisas mudassem.

E ela pudesse esquecê-lo.

.-.

—Edward isso não pode continuar.— Dizia a baixinha de cabelos lisos e curtos. Os fios pretos eram apontados para todos os lados, por conta de um charmoso corte. As roupas elegantes e chamativas mostravam a maravilhosa estilista que era. Alice Cullen.

—O que você quer que eu faça? Que eu a mande embora? Eu não posso Alice, não posso.

Respondeu a voz aveludada. Estava vestindo seu jaleco por cima da calça jeans e a camisa pólo azul que usava. Tinha dormido na casa da irmã esta noite, pois não poderia dormir no seu apartamento.

—Eu faria isso se fosse você. Pelo amor de Deus Edward, assim não dá serio.

—Você não entende Alice. Eu simplesmente não posso.— Disse pegando as chaves de seu carro e sua pasta.

—Me explica.— Alice disse com as mãos na cintura. Seu irmão definitivamente era um cabeça dura. E um criança também. Pelo amor de Deus. Será que ele não entendia que era burrada tudo o que havia feito em sua vida?

—Você não entenderia. Ninguém entende Alice. Deixe tudo como está tudo bem? Eu me viro.

—Você não pode continuar assim  meu irmão, isso não vai te levar em nada.

Ele sorriu e se aproximou da irmã. Sabia que ela estava preocupada, como toda a família, mas eles não entendiam. Ninguém entendia. Ele tinha a vida dele naquele estado porque precisa estar assim. Precisava de tudo aquilo,

pois o passado o atormentava.

Todas as noites, se perguntava qual seria o preço que pagaria pelo que fez. Como poderia ter errado tanto na sua vida? Como poderia ter perdido a sua vida, por conta de algo tão idiota?

Adolescência maldita a que teve. Fizera alguém infeliz, e também era infeliz por isso.

Beijou sua Irmã na testa e saiu da casa dela, indo direto pro trabalho. Se passasse em seu apartamento, certamente se estressaria mais. Perderia a cabeça.

A cabeça dele já era trabalhosa demais, e ainda por cima tinha uma outra pra entender.

Mas nada disso importava. Esta noite havia tido um sonho. Havia sonhado com Ela. Na verdade, seu sonho foi mais uma memória. A memória daquele trágico dia,

onde ele destroçou uma vida alem da sua.

Respirou fundo e bateu a cabeça no volante de seu volvo prata. Mas inferno, como se arrependia de cada passo.

Se arrependia de cada palavra. Talvez se não fosse tão influenciável e idiota, sua vida seria melhor.

Ele queria poder ter uma segunda chance. Mas não poderia. Ele deveria ser castigado por tudo. Deveria sofrer por tudo. Era um tremendo de um imbecil.

Chegou no hospital, andando pelos corredores sob os olhares cobiçosos das enfermeiras. Não se importava para aquilo, na verdade, se importava.

Achava repulsivo todas aquelas mulheres mandando aqueles olhares, e dando aquelas diretas e insinuações.

Pareciam mais adolescentes com hormônios a flor da pele. Diachos, adolescentes que ele pegava na sua adolescência com muito bom grado.

Se arrependimento matasse, já estaria a 7 palmos da terra.

—Dr Cullen. Espere preciso falar com o senhor.— Disse um homem alto, de pele morena, cabelos curtos e negros.

Aquele era Jacob Black. Seu chefe, e a porra de um karma em sua vida.

—Fala

Não era segredo pra ninguém que os dois não se bicavam. Por diversas vezes, as enfermeiras do hospital já presenciaram os dois brigando feio,

ora com socos, outrora com palavras apenas. Eles se esforçavam pra manter a relação inimiga amenizada. Pois Jacob era seu chefe,

e ele era o melhor cirurgião.

—Consegui a cirurgiã perfeita pra equipe. Ela começara amanhã. E eu gostaria que  o senhor mostrasse o hospital pra ela.

Parecia que ele era um monitor de faculdade que deveria mostrar o campus pra novata. Assentiu e continuou seu caminho, seus passos pesados denunciavam os stress que sentia, e ninguém ousou atravessar seu caminho. Pois era patada na certa.

Entrou em sua sala e sentou na sua cadeira. Fez a mente trabalhar e esquecer o passado, mas não podia. A cada instante as lembranças voltavam, e se odiava por isso.

Mas também tinha seus problemas familiares. Havia brigado feio com seu irmão, por conta da irresponsabilidade dele, e agora  a família toda o havia como velhote. Poxa, depois de adulto, a responsabilidade, o juízo vinha a tona. Será que Emmet não entendia aquilo? Seus pais iriam sempre acobertar o irmão mais novo em tudo? Mais novo na idade. Emmet tinha 20 anos, e era muito irresponsável.

Porem sua aparência musculosa assustava a todos, e denunciavam um rapaz de 26.

Depois de conseguir ocupar sua mente apenas com trabalho, pode por fim ir pra casa. Porem as coisas não seriam tão fáceis assim.

Sua noite seria longa, teria uma grande discussão. E não estava preparado pra isso. quer dizer, vivia discutindo, mas não agüentava mais.

Mais um passo errado que deu na sua vida. Mas será possível que sua vida toda seria banhada a erros? Será que ele nunca teria sequer um acerto? 

Ou seria este o seu castigo? Seria esse, essa vida de erros impensados e irresponsáveis que o faria pagar por tudo que fez? Se fosse teria que aceitar.

Se pudesse voltar ao passado, faria tudo diferente. Queria entender o que o levou a tantas coisas impensadas.

Fugir de casa, se embebedar, roubar, se drogar, visitar prostibulos, quebrar vidros na escola. Assaltar  bancos.

Quantas noites já ficou preso por conta disso?

Não sabia, já perdera as contas. Mas a pior coisa que fez ainda vinha em sua mente. E uma dor confusa surgia em seu peito sempre que pensava nela.

Isabella.


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Notas finais do capítulo

ookay, o que achaam? este foi o primeiro capitulo. me deixem reviews e digam o que acham. bjs



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