Uma Luta contra os Mortos escrita por Recitara


Capítulo 2
Parte Dois




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Após algumas horas de inconsciência, Luana voltou a si, sentindo o forte vento no rosto. O carro estava em movimento e em alta velocidade. Mas quem dirigia? A garota, confusa, virou-se para o lado e pode ver o homem calmo que dirigia, como se estivesse a passeio.

- Quem é você? – perguntou Luana

- Me chamo Miguel. Trabalho como segurança daquele supermercado, ou melhor, trabalhava. Estava na minha sala quando ouvi o barulho das portas de vidro quebrando. Você entrou com carro e tudo. Sente-se bem?

- Sim. Acho que sim...

A expressão calma de Miguel transformou-se de repente.

- Você foi mordida por um daqueles bichos malditos?

- Não – respondeu Luana, apalpando o próprio corpo como que para confirmar sua resposta.

- Você tem certeza disso? Não estou disposto à correr risco algum. Posso muito bem te jogar pra fora do carro se você tentar me morder, ouviu bem?

- Já disse que não fui mordida, tá legal? Pra onde estamos indo?

- Não faço a mínima idéia. Não há lugares seguros. Estes malditos estão por toda parte. Onde você mora?

- Na Cohab. Graças a Deus, meus pais moram em Cotia, estão longe desse terror inexplicável.

- Você mora sozinha?

- Sim.

- Guarda alguma arma em casa?

- Pra quê diabos eu teria uma arma em casa?

- Prefere então ser devorada? Tornar-se uma daquelas coisas?

- Bem, eu...

- Tome isto. – disse o rapaz entregando um revólver à Luana – Acredite, na hora do perigo você saberá como usá-lo. Agora ouça com atenção, se quiser sobreviver. Mire apenas na cabeça desses desgraçados e, por precaução, guarde uma bala pra você. Se for mordida não haverá outra alternativa senão a morte.

- Eu já sei. Assisti a muitos filmes a esse respeito. Então quer dizer que George Homero decidiu fazer-nos uma vista?

- Quem? – perguntou Miguel irritado.

- Deixa pra lá...

O carro corria pela avenida com destino imprevisto. Pelas ruas da cidade, os mortos cambaleavam, aos montes, rugindo todos no mesmo tom. Era como se estivessem cantando juntos uma triste canção, escrita pelos demônios da morte.

Fim da Parte Dois


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