Angel In Disguise escrita por kouelho


Capítulo 2
Capítulo 2 - Someone Special


Notas iniciais do capítulo

Olá *-*

Bom, eu vim aqui postar pois já tem reviews o suficiente né? xD

Então, eu vou postar de acordo com os reviews, ok?

Espero que gostem do capítulo *-*



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-Pode me contar! A não ser que você não queira, pois se não quiser tudo bem... – ele cruzou as mãos em cima da mesa. Ele parecia um psicólogo, apesar de eu nunca ter ido em um. Mas a imagem que eu tinha de um psicólogo era essa. E naquela hora eu senti que eu precisava confiar nele como se ele fosse um psicólogo.

-Não, tudo bem, eu vou te contar... afinal eu estou precisando desabafar com alguém... o meu grande problema é a minha casa, ou melhor, as pessoas que moram nela – respirei fundo e vi que ele me observava atentamente –Meus pais. Eles são meus maiores problemas.

-O que eles fazem?

-Bom, eles são empresários e eu sempre tenho que ser o modelo de filha que eles querem mostrar para os amigos como se eu fosse um produto de beleza. Eu não posso fazer nada que eu quero, pois se eu fizer, vai estragar com a suposta honra da nossa família. Mas não pense que isso é só na frente dos amigos. Isso é em casa também! Quando eles estão em casa, ao invés de conversarem comigo, me darem carinho, eles ficam me instruindo em como eu devo agir na frente dos seus amigos!

-Que horror! Isso é ridículo!

-Eu sei Bill, eu sei... e tem outra, as pessoas só se aproximam de mim por interesse... eu nunca tive alguém que chegasse do meu lado e me perguntasse o que eu estou sentindo ou se eu quero dizer alguma coisa! Eles sempre vem me convidando para ir ao shopping e claro, quem paga tudo sou eu... tem vezes que eu preferia ser pobre e ter uma família de verdade...

-Nossa, Ally, eu nem sei o que dizer... isso é uma crueldade, eu acho que pessoas assim nem deveriam viver... mas não sofra por eles, seja forte!

-É isso que eu vou fazer. Eu estou saindo de casa hoje e não quero mais depender dos meus pais...

-Você tem certeza que quer fazer isso? – ele me olhou sério. Eu tomei um pouco do meu suco ainda intocado.

-Tenho. Nunca tive tanta certeza. Peguei todo o dinheiro que eu havia juntado nesses últimos dias...

-Suponho que seja bastante... – ele disse olhando pro lado, parecendo estar incomodado em dizer aquilo.

-Na verdade não... isso só vai dar pra umas duas semanas no máximo! Toda a minha mesada eu gastava. E o pouco que sobrava eu guardava justamente para isso...

-Ah... me desculpa por falar que era muito e...

-Não Bill, não precisa se desculpar, afinal você não tem culpa de nada... – ele deu um sorriso sem-graça e eu bebi mais um pouco do meu suco, que estava bem gostoso por sinal.

-Bom, se você quiser, você pode ficar na minha casa e...

-Não Bill, eu não quero! Até parece que eu vou te incomodar dessa forma...

-Mas eu queria fazer alguma coisa por você... – ele disse parecendo realmente estar preocupado. Então eu sorri ao ver que pelo menos alguém se preocupava comigo. Mesmo que essa pessoa fosse alguém que eu acabei de conhecer.

-Hm... – olhei pros lados e tive uma grande ideia –Que tal você deixar eu trabalhar aqui? Afinal eu vou precisar de dinheiro para me sustentar depois das duas semanas...

-Ótima ideia! A gente estava mesmo precisando de mais um funcionário! – ele riu e eu finalmente consegui achar um motivo pra rir.

-Sabia que você fica muito mais bonita sorrindo? – ele parou de rir, porém tinha um sorriso em seu rosto. Eu corei.

-Obrigada. – tomei mais um pouco do meu suco.

-Mas não pense que você vai ficar folgando só porque é minha amiga hein? – ele riu. Porém eu não. Eu paralisei. Senti meus lábios tremerem. Eu estava prestes a chorar.

-O que foi? Eu disse algo de errado? – ele arregalou os olhos e mantinha uma expressão preocupada em seu rosto.

-Não, não é isso... ao contrário... amiga... nunca ninguém disse isso pra mim... – uma lágrima rolou sobre meu rosto. Isso era verdade. Eu nunca ouvi isso de ninguém. Nem quando eu era criança.

-Ai meu Deus... – então ele se levantou, tirou a minha mochila da cadeira e se sentou ao meu lado. Ele me abraçou e eu deitei a cabeça em seu peito. Mais algumas lágrimas teimosas desciam pelo meu rosto –Desde que eu te vi entrando vi que você era especial... e eu acho que não tem lugar pra encontrar alguém especial... uma pessoa especial pode estar onde você menos espera, até em um simples bar do centro da cidade!

-Obrigada por isso Bill, aquele homem realmente tinha razão... – eu disse me lembrando das palavras do taxista.

-Que homem? – porém eu não respondi. E ele não me perguntou mais nada. Ficamos em silêncio. Começou a chover forte e vi que as poucas pessoas do bar começaram a ir embora, talvez pela chuva. Olhei para o céu, que estava totalmente escuro. Já chovia bem forte e trovejava bastante.

O bar ficou vazio. Havia apenas eu e o Bill naquele salão vazio. E o Tom, é claro... porém eu não o vi mais.

-Bom, acho que é melhor eu ir...

-Mas você vai como? Olha essa tempestade! Por que você não espera eu e o Tom fecharmos o bar e você pega uma carona com a gente?

-Ah, tudo bem... se não for incomodar demais...

-Claro que não né! – ele riu pra mim.

-Obrigada mais uma vez. Então eu me recompus e terminei de tomar o suco.

-Er... Bill, vamos fechar o bar? Já não tem mais ninguém aqui... – disse o Tom parando na nossa frente. Nossa, eu nem tinha percebido que ele estava ali.

-É, tem razão... Ally, por que você não dorme na nossa casa hoje? – no primeiro momento eu tive um pouco de medo. Vai que eles sejam dois tarados e psicopatas? Mas depois algo me dizia que era pra eu confiar neles, principalmente no Bill, que me deu forças nesses últimos minutos.

-Pode ser... eu ainda não achei nenhum lugar pra ficar mesmo...

-Então, eu já arrumei tudo aqui, já podemos fechar. – disse Tom um pouco sério. Claro, ele deve estar estranhando o Bill me convidar pra dormir na casa deles.

-Nossa, quanta eficiência Tom!

-Alguém tem que trabalhar nisso aqui né! – ele bufou.

-Calma Tom, amanhã nós teremos uma nova funcionária aqui! – Bill olhou pra mim e depois voltou a olhar para o Tom.

-Nossa, que milagre! Finalmente arrumou alguém! – Tom revirou os olhos. Ele parecia ser bem mais chato do que o Bill. Bem mais irritante. Mas eu posso aguentar isso, eu acho...


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Notas finais do capítulo

Reviews? õ/

Beijos, até o próximo capítulo ;*



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