Yin e Yang escrita por Neko D Lully


Capítulo 7
Tudo começa a se resolver.


Notas iniciais do capítulo

Esse daqui eu demorei um pouco e ficou um pouco grande, mas acho que valeu a pena no final das contas. A ação retorna no proximo capitulo, por enquanto as coisas ficam um pouco monotonas.

Aproveitem...



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Yin e Yang

Cap. 7 – Tudo começa a se resolver.

Já havia chegado com Amy na nave. Ainda estava preocupado com Maria e com Shadow, mas nesse momento sua maior preocupação estava em seus braços.

Tails já esperava na porta do Tornado. Quando viu Sonic se aproximando se alegrou, mas quando viu Amy em seus braços desacordada e o tanto de machucados que tinham espalhados pelo corpo sua felicidade logo se transformou em preocupação.

- Sonic o que houve? – perguntou quando o mesmo havia chagado na porta do tornado. – O que Amy esta fazendo aqui? E por que estão tão machucados?

- Aquele ouriço negro a trouxe aqui e a machucou. – falou Sonic com a voz entrecortada pela respiração agitada. – Lutei com ele, mas ele era muito forte.

- E onde estão Shadow e Maria? – perguntou percebendo a ausência dos dois.

- Ainda estão dentro do prédio. – Sonic entrou na nave e foi ate um pequeno quarto que era usado como enfermaria. Lá encontrou Knuckles todo enfaixado e cabisbaixo, enquanto Rouge estava inconsciente em uma cama com um soro conectado ao seu corpo e uma mascara para ajudá-la a respirar. – O que aconteceu?

- Fomos atacados por robôs de segurança. – falou Knuckles com o olhar distante. – Não percebi o ataque dele só quando ela me salvou. Ai já era tarde de mais.

Sonic ficou calado. Colocou Amy em uma das camas que tinha lá e se dirigiu para fora do quarto. Estava com o rosto serio e determinado, ia sair do Tornado se Tails não tivesse entrado na sua frente.

- A onde você vai Sonic? – perguntou o filhote de raposa desconcertado.

- Vou ajudar o Shadow e a Maria. – respondeu tentando dar a volta em seu amigo, que o impediu no mesmo instante.

- Sonic você está ferido e precisamos sair daqui para procurar um medico para você e o resto. – falou serio tentando deter o amigo.

- Vocês podem ir sem mim. Eu vou ajudar a salvar os dois que ficaram para trás. – mas quando ia sair da nave uma dor intensa o fez se contorcer e parar de andar no mesmo instante.

- Viu? – disse Tails apontando para ele com um olhar acusador. – Precisa de tratamento medico.

O filhote de raposa o segurou para apoiá-lo e começou a levá-lo ate a enfermaria da nave. Sonic tentou resistir, mas as dores que sentia eram muito fortes para continuar ignorando. Olhou pela ultima vez para trás. Só esperava que os dois ficassem bem.

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  Havia acabado. Não tinham mais como sair de lá, e mesmo estando meio consciente sabia muito bem disso. Podia sentir Maria lhe apertar com mais força e esconder seu rosto no topo de sua cabeça.

  Não podia incentivá-la falando que tudo ia dar certo, primeiro por que não pensava que tinha forças para falar e segundo porque nem ele mesmo acreditava nisso. Esse seria o fim de tudo.

- Shadow. – falou Maria com uma voz tão doce que nem parecia que estavam nesse tipo de situação. – Use o Caos Control.

- Mas não tem nenhum esmeralda aqui. – falou sem saber da onde tirou forças para falar. – Só consigo usá-lo se tiver uma esmeralda do caos.

- Só use. – voltou a falar Maria com o tom calmo e decidido. Não sabia o que havia dado nela, mas sabia que ela devia estar pirando.

- Mas eu já disse que não posso. – voltou a responder um pouco irritado. Ouviu Maria suspirar e pode sentir como o abraçava um pouco mais.

- Caos Control. – sussurrou e logo depois já não estavam mais no meio daquela confusão toda. Estavam na floresta perto da praia onde dava para ver um pouco da ilha onde estavam antes. Podia-se ver a fumaça que havia ocasionado o prédio logo de onde estavam, subindo ate o céu formando nuvens cinzas e sombrias.

- C-como... – não conseguiu terminar de falar. Já não tinha mais forças e estava prestes a perder o foco.

- Shhh. – disse Maria fazendo pequenas caricias em sua cabeça o relaxando ao instante. – Apenas descanse.

A muito tempo não se sentia assim de confortável. Podia sentir seu corpo todo esquecer das dores e começar a entrar em um estase maravilhoso em que a única coisa que queria era ficar ali e relaxar.

Não demorou muito para se render ao sono. Mas antes disso pode sentir uma aura confortável emanar de Maria que também parecia estar cedendo ao cansaço. Ainda havia muitas coisas a revelar e sabia que isso não havia sido o fim.

                                          

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Foram o mais rápido que puderam para a vila onde moravam. Tails era o único acordado no momento e o que dirigia o Tornado. Sonic, Amy, Knuckles e Rouge estavam descansando na enfermaria.

O estado de Rouge e Amy só piorava por causa de suas feridas internas. Sonic se recuperava rápido, mas tinha ossos quebrados e duvidava que os mesmos teriam a mesma velocidade de cura. Knuckles que era o menos machucado de todos não parecia ter muitos problemas, estava ate se recuperando bem rápido.

Conseguiu ver a vila desde onde estava e podia jurar que nunca esteve tão feliz. Pousou rapidamente a nave e foi recebido por varias pessoas da vila que vieram correndo.

A primeira que veio correndo foi Cosmo que o abraçou logo que saiu da nave. Retribuiu o abraço, mas logo se separou e avisou a todos sobre Sonic e os outros sobre o que havia acontecido e sobre o estado de cada um.

Não demorou muito para tirarem Sonic, Amy, Rouge e Knuckles da nave e os levarem para o pequeno “hospital” que tinham. Rouge e Amy foram atendidas com urgência enquanto Sonic e Knuckles foram ter os curativos trocados e um checape para ver se não tinham nada grave.

Knuckles já havia despertado e mirava distraidamente a janela que tinha do lado de sua cama. Tinha uma bandeja de comida que uma enfermeira havia colocado para ele, mas nesse momento não estava com fome. A única coisa que passava por sua cabeça nesse momento seria o fato de quem mais gostava estar entre a vida e a morte nesse exato momento. E a ultima coisa que havia dito para ela era que ela não se importava com ninguém alem das jóias.

Socou a parede com força lembrando das rudes palavras que havia proliferado para ela, sendo que esse tempo todo ela se preocupou com eles e lutava para o bem estar de todos. Foi burro em julgá-la, e depois de tanto tempo juntos ainda tinha o mesmo pensamento egoísta, que nem levava em conta os pensamentos e sentimentos dela.

E se ela não agüentasse? Ficaria com esse peso para sempre? Sem poder se desculpar com ela e nem falar o que realmente sentia? Isso não suportaria. Só de ficar longe dela já se sentia só, imagina se ela se fosse para sempre. O que seria dele então?Com certeza nada. Seria mais um zero a esquerda nesse vasto mundo.

Ainda tentava entender o que ela havia querido dizer antes de desmaiar. Sabia que ela não só insinuava que não só se importava com jóias, sabia que tinha algo escondido naquele gesto, mas o que seria?

Levou a mão ao peito bem no lugar onde ela havia encostado. Sentia seu coração acelerar só de lembrar do toque quente dela contra seu corpo. Agora sabia o que sentia, não era apenas gostar, a amava. A amava mais que a qualquer coisa.

- Eu sou um idiota. – disse voltando a dar um murro na parede. – Agora não posso pedir desculpas porque nem sei se ela vai acordar outra vez.

- Não precisa se preocupar. – virou o rosto só para ver o ouriço azul sentado na cama ao lado olhado para as próprias mãos com um semblante triste. – Ela vai ficar bem. Rouge não desiste tão facilmente.

Knuckles ficou calado. Sabia que a morcequinha não era nada fraca e que não desistia tão facilmente, mas agora estava meio duvidoso. Viu o buraco que havia se formado no estomago dela, não tinha mais de três centímetros, mas mesmo assim escapara muito sangue e ela teve hemorragia interna. Não seria nada fácil se recuperar depois disso.

- E a Amy? – perguntou tentando mudar de assunto. – Ela vai ficar bem?

- Não sei. – disse Sonic em um suspiro apertando as mãos em punhos e fechando os olhos com força. Só de lembrar o estado que ela estava o deixava nervoso. – Aquele ouriço a estava ferindo de dentro para fora então não sei o estado em que ela possa estar.

- E a Maria e o Shadow? – voltou a perguntar. – A Maria não pode fazer nada pela Amy? E quem sabe se pode curar a Rouge também.

- Eles não estão aqui. – falou Sonic apertando ainda mais as mãos. – Quando acordei Shadow estava agindo de uma maneira estranha, destruindo tudo. Maria disse que aquele ouriço tinha feito alguma coisa com ele e que ia dar um jeito, mas quando ia voltar para ajudá-la já não dava mais tempo e eu mal conseguia me mexer.

- Quer dizer... – a voz de Knuckles morreu antes que pudesse terminar de falar. Não podia acreditar que os dois tinham morrido muito menos Shadow que sempre era tão forte.

- Não acho que tenham morrido, mas mesmo assim estou preocupado. – falou Sonic mirando um ponto morto do lugar. – Só me pergunto o que vou dizer para a Cream.

Nesse momento a porta se abriu revelando um sorridente Tails e uma Cosmo também sorridente atrás dele. Knuckles e Sonic se miraram confusos para logo depois olharem para os dois recém chegados.

- Tenho boas noticias para todos! – exclamou a raposa aumentando ainda mais o sorriso. – Primeiro: Amy já esta em boas condições e será liberada hoje mesmo, já esta acordada e esperando a alta. – depois que Tails terminou de falar já não se via mais rastro do ouriço azul que saíra em disparada na direção do quarto de Amy. – E Rouge ainda não despertou, mas já não esta mais em risco.

Knuckles suspirou aliviado. Pelo menos ela estava bem, mesmo querendo que estivesse acordada para pedir desculpas, mas isso podia esperar um pouco.

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Começou a acordar lentamente, sentido um calor estranho a sua frente. Não era incomodo e sim aconchegante que o fazia querer ficar mais um tempo ali, mas se lembrou que tinha coisas para resolver e que talvez não fosse seguro estar ali.

Começou a se levantar lentamente sentindo alguma coisa lhe prendendo ligeiramente. Olhou para cima e viu o rosto adormecido de Maria que parecia ate brilhar com os poucos raios do sol que começara a se por. Alguns fios de cabelo loiros caiam em seu rosto e de novo Shadow não pode se conter e os colocou de lado, permitindo ver o belo rosto da ouriça.

Só se deu conta do que havia feito alguns minutos depois. Balançou a cabeça e se afastou um pouco de Maria. De novo esse mesmo calorzinho no peito, o que afinal era quilo? Por que sentia essa necessidade de proteger essa ouriça? Por que ficara com raiva quando a viu abraçar o projeto de clone e seus amigos? Por que sempre quando a via deixava de ser quem era e se tornava mais... Gentil? O que essa garota fez consigo afinal de contas?

Perdeu a linha do pensamento quando ouviu um ligeiro murmuro vindo da ouriça a sua frente, e qual não foi sua surpresa em sentir aquele calorzinho novamente ao vê-la abrir os olhos lentamente.

- Tudo bem? – perguntou preocupado, chamando a atenção de Maria. E lá vem essa sua preocupação saída de sabe se lá onde.

- Tudo. – respondeu colocando uma mão na cabeça e se sentando corretamente, já que estava meio deitada. – só preciso descansar um pouco. E o que aconteceu? Como saímos de lá?

- Você não se lembra de nada? – perguntou surpreso a mirando um pouco aturdido. Como não podia se lembrar do que ela mesma fez? Como isso pode ser possível?

- Não. Só me lembrou de estar no meio daquela confusão pensando que ia morrer depois nada. – disse fechando os olhos e tentando lembrar de alguma coisa. Mas apenas encontrava a memória em branco, tudo que sabia era que sentiu uma sensação boa e aconchegante que lhe acalmou naquele momento, mais nada.

Shadow suspirou. Essa garota era uma caixinha de surpresa, cada hora era algo diferente que descobria sobre ela e que o fazia mudar cada vez mais sua percepção sobre ela. Era como se a cada segredo revelado mais um aparecia e complicasse ainda mais as coisas.

- Isso não tem importância agora. – falou se levantando e olhando para o céu que agora tinha uma cor alaranjada quase passando para o azul escuro. – Temos que achar um lugar para passar a noite.

Maria olhou para cima e se assustou ao ver que já estava quase anoitecendo. Shadow a mirou por alguns instantes, mas logo depois se deu conta do que estava fazendo e começou a andar para começar a procurar um lugar para ficar, mas quando deu o primeiro passo sentiu uma dor na perna que se estendeu por todo seu corpo fazendo-o perder o equilíbrio.

Maria notou no mesmo instante e agradeceu mentalmente por ter sido rápida o bastante para levantar e pegar Shadow antes que pudesse cair no chão. Nem sabia da onde tinha tirado a força para manter os dois em pé, mas no momento não se importou com isso. Shadow parecia estar bem mais cansado do que ela sem falar que usar todas aquelas energias deve ter feito vários danos nele.

- Shadow? – falou tentando ver se o ouriço ainda estava acordado. – Tudo bem? Acho melhor ficarmos aqui, você está muito cansado e pelo visto ainda não se recuperou do que aquele ouriço fez com você.

- Não. Se ficarmos aqui vai saber o que pode acontecer. – falou tentando se levantar, mas ao parecer seu corpo não permitia. – Temos que chegar a casa dos seus amigos, é o único lugar seguro por enquanto.

Maria suspirou. Ele era muito teimoso e nem sabia que segurança eles iriam precisar. Pelo que sabia o ouriço que a estava perseguindo foi absorvido por ele quando estavam lutando então do que ter medo? A única coisa preocupante eram os animais, mas duvidava que Shadow não pudesse cuidar disso.

- Tudo bem. – disse em um suspiro, mas ao invés de soltá-lo começou usar seus poderes, transferindo um pouco de sua energia para ele. Podia sentir como ele começava a se contorcer em seus braços, mas mesmo assim não parou.

- O que esta fazendo?! – esbravejou tentando se soltar. – Tem que economizar energia!

- Vê se fica quieto! – exclamou com um tom de reproche quase maternal, fazendo com que Shadow se calara e parar-se de se contorcer. – Você mal consegue andar e seria mais propenso eu ficar sem força do que você.

Shadow não reclamou mais, mesmo não gostando nada da idéia. Maria apenas sorriu e se concentrou em transferir sua energia, sentia sua força se esvaindo, mas não parou, não ate Shadow conseguir ficar em pé sem precisar de ajuda.

Depois de alguns minutos Shadow já conseguia se manter em pé ao contrario de Maria que mal conseguia se manter acordada, mas tentou fingir com um sorriso para não preocupar o ouriço. Mas quando ia começar a andar sentiu seu corpo fraquejar e a visão nublar.

Sorte que Shadow a segurou antes que caísse no chão. A carregou com cuidado e começou a andar, enquanto Maria apenas o mirava corada, sentindo seu coração a mil e se confortando ao sentir o coração dele latindo contra suas mãos que havia se posicionado em seu peito. Era tão estranha essa sensação que tinha perto dele e ao mesmo tempo tão boa.

- Falei para não fazer isso. – falou Shadow ríspido a tirando de seus profundos devaneios. – Olha agora como você esta.

- Pelo menos você esta bem. – rebateu fechando os olhos e se acomodando entre os braços de Shadow. – E isso é o que importa.

Shadow parou em seco. Olhou surpreso para Maria que já havia caído profundamente dormida novamente. Ela se preocupava com ele? Importavam-se? Mas por quê? Não podia ser por só ter salvado a vida dela, afinal já tinha pagado essa divida antes do que imaginava. Então por que ela ainda se preocupava com ele e fazia tudo isso?

Analisou o rosto adormecido da ouriça e uma imagem de Maria passou por sua cabeça. Sentia falta dela e a imagem da pequena em seus braços sempre o fazia lembrar dela, e isso o machucava um pouco, mas ao mesmo tempo o fazia se sentir feliz coisa que a muito tempo não sentia, já que agora era como tê-la de volta.

Suspirou. Sabia que as duas tinham alguma ligação, agora era saber qual.

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Olhava pela janela distraída. Não queria encarar sua parceira de quarto porque não suportava vê-la naquele estado, afinal mesmo sendo uma ladra de jóias ela ainda era sua amiga e não gostava de vê-la tão ferida e com a vida por um fio.

Olhava distraidamente a paisagem do entardecer do outro lado da janela. Ainda podia sentir aquela dor que aquele ouriço provocara. Sabia que aquela esfera estava dentro de se ainda e que podia ser utilizada a qualquer hora e tinha medo do que poderia acontecer se fosse usada com muita força.

De repente sentiu como era abraçada levemente por braços fortes e delicados. Não precisava adivinhar para saber quem era o dono, afinal faz pouco tempo que descobriu o conforto que essa pessoa podia transmitir.

- Você me preocupou. – disse Sonic em seu ouvido. Era claro que ele estava sorrindo, podia perceber pelo tom de voz que ele tinha. – Nunca mais te deixo sozinha.

- Desculpe, nunca pensei que o Shadow pudesse fazer isso. – disse passando os braços em volta dos dele. Tinha quase certeza que aquele que lhe atacara era o Shadow, só não sabia o por que. – Pensei que ele estivesse do nosso lado agora.

- Mas não foi ele. – falou Sonic a apertando um pouco mais contra si. – Não sei quem era aquele ouriço, mas sei que foi ele que atacou Maria e foi ele que matou todos aqueles que ela amava, e quase fez isso comigo também.

- Sonic... – Amy não sabia mais o que dizer. Essa mudança rápida de amiga para namorada e ver esse lado tão sensível de Sonic a havia deixado um pouco atordoada, mas podia se acostumar.

Deixou-se relaxar nos braços de seu amado. Podia se permitir pelo menos esse momento de descanso, depois de tudo o que passou era o que mais precisava. Acomodou-se um pouco encostando a cabeça no peito de Sonic e fechando os olhos.

- Ei pombinhos! – os dois olharam para trás um pouco exaltados. Viram Knuckles de braços cruzados com Tails e Cosmo logo atrás com uma gotinha na cabeça. – Por que não vão namorar em casa? Já podem sair do hospital sabia?

Amy corou fortemente enquanto Sonic apenas sorriu divertido e se levantou carregando Amy no processo e fazendo a mesma se assustar um pouco com tal ação repentina. Ela o mirou sem entende e ele apenas sorriu para logo depois sair correndo em disparada para fora do hospital.

Cosmo riu divertida enquanto Tails apenas sorriu a balançou a cabeça negativo pensando que seu grande amigo nunca ia crescer. Os dois saíram do quarto deixando apenas Knuckles no quarto.

Ele olhou mais uma vez para a morcequinha deitada na cama inconsciente para logo depois sair do quarto com a promessa que logo iria voltar para vê-la abrir os olhos.

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  Acordou algum tempo depois, o sol já tinha praticamente se ocultado no horizonte deixando apenas alguns raios para iluminar uma pequena parte da floresta em que estavam. Se não arrumassem logo um lugar para ficar teriam que dormir ali mesmo. Mas o que se perguntava mesmo era em que tipo de lugar ele estava pensando em ficar.

- Shadow. – chamou. Ele ainda a carregava, já que cismava que ainda não estava em condições para andar. – Que lugar você tem em mente para a gente ficar?

- Em uma das casas de algum vilarejo que tenha aqui perto. – respondeu sem mirá-la. Estava muito concentrado nas coisas a sua volta para ter tempo se quer de dar uma espiadela nela.

- Mas e se não encontrarmos um vilarejo? – perguntou fazendo o ouriço negro parar e suspirar cansado. Ele sabia que ela não duvidava dele, mas também isso estava começando a irritar. – Vamos Shadow você sabe que...

Mas antes que pudesse terminar de falar ouviram um grito. Shadow se posicionou de maneira defensiva, apertando um pouco mais Maria contra si. Não queria que nada a ferisse, não mais uma vez. Enquanto isso a mesma olhava para todos os lados procurando alguma coisa suspeita segurando a jaqueta de Shadow com força.

Ouviram de novo o grito. Era de uma mulher, Maria tinha certeza, e sabia que ela estava em perigo. Saltou dos braços de Shadow e começou a correr na direção que veio o grito, mesmo com Shadow lhe gritando para voltar. O mesmo estava impressionado com a velocidade dela, era como se fosse ele e Sonic correndo. Balançou a cabeça negativamente e saiu correndo atrás dela para que não se machucasse com alguma besteira.

Quando chegou ao local que havia vindo o grito se deparou com um homem com uma arma apontada para uma mulher que estava caída de joelhos no chão segurando a bolsa com força. Maria respirou fundo e concentrou um pouco de sua energia na mão formando uma esfera azul e tacou-a no homem, que saiu voando para trás ao ser atingido.

Maria se aproximou da senhora de mais ou menos uns quarenta anos ajoelhada no chão e viu se ela não estava ferida. Ia ajudá-la a levantar para tirá-la de lá antes que o homem acordasse, mas já era tarde de mais. Ele havia se levantado e apontado a arma na direção das duas. Maria se posicionou na frente da senhora com os braços erguidos para o lado para protegê-la.

Mas antes que o homem pudesse atirar Shadow apareceu atrás dele e lhe deu um murro que lhe mandou para o lado com tanta força que quando se chocou com uma arvore a mesma se partiu. Ele pegou a arma do homem e a apontou para ele que ao abrir os olhos se encontrou com aqueles penetrantes olhos vermelhos frios e sombrios. Seu corpo começou a tremer enquanto via o ouriço negro preparar para atirar.

- Se eu fosse você ia embora. – falou ríspido fazendo o homem assentir rapidamente e sair correndo de lá cambaleando de vez em quando.

Maria suspirou aliviada e logo depois voltou-se para a mulher atrás de se. Parecia ser uma mulher simples, de cabelos castanhos ondulados presos em um rabo de cavalo, um rosto jovem, mas que já começara a apresentar marcas da idade, um corpo esbelto em um vestido simples de seda verde e sapatos bonecas também verde. Seus olhos negros demonstravam cansaço e um pouco de medo.

- A senhora esta bem? – perguntou Maria preocupada. Olhando a senhora com determinação para ver se não havia nenhum ferimento.

- E-estou. – falou a senhora se levantando e fazendo uma pequena reverencia. – Obrigada por me salvarem. Estou muito agradecida. Como posso lhes pagar?

- Não é preciso senhora. – falou Maria um pouco constrangida. – Só fizemos o que era certo.

- Mas vocês salvaram minha vida tenho que recompensá-los. – insistiu a mulher – Por acaso vocês tem algum lugar para passar a noite?

- No momento não. – respondeu Maria mirando a Shadow que havia se posicionado do seu lado guardando a arma.

- Então porque não passam a noite em minha casa? – perguntou a mulher sorridente por ter encontrado um meio de retribuir o favor.

- Não queremos ser um incomodo. – disse Maria ainda mais constrangida.

- Mas claro que não vão ser um incomodo. – disse a mulher pegando suas coisas e começando a andar. – Venham. Mostrarei-lhes onde fica. Aposto que meu marido não reclamara nem um pouco.

Maria e Shadow se entreolharam, mas logo seguram a mulher. Não tinham escolha no final das contas, era isso ou dormir a céu aberto, coisa que apostava que o ouriço negro não queria. Caminharam ate chegar a uma pequena casa de madeira, bem simples, mas aconchegante.

A mulher entrou e na sala, sentado no sofá, estava um homem beirando seus quarenta e cinco anos, com os cabelos negros meio cacheados, os olhos com algumas rugas azuis, feito o céu, o corpo bem formado pelo trabalho duro que devia exercer e a pele morena por ficar muito tempo debaixo do sol escaldante enquanto trabalha. Usava uma calça verde musgo meio rasgada, uma blusa branca e botas marrons. Parecia ser um trabalhador rural, bem simples e dedicado.

- Querida! – exclamou ao ver a mulher que acabara de entrar e foi ao seu encontro, a abraçando com força. – Que bom que esta bem, já estava começando a me preocupar.

- Eu estou bem querido, e tudo graças a esses dois. – disse apontando para Shadow e Maria que se encontravam a poucos passos da sala.

- Muito obrigado por trazerem minha esposa de volta. – falou sorrindo para os dois. Maria corou fortemente enquanto Shdow permaneceu serio.

- Os convidei para ficar aqui essa noite já que eles não tinha nenhum lugar para ir. – informou a senhora – Espero que não se importe.

- Mas é claro que não me importo. – disse o homem sorrindo extensamente. – Só espero que não se incomodem de dormir no sofá, porque não temos mais nenhum quarto.

- Tudo bem. Não tem problema. – falou Maria sorrindo gentilmente. Os dois anfitriões sorriram e foram para seus quartos.

Maria se acomodou no sofá que tinha na sala e fechou os olhos para dormir. O sofá era de couro e também não era muito confortável, mas mesmo assim dormiu. Shadow apenas a observava em silencio. Era incrível que ainda dormisse depois do tanto que havia dormido antes, bem que não podia culpá-la depois do tato de energia que havia perdido.

- Trouxe cobertores para poderem se cobrir. – disse o senhor que acabara de voltar trazendo duas cobertas. Um pouco sujas, mas que serviam e pareciam esquentar muito bem. Shadow apenas assentiu sem tirar os olhos de Maria. – Por acaso vocês estão juntos?

Shadow se virou para o homem com uma sobrancelha levantada : - Não. Por que a pergunta?

- É que vocês ficam muito bem juntos. Pensei que fossem um casal. – disse o homem dando de ombros. Por alguma razão Shadow sentiu seu rosto esquentar e seu coração acelerar de uma maneira que nunca sentira antes. – Bom isso não é da minha conta. Que tenham bons sonhos.

O homem saiu da sala deixando Shadow sozinho com seus pensamentos. Ele levou a mão ao peito sentindo como seu coração bobeava sangue em uma velocidade que podia chegar a ultrapassar ele correndo, e na sua mente apareceu imagens dele e de Maria juntos como um casal. Se abraçando, sorrindo juntos, se divertindo... Se beijando.

Negou rapidamente com a cabeça. Isso não podia ser, nunca poderia ficar desse jeito com Maria. Ela era tão alegre, inocente, gentil e ele era tão frio, serio e rude, nunca iria dar certo. Mas a questão era: queria ficar desse jeito com ela? Queria mesmo ter essa relação tão intima com Maria? Aquela que o havia tirado da solidão, aquela que estava fazendo tudo isso por ele?

Aproximou-se do sofá que ela estava deitada, a cobriu com o cobertor e penteou de leve seus cabelos loiros a fazendo soltar seu nome em um suspiro. Isso o fez sorrir, aquele pequeno sorriso que sempre aparecia em sua face quando a via daquele jeito tão inocente e doce. Podia sentir seu coração acelerar ainda mais e seu rosto arder. Tudo isso por que ela tinha dito seu nome em sonhos? É, talvez a quisesse mais do que uma amiga.

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Corria por uma pelo que parecia ser o corredor de uma nave espacial, já que se olhasse no vidro formava as paredes do corredor via o imenso espaço e a Terra. Também sabia que não era mais aquela ouriça que lembrava ser já que a podia ver que estava mais alta, suas mãos eram humanas iguais a suas pernas que ficavam de fora do vestido.

A sua frente estava Shadow, que segurava sua mão com força e a puxava para que corresse na mesma velocidade que ele. Podia ouvir tiros atrás de si junto com passadas pesadas e apressadas. Podia também ouvir sirenes tocando e ver luzis vermelhas piscando para tudo quanto é lado. Alguma coisa ruim estava acontecendo e sabia que se não corresse algo ruim ia acontecer consigo e com Shadow.

- Shadow estão nos alcançando! – gritou. Nem sabia de onde havia tirado isso, parecia ate que sua boca estava mexendo sozinha e que as palavras apenas saiam.

- Apenas corri Maria!  - gritou Shadow de volta, sem se virar para vê-la – Estamos quase chegando!

Os passos atrás de se iam aumentando e cada vez pareciam estar mais pertos. Podia ouvir os gritos das pessoas atrás de si pedindo para que parassem, mas mesmo assim continuavam correndo. Ate chegarem a uma sala cheia de capsulas e de controles. Entraram e fecharam a porta logo atrás.

- Não temos tempo! Eles logo vão entrar! – disse Shadow procurando alguma coisa.

Podia sentir o medo preenchendo todo seu corpo, sabia que se pegasse os dois iriam morrer na certa e não podia permitir que isso acontecesse com Shadow, não com ele. Por isso, enquanto estava distraído o empurrou para dentro de uma das capsulas, fechando-a em seguida.

- Maria! O que esta fazendo?! – gritou Shdow dando murros no vidro da capsula para tentar sair, mas o mesmo não sedia. – Maria!

- Não posso permitir que te peguem Shadow!  - respondeu indo para os controles e programando tudo para que pudesse liberar todas e assim salvar Shadow.

- O que esta falando?! Me tira daqui!! – gritou agora chutando o vidro da capsula. – Não vou te deixar sozinha com esse monstros!!

Nesse momento a porta da habitação em que estavam se abriu revelando um homem vestido com o uniforme da G.U.N  com uma pequena pistola na mão que foi apontada para Maria que já se preparava para liberar as capsulas, tudo que faltava era puxar a alavanca. Shadow observava aterrado, a cena toda tentando sair daquela capsula de todas as maneiras.

- Solta a alavanca garota. – disse o homem de uma maneira autoritária, mas Maria continuou com as mãos na alavanca mirando aterrada, o homem com a arma. – Faça o que eu disse ou se não eu atiro!

Maria ficou em duvida no inicio, mas logo respirou fundo se enchendo de coragem para logo depois puxar a alavanca e fazer começar a contagem regressiva para lançar as capsulas na Terra. O próximo que o correu foi tão rápido que seu cérebro não pode analisar direito. Um tiro, uma dor enorme, Shadow gritando seu nome e seu corpo caindo pesadamente no chão.

- MARIA!!! – ouviu Shadow gritar e olhou para cima se encontrando com os olhos vermelhos dele cheios de preocupação enquanto esmurrava o vidro que ainda não sedia. Sorriu docemente para ele e tentou levar uma mão ate o vidro, mas seu corpo pesava e doía tanto que mal conseguiu tirá-la do chão.

- S-shadow. – disse em um sussurro quase inaudível, mas que chegou aos ouvidos do ouriço negro. – Q-quero q-que me prometa q-que v-vai ser amigo dos humanos. Q-que vai ajudá-los q-quando e-eles precisaram de v-você.

- Maria. – sussurrou o ouriço parando de bater no vidro e deixando as mãos espalmadas contra o mesmo a mirando tristemente.

- P-por fa-favor, Shadow. – suplicou sentindo como se fosse seu ultimo sopro de vida. – Me prometa!

  Mas nesse momento as capsulas foram liberadas e Shadow foi mandado a Terra. Pode ouvir como ele gritava seu nome e logo depois tudo ficou escuro. Esse era seu fim.

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  Acordou de golpe com a respiração descompassada, o coração a mil e um nó na garganta. O que tinha sido aquilo? Um simples pesadelo ou uma de suas lembranças? Não sabia. Só sabia que nunca mais queria ter aquela sensação ruim de o corpo pesado e a vida se esvaindo no mesmo.

- Tudo bem? – perguntou uma voz fria e seria, mas cheia de preocupação. Olhou para o lado e viu Shadow sentado no sofá que tinha na frente do seu. Os olhos dele pareciam brilhar na escuridão, e no momento tinha um brilho de imensa preocupação.

- Estou. – falou com a voz um pouco entrecortada por causa da respiração. – Só tive um pesadelo.

Shadow soltou um sonoro “hum” e voltou a observar a noite pela janela que tinha ali perto. Se sentia incomodo perto dela agora que havia descoberto que sentia algo mais por ela. Maria respirou fundo e saiu do sofá em que estava sentada e foi ate onde Shadow estava se sentando do lado dele.

- Como sua amiga morreu? – perguntou de repente fazendo Shadow se virar para vê-la confundido. Mas ela não o mirava, ela encarava a própria mão com o olhar perdido quase sem brilho.

- Fui criado por um grupo de humanos e ela estava lá já que seu avo era o cientista chefe. – começou a contar mirando a parede a sua frente se realmente vê-la. – Um dia pareceu que o governo considerou essa pesquisa que eles faziam uma ameaça por isso mandaram um grupo especial para nos eliminar e coletar as informações necessárias para descobrir do que se tratava realmente a pesquisa. Eu e minha amiga Maria tentamos fugir, mas eles invadiram o local onde estávamos e atiraram nela só porque ela estava tentando me salvar. Ela conseguiu me mandar para a Terra, mas não conseguiu sobreviver. – Shadow começou a ficar tenso enquanto contava tudo. Podia sentir a raiva e o ódio daquele dia voltarem para seu peito o preenchendo por completo. – Eles a mataram sendo que tudo que ela queria era ver o planeta deles. E agora ela nunca vai poder realiza o seu sonho.

Shadow começou a perder o controle mais uma vez. Seu lado maligno começou a se liberar mais uma vez, fazendo com que seu corpo começasse a se tornar completamente negro, que seu bracelete começasse a tomar uma cor vermelha e que uma aura maligna o rodeasse lentamente. Maria olhou para ele e viu seu rosto contorcido em dor e ódio. Via como ele voltava a se transformar naquele que era quando aquele ouriço estranho entrou nele.

Antes que a transformação se completasse o abraçou com força. Shadow voltou a se fazendo seu corpo voltar a ter as marcas vermelhas e seus braceletes voltassem ao dourado de sempre. Seus olhos estavam arregalados, mas com o tempo foi se acostumando com o calor do corpo dela e seus braços a rodearam retribuindo o abraço inconscientemente.

- Desculpe. – sussurrou ela abraçando com mais força e escondendo o rosto na dobra de seu pescoço. – Não devia ter perguntado. – Shadow nada disse apenas aproveitou a sensação o máximo que pode. – Sei o que é perder alguém que gosta muito e como é difícil lembrar quando ela partiu.

A sala ficou em um completo silencio cada um mergulhados no calor um do outro. Maria ainda sentia essa impressão que a amiga de Shadow tinha alguma coisa relacionada a ela, ate seu sonho foi compatível com a história que Shadow lhe contou. Mas no momento isso podia ser deixado de lado, agora tudo o que importava era o ouriço em seus braços.

Shadow já não se importava com nada a sua volta. Lembrar de sua antiga amiga o fazia sofrer muito e Maria era a única que conseguia diminuir a dor que sentia. Não queria voltar a ser aquele monstro que foi quando estavam naquele laboratório, mas se deixasse o ódio que sentia toda vez que lembrava de sua amiga morrendo isso seria inevitável, então deixou-se relaxar, pelo menos uma vez em varias noites.

Maria sentiu o corpo de shadow amolecer em seus braços. O afastou um pouco e viu que o mesmo havia dormido, e não pode evitar sorrir ao ver o rosto relaxado dele. Era o que ele merecia depois de tudo o que havia passado. O deitou no sofá e o cobriu com outra coberta que achou, logo depois se agachou a sua altura e deu um ligeiro beijo em sua testa desejando-lhe boa noite.

Logo depois voltou a dormir, só que dessa vez com um sorriso no rosto.

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Já estava no hospital de manhã bem cedinho. Queria vê-la acordar, mesmo que isso significasse deixar sua posição de guardião. Estava sentado na cadeira só esperando que aqueles olhos verdes abrissem. Mas claro que muitos pensavam que ela só iria despertar depois de muito tempo, mas ele não se importava. Só queria vê-la abrir os olhos e não importava o tempo que demorasse.

Suspirou e fechou os olhos frustrado, não era seu feito ter paciência para esperar. Mas logo que fechou os olhos ouviu um pequeno gemido o fazendo voltar a abri-los encarando a figura feminina a sua frente que começara a se mexer incomodamente na cama. Sentiu seu coração bombear mais rapidamente o sangue e a ansiedade o corroer por dentro e, segundos depois, os olhos da morceguinha se abrirem lentamente. Ela olhou para todos os lados confusa para logo depois tentar se sentar gemendo de dor no processo.

- Se eu fosse você não faria isso. – avisou Knuckles cruzando os braços na frente do peito e mirando a morceguinha com um ligeiro sorriso no rosto. A mesma apenas o mirou, confusa.

- Onde estou? O que aconteceu? – perguntava sem entender. Pensava que tinha morrido depois que o robô a havia atacado com o leizer.

- Você esta no hospital. – falou Knuckles sorrindo levemente para ela. – Te trouxemos aqui logo que desmaiou. – Rouge abaixou a cabeça sentindo o rosto arder. Havia dito o que sentia para Knuckles, mas não recebera uma resposta. – Agora quero saber o que você quis dizer com aquilo que disse antes de desmaiar.

Rouge o mirou surpresa, mas logo sorriu lembrando de como ele era. Como sempre seu Knuckles era um despistado, nunca descobria as coisas de cara, era muito ingênuo para isso. Aproximou-se lentamente dele puxando sua blusa para que ele abaixasse ate sua altura.

- Eu queria dizer isso. – e logo depois o beijou. Um beijo que demonstrava tudo o que sentia por ele. Talvez não fosse uma boa idéia falar para ele com gestos, mas não pode evitar esse. A muito tempo queria fazer isso.

Knuckles ficou surpreso no inicio, mas logo começou a corresponder o doce beijo que ela lhe brindava. Fechou os olhos e colocou uma mão na cintura dela para aproximá-la um pouco mais de si. Enquanto isso Rouge levou uma mão ate seu rosto e a outra apertou com mais força a sua jaqueta puxando-o com para mais perto. Só se separaram quando o ar começou a faltar e seus pulmões começaram a doer.

- E ai? – perguntou Rouge com um ligeiro sorriso no rosto e a voz entrecortada. – Já sabe o que eu quis dizer?

Knuckles sorriu e a beijou mais uma vez, só que dessa vez foi mais intenso, já que Knuckles se inclinou um pouco mais pra frente começando a subir na cama. Mas quando ia ficar totalmente em cima da cama a porta se abriu fazendo os dois se separarem e mirarem Sonic e Tails que estavam na porta com os olhos arregalados.

- E-eh... – Tails começou a dizer completamente constrangido, rasgando a nuca com os dedos sem saber o que fazer. Sorte que Sonic já estava preparado.

- Bom... A gente já vai. É bom que esteja acordada Rouge e Tchaw! – Sonic puxou Tails  para fora e fechou a porta logo em seguida. Knuckles suspirou irritado.

- O que foi? – perguntou Rouge confusa o mirando interrogativa.

- Eu aposto que eles vão querer saber tudo depois. – falou irritado já adiantando o interrogatório em sua cabeça,principalmente com as perguntas e brincadeiras de Sonic.

- Então melhor ter algo para contar. – falou Rouge com um sorriso travesso entrelaçando os braços no pescoço de Knuckles e o puxando para mais um beijo, enquanto o mesmo esquecia o interrogatório e subia em cima da cama.

Essa seria uma manha inesquecível.

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  Já haviam se despedidos do senhor e da senhora que os haviam abrigado e agora andavam no caminho para chegar a vila de Sonic que já não estava muito longe. Maria ia feliz pelo caminho observando cada coisinha com sumo interesse, enquanto Shadow apenas a mirava com um pequeno sorriso no rosto.

Sabia que sentia algo por ela e também sabia que era algo bem forte,e vendo-a assim tão linda e inocente, como se fosse uma criança descobrindo um mundo novo, ai que se sentia mais atraído por ela. Era tão parecida com sua amiga que quase pareciam a mesma pessoa só que com raças diferentes.

Se passaram alguns minutos ate que chegaram no fim da floresta, e onde puderam ver uma imensa ilha pairando no céu acima de suas cabeças. A ilha parecia reluzir com o sol, tinha como se fosse um toque de mágica ao seu redor.

- Estamos quase chegando. – falou Shadow reconhecendo a ilha como sendo aquela que continha a esmeralda mestre que aquele guardião ridículo guardava.

Maria observava impressionada aquela imensa ilha. Mas de repente uma voz em sua cabeça a chama. Ela olha para todos os lados procurando o dono dessa voz, mas não o encontra. Sabia que era uma mulher por que a voz era fina e tranqüila como a de uma mãe. Quando ia deixar isso de lado a ouviu de novo e reconheceu como vinda de cima de sua cabeça, ou seja, da ilha. Segurou o braço de Shadow sem tirar os olhos da ilha chamando a atenção do mesmo que a mirou confuso.

- O que foi Maria? – perguntou preocupado a mirando atentamente.

- Vamos lá em cima. – disse ela apontando para cima. Shadow mirou o lugar que ela apontava e ficou mais confuso ainda.

- Por que? – perguntou novamente, erguendo uma sobrancelha.

- Tem alguém me chamando. E esta lá em cima. – disse ela ainda sem tirar os olhos da ilha.

Shadow ficou um pouco desconfiado, mas se ela queria não podia recusar. A pegou no colo e deu um impulso na direção da arvore mais perto , para logo depois da outro impulso na direção da ilha, usando seus patins para fornecer velocidade o bastante para chegar ate lá. Só esperava que nada de ruim acontecesse.


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Notas finais do capítulo

E ai? Quiz fazer um pouco mais de romance entre os personagens, mas acho que exagerei um pouco no ShadowxMaria. Meu Shadow nem parece o verdadeiro Shadow de tão gentil que ele ta sendo.

E para aqueles que estão um pouco confusos só esperar o proximo que tudo vai se resolver.

Bjsss