Doce Atração escrita por melodrana


Capítulo 5
Capítulo 4 - Perguntas


Notas iniciais do capítulo

Leitoras? Reviews?



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 - Bella, você precisa se arrumar...

Alice estava muito mais louca do que nos outros dias. Logo que eu cheguei na escola, ela me agarrou pelo braço e me arrastou até o banheiro. Rose nos encontrou no meio do caminho e agora nós três estávamos lá dentro, de frente pro espelho, com Alice tentando arrumar os meus fios rebeldes.

- Alice, dá pra parar? Eu não preciso me arrumar...

- Lógico que precisa! Você acha que eu vou deixar você ir se encontrar com o meu irmão desse jeito? – ela agora pegava uns grampos em sua bolsa e tentava coloca-los em minha cabeça de um jeito proporcional.

 - Alice, não é um encontro, é só uma conversa...

Eu passei a noite inteira pensando nessa conversa. Não sabia se era simplesmente por que eu ficaria cara a cara com aqueles olhos verdes novamente ou se era por que eu estava com medo da sua pergunta.

- Mesmo assim Bella... Você não pode ir toda mulambenta pra conversar com o Edward... Você tem noção de que ele é o cara mais cobiçado dessa escola? – eu jurava que aquele discurso tinha sido feito por Alice, mas foi Rose que despejou toda essa responsabilidade sobre mim.

- Ok... – me dei por vencida e Alice deu um pulo de alegria – mas Alice, será que dava pra deixar o meu cabelo solto? Ele é melhor assim...

- Ta, se você quer assim...

Ela retirou os grampos e as minhas mechas castanho-claras caíram sobre meu ombro. Essa era uma coisa que eu gostava de ser diferente. Meu cabelo era sempre macio e sedoso, por mais que o maltratassem.

Depois da sessão “salão de beleza”, eu e Alice seguimos pra aula de cálculos. O professor já estava na sala e os atletas já estavam em campo.

Edward parecia estar ainda mais bonito. Parecia que ele também tinha penteado o cabelo.

- O Ed também se arrumou pro encontro... – só podia ser obra da Alice.

- Não é um encontro. – falei pela milésima vez.

- É como se fosse... Ele passou o resto da tarde pensando em uma pergunta pra te fazer...

- Você não ajudou né? – ela com certeza iria mandar ele perguntar sobre os meus olhos mutantes.

- Não... A parte da paquera é com ele. Eu só dei uma ajeitadinha no visual...

- Alice, você é impossível.

- Eu sei.

Dei uma pequena risada e virei o rosto pra janela. Edward olhava pra cima, em minha direção. Eu fingi não prestar atenção, mas continuei olhando pra ele. Alice fez um ótimo trabalho essa manhã.

Entrei no refeitório e lá estava ele, sentado em uma mesa, com uma bandeja com um refrigerante e um pedaço de pizza á sua frente. Seu olhar era distante, ele parecia estar concentrado em alguma coisa.

Eu estava morrendo de medo de seguir até ele e parecer muito atirada. Alice me empurrava com força, mas eu resistia. Eu queria que ele me visse primeiro, e depois me convidasse pra sentar.

Então, como se eu tivesse o chamado pelo pensamento, ele virou o rosto e me viu ao lado de Alice e Rose, que sorriam satisfeitas por ele ter me visto.

Edward levantou a mão e me chamou. Eu hesitei por um momento, mas Alice me empurrou com tanta força que eu quase caí sobre Mike, que agora passava com uma bandeja na mão. Ele me ignorou e eu fui em direção ao Edward, que sorria.

- Oi – falei quando cheguei a mesa.

- Oi... – ele parecia tão nervoso quanto eu. Sua mão graciosamente fez um sinal para que eu me sentasse e eu o obedeci.

Seu cheiro de mel invadia completamente meu corpo. Era tão bom, tão delicioso. Eu queria poder sentir o gosto desse mel, sentir em mim toda a intensidade desse aroma.

Mas se fizesse isso, nunca mais poderia vê-lo corar – como agora.

Me concentrei então em observar o seu corpo. Edward estava com uma camisa que destacava todos os seus músculos, deixando o começo de seu colo exposto. Eu me segurei pra não continuar com os olhos pra baixo, então voltei a mirar seu rosto.

Seus olhos verdes me olhavam de uma forma terna. Seu sorriso era enigmático. Eu não sabia se ele estava feliz ou nervoso.

- Então, pronta pro interrogatório?  - perguntou ele, me tirando do meu transe habitual.

- É só uma pergunta... Está no trato, uma pergunta e eu respondo sem hesitar...

- Certo...

Ele fixou seu olhar em mim e eu imaginei que ele estivesse escolhendo a pergunta mais adequada pra ser a primeira.

- Bella, porque a senhorita saiu de Phoenix, uma cidade ensolarada, bonita e muito badalada, pra vir morar em Forks, um fim de mundo chuvoso e tedioso?

Me espantei. Não sabia que ele sabia tanto assim sobre as minhas mudanças.

- Como você...

- Sem hesitar... – ele sorriu e ficou a espera de minha resposta. Eu pensei bem no que ia falar, e depois de alguns segundos, respondi.

- Minha mãe quis mudar. Ela não fica muito tempo em um lugar só...

Ele não parecia satisfeito.

- Só isso? – perguntou depois de 2 segundos de silencio.

- É a minha explicação...

- E por que...

- Somente uma pergunta se lembra?

Eu sorri e nós ficamos nos olhando por um segundo. Seria bem chato se ele tivesse apenas uma pergunta por dia pra me fazer, mas era mais seguro pra manter a minha identidade secreta.

- Posso te fazer uma pergunta também? – perguntei depois de um tempo.

- Pode...

- Como você sabia que eu morava em Phoenix?

Ele olhou pro lado e eu vi a razão de tanta informação.

- Alice... – nós dois falamos juntos, dando uma risada depois.

Depois de segundos nós ficamos em silencio novamente. Eu não conseguia mais olhar pra seu rosto. Seu olhar me deixava ainda mais nervosa. 

Comecei então a brincar com o canto de sua bandeja. Uma ponta estava começando a rachar e eu fiquei enfiando a unha no pequeno espaço ali existente.

De repente, sua mão se aproximou da minha. Ele não percebeu, estava concentrado em outra coisa, mas depois de um breve movimento, nossas mãos se tocaram.

Eu senti uma corrente elétrica passar pelo meu corpo. Seu cheiro se tornou mais forte e o encontro de nossas peles me fez afastar rapidamente a mão da bandeja. Ele fez o mesmo, e depois disso nos olhamos.

Percebi então que o pedaço da bandeja estava em minha mão.

- Desculpe... – falei meio assustada. Fechei delicadamente a mão para que ele não percebesse o acontecido.

- Bella... Como?

- Sem perguntas Edward...

Agora ele me olhava com espanto. Com certeza ele tinha visto a minha proeza de destruir uma bandeja tão resistente.

O refeitório estava quase vazio. Eu não queria sair dali, a presença dele – por mais dolorosa que fosse – me fazia muito bem. Mas eu tinha que ir. Não foi uma boa idéia quebrar a bandeja na frente dele.

- Bem, acho melhor eu ir indo...

- Não...

Eu estava me levantando, mas senti sua mão quente e macia tocando em meu braço. Novamente aquela onda elétrica passou pelo meu corpo, mas desta vez eu fiquei parada, em vez de quebrar alguma coisa.

- Edward, a gente tem que ir...

- Não, por favor... Mata essa aula comigo?

- Mas...

- Por favor...

Ele praticamente suplicou isso pra mim. Sua voz era tão macia e doce que não tinha como dizer outra coisa a não ser um sim.

- Ok, mas vamos rápido...

Ele se levantou comigo e nós saímos correndo pelo corredor, prontos pra sair do prédio antes que alguém nos visse.

Sua mão estava pregada em meu braço. Minha garganta queimava por isso, mas eu conseguia me controlar. Mesmo doendo um pouco, era muito bom sentir o toque suave e quente de sua pele sobre a minha.

Nós acabamos chegando ao campo. Ele não estava vazio, estava com a minha turma de educação física pronta pra começar a aula. Eu estremeci e parei na hora.

- Que foi? – ele me perguntou quando não conseguiu mais me puxar.

- Educação física era a minha próxima aula... – olhei preocupada pras minhas “colegas”, e depois voltei a olhar seu rosto.

- Não se preocupa, eu tenho uma saída...

Ele então começou a me conduzir pra detrás da arquibancada. Nós passávamos por um caminho estreito, mas invisível a quem estava do outro lado. Um lugar perfeito pra se matar aula.

- Você se importa de ir até as árvores?

- Não... Mas, pra onde você ta me levando?

- Você vai ver...

Ele continuou me puxando e eu o segui, sem muita opção.

Seu cheiro era mais intenso. Eu queria cada vez mais chegar perto dele, poder tocá-lo de uma forma mais carinhosa.

Descobri então que não era nem um pouco seguro ficar sozinha com ele.

De repente, percebi que nós já tínhamos saído da arquibancada. Agora nós andávamos por um caminho de terra, que levava diretamente a floresta.

Quando nós alcançamos a mata, fiquei meio espantada com o que vi.

Era um descampado, cercado de árvores altas, canto de pássaros e um cheiro delicioso de água corrente.

Mais a frente havia um banco, há pouco tempo construído, feito de uma árvore mais fraca que caiu provavelmente com uma forte chuva. O pequeno refúgio era perfeito, preparado especialmente para ocasiões como essa.

- Gostou?

Ele havia soltado do meu braço e agora olhava fixamente em meu rosto, esperando a minha resposta.

- Você fez isso aqui pra matar aula? – perguntei, com um tom de acusação na voz.

- Não. Foi um amigo meu que fez...

- Inteligente ele... – falei andando em direção ao banco.

Ele me seguiu e nós nos sentamos, um ao lado do outro, e começamos a olhar as belezas da mata. Eu tentava prestar atenção nos pássaros, no possível riacho que existia ali por perto, tudo pra não prestar atenção no Edward.

Seu aroma me perseguia de uma maneira tão intensa, que era muito tentador ficar ao seu lado. Eu poderia a qualquer momento pular em seu pescoço e sugar todo seu sangue.

- No que está pensando? – ele me perguntou de repente, com uma voz meiga e baixa.

 - Em como isso aqui é agradável... – eu fiz força para que as palavras saíssem perfeitas. Não queria que ele desconfiasse do meu estado de espírito.

- Eu sabia que você ia gostar... Você parece ser daquelas que gosta de natureza e essas coisa...

- Na verdade, eu não gosto muito... Mas é bom quando se tem que matar aula...

Ele sorriu e eu retribuí. Percebi que a cada instante ele chegava mais perto de mim. Eu me afastava discretamente, tentando não encostar nele de novo.

- Será que eu podia quebrar o nosso pacto?

- Você quer me fazer uma outra pergunta? – eu olhei em seus olhos e vi que a curiosidade o matava aos poucos. Resolvi não o fazer sofrer.

- Sim...

- Ok... Pode fazer...

- Por que a sua pele é tão... gelada?

Percebi que ele mirava meu braço pra não me olhar nos olhos. Eu não esperava escutar essa pergunta tão cedo.

- Olha, eu sou assim desde que nasci – de novo – branquinha, gelada...

- E muito linda...

Edward completou a frase e me olhou nos olhos. Eu coraria – se pudesse.

Seu rosto agora era sério. Seus olhos verdes exerciam um poder tão grande sobre mim que eu não pude me mexer.

Ele então começou a chegar mais perto. Minha garganta queimava, meu corpo começou a se enrijecer. Eu estava perdendo o controle, em poucos segundos estaria agarrada em seu pescoço, pronta pra atacar.

Sua mão começou a se levantar. Eu estremeci e tentei me controlar. Seu rosto era terno, seus olhos começaram a me acalmar, seus labios estavam levemente grudados, em uma linha calma. De repente, eu senti uma coisa totalmente contraria a minha sede.

Ele tocou em meu rosto. Em vez de atacá-lo imediatamente – é o que eu achava que ia fazer – eu suspirei.

Por um momento, eu pensei que ia me mexer. Mas eu não conseguia sair dali. Foi como se ele estivesse me transformado em uma pedra, prestes a ser lapidada pelos seus labios.

Edward se inclinou, seu rosto agora quase tocava o meu. Então, meu autocontrole falhou. Minha garganta voltou a queimar, meus músculos se contraíram. Eu ainda não estava pronta para isso.

Tentando não assusta-lo, me levantei em um segundo, dei alguns passos para trás e fiquei a espera da sua reação.

Ele não falou nada. Seus olhos somente se focaram em mim, com um pouco de espanto, como eu imaginava.

- Eu acho que a gente tem que ir... – falei num sussurro, quebrando o silencio.

- Mas... – ele se levantou e começou a se aproximar novamente de mim.

- Edward, eu não posso ficar... Confia em mim, é para o seu bem...

Eu comecei andar em direção a trilha de terra, com passos longos e rápidos. Depois de alguns segundos eu escutei ele vindo atrás de mim, quase correndo. Diminuí o ritmo e esperei que ele me alcançasse.

Mais alguns passos adiante, eu já estava atrás da arquibancada. Quando fitei o campo com clareza, vi que não existia mais ninguém ali.

Apertei o passo. Eu não queria continuar sem falar com Edward, mas isso era necessário. Não podia correr o risco de ter uma recaída.

- Espera... – ele segurou firme em meu braço e eu me virei para mirar novamente seus olhos.

Eles estavam aflitos, seu rosto tinha uma expressão tensa. De repente eu percebi que tinha o magoado com a minha súbita fuga.

- Desculpa... Se eu te fiz algo que... Você não quisesse... – sua voz estava tremula. Eu não sabia que ele ia ficar tão abalado.

- Não... Edward, você não fez nada ok? É tudo minha culpa...

- Mas... Por que você saiu daquele jeito? – ele estava preocupado. Sua intuição ainda dizia que o erro era dele.

- Sua cota de perguntas já acabou... – lembrei a ele novamente.

- Mas...

- Olha, amanhã eu te respondo ok?

Ele olhou bem em meu rosto e eu retribuí, tentando convence-lo de que ele poderia esperar pelo menos um dia.

- Ok...

Eu sorri e corri pra aula de biologia.

Nem falei com Mike. Ele também me ignorava, provavelmente por causa do meu “encontro” com Edward, mas eu nem me importei.

Passei a aula inteira pensando em Edward. Eu estava chateada comigo mesma por ter magoado ele. Eu não queria ter tido aquela reação. Eu queria ter podido chegar mais perto dele, queria poder beijá-lo, poder tocá-lo. Eu queria me controlar.

Voltei pra casa ainda pensando fixamente nele. Minha mente não se livraria fácil dessa lembrança. Mas eu estou disposta a conseguir superar essa vontade louca. E eu sei que vou conseguir.

Alice estava uma pilha de nervos.

Edward não havia contado nada a ela sobre o nosso “encontro” – e eu o agradeço eternamente por isso – então ela despejou todas as suas perguntas desesperadas sobre mim.

- Como foi o encontro de vocês? – ela me perguntou quando nós sentamos ao lado da janela.

- Ah, o Edward não te contou? – perguntei a deixando ainda mais nervosa.

- Não, o Edward passou o dia inteiro trancado no quarto dele... Mas fala Bella, o que aconteceu? Como foi? O que ele te perguntou?

- Ah... O encontro foi legal... – falei o mais natural que consegui. A informação de que ele tinha ficado o dia inteiro no quarto não tinha me feito bem.

- O que ele te perguntou? – ela estava desesperada. Era legal ver a Alice em apuros.

- Ah... Isso é segredo... Não sei se ele vai querer te contar...

- Bella! Por favor!

- Pergunta pra ele primeiro...

Ela se virou e não falou comigo o resto da aula. Foi só durante essa, porque na aula de química ela não parava de falar. De vez em quando ela tentava fazer alguma pergunta a respeito do “encontro”, mas eu fugia.

Na hora do almoço, minha tensão aumentou. Edward estava sentado na mesma mesa, só que sem a bandeja. Alice desta vez não me empurrou até ele – ela estava meio brava ainda – mas eu fui por conta própria.

Ele estava tenso. Seus olhos estavam fixos na parede, seus labios estavam em uma linha inexpressiva, seu semblante era sério. Fiquei ainda mais nervosa quando ele não sorriu quando me viu.

- Oi... – falei bem baixo.

- Oi... – por um momento eu achei que ele não ia responder, mas sua voz não parecia ser brava.

- Eh... Você ainda está bravo comigo? – perguntei tremula.

- Não... Eu não estou bravo com você... Só estou curioso... – ele sorriu discretamente. Fique feliz com isso.

- Será que a gente podia ir pra outro lugar? – perguntei antes de me sentar. Eu sabia o que ele ia me perguntar, e eu não queria responder perto de muita gente.

- Claro, mas... Por quê?

- Eu não queria falar perto de muita gente...

- Ok...

Ele se levantou e nós saímos do refeitório. Andamos até uma árvore que tinha perto do campo, um lugar tranqüilo para se ter uma conversa.

- Por que você não contou pra Alice? – perguntei enquanto nós nos sentamos sobre a sombra da árvore.

- Eu achei que você gostaria de contar...

- Obrigada por ter poupado a Alice do meu surto... – abaixei os olhos. Eu não conseguiria olhar muito pro rosto dele nessa nova conversa.

- Não é nada... Além do mais, a Alice não precisa ficar sabendo da minha vida inteira...

Pela primeira vez nesse dia ele deu um sorriso. Me senti mais aliviada por ele não ter ficado zangado comigo.

- Então... Qual é a pergunta do dia? – falei como se não soubesse.

- Hum... Deixa eu pensar... – ele fez uma cara meio engraçada, como se estivesse mesmo pensando. Fiquei meio confusa.

- Você não vai me pergunta por que eu... Fugi ontem?

- Não... Eu sei que você não quer tocar nesse assunto, então não vou te chatear...

Ele olhava bem pro meu rosto de uma forma muito carinhosa. Eu então descobri que além de talentoso, encantador, lindo – e muito cheiroso – ele também é a pessoa mais fofa do mundo.

- Então... – começou ele quando viu que eu estava meio comovida – posso fazer a pergunta?

- Pode...

- Por que... os seus olhos mudaram de cor quando... eu tentei... te beijar?

Me assustei com essa pergunta. Eu não sabia que ele era tão detalhista. Essa – até agora – era uma característica da Alice.

- Eu... Não sei... – falei tentando ser convincente – de que cor eles ficaram?

- Ah... Antes de eu... te tocar, ele estava de uma cor meio avelã... Mas depois que coloquei a mão no teu rosto, eles ficaram negros...

Abaixei os olhos novamente. Não queria que ele os verificasse no momento.

Mas, de repente, senti um de seus dedos levantar o meu rosto. Senti um arrepio e mirei fixamente em seus olhos. Agora eles eram curiosos, procuravam em meu rosto alguma resposta pra alguma pergunta que eu desconhecia.

- E agora eles estão da mesma cor de antes... Castanho-claros, quase avelã...

Sorri timidamente. Ele tinha em seus labios também um sorriso, meigo e espontâneo, um daqueles que me fazia ficar meio tonta.

- Eu... acho que a gente tem que ir... – falei, desviando meu olhar para o campo. As meninas da minha turma já começavam a se aglomerar por ali.

- É... O dever nos chama...

Ele se levantou, e com um pouco de receio, estendeu as mãos pra me ajudar. Eu segurei em suas mãos grandes e me levantei, encantada com o seu cavalheirismo.

Segui pro campo e ele pro prédio. Meu coração estava mais leve. Estava tão aliviada por ele ter me poupado dessa conversa. O Edward realmente é um homem quase perfeito.

Quando eu estava prestes a ir embora, Alice me pegou pelo braço, e começou a me arrastar para o estacionamento dos carros.

- Vamos Bella!

- Vamos aonde? – perguntei confusa.

- Pra minha casa! A gente tem que fazer o trabalho de química!

É, realmente nós temos que fazer. Eu me esqueci completamente desse trabalho. Alice tinha me falado de alguma coisa assim, mas eu não tinha prestado atenção.

Foi então que eu percebi que a situação era pior. Eu iria pra casa de Alice. E junto com a Alice mora uma pessoa na qual eu gosto – e muito. Eu também estava indo pra casa do Edward.


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