Bokura no Love Style escrita por Shiroyuki


Capítulo 50
Capítulo 50 - Eien ni...




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Aiko desceu as escadas lentamente, após o chamado da mãe dizendo que uma amiga dela estava na porta. Ela não esperava por ninguém, mas tinha uma boa ideia de quem poderia ser. E seu palpite provou-se correto, quando viu Hanako, com seus cabelos curtos e completamente rebeldes, e os olhos verdes, mais brilhantes do que nunca, parada na entrada, acenando alegremente para ela.

— O que você quer comigo, Hanako? – Aiko proferiu, em um falso tom de voz irritado.

— Ah, Aichii, gentil como sempre~ - Hanako comemorou – Eu vim chamar você para caminharmos um pouco. Quer ir ao parque comigo?

— Parque? Mas o parque aqui perto fica próximo à casa do…

— Eu sei. É para lá que eu estou indo – ela sorriu – Vamos comigo? – o convite soou mais como um pedido desesperado, quando Hanako proferiu. Aiko entendeu o que ela queria, e assentiu.

— Vamos então… - disse, dando-se por vencida, e pegando um casaco para acompanhar. As duas saíram para a rua, conservando o silêncio por apenas mais alguns minutos, até que Aiko finalmente se sentisse impelida a falar – Nee, Hanako! O que você vai fazer?

— Falar com o Hikaru, é claro. – ela respondeu, tentando parecer segura, quando na verdade, suas pernas tremiam tanto que ela não sabia nem como conseguia caminhar -  Eu estive lá na casa dos Hitachiin… Donatella-san me contou que Hikaru resolveu voltar para o apartamento dele…

— E isso significa que ele não vai voltar para a Inglaterra, certo…? Mas por que ele saiu da casa?

— Bem, ela me contou tudo – Hanako sorriu, parecendo feliz pelas notícias que havia tido – Hikaru… ele vai ser adotado pela Donatella-san! Ela encaminhou os papéis, e logo, ele será verdadeiramente um Hitachiin, e tudo mais… ele vai ter de novo uma mãe…

— Era sobre isso que o professor falava aquele dia?

— Mais ou menos. Era isso, e também por que… Hikaru resolveu fazer faculdade. – ela anunciou, com um tom de orgulho tingindo a voz – Ele tomou essa decisão, e está se esforçando para isso… foi por isso que ele voltou a morar sozinho. Donatella o visita todos os dias. E Kaoru também faz isso às vezes… talvez eles estejam finalmente conseguindo encontrar um caminho para se entenderem, não é?

— Acho que entendo… você está feliz por ele, não está? – Aiko sorriu contidamente para a amiga.

— Estou! – Hanako assentiu – Mas… eu estaria mais feliz se pudesse estar ao lado dele agora, para apoiá-lo… É por isso que decidi ir lá, e resolver isso de uma vez por todas!

— Acho que eu nunca vi você tão determinada com algo. Tenho certeza de que conseguirá. Mas… por que eu tive que vir junto?!

— Eu… tinha algo que queria falar com você antes… - Hanako suspirou, fitando o chão repleto de poças de água de uma chuva recente – Sabe, sobre aquilo que você me contou… Eu queria dizer… que acho que você deveria se declarar para o Kaoru-kun.

— O q-q-que? – Aiko engasgou, com o rosto colorindo-se rapidamente da mesma cor do sol poente – M-m-mas por que isso l-logo agora?

— Kaoru precisa de alguém que o ame, como você faz… Eu só quero que ele seja feliz. E você também, Aichii, eu também quero que você seja feliz. E eu sei que vocês podem ser felizes juntos, tenho certeza disso! Mas… para isso, você tem que ser corajosa, e dizer a ele o que guarda para si durante todo esse tempo…

— E-eu n-não p-posso simplesmente… n-não é como se eu… - Aiko tentava se recompor de alguma forma, embora sua voz se tornasse mais trêmula e incerta a cada palavra – Ele vai me rejeitar… - ela concluiu, quase sussurrando, e baixando o rosto.

— Você só vai saber se tentar, não é? – Hanako ergueu o rosto de Aiko, tirando os cabelos lilases dos olhos dela – olha só, eu também não tenho certeza sobre o Hikaru… Ele pode muito bem me por pra fora, sem nem ouvir o que eu tenho a  dizer. E nesse caso… bem, acho que eu vou ter que conviver com isso. Mas… eu tenho que ao menos tentar, você não acha?

— T-talvez… você possa ter razão… - Aiko desviou o olhar, corando rapidamente – Eu poderia… ir até a casa dele e… contar o que sinto, mas…

— Então é isso – Hanako não a deixou terminar – Vá até lá, e diga a ele como se sente. Eu deixo Kaoru-kun aos seus cuidados, Aichii! – ela afagou os cabelos volumosos, sorrindo amplamente – Agora… é melhor eu ir antes que desista… - ela se deu conta de que já estava na praça, logo em frente ao prédio onde Hikaru residia.

— Boa sorte – Aiko sussurrou.

— Pra você também. – Hanako respondeu, e tomando fôlego, avançou para atravessar a rua.

Aqueles lances de escada nunca pareceram tão longos. Parecia que ela nunca conseguiria chegar até o andar do apartamento de Hikaru, daquela maneira. Quando enfim parou em frente aquela porta, cujos os números pareciam estar encarando-a, em desafio, ela quase desabou. Por pouco, não cedeu ao ímpeto de sair correndo.

Parecia que a antiga e insegura Hanako estava ali novamente, mas isso não era de todo ruim. A garota sabia o que tinha que fazer agora, só precisava fazer suas pernas pararem de balançar, e erguer a mão até a campainha. Era um gesto bem simples, mas demandava um esforço enorme daquele coração que batia ensandecidamente.

Durante o tempo em que ela ficou hesitando entre apertar a campainha ou não, algumas lembranças antigas a assolaram novamente. Nesse mesmo apartamento, Hikaru a salvara algum tempo atrás. Fazia quase três anos, mas… agora, isso tudo parecia tão distante! Tantas coisas aconteceram nesse período… era difícil acreditar. Mas… a recordação de acordar naquele lugar… o café da manhã que Hikaru preparara… a atenção que ele dispensava para ela… Sim, ela queria tudo isso de volta! Ela queria poder acordar ao lado de Hikaru todos os dias, provar da comida dele… queria vê-lo sorrir, e beijar seus lábios quando quisesse. Abraça-lo bem apertado, dormir com ele no sofá, enquanto assistiam a um filme qualquer. Sentir o corpo dele perto do seu. E nunca, nunca mais, ter que ficar longe.

Finalmente, ela reuniu toda a coragem necessária, e ergueu a mão na direção daquele simples botão. Respirou fundo e preparou-se para tocá-lo.

— O que está fazendo aqui?

O coração de Hanako disparou até a boca, enquanto ela, paralisada pelo susto, se virava lentamente para trás. Procurando a chave de casa pelos bolsos, com um saco de compras em um dos braços, Hikaru estava bem ali.

— E-eu vim conversar com você… - ela respondeu – E não vou sair daqui até que você me ouça!! – ela gritou de repente, antes que ele tivesse a ideia de tirá-la dali, ou de ignorar sua presença.

Ele suspirou. Tinha o cabelo ruivo preso para cima, por uma tiara fina, e abaixo dos seus olhos estavam as marcas da falta de sono.

— Tudo bem, você pode entrar – ele destrancou a porta, dando espaço para Hanako adentrar, e fazendo o mesmo logo depois. Encaminhou-se para a cozinha, para guardar suas compras, enquanto Hanako fitava tudo com descarado interesse.

O lugar continuava tão impecável como sempre, porém, espalhados por toda a parte estavam livros, guias de estudo, cadernos e folhas impressas. Ele estava realmente se esforçando ao máximo, não é? Hanako não pode evitar o sorriso que se espalhou pelo seu rosto ao ver isso.

— Que cara estúpida é essa? – Hikaru a surpreendeu em sua observação, com o tom ríspido que já era característica dele. Hanako não se ofendeu – Olha só, não é por que eu deixei você entrar que alguma coisa do que eu disse aquele dia mudou! Só estava evitando que você fizesse um escândalo na porta da minha casa e…

— Você está estudando bastante, não está? – Hanako o cortou, com o mesmo sorriso ainda brincando em sua face.

— O q-que? – ele se perdeu, com aquele comentário inesperado, e seu rosto se coloriu ligeiramente – Eu resolvi que deveria fazer alguma coisa da vida, depois de sair da escola e… bem, não é como se eu estivesse me esforçando muito para isso, ou qualquer coisa assim, é só que… com as minhas notas anteriores, eu não conseguiria nada, então eu tenho que aumentar a minha média e… ei! Isso não tem nada a ver com você! – ele estourou de repente, dando-se conta de que estava falando mais do que deveria.

— Eu estou muito orgulhosa de você – ela se agitou, incapaz de ficar longe de Hikaru por mais tempo. Chegou até ele, notando que ele recuava um pouco com sua aproximação. – O que pretende fazer?

— B-bem… c-como o Kaoru resolveu ser médico, eu pensei que… bem, Donatella-san disse que… ela precisaria de alguém para herdar as empresas e…

— Ah, você vai cursar administração! – Hanako estava exultante – Muito bem! Estou feliz por você!

— Por que veio aqui? – Hikaru desviou o olhar – Não foi para falar sobre o meu futuro, eu sei disso. O que quer?

— Eu precisava conversar com você, Hikaru-kun – ela disse, encarando-a diretamente. Hikaru não sustentou seu olhar.

— Nós não temos mais nada pra falar. Eu já disse tudo para você aquele dia, e você deveria apenas se apressar e correr até aquele idiota do Kaoru, que é o seu lugar. Me deixe em paz! Daqui a pouco, alguma garota com quem eu estou saindo pode aparecer por aqui e..

— Eu sei que você não está saindo com ninguém – Hanako foi resoluta – Rie me contou tudo. Ela disse que você a chutou logo depois daquele dia em que eu vi vocês na escola, e que vocês nem chegaram a se beijar, por que você parecia uma garotinha do fundamental, cada vez que ela chegava perto de você, por algum motivo. Ela te odeia agora, sabia?

— Argh, garotas são tão fofoqueiras – Hikaru sibilou, cruzando os braços – Mas isso não vem ao caso. Não muda nada daquilo que eu disse.

— Só que eu não acreditei em nada daquilo que você disse – Hanako afirmou, com o rosto ainda corado, e o coração disparando. Esperava poder dizer a ele tudo o que pretendia, mas não sabia que poderia ser tão complicado ordenar seus pensamentos – Hikaru… eu já ouvi você contando milhares de mentiras, acha mesmo que eu não aprendi a diferenciar a essa altura?

— Acho sim, por que você é uma Coelhinha Estúpida, que não sabe o que é melhor para você! – ele dizia rapidamente, empurrando Hanako pelas costas em direção à saída.

— Não! Eu sei sim! Eu sei muito bem o que eu quero, Hikaru! – ela se debateu, se esforçando para virar-se e olhá-lo nos olhos. Hikaru retesou, vendo a determinação nos olhos dela – E eu quero você! Você é o melhor para mim!! E eu te amo, seu idiota!

— Você não sabe o que está dizendo! – ele replicou, ainda que seu coração tivesse disparado com aquelas palavras.

— Pare de me tratar como se eu precisasse de alguém para me dizer o que eu quero, Hikaru! – ela se irritou, batendo o pé de irritação – Eu SEI o que eu quero. Eu SEI quem eu amo!!! Não preciso que você dê uma de delinquente novamente, só pra me empurrar para o Kaoru! Você fez com que eu meu apaixonasse por você, finalmente, e então desiste desse jeito? Eu não quero o Kaoru, não quero ninguém mais, será que é difícil de entender isso, Hikaru?? EU AMO VOCÊ!!! – Ela gritou, sem hesitar, e pulou nos braços de Hikaru sem pensar duas vezes.

Segurou o rosto dele bem firme entre suas mãos, selando seus lábios que ansiavam por esse toque. Aprofundou o beijo em questão de segundos, arrancando um grunhido de surpresa do garoto. Ele a segurou pela cintura, apenas para que ela não caísse de volta ao chão, e deixou-se ser guiado por Hanako, somente daquela vez. Carregou-a para trás, até que os dois caíram sobre o sofá branco, com Hanako acomodando-se sobre as pernas de Hikaru, abraçada ao pescoço dele, e bagunçando todo o cabelo cor-de-fogo.

Quando finalmente o ar em seus pulmões se extinguiu, ela se afastou, com o rosto afogueado, e uma expressão que sugeria que ela o atacaria muitas vezes mais, se fosse preciso, para que Hikaru entendesse.

— P-por que está fazendo isso, Coelhinha? Depois de tudo… eu achei que…

— Achou errado – ela afirmou, abraçada à ele como se isso pudesse impedi-lo de fugir – Eu não amo mais o Kaoru do jeito que eu amava. Outra pessoa ocupou o lugar dele, de uma forma tão plena que eu acho que jamais vai haver qualquer reversão. Eu te amo agora, Hikaru, e vou amar para sempre. Será que você pode conviver com isso?

— E-eu… não sei. Ainda não acredito que você realmente está dizendo essas coisas… Você tem certeza de que vai me escolher, depois de tudo o que eu fiz? – Hikaru parecia uma criança, que demora a aprender uma lição. Mas, a expressão de incredulidade em seu rosto só o deixava mais adorável.

— É por causa de tudo o que você fez que eu me apaixonei por você, Hikaru… - Hanako sussurrou, pousando os lábios na curva do pescoço de Hikaru, e aspirando o seu cheiro – Por favor, deixe-me cuidar de você também. Deixa eu ficar no seu colo, assim… para sempre… hm, o que me diz disso? Parece bom, não é? – ela sorriu fracamente, fechando os olhos e repousando o rosto ali. Podia sentir com nitidez as batidas rápidas do coração dele, batendo junto com o seu, e a sua respiração descompassada aos poucos voltando ao normal.

— Parece apenas… bom demais para ser verdade. Tem certeza de que eu não estou sonhando…? – ele hesitou por um momento – Se… se for um sonho mesmo, então deixa assim – suspirou, abraçando o corpo de Hanako em seu colo. Ela suspirou, aliviada com a aparente aceitação, ou seria melhor dizer desistência…

— Sim, vamos viver esse sonho, então – ela ergueu o rosto, e permitiu ser beijada por Hikaru, mais uma vez. Ele se inclinou sobre o corpo dela, deitando-a delicadamente sobre uma almofada, e invadindo seus lábios com a língua, tão gentil e carinhoso, que Hanako mal conseguia pensar em como poderia não ter se apaixonado por Hikaru logo de cara.

Eles demoraram a se afastar dessa vez, e Hikaru percorria o corpo de Hanako com as mãos demoradamente, como se quisesse gravar cada curva dela na memória. Hanako fazia o mesmo, afundando os dedos nos cabelos macios, e nas costas largas. Nenhum dos dois ligava para o mundo fora daquele lugar brilhante e feliz. Queria apenas continuar ali para sempre…

— Promete que não vai me deixar ir a lugar nenhum a partir de agora? – Hanako soprou em seu ouvido, baixando o rosto para distribuir beijos por toda a extensão de seu pescoço, até a clavícula.

— Sim, eu prometo o que você quiser… - Hikaru gemeu baixo – Eu te amo, Coelhinha…

— Não se esqueça que eu te amo também, ouviu? Não vou te deixar sair daqui nunca mais…

— Eu sei que sim… - Hikaru sorriu de canto, do jeito que ela mais amava.  – Secretamente… eu sempre soube que você acabaria voltando para mim… Eu sou irresistível, afinal… - ele tomou os lábios dela mais uma vez, sem dar a chance de resposta.

Finalmente, parecia novamente o garoto irônico e irritante que ela conheceu uma vez, na estação de trem. Ele se inclinou sobre ela, tomando seus lábios da mesma forma que fez naquela primeira vez, mal dando a chance de ela respirar. Suas línguas se enlaçaram, em uma dança lenta, sem trilha sonora. E, dessa forma, eles passaram o resto da tarde. E o resto da vida, também… Se alguém a dissesse, naquela ocasião, que depois de três anos ela estaria dessa forma, certamente, ela não acreditaria nessa pessoa. Quem diria, que o garoto pervertido daquele dia se tornaria o seu Príncipe salvador, aquele que a salvaria de todos os monstros, o seu final feliz…

Hanako percebeu que não existiam príncipes perfeitos, com os dos mangás, na vida real. Ela nunca encontraria aquilo que idealizara. No entanto… havia conseguido chegar bem perto. Com seu Príncipe Pervertido, ela viveria feliz para sempre. Não como uma princesa… mas como uma Coelhinha Estúpida. Sim, isso já era o suficiente, até demais, para ela. Por que aquele era o jeito que eles encontraram para se amar.


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Notas finais do capítulo

Boa noite à todos. Venho para contar a vocês que este é o último capítulo. Resolvi postar os dois últimos junto, talvez para me redimir de tantos atrasos, tantas confusões, tantos hiatus... Enfim, acho que eu devia isso a vocês, depois de me acompanharem por tanto tempo, me apoiando, e me dando incentivo para terminar essa história.

Lá se vão quase três anos... nossa, eu sou realmente lenta, agora reparo -.- mas eu fico feliz de saber que mesmo assim, vocês estiveram aqui comigo, e com a Hanako, com o Hikaru, com o Kaoru... Espero que esse final seja satisfatório... talvez tenha faltado muita coisa, e a história não terminou da maneira que eu pensei que terminaria quando comecei a escrevê-la... tanta coisa aconteceu nesses anos, e a pessoa que começou a escrever essa história certamente não é a mesma que está aqui agora. Por isso, quero agradecer a todos que estiveram aqui, mesmo aqueles que abandonaram a leitura, ou que nunca deixaram reviews... E, especialmente, quero agradecer àqueles que sempre me deixaram comentários lindos e incentivadores. Foi somente por vocês que eu me empenhei em dar um fim a essa história, e espero contar com vocês também em projetos futuros.

Bem, eu só tenho a dizer... minna-san... arigatou gozaimasu *curva-se respeitosamente* Amei passar esse tempo todo com vocês, e posso dizer com toda a certeza.. que valeu a pena.


Então, este é...


o fim.



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