Escolhas escrita por sophiehale


Capítulo 4
4 - Love at first sight


Notas iniciais do capítulo

e ele finalmente aparece. HAHAHA

espero que vocês gostem, boa leitura!



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Capítulo 4

Thought that I was going crazy

Just havin' one those days, yeah

Didn't know what to do then there was you

And everything went from wrong to right

Love at first sight – Kylie Minogue

Sabe aquela sensação de quando o tempo passa devagar demais? Eu a sentia naquele momento. Me sentia insegura, com medo e, acima de tudo, impotente. Era a pior coisa do mundo se sentir daquela forma, ainda mais quando o assunto era minha filha. Era muito sofrimento para uma pessoa só.

-Senhora King? – um médico apareceu para falar comigo. Meus olhos deviam estar vermelhos e esbugalhados, mas não me importei nem um pouco com aquilo.

-Hale. – eu o corrigi automaticamente.

-Desculpe. – ele sorriu de leve em compreensão. – A sua filha ficará bem. Ela não teve nenhuma concussão, como imaginávamos que teria por causa da queda. Os ferimentos foram apenas superficiais.

Fechei os olhos e respirei aliviada pela primeira vez em uma hora.

-Obrigada, doutor... – fiz um gesto com a mão para que ele dissesse seu nome. Ele entendeu o recado.

-McCarty. – ele respondeu. – Sou Emmett McCarty.

-Muito obrigada então, doutor McCarty. – eu lhe dei um sorriso genuíno. Foi naquele momento, sem mais preocupações em minha mente, que percebi o quanto aquele homem era atraente. Parecia forte, pelo peito largo que transparecia pelo seu jaleco branco. Seu cabelo curto e preto contrastava com sua pele branca, e suas covinhas lhe davam uma aparência angelical. - Posso vê-la?

-Quem? – ele parecia aéreo de repente. Eu dei uma risada tímida e ele maneou a cabeça, como se tentasse espantar algum pensamento. – Desculpe. Sua filha... Claro, claro. Venha comigo.

Assenti com a cabeça e o segui de boa vontade, ansiando pelo encontro com minha menina. Apesar de ele já ter dito que ela estava bem, como uma advogada que era, eu tinha a mania de só acreditar vendo.

-Ali está ela. É um amor de criança. – ele sorriu e parou na soleira da porta.

-Oi mamãe. – Ella já estava sentada na cama. – O doutor Emm me deixou brincar com isso. Não é legal?

A minha garotinha segurava um estetoscópio em suas mãos.

-É sim, bem legal. – eu sorri. Sem voz, emiti mais um “obrigada” ao médico que ainda estava atrás de mim com um sorriso um pouco... Paternal, em relação a Ella – Como você está, querida?

-Bem. – ela disse. – Só esse corte ardia um pouco, mas o doutor Emm passou um remédio e me deu um band-aid da Hello Kitty. – minha filha sorria satisfeita, mostrando o curativo em sua testa.

-Fiquei preocupada com você, Ella. O que seu pai e eu sempre dissemos pra você?

-Eu sei, mamãe. Nunca atravessar a rua sem olhar para os lados. – ela repetiu com as minhas exatas palavras, fazendo-me ter uma vontade louca de apertar aquelas bochechas branquinhas; mas me controlei.

-Já sabe por que, não sabe? – perguntei.

-Já. Não foi muito legal não... Mas eu não me lembro direito. Só sei que o carro veio, eu gritei e depois ficou tudo escuro.

-Não foi nada legal. – concordei. – Eu já volto, está bem? Eu tenho que avisar todo mundo que você está bem... O Travis, o papai, a tia Alice e a... A Stacy ficaram preocupados com você.  – apesar de odiá-la menos, ainda era difícil pra mim incluí-la na lista de familiares.

-Eu vi você com a tia Alice, mamãe. – Ella disse. – Por que ela estava chorando no parque?

-Isso não é assunto pra você, mocinha. – eu apertei seu nariz, fazendo-a rir por uns instantes. – Eu já volto.

Virei-me em direção à porta, onde ainda estava Emmett. Dei um sorriso de leve em sua direção e segui até a sala de espera onde se encontravam todos. Royce estava com a cabeça baixa e Stacy o abraçava pela cintura, ambos sentados em um sofá para duas pessoas. Travis andava de um lado para outro, enquanto Alice encarava um ponto fixo no chão.

-Ei. – eu chamei e todos, ao mesmo tempo, levantaram o olhar. – Ella está bem.

-Posso...? – Royce perguntou, sem completar a frase. Virei o corpo e encontrei Emmett a alguns passos atrás de mim. Ele assentiu, confirmando.

-Todos podem vê-la. Mas, por favor, mantenham a ordem. – Royce e Stacy levantaram-se no mesmo instante em que Emmett terminou de falar. Travis foi o primeiro a caminhar para o quarto, seguido por Alice.

-Ela é realmente muito querida. – o médico disse, após ficarmos sozinhos. – A senhora deve te-la criado muito bem.

-Hmmm, obrigada. –eu agradeci, pensando em como aquele homem realmente não sabia nada sobre mim. Continuei. – Mas eu não sou senhora mais há um tempo. – eu ri. – Me chame por você. Sou Rosalie.

-Emmett. – ele riu ao dizer o nome mais uma vez e estendeu a mão para me cumprimentar. Eu a apertei educadamente.

-Sabe, não tenho palavras para expressar a minha gratidão. – fiz uma careta depois de terminar de dizer minhas palavras. – Isso foi muito clichê?

-Talvez. – ele riu, mostrando as covinhas. – Mas eu me sinto honrado do mesmo modo.

-Então vou dizer algo mais clichê ainda. – dei um sorriso de leve, arrancando-lhe uma risada tímida. – Existe algo que eu pudesse fazer por você para retribuir o que fez por mim?

-Imagine... Rosalie. – ele relutou em dizer meu nome. – Só fiz o meu trabalho.

-Mas o seu trabalho foi salvar uma das duas pessoas mais importantes da minha vida. – eu expliquei, fazendo menção a Travis. – Eu lhe devo muito.

Ele maneou a cabeça e abriu a boca para dizer algo, mas foi interrompido.

-Eu tenho que ir. Tenho um paciente de emergência. – ele constatou após visualizar seu bipe. – A gente se vê daqui a pouco?

-Claro. – eu sorri, apesar de derrotada. Queria que ele tivesse me convidado para um café ou coisa assim... Mas talvez tenha sido melhor daquela maneira. Eu realmente não queria me envolver com ninguém, apesar de ter gostado de flertar com Emmett. Gostado bastante.

Na verdade, nunca tinha me envolvido com ninguém depois da separação de Royce. Dois anos sozinha. É claro que tive alguns encontros –apesar de poucos –, mas era sempre coisa de uma noite.

Emmett parecia o homem certo para a hora errada. Era como se ele brilhasse para mim, algo nele me prendia a atenção... Mas eu não estava pronta para nada ainda, nenhum tipo de relacionamento. Eu era um pouco traumatizada quanto a isso.

Pela milésima vez naquele dia, meu celular tocou. Era Jasper.

-Rose? – ele não esperou eu dizer “alô”. Parecia aflito.

-Oi Jazz.

-Você disse que ia ligar e não me ligou. – ele constatou. – Fiquei preocupado... Aconteceu alguma coisa?

Ele estava certo em se preocupar. Se eu dissesse que iria fazer alguma coisa, eu sempre o fazia rapidamente. Já se passavam duas horas desde que eu falara com ele pela última vez.

-Hmmm, na verdade aconteceu. Mas não há mais nada com o que se preocupar.

-O que houve Rose? – ele perguntou, a aflição cada vez mais tomando conta de sua voz. –Algo com a Alice?

-Não, nada com a Alice. –eu garanti. –Bem, nós duas estávamos conversando no Central Park sobre a situação de vocês dois. E aí ouvimos o barulho de um atropelamento.

-Atropelamento? Quem foi atropelado Rosalie? – preocupou-se.

-Ella. – eu respirei fundo, tentando não me lembrar do desespero que tomou conta de meu corpo ao ver minha filha naquele estado. – Mas ela já está bem. O pediatra que tratou dela garantiu que os ferimentos foram todos superficiais.

-Graças a Deus. – ele afirmou. - Onde você está?

-No hospital Mount Sinai.

-Vou dar um jeito de chegar até aí pra dar uma olhada na minha afilhada. – pude sentir seu sorriso do outro lado da linha. – Vejo você daqui a pouco.

- Até mais, Jazz.

Apesar da tragédia que acontecera, aquilo fizera meu irmão e minha melhor amiga esquecerem os seus problemas particulares por alguns instantes. E, bem, talvez eu estivesse pensando em um médico forte e musculoso para esquecer o detalhe de avisar Jasper da presença de Alice no hospital.


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Notas finais do capítulo

e aí, o que acharam? não gostei tanto desse capítulo, achei que podia ter ficado melhor. espero ansiosa pelas opiniões de vocês :Dbeijos!