Escolhas escrita por sophiehale


Capítulo 18
17 - Complicated


Notas iniciais do capítulo

chegouuu, nem demorei dessa vez né? hahaha
obrigada pelos reviews, cada vez adoro mais eles! =)



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Capítulo 17

Watching your back like you can't relax,

You're trying to be cool, you look like a fool to me.

Tell me

Why do you have to go and make things so complicated?

Complicated - Avril Lavigne

-Vida complicada? - o motorista do táxi amarelo perguntou, assim que eu entrei no veículo e lhe disse o meu endereço.

-Está brincando? - eu então percebi que ele me encarava no retrovisor. Pude jurar que era Emmett por um segundo, mas então a luz bateu e voltou, revelando um homem de meia-idade com alguns fios brancos e uma barba sem fazer. - Com todas as coisas para me dizer, o senhor vem logo com isso?

Eu sabia que o cara não tinha nada a ver com a minha história, mas eu não conseguia entender porque ele tinha dito a mesma coisa que Emmett me dissera apenas algumas horas atrás. Era muita falta de sorte eu estar tentando esquecer e a vida insistir em brincar comigo desse jeito.

-Sinto muito, senhora. - ele pareceu surpreso com a minha indignação e pude ver isso pelos seus olhos no retrovisor, que olhavam em minha direção. - Não pretendi ofender... Só puxar algum assunto.

-Eu entendo... - murmurei ainda um pouco contrariada. - Eu que peço desculpas para o senhor.

-Está tudo bem. - ele deu uma risadinha sem-graça nenhuma, pelo menos para mim. Então ele aproveitou a parada no trânsito e pegou um cigarro.  - Importa-se?

Suspirei.

-Faça o que quiser. - respondi de má vontade. Eu detestava o cheiro de cigarro, ainda mais porque eu já fora uma viciada e tinha parado há poucos anos; mas aquele cheiro, de certa forma, conseguia me acalmar.

Agora eu lutava internamente para não pedir um cigarro para mim.

-O senhor tem um sobrando? - perguntei, derrotada. O homem deu de ombros.

-Sinto muito, é o último. -

Ótimo Deus, muito obrigada pelo sinal. Adoro quando eles vêm nas horas erradas. O Senhor não poderia ter me mandado um antes de eu beijar aquele idiota? Obrigada pela ajuda.

-Você está bem? - o homem perguntou, interrompendo meu falatório mental.

-Ótima. Acho que é visível. - respondi ironicamente e só então reparei no caminho. - Bem, a minha casa é ali. O senhor pode parar.

O cara fez o que eu lhe disse e estacionou o carro na frente da minha garagem.

-São oito dólares. - ele anunciou e eu lhe estendi uma nota de dez.

-Fique com o troco. - disse, sem paciência para nada. Desci do carro, pensando ter ouvido um "obrigado" do taxista, e abri a porta de casa.

Vazia por si só. Como eu queria a companhia das crianças naquele momento, nem que fosse para que eu apartasse uma briga entre elas... Ou senão Travis a reclamar de mim; Ella a dizer que queria ir ao shopping comprar tudo o que visse pela frente... Não me importava, eu só queria alguma companhia.

-Idiota. - murmurei para mim novamente, lembrando por que eu já estava em casa. Eu não podia ter me segurado um pouco? Emmett e eu poderíamos ter sido grandes amigos se eu não tivesse estragado tudo.

Talvez fosse outro sinal, eu não sei. Só sei que comecei a ouvir passos em direção à cozinha - onde eu estava. Só faltava ser algum criminoso... James? Será que ele me atacaria também?

Não... Talvez fossem só as crianças que tinham voltado mais cedo. Olhei para o relógio, tentando tornar minha teoria plausível, mas não teve jeito. O que as crianças fariam em casa às duas horas da manhã? A mãe de Royce já devia tê-las colocado para dormir.

Então, se não eram as crianças... A teoria voltava para algum criminoso. E, pior que um criminoso qualquer, estava James. Ah. Meu. Deus. Será que ele sabia que eu já sabia de tudo sobre ele? Eu ainda nem tinha decidido em abandonar seu caso...

Os passos se aproximavam vagarosamente, enquanto minha mente funcionava a mil por hora e meu coração batia descompassadamente em meu peito. Se eu não tivesse estragado tudo com Emmett, eu ainda estaria na Pacha com ele; ou, na pior das hipóteses, ele estaria ali comigo agora.

O que eu fui fazer?

Sem pensar, peguei o taco de beisebol de Travis e, também vagarosamente, me aproximei da "esquina" que dividia o corredor da cozinha. Estava me sentindo uma espiã ou sei lá; poderia até ter sido divertido, não fosse o medo que eu estava sentindo.

Ah meu Deus...

-Quem é? - eu gritei com voz ameaçadora; ou pensei que tivesse o feito. Minha voz saiu como um gemido, característico de uma pessoa que está morrendo de medo. Quem quer que fosse que estava ali só faltava rir da minha cara. - Quem é que está aí?

Minha voz saiu mais consistente da segunda vez, mas ainda não estava nada boa. Eu queria colocar medo que nem aquelas policiais dos seriados de tv, e não parecer uma dondoca em perigo.

Se bem que, se eu fosse uma dondoca em perigo, meu príncipe apareceria para me salvar...

Não, Emmett não era o meu príncipe eu com certeza não era uma donzela em perigo. Aquilo era vida real, e não um filminho ou seriado de tv. Eu podia estar correndo perigo de verdade.

-Rosalie? - a voz interrompeu meus pensamentos e me levou de volta à minha triste realidade.


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Notas finais do capítulo

hmmmmm, quem será que é?