POV Percy 

Droga. Eu parecia um covarde. Dar um mergulho? Considerando que sou filho de Poseidon isso me serve como remédio. Eu não queria magoar Annabeth. Mas eu não sei nada sobre esse assunto.

Cresci num lar onde minha mãe odiava meu padrasto. Ela sacrificou sua vida sentimental por mim. Eu sei que ela ainda sente algo por meu pai. Não sei o que.  E estou muito feliz que ela tenha o Sr. Baiacu.

Escutei passos vindos da terra firme. Voltei à superfície para encarar minha namorada.

“Como ousa me deixar sozinha?” ela dizia, me cutucando o meu peito com o dedo indicador.  “Estamos sozinhos numa ilha, sem ninguém por perto, e você me deixa falando sozinha! Minha vontade agora é voltar para o Acampamento. Não, voltar para a casa de meu pai. E te deixar sozinho. Ai quem sabe você sentirá minha falta? O quê você tem nessa sua cabeça de alga? Você é meu namorado. E eu nem sei se você ME AMA!” Enquanto falava isso, ela ia me empurrando para a agua. Quando a agua já estava em nossos joelhos, eu dei uma risada. “Como ousa sorrir? Por um acaso você ouviu o que eu acabei de dizer? Eu te ODEIO Perseu, filho de Poseidon!” Nesse momento a agua começou a se movimentar sob nossos pés. E eu sorria cada vez mais. “Você não me odeia. Eu sou o seu namorado. Eu te amo!” Foi ai que percebi que nunca havia falado isso para ela. Annabeth parou de me bater. A agua se movimentava cada vez mais. Olhei em seus olhos e vi que eles não estavam da cor de tempestade. Estavam límpidos, prateados. “Repita isso, Cabeça de Alga” ela mandou. Bem. Dessa vez eu estava com vergonha.  Tinha falado isso no impulso, mas não da boca pra fora. “Eu te adoro, Annabeth.” Ela negou. “Diga que me ama ou...” Não a deixei terminar a frase. Nesse momento eu a agarrei pela cintura, cobri sua boca com a minha, e fiz uma onda de 2,5 metros nos engolir. 

POV Annabeth

Eu estava tonta. Estava tão focada na discussão que nem percebi o mar azul se movimentando. Senti-me péssima. Onde estavam meus reflexos, minha atenção e meu foco? Não importa; Eu estava sob os domínios de Percy. Em seu mundo. Eu já sabia que ele me amava, mas ele nunca havia falado as 3 palavrinhas que agora gravaria em minha mente com letras de bronze celestial. Ele fora cuidadoso ao me beijar e formar uma película de ar em volta de nós. Mesmo debaixo d’agua e com oxigênio de sobra, eu ainda estava sem folego. Eu estava seguindo os conselhos (ARGH!) de Afrodite: Eu não sabia meu nome, nem onde estava, nem quem eu era. O que importava eram os braços firmes em volta de mim. E uma boca sob a minha. Foi ai que eu descobri algo mais delicioso que Ambrosia e que o Néctar dos deuses.