A Viagem escrita por kiryuu_ichiru


Capítulo 20
Capítulo 20- Conversas




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Ficamos ali, fazendo sempre as mesmas coisas todos os dias... Duas semana se passaram e nós ainda estávamos lá, perdidos. 

- Alguém já deveria ter sentido falta de nós... - Bill estava preocupado.

- Talvez tenham sentido, mas de nada adianta se não fizerem a menor ideia de onde estamos. - Tom e seu realismo. 

- Eu não sei, mas sinto que algo bom acontecerá, é coisa de tempo. Acho que já estou acostumada com esse ambiente. - Eu realmente estava sentindo algo.

Eles ficaram me olhando com uma cara estranha. Sim, parecia estranho eu gostar daquilo. Nós estávamos com todas as roupas rasgadas, cabelos em péssimo estado, unha grandes e mal feitas, pele ressecada... Mas o clima era bom, era melhor do que o clima das cidades grandes. 

- Mas por que você acha isso? - Bill agora estava curioso.

- Nada em especial... Apenas sonhei com Georg. Me sinto bem quando sonho com ele. - Disse isso com um sorriso no rosto. 

- Hey, vocês já estão aqui, por que não me esperaram? - Gustav vinha com um sorriso no rosto. 

- Desculpe, estávamos conversando sobre nossas expectativas. Sobre não terem sentido nossa falta ainda. - Tom se levantara para ir ao encontro de Gustav. 

Eu me levantei também. Abracei Gustav, juntos, nós nos sentamos. 

Nas duas semana que se passaram, Gustav e eu nos tornamos bons amigos. 

Agora, todos sabiam da existência da gruta. Até mesmo Manoela estava mais simpática também. Alguns dias depois da conversa com Manoela, passamos a nos encontrar mais e conversar sobre tudo na gruta.

Passamos muito sufoco nas duas semanas que se passaram. Manoela havia machucado seu pé, eu havia caído e acabei cortando a mão. Um dia encontramos um leão, não tínhamos muito o que fazer, além de sair correndo. 

- Estamos realmente perdendo a noção no tempo aqui. Eu nem sei que dia é hoje, em que mês estamos.. realmente não sei.  Eu não aguento ficar mais nem um dia perdido. - Manoela, a menina que sempre reclamava. 

- Realmente! Mas aqui estamos longe dos Paparazzi, longe de pessoas chatas, de fãs loucas, de escândalos... No caso de vocês, longe da escola, das pessoas que não gostam de vocês... - Bill sempre via um lado bom nas coisas.

O fato era que ninguém queria ficar perdido ali. 

- Será que um dia sairemos daqui? - Eu tinha medo disso, eu estava preocupada, desde quando havíamos caído na ilha. 

- Tudo ficará bem! - Bill me abraçara. Logo depois, Tom se apressou e me abraçou também.

Eu ainda não resolvera aquele dilema. Isso ainda me incomodava. Mas, cá entre nós, não é para qualquer uma conquistar Bill e Tom Kaulitz ao mesmo tempo. 

Um a um, todos foram indo dormir. Até que ficamos apenas Tom e eu.

- Você não vai dormir, kate? - Tom já estava se levantando para ir.

- Estou sem sono, vai lá, mais tarde eu vou. 

- Não, eu fico aqui com você... também estou sem sono. - Tom não entendia quando eu queria ficar sozinha, mas ele era muito preocupado comigo.

Ele sentou-se ao meu lado e me encostou em seu peito. Eu suspirei.

- Tom, por que você sempre que ficar comigo? Por que faz questão de estar sempre comigo?

Eu decidira que eu tinha que saber com quem ficar, eu não queria os dois, queria apenas ser amada por uma pessoa. Começaria com Tom, já que esse momento era um dos únicos em que ficávamos sozinhos.

- Eu não sei. Eu gosto de estar com você, gosto de conversar com você. - Ele me deu um selinho.- Acho que te amo.

 Essas três últimas palavras me mataram por dentro, mas me fizeram reviver... Uma chama de acendeu dentro de mim. 

- Mas você ama todas as garotas com quem sai. Isso é normal. Até você conseguir o que quer, SEXO. 

- Talvez, mas por você... É algo a mais, eu não sei. Eu não sei explicar isso. Eu quero você. - Tom estava com uma cara de desejo.

- Pois é, e ao meu corpo também. Tom, entenda, eu não sei o que fazer...

- Do que está dizendo? É sobre você e Bill?  Eu não me importo que você também fique com ele, desde que esteja comigo. E foi ele quem pediu isso, ele disse que vocês não tinham nada quando eu perguntei. 

- Tom, você falou com ele sobre isso?- Eu agora olhava séria para ele.

- Sim, ele é meu irmão. Eu converso com ele sobre tudo. 

- E o que ele disse? - eu fiz essa pergunta com um tom ameaçador na voz.

- Ele ficou triste e com ciúme, se é o que quer saber. Mas disse que se eu estava feliz, ele não ligaria em te dividir comigo. Mas ele ama você também. - Tom sempre soube onde eu queria chegar, sempre. 

Com os olhos cheios de lágrimas eu disse:

- Sério? Ele me ama? 

- Só ele não. EU também te amo. - Tom enfatizara o 'te amo'.

Eu o abracei. Era tudo o que eu precisava saber. Com um beijo, encerramos a conversa. O único assunto agora, era nossos beijos e nossos corpos unidos.  A coisa esquentara entre nós. 

- Não, Tom. Pare! Eu não quero... não acho que seja um lugar e uma situação apropriados. 

- Se fosse em outro lugar, você aceitaria então? - Tom estava ofegante.

Ele me puxou para mais perto dele. 

- Não sei. Mas agora, eu digo que é melhor pararmos por aqui. Boa noite! 

Com uma cara de decepção, Tom me soltou e se levantou. 

Mais uma vez, eu estava sentada, sozinha, na gruta. Sozinha, eu e meus pensamentos. A conversa tinha sido produtiva, mas me deixara ainda mais confusa. Eu precisava conversar com Bill. Depois disso eu poderia tomar minha decisão. 

Pensamentos sobre tudo tomaram conta de minha mente. Até que, algumas horas depois, adormeci ali mesmo. 

Enfim, mais uma noite se passara. Três semanas perdidos, eu queria ir embora. 


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