Naquela noite não houve muito dialogo entre nós, exceto pelas conversas em voz baixa entre Manoela e Gustav. Bill estava pensativo e não parava de me olhar. Eu peguei no sono. Aquela rotina de ficar o dia inteiro andando não era para mim, eu estava muito cansada. 

- Kate? Você está acordada? – No meio da Noite e o Bill me acorda.

- Hã? Ah! Oi Bill. O que houve?- Eu realmente estava com sono, mas não deixaria de atender a um chamado do Bill, nunca!

- Vem comigo, preciso te mostrar um lugar. – Àquela hora?! Ele se levantou.

Fez um gesto para que eu o seguisse. Não perguntem nada, apenas o fiz.  Andando uns dez minutos até chegarmos a uma gruta. Era um lugar maravilhoso, um lugar que só ele, entre nós todos, sabia onde ficava.

- Q-que lugar é esse, Bill? – Eu estava sem palavras.

- Eu o encontrei hoje, enquanto você descansava. – isso explicava o fato de eu não ter descoberto o lugar junto com ele.

- É lindo. Mas, por que você me trouxe aqui? – Realmente, eu não sabia, juro!

- Por ser um lugar calmo, esse será nosso lugar para conversarmos todas as noites. Uma espécie e fuga, onde esqueceremos o fato de estarmos perdidos aqui, onde seremos felizes. Aqui só reinará a felicidade. – Eu me surpreendi com essas palavras dele.

Já havia uma fogueira acesa ali, Bill provavelmente havia preparado aquilo. Sentamo-nos um ao lado do outro.

- Bem, você é de que país mesmo? – Eu não acreditava que ele não sabia.

- Sou do Brasil, Bill. – O que mais eu responderia?!

- Oh, do Brasil? Sério? *o* - o sorriso dele aumentou.

- Sim, por quê? – Era só um país como outros.

- demos um ótimo concerto lá há alguns meses atrás. Foi perfeito, nunca me esquecerei! As fãs brasileiras me fizeram muito feliz naquele dia. – Eu pude perceber o brilho nos olhos dele.

- Fico feliz em saber disso. Mas essa paixão pelo Brasil durou pouco, não foi? Alguns dias depois do show, você foi para o Japão, e parecia que o país era o melhor de todo o mundo para vocês. – Sim, eu sempre tive ciúmes.

- Ora, parece que tem alguém com ciúmes aqui. Bom, eu estava alucinado. Sempre foi meu sonho ir para lá. – Os olhos dele brilhavam mais ainda ao falar do Japão. – Mas se isso te chateia tanto, vamos mudar de assunto.

- Acho melhor... – eu não gostava de lembrar.

Basicamente falamos sobre o Brasil por uma hora. 

- Acho melhor irmos para juntos dos outros, se eles acordarem e não nos virem lá, pensaram o pior. – Foi uma sugestão boa da parte de Bill.

Quando íamos levantando, começou a chover. Uma chuva fortíssima. Tivemos que ficar ali, esperando a chuva passar. Encolhemo-nos em um canto, estava muito frio. 

Um trovão, e eu dei um pulo de susto; sempre tive medo dessas coisas.  Meu Deus! Bill me abraçara.

- Eu estou aqui, não precisa ter medo. -  ele dissera  como se fosse uma reação rápida ao meu susto.

Lágrimas escorreram de meus olhos, eu sempre sonhara com aquilo, poder abraçar Bill Kaulitz. Ali ficamos, abraçados até a chuva passar. Foram os momentos mais mágicos que eu passara até aquele momento.

Quando a chuva passou, voltamos para junto dos outros, estes que já estavam preocupados conosco. E para explicar que não havíamos feito nada?!