Abstration... escrita por Lady Leticya Snape


Capítulo 30
30. O final?


Notas iniciais do capítulo

Oi lindas do meu coração!!!!
Como sabem está mos quaseee chegando ao fim *buaaaa*
Acho que ainda teremos mais 2 capítulos...
Não morram por favor... por favor mesmoooooooo
eu sei que o choque será grande, mas não me matem e não me abandone!
kkkk
Enfim tenho até medo kkk, mas as vejo lá em baixo
enjoy



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30. O final?

Alec’s POV

    Meu corpo estava presente no avião, presente e ouvindo cada som da classe econômica a qual eu me encotrava, bem no meu tempo não existia aviões e desde que os inventaram ou eu voava de jatinho ou então na primeira classe, mas deveria ter imaginado que Aro não desembolsaria muito para essa minha viagem. Eu não queria pensar nisso, porém talvez essa terrível viagem poderia ser a última.

    O vento frio do aeroporto me saudou na saída, a neve parecia constratar com meu humor, caia lenta, silenciosa e fria, não me importei com o que pensariam de um adolescente mal-vestido, sem rumo... Talvez um mendigo? O vento despenteava meus cabelos e eu não fazia questão de arrumá-los, para que? O que deveria estar em ordem e em paz era minha vida e essa com certeza não estava, minha face não doía e nem mesmos as rachaduras que haviam se formado estavam lá, no entanto eu me sentia ferido... Roubaram meu bem mais precioso, roubaram o motivo da minha alegria, alegria que dava sentido a minha vida.

    Eu nunca pensei sobre isso, mas se por um milagre eu conseguisse salvar Suzane de tudo isso eu queria me casar, ser normal, porque percebi que poderia ter tudo o que pessoas comuns não tinha: Casas, dinheiro, viagens, guardas e pessoas aos meus pés e no entanto minha fraqueza foi apenas uma, os mortais em sua essência tinham a felicidade. Por muito tempo imaginei o que os fazia tão felizes e descobri séculos depois: O amor!

    Abri o amaldiçoado pergaminho mais uma vez, as ordens eram claras  eu deveria esperá-los na orla da floresta que circundava o aeroporto uns cem metros a frente,  eu sabia que era tolice esperar por eles ali, Alice com certeza veria minha decisão e desviaria, e eu torcia para que isso acontecesse, eu não queria matar ninguém hoje, nem mesmo a sede na minha garganta eu aplacaria...

    Sentei-me a beira de um rio, as águas pareciam lutar para não congelar, todavia sua superfície já era coberta por uma fina camada de gelo pelas bordas, respirei fundo, será que era assim que eu me encontrava? Meio congelado? Vendo a minha vitalidade ir embora? Agora não adiantava fazer nada, eu não poderia e Aro sabia o que fazer para me forçar a estar ao seu lado.

    A noite já ia alta quando um som ao longe chamou minha atenção, era como se o vento cortasse algo  que vinha muito rápido, nenhum humano poderia se locomover tão rápido, o cheiro batei na minha cara, era Demetri, não sabia se suspirava aliviado por não ser Alice ou temia por ser um Volturi. Ele parou a duzentos metros e retirou o capuz e aproximou lentamente:

-Alec... Ele me mandou... pediu para chamá-lo, está na hora – seu tom parecia cauteloso, ele tinha estado no dia da minha bofetada tinha visto minha humilhação eu não queria olhá-lo nos olhos, eu poderia ter sido transformado em partes pelo amor, mas ainda tia orgulho próprio

-Obrigado. – respondi seco, ele pareceu hesitar

-Sabe, não acho certo o que ele fez, não gostaria que levasse isso para o lado pessoal

-Eu entendo Demetri. – ele me ofereceu a mão para que levantasse e eu aceitei, me deu um abraço

-Estou com você! Conte comigo – sorri, apesar da situação caótica era bom saber que não fui completamente abandonado

    Seguimos juntos para a batalha, o final estava próximo, podia sentir isso no ar, nunca me sentira tão fraco e quebrável, sentia o desespero pelos Cullen’s. Cada passo parecia querer ficar agarrado á terra, encontramos a formação original dentro de uma floresta fechada, quando cheguei todos se afastaram formando um semicírculo, Aro fixara seus olhos em mim:

-Tsc tsc tsc... Falhaste? Era de se esperar olhe para você mesmo, és um antro de miséria, sujo e desgrenhado – ele sorria maldoso, reclamando da minha condição, mas dessa vez eu não abaixei a cabeça, ergui e sustentei aquele olhar venenoso, ele prosseguiu – Vamos indo, não queremos atrasar nossa visitinha!

    Ele saiu na vanguarda e Jane ao seu lado, ela parou abruptamente e veio ao meu encontro, jogou sobre mim um antigo manto negro e ao erguer o capuz afagou meu rosto enquanto sussurrava:

-Fiz tudo o que mandou  - assenti e respondi no mesmo tom

-Obrigado!

    Ela voltou a frente me puxando para que ficasse do seu lado, segui junto com o exército sanguinário que um dia liderara. Todos pareciam apreensivos, talvez partilhassem da mesma tensão de Aro, caminhávamos em passos lentos e confiantes até a clareira que ficava próximo a residência dos cullen’s, a neve que antes caia insistente e vagarosa agora dera espaço para o sol, esse que derretia parcialmente o que restara da nevasca revelando a grama verde que era esmagada sob nossos pés, pouco a pouco  fomos saindo das sombras o sol dançando a nossa volta resplandecendo como milhares de diamantes incrustados e o que vi a nossa frente me surpreendeu bastante: Um exercíto numeroso de outros vampiros serviam de guarda costas dos Cullen, um sorriso sarcástico se abriu no meu rosto “Chupa essa manga Aro”, e ele realmente pareceu se abater o sorriso confiante se tornou agressivo e seus passos lentos e cadenciados rápidos.

    Pude notar diferenças, Isabella estava magnífica como vampira, além disso, podia sentir a aura de poder que emanava da mesma, além de linda talentosa, e ao lado de Edward um lobo se encontrava com uma linda garotinha em suas costas, era inegável que era filha do Edward e Isabella os cabelos bronze e os olhos chocolates da mãe... Pensei que algum dia pudesse chegar ao patamar de família com minha Suzane.

    Paramos deixando um espaço a nossa frente entre um exército e outro, Carlisle deu um passo a frente e levantou as mãos em sinal de paz... Todos apresentaram argumentos de que a criança não era de lua e não faria mal a ninguém, Aro não se dava por convencido e mesmo após tocar na criança e ver nitidamente que não era vampira disse enfim:

-é interessantíssimo o que tenho em minha frente, a criança claramente não é vampiríca! – todos pareceram respirar aliviados até que sua voz soou novamente como navalhas –Ainda assim não sei do que se trata, isso é antinatural, quase... inóspito, nego portanto o desejo pedido, até que prove ao contrário a criança é uma ameaça ao segredo e aos vampiros.

    Ouvi Edward arquejar, bella que havia até agora defendido todos de nossos poderes com seu brilhante escudo mental pareceu fraquejar, Edward replicou:

-Mas não pode... –Aro não deixou que terminasse

-Não... poupe palavras, essa é a decisão.

    Fechei os olhos, não queria ver outro assassinato, a criança era linda... poderia ser até mesmo minha filha, portanto eu não gostaria de participar daquela situação. Uma voz urrou ao longe;

-ESPERE!!!! TENHO A PROVA QUE PRECISA! – uma Alice descabelada e com olheiras nunca vistas vinha correndo com Jasper em seu encalço e mais um pessoal de pele morena e luzidios olhos negros, Alice se aproximou e fez uma rápida reverência:

-Aro sei que está preocupado com o desconhecido, mas posso provar que ela não é perigosa, este é Nahuel – ela apontou para um rapaz do grupo – ele é um Híbrido e...

-Basta! – Aro falou e Alice se calou – Conte-me criança, o que você é?

    O rapaz parecia nervoso, mas contou com perfeição sobre sua espécie, um pai vampiro e uma mãe índia brasileira, ele não era venenoso, e apesar de imortal tinha um coração que batia, sangue e temperatura, Alice refeita da ordem e mais calma completou:

-Tenho certeza que isso foi só falta de informação de sua parte Aro. – ela disse informação de um jeito que demonstrava que não acreditava naquele papo furado.

    Ele até teria massacrado todos, porém as testemunhas uma a uma começaram a se dissolver, ele realmente não estava em posição de escolher, e a contra-gosto concedeu:

-Certamente querida Alice, foi apenas falta de informação – ele repetiu no mesmo tom que ela- pelo visto não temos mais o que fazer aqui.. Passem bem! Ainda nos encontraremos novamente.

    Eu vi que aquilo era uma promessa e temi pelos Cullen’s, afastamos devagar e após chegar na orla da floresta corremos, o que sobrou agora foi somente algumas testemunhas e a guarda Volturi, Aro parecia tremer de raiva, ele avançou correndo até Vancouver e só parou dentro de uma reserva florestal. A guarda em uma formação semicircular e ele veio avançando pelo meio, parecia mais controlado, mas a insanidade em seu olhar bem mais apurada:

-Uma derrota... Humilhação... –Ele caminhava de um lado para o outro, entrelaçando os dedos. – parou na minha frente o sorriso de sarcasmo pela vitória do lado Cullen – Sabe Alec, só tem uma coisa que odeio mais do que derrota, uma traição... já fui muito complacente, chega! Seu tempo acabou!

    Percebi a verdade dentro de suas frias palavras, eu queria gritar e matá-lo ao mesmo tempo, eu sabia o que ele iria fazer, mataria Suzane, Jane soluçava em um canto e eu avancei o que foi inútil em meio segundo braços fortes como guindastes me prendiam ao solo, Felix e Demetri eram os carrascos, Aro ria da situação ridícula em que eu me encontrava:

-Não Aro, por favor!!! Eu o imploro! – ele parou de rir e olhou para meu rosto

-Olhe só o que você se tornou... patético... sabe eu poderia matá-lo, mas seria fácil demais, agora matá-la... irá o lembrar pelo resto da vida o que é uma traição!

    Suas mão demoníacas foram até um celular e em palavras rápidas professaram a sentença:

-Ela não é mais útil!

-NÃOOOOO, SUZANE NÃO!

Suzane’s Pov

    Era como se eu estivesse reduzida a minha forma humana novamente, não tinha dor, mas a força que antes existia deixava apenas a exaustão, me encolhi em um cantinho de olhos fechados, como será que Alec estaria? Tinha certeza que Aro estava o chantageando , eu não valia o preço por isso.. era melhor ele fugir com a Jane, ela sim era a família dele, aprendi com minha mãe que quando se ama não se quer mais nada ao não ser a felicidade do outro. O amor verdadeiro é isso, é ter a capacidade de abrir mão daquilo que quer para que a pessoa que ama seja feliz... e era isso que eu queria. Queria que ele fosse feliz... Não precisaria de se submeter a Aro se não se importasse comigo, porém neste momento eu era o motivo de sua prisão.

    O olhar de Roberto me vigiava, também não precisava abrir os olhos para saber disso, crápula... Como pudera enganar-me, era óbvio que todos aqueles outros vampiros seculares estavam dispostos a fazer qualquer coisa para entrar de vez na guarda, não hesitariam caso Aro mandasse me matar, respirei fundo tinha que acreditar que estava tudo bem, ou que pelos menos tudo ficaria bem, ou poderia surtar, não agüentaria saber se Alec estivesse transtornado com a chantagem.

    Não sei dizer ao certo quanto tempo passou, não havia nada no sórdido ambiente que pudesse delatar onde eu estava, mas enquanto estava ali inválida pude perceber algumas coisas sobre Roberto, e agora via o porquê da felicidade de Aro, ele era realmente brilhante, poderia tirar completamente a força de um vampiro... até mesmo desmaiá-lo e em todo casso desintegrá-lo. Foi por isso que Aro me parabenizou ele sabia que eu iria agüentar o poder e não morreria até mesmo porque minha morte nesse momento não o interessava em nada.

    O telefone vibrou ali por perto, com um gesto rápido Roberto o atendeu, o silêncio era tanto que fui obrigada a escutar:

-Ela não é mais útil!

    O tempo pareceu parar no fundo da ligação eu ouvia os gritos desesperados do Alec, ele implorava e os arrepios que constantemente passavam pelo meu corpo me congelaram de vez, senti o corpo do meu raptor se retesar e após o término da ligação ele caminhou até a cela, seus olhos pediam desculpas, eu gostaria e me esconder, fugir...

-Perdão Suzane

    Suas mãos gélidas em meu pescoço seus lábios frios em meu ouvido:

-Fui egoísta, aceitei a missão porque tinha ciúmes de você... me perdoe

    Não falei nada... não existia ar em meus pulmões, simplifiquei meu desejo:  eu gostaria ao menos de dizer adeus ao meu amor... um abraço que me tirasse desse frio, um...

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

    A dor lacinante, meu grito cortou o ar meus dois braços ao meu lado, eu morria lenta e dolorosamente, sendo destroçada, multilada... A dor só lhe permite pensar em uma coisa e foi o que eu pensei!

“Alec eu te amo, amo com todas as minhas forças!!!!”


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Notas finais do capítulo

*corre e se esconde*
E ai????
rs
comentem, nem que seja para falar que querem me trucidar kkk