Abstration... escrita por Lady Leticya Snape


Capítulo 29
29.De Garoto para Homem


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!!! Como estão?
Bom, muitas ficaram preocupada com um possível morte da nossa Suzy, mas... Não vou dizer rsrs nos vemos lá em baixo!
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/111493/chapter/29

29. De garoto para homem

Suzane´s POV

    O ar parecia rarefeito, não que eu precisasse respirar, mas aquele rosto duro a minha frente de olhos vermelhos sanguinários e ao mesmo tempo como se carregassem um remorso antigo ainda pareciam querer devorar minha alma enquanto eu o estudava, o manto parecia pesado demais para voar, e nem meu vestido leve esvoaçava. Ele estalou os lábios e quase imperceptivelmente chegou mais perto, meu corpo entrou em defensiva, como algum dia pude achá-lo bonito?

-Não faça essa cara Suzy, vejo a recriminação em seus olhos. – como poderia ser tão estúpido?

-O que esperava? Que eu ficasse feliz? Que dissesse: Ah Yes vou morrer?! – Meu sarcasmo soou pesado até para mim mesma, o clima estava tão tenso que eu quase poderia tocá-lo, ele pareceu um pouco ofendido, mas não seria eu a retirar a acusação.

-Eu até entendo... Mas tudo que eu sempre quis foi ser um Volturi, ser da realeza, durante séculos foi meu sonho dourado! – eu via seus olhos vermelhos e sanguinários sendo tocados pelo sorriso que saia do seu rosto de mármore, sorri fria

-Então essa é a missão que te promoverá? Parabéns, conseguiu se superar Roberto! Quando passávamos tempo juntos cheguei a acreditar que éramos amigos – percebi um lampejo de dor em seus olhos

-Talvez fossemos... mas pelo que tenho visto esse e os outros cargos andam preenchidos não é?  - ele olhou o chão

-Então se trata disto? De quem eu namoro ou não? – seus olhos vacilaram, senti uma vibração no ar, ele se recompôs e rapidamente atendeu um celular, a voz do outro lado estava baixa demais até para um vampiro, foi só um instante, mas quando desligou o calor que eu vira em seus olhos já havia partido e a máscara fria e dura ocupava seu lugar:

-Tem sorte, Aro quer que eu a leve viva... sã e salva – seu sorriso parecia meio insano e um frio percorreu o meu corpo, Aro me usaria como moeda de troca, deveria ter descoberto os planos de Alec sobre desertar a guarda, temi em confirmar o que eu deduzira:

-Como? Não vai me matar? – ele arqueou uma sobrancelha

-Não... por enquanto não. – ele levantou uma das mãos e m minha direção, um sentimento ruim se apoderou do meu corpo e como se eu estivesse escorregando pela borda de um precipício senti minha alma tentando sair do meu corpo, uma dor lacinante e tudo escuro.

    Pela primeira vez desde que virara uma vampira eu “dormia”, na verdade me sentia consciente do esforço que tinha que manter para não apagar de vez, qual fosse o poder que me atingiu não parecia ter só a finalidade de desmaiar alguém. O tempo pareceu durar uma eternidade, talvez séculos até que a luz voltou, cegando-me momentaneamente, uma cela difusa, um local que parecia bem húmido, não conseguia orvir nada mais que uma respiração lenta e compassada ou seria duas?

-Suzane! – A voz repugnante que imediatamente reconheci era Aro, seu tom leve e divertido me causava asco – Sabia que seria forte, não são todos que suportam esse garoto, aliás, ele é brilhante não é? Como foi provar uma dose?

    Sua voz parecia extremamente divertida, como se ele perguntasse com quantos coelhinhos sonhei, para meu horror ao seu lado estava Roberto, Roberto Novais, o traidor a qual acreditei até mesmo gostar de mim. Ele esboçava um sorriso amarelo, porém as palmadinhas de Aro pareciam ser o suficiente, talvez o que estivesse esperando fosse isso mesmo, esperava que Alec se destruísse após minha morte para ocupar seu lugar.

-Pareces tão calada querida, não precisas temer... está tudo bem – Meu rosto deveria transparecer meu terror interior, pois ele aproximou-se da grade como se quisesse acalmar um bebê:

-Shiiii querida – ele levava um dos dedos aos lábios finos e eu percebi que tremia e soluçava levemente – Não há o que temer, Alec será um bom garoto, não deixará que morra! – seu tom divertido voltou e eu encarei o chão, era mais digno que ele...

    Seus passos se afastaram e agora apenas Roberto e eu jazíamos ali, eu de terror e medo, Roberto? De ressentimento, podia sentir as ondas de emoção que emanavam de seu manto negro. Ele passou no teste, era tão baixo quanto Aro.


Alec’s POV

    Minha mente trabalhava a mil por hora, o pergaminho ainda parecia resvalar, suas palavras ferir meus olhos, ele me pedia um desejo de sangue, pedia uma morte. A morte de Jasper Cullen. Não desejava matar mais ninguém, e muito menos desejava ferir Alice, eu sabia o quanto doía ter o que lhe é mais precioso ser retirado, ser negado... Eu sentia isso agora... Ele pareceu ver o meu temor e gargalhou livremente, meus olhos vidrados:

-O que foi? Surpreso? É só uma morte, só um peão á menos! – seus olhos pareciam me queimar

-É...  é J-jasper... por quê?

-Porque é necessário, Alice não terá motivo para continuar com os Cullen’s se tudo que mais lhe importa não estiver presente. – seu raciocínio parecia simples, porém simples para alguém que nunca soubera o que era amar alguém com a própria vida, a própria alma. Levantei-me imponente estava na hora de dar um basta nisso, não seria apenas uma peça em um jogo sendo manipulado por um monstro:

-Não. – seu sorriso desvencilhou

-Como? – ele parecia não crer que sua própria criatura se virava contra o mesmo, seu antigo sorriso transformando-se em raiva

-NÃO!  Não vou matar ninguém, Você é só um fraco, covarde se escondendo atrás de vampiros poderosos. Estou cansado disso! Cansado de ouvir e seguir suas idéias loucas, os Cullen nunca cairão porque são unidos pelo amor! Você pode tentar, mas nunca conseguira

    Suas sobrancelhas arqueadas revelavam a surpresa e logo a raiva pareceu diverti-lo novamente, ele sorriu e bateu palmas

-Parabéns! Já acabou? – seus divertidos olhos foram inundado de um fúria jamais vista, ele se levantou do trono e caminhou lentamente arrastando seu manto, meu antigos companheiros de  guarda cercaram o salão, mas eu só percebia isso perifericamente, os leitosos olhos vermelhos pareciam me consumir,. Sua mão se levantou e eu não fui rápido o suficiente nem para processar o que ele faria, uma mão gélida e dura como mármore desceu sobre minha face, inúmeras e pequenas rachaduras se formaram e uma dor terrível se apossou do meu corpo caí de joelhos aos seus pés, atordoado levantei meus olhos e encontrei suas duas fúrias vermelhas. Seu rosto duro estava como eu nunca havia visto:

-Você é só um garoto – a palavra garoto soou como lixo – Não me interessa o que pensa, imaginei o que faria e apesar de querer quebrá-lo em pedaços ainda necessito que seja útil mais uma vez. Você lutará conosco contra os Cullen’s e isso não é um pedido. A menos que queira ver sua vadia em pozinho!

    Meu orgulho se agitou, ele poderia falar o que quiser de mim, mas nunca da Suzane! Ele não era digno de uma palavra contra ela

-Como ousa? – outra bofetada atingiu meu rosto

-Como ousa você, um Moleque mesmo! Deixar se levar por uma vadia de motel que apareceu por acaso!

    Meu rosto queimava como meu coração, eu gostaria de estraçalhá-lo com minhas próprias mãos, porém não poderia. Ele mataria Suzane. Senti-me como Alice se sentiria, é como se você esperasse a salvação por oitocentos anos e depois de experimentá-la quererem atear fogo a você novamente.

-Vá atrás deles, sei que estão de volta com uma informação passada por aquela Vadia de esquina, impeça-os de chegar, se ela interceptar suas ações siga para a frente de batalha. Eu o espero, não decepcione sua “querida” se é que merece.

    Seu manto se agitou esfregando poeira pela minha face, o vi afastar lentamente, a guarda toda Chocada, porém ninguém pareceu se mexer então me levantei e segui para a porta Jane logo no meu encalço. Quando estávamos afastados o suficiente ele me abraçou encarou meus machucados enquanto seu dedo os roçava levemente, sua boca meio aberta de completo espanto, me abraçou forte eu retribuí. As duas eram as únicas coisas que importavam agora em minha vida, Jane soluçava em meus braços e o amor da minha vida estaria definhando em algum lugar fétido, tudo porque eu não havia sido homem o suficiente desde que notada a insanidade de Aro, mas estava na hora de mudar de deixar de ser o principezinho rico e mimado e assumir meu papel de homem, macho liderante que deveria ser. Jane precisava me ver forte:

-Escute, quero que vá aos nossos quartos, inclusive o as Suzane e pegue roupas, faça malas de viagens com o que achar mais importante, pegue todos os nossos cartões e documentos até mesmos os falsos de emergência, coloque tudo dentro do meu Pajero e despache-o para Vancouver no Canadá. – Seus olhos pareciam aflitos

-Alec, não... é melhor obedecê-lo eu... – não deixei que terminasse, de alguma forma eu na me via morto no futuro e enquanto estivesse Vico e pudesse finjir elas estariam bem

-Apenas faça, irá dar tudo certo! – um último abraço, parti para o aeroporto.

    Desculpa Jasper, eu realmente sentiria muito, talvez seja egoísmo da minha parte, porém não posso viver sem Suzane... seria suicídio! Se teria que matar para mantê-la viva assim eu faria.
   


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e ai? kkk
O que estão achando? quero comentários longos, falando do que mais gostaram e do que menos gostaram, além disso como sabem que estamos na fase final de Abstration... gostaria de pedir para quem não recomendou que recomendasse a fic eu ficaria muito agradecida e aposto que a Suzane também rsrs
Então vejo vocês nos comentários!
1...2...3... Comentem!
bjokinhas da autora loquinha haha