A Primeira Legião escrita por diiegoliveira


Capítulo 9
IX - Dakota




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A PRIMEIRA COISA QUE ELES FIZERAM quando eles percorreram o caminho para a cidade foi encontrar uma lanchonete. Eles se sentaram em uma mesa redonda no canto de trás de um pequeno café. A televisão retumbava as notícias às 7 da manhã... o sistema de tempestade está se deslocando para as Montanhas Rochosas. É esperado que as condições do clarão na área de Denver para amanhã...

Todos pediram um monte de panquecas e leite com chocolate. Eles comeram rápido, mas o humor na mesa era uma das antecipações. Dakota notou que Percy parecia um pouco pálido, e ele mal havia tocado em suas panquecas.

 — Está tudo bem com você, Percy? — Dakota perguntou.

 — Hmm... Ah, sim, eu estou ótimo — Percy respondeu.

 — Tem certeza? Você parece nervoso — Hazel disse.

 — É só... Eu não sei, alguma coisa sobre essa cidade. Provavelmente não é nada — Percy disse e voltou a pegar a sua comida.

 — Bom, eu estou animado — Bobby disse.  — Jogos de dados e vinte-e-um e...

 — Bobby — Reyna interrompeu.  — Quantos anos você tem?

 — Dezessete, você sabe disso — Bobby respondeu.

 — Você realmente acha que eles irão deixá-lo jogar? Você deve ter 21, lembra? Além disso nós estamos aqui por uma razão, e que é derrotar o imperador e descobrir onde Licaão está. Então nós poderemos ir embora dessa cidade detestável — Reyna disse.

Dakota lembrou que Reyna teve uma experiência não tão agradável em uma missão aqui alguns anos atrás.

Eles terminaram de comer e Percy pagou o café da manhã deles com o dinheiro em seu bolso. Eles caminharam para baixo do meio-fio olhando para o Caesar's Palace. O meio-fio estava bastante tranquilo no início da manhã. As festas que ocorrem a noite inteira na cidade deveriam dormir o dia todo. Dakota notou que Percy havia parado de caminhar. Ele estava olhando para um hotel e cassino descendo o quarteirão.

 — O que é isso, Percy? — Dakota perguntou.

 — Hotel Lótus... por que isso soa tão familiar? — Percy disse.

Reyna andou até ele e puxou seu braço para movê-lo novamente.

 — Ah, não, fique longe desse lugar. É uma novidade ruim — Ela disse.

 — Você já esteve aqui? —Percy perguntou.

 — Uma vez, nunca mais — Ela respondeu.

 — Aqui está — Dakota disse apontando para baixo da faixa. — Caesar’s Palace.

Quando eles deram um jeito de descer, eles ficaram na calçada em temor daquele lugar. Era um cassino e hotel moderno, mas eles se sentiam como se estivessem sido jogados de volta à Roma antiga. A arquitetura consistia em arcos, colunas, e fachadas de pedra branca muito altas. Estátuas de divindades romanas pontilhavam uma paisagem de jardins e fontes cintilantes em um enorme pátio. À direita, junto ao cassino estava uma arena circular magnífica, o Coliseu. Eles percorreram através dos pátios e chegaram a uma entrada lateral do Coliseu.

 — Nós nos deslocamos até lá? — Dakota perguntou a Reyna.

 — Sem esgueirar-se para isso — ela disse. — Não há ninguém por perto.

Ela abriu a porta, e todos caminharam para dentro. Eles andaram por um elegante corredor até que viram um letreiro que se lia PISO e uma seta apontando para a esquerda.

 — Por aqui — Reyna disse e se virou para o corredor da esquerda. Eles caminharam poucos metros quando Dakota viu o armário de um zelador.

 — Vamos esconder nossos equipamentos aqui — Ele disse abrindo a porta do armário.

Eles garantiram todas as suas armas à sua pessoa, então atiraram suas jaquetas, colchões, e pacotes dentro do armário. Eles continuaram pelo corredor durante alguns metros e então apareceram no piso de uma arena enorme. O piso era de madeira, mas era revestido com polegadas de areia e sujeira. Era áspero e tinha o tamanho de quatro campos de futebol. As torres da rotunda subiam em cem pés acima de suas cabeças, e no outro lado da arena, diretamente em frente a eles, estava um palco elevado embaixo de um elegante arco proscênio. Um homem estava parado no palco. Ele era um homem jovem, talvez de trinta e poucos anos, cabelo preto ondulado abaixo de um coroa de louros dourada. Ele era alto e bem formado. Ele usava uma armadura dourada deslumbrante com uma espada amarrada ao seu lado, e ele segurava um elmo dourado com uma pequena pluma vermelha embaixo de seu braço esquerdo.

Eles caminharam para o centro da arena e pararam quando o homem levantou sua mão direita.

 — Vocês são meus novos gladiadores? — o homem perguntou ruidosamente, sua voz ecoava no Coliseu.

Reyna andou um passo à frente.

— Nós somos filhos de Roma, oficiais da Primeira Legião. Nós estamos a serviço do Senatus Populusque Romanus.

 — Eu também sirvo ao Senado e o Povo de Roma. Eu sou Cômodo, filho de Marco Aurélio, e imperador de Roma — ele disse.

 — Cômodo? — Percy sussurrou para Dakota.

 — Um imperador romano do final da década de 100 d.C. Ele foi um dos mais desprezados dos imperadores romanos. O cara era cruel e sádico, e ele era impiedoso na arena de gladiadores — Dakota explicou.

 — Cômodo? — Reyna perguntou ruidosamente. — Mas ele foi morto pelo gladiador, Narciso, quase dois mil anos atrás.

 — Isso é verdade, mas parece que voltei da morte — Cômodo disse.

 — Mas como? — Reyna perguntou.

 — Isso não é importante. Tudo o que importa agora é que eu tenho minha nova arena, e meus novos gladiadores — Cômodo disse alegremente.

 — Diga-nos onde Licaão está! — Dakota gritou.

Cômodo sentou-se em um trono no meio do palco e disse:

 — Depois da diversão... isso é, se vocês sobreviverem.

Ele levantou sua mãe para cima e estalou seus dedos. Todas as saídas se fecharam. Eles estavam presos. Uma porta enorme embaixo do palco elevado começou a se abrir. Eles conseguiram ouvir um estrondo e o piso começou a tremer.

 — O que é aquilo? — Reyna gritou acima do estrondo.

 — O que é aquilo? — Dakota murmurou para si mesmo.

De repente, houve aplausos a seu redor. Eles olharam para cima para ver que todos os lugares do Coliseu estavam ocupados, mas não por pessoas. Eles pareciam fantasmas.

 — Manes! — Bobby gritou.

 — O quê? — Percy perguntou.

 — Espíritos que se foram. — Bobby respondeu.  — Eu acho que eles estão aqui por causa do show.

O estrondo ficou mais alto e mais alto até ficar ensurdecedor. Uma biga carregando dois pilotos, puxados por dois garanhões pretos, explodiram na porta aberta. Eles rodaram a arena como um exército de cerca de uma dúzia de gladiadores marchando para dentro da arena. Duas colunas de madeiras começaram a se levantar no piso da arena, uma para o centro esquerdo e outra para o centro direito. Um arqueiro estava empoleirado no topo de cada coluna de cerca de dez pés para cima. A porta começou a se fechar, mas não antes de um cavaleiro solitário vir galopando com sua espada erguida.

Eles ficaram no centro da arena com os gladiadores circulando eles. Eles formaram um círculo ombro a ombro para fora.

 — Escudos! — Dakota ordenou.

Dakota arremessou sua moeda que se transformou em um enorme escudo redondo.

Reyna e Hazel tocaram em seus braceletes se transformando com magia em brilhantes escudos dourados. Bobby tocou em um anel em seu dedo, e se modificou em um escudo de metal preto. Percy tocou seu relógio de pulso e ele se espiralou para fora em um escudo de bronze polido.

 — Uau! — Percy gritou em choque do que havia acabado de fazer.

 — Isso, moleque! — Dakota disse para Percy.

 — Eu... eu não... como eu fiz... — Percy gaguejou.

 — Não há tempo de se preocupar com isso agora. — Dakota disse.

 — Plano de ataque? — Hazel perguntou.

 — Reyna, tire os arqueiros. Percy, você pega o cavaleiro. Bobby, Hazel, os gladiadores. Eu vou pegar a biga. Nós lutamos ao meu sinal.

Dakota tirou seu chapéu e o atirou no ar transformando-o em um elmo de gladiador de metal. Eles levantaram seus escudos para cima e tinham suas armas em mãos. Eles se apoiaram em seus calcanhares aguardando a sua deixa.

 — Firmes, firmes — Dakota disse.

 — Lutem! — Cômodo gritou, e seus gladiadores investiram.

 — Vão! — Dakota gritou, e eles desfizeram o círculo.

Reyna correu atrás de Hazel com seu escudo as protegendo das flechas voadoras. Hazel usou sua espada e escudo atacando os gladiadores. Reyna usou Hazel como uma distração para manter os gladiadores ocupados enquanto ela tirava seu arco, e alçava fogo no arqueiro. Ela o acertou, e ele desapareceu, também. Dakota estava de pé ao lado de uma coluna esperando a biga rodando ao seu redor. Reyna correu velozmente até ele, e logo antes de chegar ele se abaixou nos joelhos e arqueou suas costas. Ela pisou em suas costas se lançando no ar para o topo da plataforma da coluna. Dakota cronometrou o carro passando acabando de passar pela direita e pulou dentro do cesto e derrubando um piloto ao mesmo tempo. Ele bateu no piloto com o escudo até ele cair, também. Dakota pegou as redias e se direcionou para o grupo de gladiadores em que Hazel e Bobby estavam lutando. Dakota usava seu escudo como uma arma, batendo em todos os gladiadores que ele passava ao chão. Percy rodopiava sua espada em sua mão como o homem que estava sendo carregado pelo cavaleiro. No último segundo, Percy revidou a parte de cima do cavalo nocauteando o cavaleiro ao chão. O cavaleiro rapidamente se levantou, e Percy levantou seu escudo a tempo de bloquear seu golpe. Percy o empurrou para longe com seu escudo então passou para a ofensiva golpeando e atravessando sua espada. Percy aparou os golpes e respondeu com sua própria espada, até finalmente achar uma brecha na armadura do cavaleiro, e ele irrompeu em pó. Percy assobiou e o cavalo veio galopando. Ele pegou a sela e empurrou a si mesmo no cavalo em um movimento vasto. Ele direcionou o cavalo para a luta esquartejando os gladiadores enquanto galopava por eles.

Dakota ouviu Cômodo gritando,

— Soltem os leões!

As portas abaixo do palco se abriram novamente, e dois leões enormes saltaram para fora. Do outro lado da arena, Dakota viu Reyna atirando fogo em suas flechas aos leões, mas foi muito tarde. Um já havia saltado em direção dela. O leão a atingiu, lançando-a ao chão. Ainda de costas, ela embainhou sua adaga e cortou a besta. O leão foi capaz de evitar seus golpes e mantê-la no chão. Dakota direcionou a biga em direção a ela em velocidade máxima. Dakota viu o escudo de um gladiador que era do tamanho da capota de um carro deitava no seu caminho. Os cavalos pularam aquilo, mas a biga a acertou como uma rampa. Dakota usou a força do impacto como uma catapulta saltando do cesto e voando pelo ar em direção de Reyna. Ainda no meio do ar, Dakota apontou sua lança e a atirou em direção ao leão que estava atacando Reyna, acertando-o no pescoço, virando pó. Assim que Dakota lançou sua lança ele viu um escudo voando em direção da sua cabeça como um frisbee. Ele levantou seu braço esquerdo para desviar o impacto. O escudo pegou Dakota no antebraço esquerdo e ele urrou de dor. Ele bateu contra o chão duro ao seu lado, e rolou agarrando seu braço esquerdo. Ele se sentou fugindo ele mesmo para trás da parede da arena. Ele tirou seu elmo de sua cabeça e o derrubou no chão.

 — Você está bem? — ela perguntou.

 — Aghh! — ele gritou segurando seu braço.

 — Deixe-me ver — ela disse e tocou em seu braço esquerdo.

 — Aagghhh! — Dakota gritou então amaldiçoou em latim.

 — Está quebrado... de novo — Reyna disse.

 — Droga! — Dakota gritou.

Reyna rolou para o lado e Dakota chutou um gladiador em seu peito. Reyna atirou sua adaga e acertou o gladiador transformando-o em pó. Dakota olhou ao redor da arena. Bobby e Hazel estavam se encarregando de uma luta de espadas com os dois gladiadores restantes e Percy, no dorso do cavalo, estava tendo um impasse com o leão. Percy direcionou o cavalo, em um galope, em direção ao leão. Quando ele chegou perto o suficiente, ele pulou do cavalo em direção ao leão, segurando sua espada com ambas as mãos. Ele pousou na fera, primeiro a espada, e o leão virou pó aos seus pés. Bobby e Hazel fizeram um trabalho rápido com os dois últimos gladiadores, então todos os três correram para Dakota e Reyna. Eles ouviram aplausos do palco.

 — Muito bem. — Cômodo disse batendo palmas.

 — Nós vencemos; agora nos dia onde encontrar Licaão! — Reyna gritou.

 — Ah, mas vocês não venceram ainda, minha querida. — Cômodo disse. Ele pulou do palco para a arena, e caminhou em direção deles.

 — Eu gosto de entrar em ação eu mesmo, às vezes. — Ele disse colocando seu elmo em sua cabeça. Um por um e eu escolho o meu oponente. Se vocês vencerem eu vou dizer onde encontrar Licaão, se eu vencer vocês todos serão meus gladiadores, para sempre.

Todos eles se entreolharam e assentiram em concordância.

— De acordo — Reyna disse. — Escolha seu oponente.

 — Muito bem. — Cômodo sorriu. — Eu escolho Percy Jackson.


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