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Lembrei-me de coisas que eu não merecia ter lembrado, mas isso como o pessoal da Vamcorp mesmo disse é um dos poucos efeitos colaterais, e que eu acabo de achar um dos piores que me poderiam ocorrer.

Dei um golpe em um vigia que passava pelo corredor, o desacordando, rapidamente peguei suas roupas e as coloquei, assim seria mais fácil de sair dali sem chamar a atenção.

Agora com a farda dos guardas consegui facilmente sair dali dizendo que faria uma vistoria pelos arredores. Otários. Nunca confie em uma garota branca de mais que esta de farda e que pode sair a qualquer hora do dia, principalmente nestes tempos difíceis.

Sim, a “droga” que colocaram em mim e nas outras cobaias (que acabaram por não resistir) é que me possibilita fazer isso, sem contar que me da mais força ainda. Eu agora sou a única forma deles poderem acabar com a guerra e saírem vencedores.

Corri pela floresta que estava ao redor daqueles muros que protegiam a Vamcorp a procura de algum lugar para eu me esconder temporariamente até que a noite caísse e eu pudesse passar despercebida pelos outros da minha espécie que deviam habitar ali. Mas nada realmente seguro para eu poder ficar o resto daquele dia maluco.

Meu maior medo, não por minha segurança porque eu sei que realmente mereço tudo o que farão comigo, é que coletem meu sangue e façam mais vampiros como eu, o que nos tornaria muito mais poderosos e cruéis do que já somos.

Tirei minha camisa de cima ficando apenas com a regata que estava por baixo joguei fora a camisa afinal já não me seria mais útil, mas de uma forma escondida para que ninguém a achasse, também arrumei a calça para que parecesse uma calça comum e soltei os meus cabelos isto era o máximo que eu podia fazer para não ser reconhecida. Mas claro eu ainda não sabia o quanto eu havia realmente mudado.

Cheguei a uma cidade ao meio dia, consegui facilmente me misturar não chamando a atenção de ninguém. Encontrei um lugar onde eu poderia ficar até o dia em que eu acabaria com a Vamcorp.

Sei que somos monstros mais eles não demonstraram a menor tristeza com a morte daqueles mais de quinhentos vampiros que morreram. E ainda por cima usaram-nos apenas porque querem vencer, querem ganhar da raça humana, eu entrei lá para conseguir uma solução depois de um dialogo e não para resolvermos tudo com a força. Foi apenas porque me prometeram que era um teste, e que não teria perigo algum, foi apenas por isso que eu, e candidatei para essa experiência maluca se não jamais teria passado pela minha cabeça me tornar um monstro maior ainda.

A minha sorte é que vampiros tem bom senso então investem em tudo qualquer lugar mesmo não precisando muito de dinheiro, o que veio bem a calhar agora.

Consegui comprar algumas roupas para tentar não chamar a atenção da Vamcorp já que do jeito que eu estava era muito fácil me reconhecer, consegui até uma tintura e acabei ficando ruiva, tudo para passar despercebida e ter minha merecida vingança.

Agora era só esquematizar um plano, arrumar armas especificas para vampiros e me vingar, mas primeiro acredito que eu irei precisar de ajuda para entrar novamente o que me lembra Vinicius.

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- Você vai sair hoje à noite comigo. Irei te mostrar onde a maioria dos vampiros se esconde. Vinicius falou sorrindo, o que faria qualquer garota ter um ataque cardíaco por mais controlada que fosse, mas o bom de tudo isso é que eu já estava morta e pior do que isso não podia ficar.

- Mas… Você acha que eu não irei chamar a atenção… de farda? Eu disse mostrando o símbolo da policia para ele.

- Acredito que devo ter algo de alguma ex em algum lugar. Ele disse indo por um corredor e me deixando sozinha naquela sala soturna daquela casa enorme e velha.

Fiquei realmente surpresa com a declaração dele, de alguma ex- namorada ali e morando com ele.

Alguns minutos depois ele estava de volta com algumas roupas nas mãos.

- Tem de servir alguma dessas. Primeiramente me desculpe se achar algo… bem, algo que você não quer ver. Faz muito tempo que eu não vasculho essas coisas, acredito que há séculos.

- Desculpe a indelicadeza, mas quantos anos você tem? Eu perguntei assustada com a idéia dele ter mais de vinte cinco anos.

- Promete que não vai ter nenhum ataque, ou que vai começar a rir e me achar um louco? Ele falou sorrindo para mim, acredito que tentando tomar coragem de me contar a sua verdadeira idade.

-Tá legal. Mas me conte logo. Eu disse impaciente enquanto vasculhava as coisas.

- Trezentos e vinte dois anos. Sou bem novo perto dos vampiros que eu conheço. E qual é a sua idade? Ele falou sentado no sofá me encarando.

- Vinte cinco. Acredito que você tenha sido transformado com vinte dois anos, certo? Eu perguntei separando uma calça jeans que eu não tinha idéia do que fazia ali, e procurando uma camiseta.

- Certíssima. Adoro mulheres mais velhas. Ele falou rindo.

- O velho aqui é você. Eu disse sorrindo para ele.

Depois de praticamente revirar aquilo a procura de uma calça e uma camiseta, mas só encontrando vestidos, corpetes e outras coisas, achei uma camiseta e a juntei com a calça, seria o melhor que eu conseguiria vestir.

- Percebo que você adora chamar a atenção. Depois lhe emprestarei uma jaqueta pra você conseguir se passar por humana hoje à noite. Ele falou não olhando para mim e sim encarando a parede o que eu realmente muito estranho.

- Ótimo. Onde eu posso me trocar? Eu perguntei um pouco sem graça.

- Aqui mesmo. Eu olhei feio para ele. Brincadeira. Suba ao corredor e entre em qualquer quarto. Prometo que ficarei aqui em baixo, não farei gracinha alguma. Ele disse sorrindo e se arrumando no sofá.

Troquei-me rapidamente com medo de que ele mudasse subitamente de idéia. Procurei um pouco em busca de um pente, pois meu cabelo deveria estar todo virado afinal eu fiquei “dormindo” por dias, então não me responsabilizo pelos estragos.

- Engraçado. Ele nunca esteve mais liso, e negro do que agora. E meus olhos estão azuis, eles nunca foram azuis. Eu falei pra mim mesma.

Terminei de me arrumar e fui pedir satisfações. A calça jeans ficou colada em meu corpo, e a camiseta ficou uma babylook, nunca agradeci tanto pelos treinamentos chatos que tínhamos que fazer que acabaram dando resultado me deixando com um belo corpo.

- Vejo que alem de inteligente é mais bonita do que eu pensei. Ele disse sorrindo quando eu desci as escadas.

- Eu já disse não adianta me cantar, principalmente depois do que você me tornou. Eu disse mal criadamente para ele.

- Eu apenas queria fazer um elogio como no carro mais você sempre é muito arrisca. Agora entendo porque era policial. Vinicius falou pensativamente para mim.

- Desculpe, não quis ser estúpida, é força do hábito. Acredito que você não mora aqui sozinho. É muito grande para apenas um até mesmo para um vampiro. Eu falei andando pela sala e observando tudo.

- Muitos de nós já moraram aqui… Mas deles só me restou do clã Night e agora você. Ele disse dando um sorriso torto para mim.

- Hã, isso é muito animador. Porque eu mudei tanto depois da transformação? Eu perguntei me sentando na sua frente.

- É uma coisa normal da transformação, eu também não era realmente assim, mas não me lembro exatamente como era. Bem só acredito que não mudei tanto, nem você. Você só esta mais linda. Ele disse ficando na minha frente com a mão em meu rosto.

- Epa! Eu já disse nada de me cantar. E se for por isso que você me transformou você se deu mal. Eu falei saindo dali tão rápido que nem eu pude acreditar.