Na antiga sala de aula de DCAT, agora escritório da Ordem da Fênix, se encontravam dois homens, apesar de não ter mais de 24 anos ambos tinham em suas fisionomias ar cansado e com algumas cicatrizes de batalha. O moreno atrás de sua mesa com alguns pergaminhos abertos tinha os cabelos na altura do queixo e usava óculos redondos, por traz havia lindos olhos verdes, barbas por fazer e uma cicatriz que sempre o acompanhou. O outro homem era ruivo com olhos azuis vivos, seus cabelos eram mais compridos do que o outro amarrado em um rabo de cavalo, além do cansaço tinha em seus olhos uma preocupação e uma tristeza intima.

- Harry, estou achando esta história muito estranha! – falou Ronny andando de um lado para outro do escritório.

O moreno abaixou o pergaminho que lia deu um suspiro cansado e olhou para  o amigo.

-Ronny, já falei a você ele queria nos encontrar fora do castelo, porém o mesmo percebeu que não é seguro. Não há motivo, para você pensar que existe algo a mais!

-Eu não confio nele!  - falou o ruivo com a voz áspera.

-Mais Rony eu não entendo foi você mesmo que falou que ele era espião da Ordem, e na verdade nestes seis anos que estamos em guerra declarada ele têm nos ajudado bastante.

-Claro depois que ele mata a maioria dos trouxas, nós aparecemos para prender alguns comensais.

-Ronny eu também não entendo  bem o que ele faz, mais toda vez que ele nos da dica nós prendemos um grande número de comensais.

-Mais ele é o pior deles Harry! Não se esqueça que muitos dos comensais que interrogamos falaram que se colocar na balança a maioria dos Comensais da Morte teme mais o Malfoy do que o próprio Lord das Trevas, ele é terrível mata sem piedade e agora fala que quer vim aqui! Alguma coisa tem ai.

-Rony, eu não quero justificar o que o Malfoy faz porque não a justificativa para tirar a vida de outras pessoas mais, ele sempre nos passou informações e os próprios comensais que capturamos falaram que ele não mata leva-os para os Campos de concentrações, como refugiados.

-Ah, grande diferença, levar para um lugar para que as pessoas morram de fome e frio... Grande diferença! – Rony falou com sarcasmo.

-Rony, eu sei o que esta te incomodando!- falou Harry se aproximando do amigo.

-O que seria?- falou um Ronny irritado e já sabendo o que o amigo diria, ele não queria ouvir aquilo, pois sabia que o amigo estaria certo.

-Você está incomodado porque a Hermione estará presente no encontro e está com medo de como vai ser a reação dela com Draco aqui. Estou enganado?  - Harry perguntou olhando nos olhos do amigo. Rony passou a mão pelo rosto tentando espantar os pensamentos.

-Não, você esta certo. Mas cara tenta me entender eu sei que ela sente alguma coisa por ele, pode não ser como antigamente mais ela ainda sente algo. Eu sei, eu sinto. - falou com lágrimas nos olhos, pois sabia que a sua amada ainda era ligada ao outro.

-Rony ela é sua mulher e te ama. É com você que ela esteve durante todos estes anos é a mãe do seu filho, não fica assim! – Harry falava olhando para o amigo.

-Ah! Eu queria poder acreditar Harry, como eu queria. - então Neville entra na sala, percebendo um clima pesado no ar e prefere ir ao assunto no qual lhe trouxera ali.

-Oi, e ai tudo bem? – Neville perguntou aos rapazes. – Recebemos uma coruja informando que ouve  outro ataque em uma vila de trouxas e de lá capturaram dez crianças nascidas trouxas e mataram os pais de todas. – Neville falava sentando em sua mesa com ar de tristeza.

-Mandaram tropa para lá?-  Harry pergunta ao amigo.

-Acabei de pedir para Santos, Grinfent, Plasse e Gordon ir para lá verificar se ouvem sobreviventes ou feridos.

-Certo e algum sinal das crianças?- Rony perguntou.

-Não, devem ter sido levadas para aqueles abrigos como eles chamam. Harry nós temos que achar estas localizações, não é possível que ninguém saiba onde fica. -  Neville falava visivelmente revoltado.

-Neville você sabe que tentamos a todo custo tentar localizar, mais nossos informantes do ministério nos falaram que estes campos ou abrigos são guardados pelo segredo Fidel, ou seja, só os grandes generais de cada campo que sabem mais somente daquele o qual eles são responsáveis.

-Harry quer dizer que há mais que um? – Neville perguntou chocado.

-Sim. Nós temos informações que existem cerca de uns cinco campos de adultos e pelo menos três somente de crianças e adolescentes.

-Isto é terrível! – Neville falava totalmente triste – todas estas crianças separadas dos pais, muitas nem sabem os motivos, só  porque têm magia dentro de si, mas Harry nós não temos nenhum dos Generais ao nosso lado?

Neste momento Harry e Rony se entreolharam, Draco era uns dos generais na verdade ele era o chefe deles, mais ninguém da ordem sabia que o Malfoy era um espião, por medida de precauções caso alguém capturasse um membro da ordem esta informação seria de uma grande valia para o capturado, os únicos que sabiam de Draco como espião eram Harry, Rony e Hermione.

-Não, não temos e mesmo que tivéssemos Voldermort  colocou uma maldição que se algum de seus Generais falar morre na mesma hora, ou seja, ninguém fala. – Rony respondeu.

-Certo – Neville suspirou cansado se sentando em sua mesa – vou tentar rever o plano de ataque contra Azkaban, temos que resgatar os nossos que foram presos.

-Eu e Rony estávamos pensando...

E assim os três amigos ficaram discutindo o plano de ataque, Neville não era líder como Rony e Harry mais ele era que arquitetava os planos para os ataques a comensais e a lugares de tortura trouxas.

Hermione entrou na enfermaria quase correndo.

-Quantos chegaram Gina?- Falou a castanha se aproximando da amiga que estava próximo a uma maca fazendo um feitiço em um homem que tinha o braço coberto de sangue.

-Umas vinte pessoas Mi! Têm muitas pessoas feridas.

Hermione ficou se aproximou de outra maca onde um senhor de pele escura gritava de dor, em alguns estantes o homem já havia se acalmado logo após Hermione falar encantamentos nos ferimentos. Aquilo já virara rotina na vida de Hermione, Gina e outras mulheres esposas de membros da Ordem, sempre que havia ataques a vila trouxas ou a nascidos trouxas  muitas pessoas viam para Hogwarts, o antigo hospital Sant Mungs, só atendia mestiços ou puro-sangue . Como eles sabiam, por lei do ministério desde que começou a Guerra todo bruxo e bruxa tinham que fazer um exame para constatar se eram puro-sangue ou nascido trouxas, não era de se estranhar que os nascidos-trouxas eram  obrigados a carregar com eles um rastreador onde eles eram proibidos de fazerem magias, se desobedecem eram mortos.

Foi deste modo que a guerra começou, obviamente muitos bruxos e bruxas ficaram contra  a tal lei mais todos que tentavam fazer algo era mortos, muitos bruxos fugiam e viviam refugiados, outros iam para o mundo trouxa, tentar viver entre eles e os que queriam lutar ativamente contra o ministério ou não tinham como ir para o mundo trouxa, que era realmente muito difícil, pois não tinham dinheiro trouxa e com certeza não conseguiriam trocar no banco, pois Gringotes estava sendo comandado pelo Ministério já com o conceito de não deixar os bruxos fazerem isto.

A única opção na qual restava era virem para a antiga escola de Magia. Agora ela abrigava milhares de famílias às antigas salas de aula viraram casas, onde abrigavam família de em média seis pessoas. Os salões comunais e dormitórios que eram dos alunos anteriormente também se tornaram residências para jovens que não eram casados mais já tinham uma idade mais velha para morar com os pais ou até mesmo porque não tinham mais família, e existiam muitos assim.

A magia da escola não deixava faltar comida, mais cada família cuidava especificamente de suas roupas e limpeza do castelo, os elfos só faziam as comidas. Outra diferença que existia na escola agora era um pomar como agora moravam ali familiares de nascidos-trouxas, os mesmos acabaram trazendo a cultura de plantar frutas e verduras trouxas e a terra de Horgwats era bem fértil e com ajuda de magia crescia muitos.

A atmosfera dos moradores do castelo era alegre apesar das tristezas que envolviam cada morador dali, nem todos que chegavam feridos ficavam a maior parte iam para outros países onde a escola tinha ligação direta por rede de flur. Muitos ali se sentiam aliviadas de poderem tentar viver em paz e protegidos dentro daquela escola.

-Gina, acho que acabamos. – Hermione falou aliviada com o silêncio que se instalou na enfermaria. – Todos já foram medicados e descansam.

-Isto é ótimo Mione, vamos para o grande salão jantar. – Gina parou por um momento – Onde estão as crianças?

-A Anna ficou com eles passei lá antes de vir para cá, James e Alvo estão lá também, junto com Ted e Vitória.

-Nossa devem ter colocado a casa a baixo já. – falou Gina divertida.

-Duvido do jeito que a Anna é ela entra na brincadeira com eles. – Hermione completou. Continuaram a andar até se encontrar a frente de uma porta pararam e bateram.

-Ah! Já chegaram. – falou uma moça da idade da Hermione com cabelos pretos cacheados e pele branca com olhos esverdeados – Entrem.

-Oi Anna, e as crianças deram muito trabalho – Gina perguntou à amiga.

-Não,  imagina! Elas são ótimas, tirando o fato do James e do Noah quase se matarem por causa do Ted o resto ficou o mais normal possível. – Anna respondeu alegre.

-Não sei como você consegue ficar com todos eles, eu só fico com os meus e quase fico louca.

-Ah, Mione é só não ligar. – Anna respondeu sorrindo – Bem o Noah está no meu quarto junto com Ted e a Vitória, achei melhor não colocá-lo perto de James, nunca vi ninguém igual a eles se darem tão mal. Não, vi sim. – a moça falou pensativa- É igual ao Harry com o Malfoy, precisa ver como lembra os dois brigando. – Gina e Hermione se olharam, mas nada disseram. – Alvo, Adara, James e Erick estão no quarto da Alice junto com ela.

-E o Neville não esta em casa Anna?

-Não Gina ele deve estar no escritório junto com o Harry e o Rony  me parece que eles estão bolando um meio de invadirem Azkaban.

-Isso seria ótimo – disse Hermione – temos que liberta o Percy e o Fred e tantos outros da Ordem que estão lá.

-É verdade. Mamãe tenta esconder, mais ela esta tão abatida desde que os meninos foram presos. - Gina falou triste.

-Mas Gina, antes presos do que mortos. – disse Mione – E eles sabem que não vamos deixá-los lá, mudando de assunto vamos jantar Anna?

-Não posso ir ainda Mione vou amamentar Jason, mas vocês poderiam levar a Ketlyn para mim e se encontrar o Neville fala para ele ficar de olho nela.

-E Anna pode deixar que da minha afilhada cuido eu.– Disse Hermione.

Anna Boot era casada com Neville e tinha dois filhos Alice de três anos e Jason de oito meses. 

Hermione e Gina pegaram as crianças e foram juntos para o salão principal, nenhuma das casas tinham cozinha todos faziam suas refeições no salão principal, onde as longas  mesas das casas ainda estavam mais agora não era divididas por casas todos chegavam e sentavam onde queriam.

Logo Harry e Rony chegaram para jantar com as famílias.

-Oi Mi e ai tudo bem, como foi o dia? – Rony falou dando um selinho na esposa.

-Foi bem, ajudamos os feridos do ultimo ataque e graças a Merlin ninguém morreu.

-E ai crianças se comportaram?- Rony falou dando um beijo em cada filho e pegando a Adara no colo, não era segredo para os irmãos que ela era o xodó do pai como ele mesmo falava a “minha pequena bruxinha”.

-Eu me comportei papai – Adara falou dando um abraço apertado e um beijo na bochecha do pai – agora o Erick brigou com o Alvo e com o Noah e o Noah brigou com o Erick e com o James.

-Sua fofoqueira – Noah falou com uma carranca – Não fale coisas que não sabe, e outra pai briguei sim com esse idiota metido a herói.

Hermione, Rony, Harry e Gina que estavam sentados na frente do primeiro casal se entreolharam e as crianças continuaram.

-Não fala isso. – James respondeu- Eu fiz o que achei certo.

-E quem quer saber o que você acha certo?- Noah falava com a voz fria e arrastada e em uma discussão, agora ele estava à cópia exata de Draco e por incrível que pareça a maioria das brigas entre os pequenos era com James ou com Erick. – Eu ia fazer e pronto! Você não manda em mim, seu pirralho.

- Oh! Olha quem fala você é muito adulto. – James retrucou.

-Mais do que você eu sou. – Noah continuou falando – Seu chorão!(N/B: gente relembrando agora os velhos tempos de grifo contra sonserino!)

-JÁ CHEGA. - Gritou Rony vendo que a discussão iria longe. – O que aconteceu alguém poderia me explicar.

-Foi o seguinte. - Adara começou a contar – Estávamos brincando na casa da tia Anna quando o James chegou segurando uma aranha. – Rony sem querer estremeceu – Só que não era uma aranha pequena ela era grande, ai todos fomos vê só que o James não deixou o Noah ver, ai o Noah ficou bravo e eles começaram a discutir, ai o Noah não entendi como, - a menina parou para pensar  - matou a aranha.

 - Filho como você matou a aranha? – Hermione perguntou ao filho.

-Ah, não sei mãe eu desejei que ela morresse e ela caiu morta, eu nem estava perto dela. – o menino falou olhando arrogantemente.

-Filho, acho que você manifestou magia! – Rony falou empolgado - Toma pega a varinha do papai e fala...

-Rony você não pode dar sua varinha para ele! – Hermione falou brava.

-Eu quero ver e outra será um feitiço simples, vamos Hermione você não quer ver nosso pequeno fazendo seu primeiro feitiço. – Rony olhou para mulher com cara de pidão.

-Certo mais Noah aponta para o talher e fale Vinguardium Leviosa!

-Mione é muito para ele. – falou Harry  - Nós aprendemos isso no 1ª ano com 11 anos ele é muito pequeno.

Mais Harry se calou ao ver o menino fazendo exatamente como a mãe mandou e o talher começar a flutuar alto.

-E ai filhão! – falou Rony bagunçando a cabelo do menino – Parabéns!

-Obrigado, mais muitas vezes vocês me subestimam. – o menino falava arrogante - sendo quem sou, tenho que ser o melhor. – sorriu de lado igual Draco costumava a fazer.

Rony se aproximou de Harry e sussurrou para que só o amigo escutasse.

-Você sabe que eu amo este pirralho, – falou carinhoso – mais às vezes me dar vontade de matá-lo (N/B: se ele matar o filho do Draco eu que vou matar ele, alguém me segura?!) quando ele fala assim, me lembra tanto o outro.

Harry concordou e riu do amigo, realmente cada dia mais Noah parecia com Malfoy em suas ações e expressões.

Todos acabaram de comer e voltaram para seus dormitórios. Rony e Hermione colocaram as crianças na cama e foram para seu quarto.

-Mi, tenho algo sério para falar com você? – Chegou o momento de Hermione saber que se encontrara com Draco.