Past And Future escrita por Tsuki Lieurance Eriun


Capítulo 2
II - Amigos


Notas iniciais do capítulo

Não acredito, já tem três reviews a minha fic!! *--*

Agradeço a todos, a atenção de vocês é essencial nesse momento pré-prova que eu to passando ^^'

Espero que continuem gostando ^^



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Juno olhava pela janela do trem para sua nova cidade. O lugar era realmente bonito, iluminado com a luz fraca do crepúsculo. Mesmo assim, sua cabeça estava muito longe. Em sua mente, uma só palavra era repetida: keyblade. O que isso significaria? E por que algo a dizia que estava bem perto da resposta? O trem parou enquanto ela ainda pensava nisso. Tinham chegado a Sunset Station. Talvez o melhor a fazer era esquecer aquilo tudo e seguir em frente.

Deixou sua mãe ir à frente, só para conhecer melhor o lugar. Andava devagar, nem percebendo o shadow que a seguiu desde que pisara na cidade e que logo sumira.

Devido a seus passos calmos, sua mãe já estava conversando com seus novos vizinhos quando alcançou-a. Um casal de loiros, e o rosto de ambos não lhe era estranho. Principalmente do rapaz.

Não tinha sido ele cuja imagem estava representada em um dos vitrais daquele sonho?

–Ah, aí está ela - exclamou sua mãe, lhe tirando de suas divagações - Essa é minha filha, Juno. Juno, esses são nossos vizinhos, Roxas e Naminé.

–Prazer em conhecê-los. - cumprimentou-os, cordialmente

–O prazer é nosso. - sorriu a loira, logo acrescentando - Aliás, onde está o...

–Lukas, presente! - completou o garoto, saindo de casa

Em poucos segundos ele estava ao lado dos pais, e seu olhar encontrou o da ruiva. Confusão faiscou nele, assim como, poderia apostar, no seu. Será possível que sua 'companheira de batalha' realmente existia?

–Esse é nosso filho, Lukas. - continuou Naminé - E Lukas, essas são Roxane e Juno, nossas novas vizinhas.

–Já que estava tão animado a ir encontrar seus amigos, por que não leva Juno também? - sugeriu seu pai

–Ah, claro. - concordou o menor, ainda assimilando o que via - Vamos?

A garota assentiu, sem dizer uma palavra, tão perdida quanto ele. Ambos se despediram dos mais velhos e caminharam para fora da vila, sendo seguidos pelo olhar da morena.

–Não precisa se preocupar. - comentou Roxas, percebendo a apreensão em seu rosto - Lukas é um bom garoto, e seus amigos também. Não vão colocá-la em nenhuma encrenca.

–Tenho certeza que não. - disse a mulher - É só que... Juno não teve muita sorte com seus antigos colegas de vizinhança... - vendo a incompreensão no olhar deles, Roxane respirou fundo - Juno não é minha filha. Ela nunca viu nenhum problema em ter sido adotada, mas... As crianças da vizinhança não compartilhavam da mesma opinião.

–Fique tranquila. - afirmou Naminé, colocando a mão em seu ombro, para lhe transmitir segurança - Ninguém aqui vai julgá-la por isso.

Roxane sorriu. Talvez aquela mudança tivesse sido realmente uma boa decisão.

–Obrigada. - murmurou, logo colocando mais força em sua voz - Bem, agradeço a conversa, mas tenho que entrar para começar a arrumar as coisas. Nos vemos mais tarde.

O casal se despediu dela, e a morena entrou em casa. Os dois também fariam a mesma coisa, porém Roxas percebeu a maneira como o olhar de sua esposa estava perdido.

–Algo errado? - indagou

A loira nem respondeu. Algo em sua mente pareceu apitar quando soube que a mais nova colega de seu filho era adotada. Foi quando percebeu que o rosto dela não lhe era estranho.

–Céus... - deixou escapar, assumindo uma expressão de surpresa

–Algo errado? - repetiu Roxas

Naminé levou alguns segundos para verbalizar sua suspeita.

–Acho que acabamos de encontrar a filha da Kairi.


Mesmo o caminho sendo curto, Lukas estranhou percorrê-lo em silêncio. Era alguém naturalmente falante e extrovertido, mas algo o travava para falar com ela.



Algo chamado estranho sonho da noite passada.


–Então, onde seus amigos moram? - perguntou Juno

–Na outra parte da cidade. - respondeu - Toda hora um trem indo para lá passa na estação.

Já estavam subindo as escadas. E esse fora todo o diálogo que conseguiram.

–Quer saber, chega! - o loiro pensou alto, então respirou fundo e perguntou - Era você quem estava naquele sonho, não era?

A garota lhe olhou surpresa, o que não lhe ajudava a descobrir se tinha se enganado ou se sua memória não falhara.

–Eu já estava começando a achar que era loucura da minha cabeça... - murmurou a ruiva, levando alguns instantes para completar, pensativa - Mas, se você também sonhou com aquilo... Deve significar algo. Algo importante.

–Tipo o quê? Que vamos entrar numa batalha armados com chaves? - brincou ele - Falando sério, você conseguiu entender alguma coisa do que aconteceu lá?

Juno meneou a cabeça, não sem reter um suspiro.

–Não poderemos fazer nada com essa confusão além de arranjar uma bela dor de cabeça. - prosseguiu o loiro - O melhor é esquecer sobre isso. - tinham acabado de chegar na estação quando ele terminou a frase - Até porque, nosso trem já chegou.

Enquanto o seguia, decidiu acatar à sugestão. No final das contas, não era isso que queria? Deixar tudo para trás e começar do zero?

Mas aquela palavra ainda ressoava em sua mente... Keyblade...


Depois que a decisão de deixar de lado as dúvidas sobre o estranho sonho foi tomada, Lukas parecia outra pessoa. Ou melhor, estava sendo quem normalmente era. E ele logo a advertiu que se acostumasse a ter alguém animado ao lado, pois sua amiga, Brendah, era quase tanto quanto ele. Nick era quem servia de equilibrado do grupo, e esse posto provavelmente também recairia sobre ela, palavras do loiro. Não pode evitar rir. Nem podia deixar de estar feliz. Algo lhe dizia que finalmente tinha encontrado os amigos que tanto queria.


Não tiveram que caminhar muito depois de sair da estação. O ponto de encontro estava localizado no final de uma ruela, e os dois amigos do loiro já estavam ali, sentados em um sofá, conversando. Brendah vestia uma blusa vermelha, bermuda preta, e em seus pés estava um par de botas brancas com detalhes vermelhos. Seu cabelo era da mesma cor que a blusa, chegavam ao meio das costas, e seus olhos eram verdes, um tom mais claro do que os olhos do garoto ao lado. Nick usava uma camiseta laranja-claro, contrastando com o colete de matiz mais forte, uma bermuda azul-marinho e um par de tênis preto e branco. Seu cabelo quase chegava aos ombros, sendo de um tom cinza-escuro.

E, Juno pegou-se pensando, ele era tão bonito...

–Finalmente! - exclamou Brendah, a primeira a perceber que tinham entrado, em seguida se levantando e indo até eles - E quem é a novata?

–Essa é a Juno, minha nova vizinha. - apresentou Lukas, e a garota mencionada se limitou a dar um leve sorriso - O motivo do meu atraso, se quer saber.

–Hey! - protestou a ruiva, não querendo deixar uma má primeira impressão

–Ignore-o. - interviu Nick - É bom aprender a lidar com essas brincadeiras desde agora se teve o azar de ser vizinha dele.

A garota nada respondeu, sem conseguir encará-lo. Não sabia porque, mas sentiu que seu rosto esquentou quando olhou diretamente nos olhos dele.

–Vem, vamos te mostrar a cidade. - disse a outra garota, de maneira animada, mal esperando uma reação antes de puxá-la pelo pulso

Os dois garotos ainda levaram alguns segundos para acompanhá-las, e o loiro não resistiu a comentar.

–É impressão minha ou você está mais sorridente nesta manhã?

Ele se limitou a revirar os olhos e começar a caminhar.


Twilight Town não era muito grande, por isso não demorou muito para que o trio tivesse levado a novata a todos os lugares. E, quanto mais andava, mais encantada ficava. A cidade tinha um jeito aconchegante, de verdadeiro lar. Mesmo sendo moradora de lá há menos de um dia, sentia-se em casa.


Quando o 'tour' tinha terminado, o grupo comprou quatro picolés, um para cada. Juno olhou meio em dúvida se deveria provar ou não, devido à coloração nada usual azul-clara.

–De que sabor é mesmo? - indagou

–Sea-Salty. - respondeu Lukas, encaminhando-se para sua segunda mordida

–É muito bom, se é o que está perguntando. - sorriu Brendah - Ou não confia na gente?

A garota acabou por dar de ombros e experimentar. A primeira sensação que seu paladar lhe trouxe foi salgada, mas, em poucos segundos, ela passou a doce.

–Realmente muito bom! - foi obrigada a concordar

Os demais riram.

–Só pode. - comentou o garoto de cabelos cinzentos - Se não, não estaria vendendo há tanto tempo.

–É quase uma tradição da cidade. - adicionou o loiro

–Uma tradição dos pais de vocês, melhor dizendo. - corrigiu a amiga

–Dos seus não? - indagou Juno

Houve uma pausa de alguns instantes, nos quais o brilho nos olhos de Brendah perdeu a força.

–Eu não tenho. - respondeu ela, fazendo a outra garota engolir em seco - Fui achada aqui quando pequena, e não me lembro de nada antes disso. - a ruiva voltou a erguer o olhar - Ah, mas não precisa ficar incomodada por ter me feito falar isso. Não ligo. Tenho uma vida muito boa, independente disso.

–Entendo. Muito bem, se quer saber. - sorriu Juno, em seguida respirando fundo - Também sou adotada.

Pela primeira vez, a garota não se sentira mal por contar esse detalhe de sua vida. Nem sequer se sentiu mal por se entitular de 'adotada'. Na verdade, se sentira até mais leve ao deixar isso escapar. Sentia que cada vez mais ia estabelecendo o laço de amizade com o trio.

–Jura? - indagou Brendah, ao que assentiu - Ah, então se mudou para o lugar certo. Sabe, os dois acabaram se acostumando a cuidar de adotadas, e a se sairem bem fazendo isso. - a garota se jogou em Lukas, o abraçando forte, o que deixou a expressão do garoto surpresa e o rosto levemente corado - Principalmente esse aqui.

–É tão bom ser ignorado. - comentou Nick, fingidamente magoado

–Ih, foi mal. - desculpou-se ela - Mas você sabe que passei mais tempo na casa dele do que na sua.

–E nem precisa se incomodar com isso. - emendou Lukas - Afinal, você pode cuidar da Juno agora.

A garota sentiu seu rosto ruborizar violentamente, e o vermelho também passou pelo rosto dele.

–Vamos logo. - disse Nick, começando a caminhar

–Para onde estamos indo? - indagou a novata

–Para o lugar mais especial da cidade. - informou a ruiva, alegremente

–O nosso lugar especial. - complementou o loiro - Você só é do grupo se for lá com a gente.

–E onde seria 'lá'? - questionou Juno

–Já vai saber. - concluiu o primeiro


A caminhada até lá podia ter sido um pouco cansativa, mas valeu a pena assim que chegou. Apesar de a vista da cidade do ponto mais alto da mesma ter tirado-lhe o pouco folêgo que restava. O vento parecia até mais fresco naquela sacada da torre do relógio.


–Uau.... - deixou escapar

–Incrível, não? - indagou Lukas, ficando em pé na mureta

–Pela milésima vez... - suspirou a outra ruiva - Será que poderia não fazer isso?

–Ainda estou vivo, não é mesmo? - provocou o loiro

–Ahn, acho que concordo quanto a ficar em pé aqui ser perigoso. - argumentou Juno, olhando para a imensa distância que estavam do chão

–Desista. - disse Nick - Se Brendah não o convenceu a parar com esse hábito, ninguém mais consegue.

O loiro acabou por suspirar, em seguida sentando-se.

–Vocês são uns chatos, sabiam? - resmungou ele, em tom de brincadeira

O outro garoto revirou os olhos, e Brendah acabou rindo.

–E então, Juno? - começou a última - Acha que aguenta ficar com a gente?

A garota olhou uma vez mais para o horizonte. Aquela brisa suave, o céu alaranjado, o clima acolhedor da cidade. Seus olhos voltaram-se para o trio, sorrindo, à expectativa de uma resposta.

–Eu poderia viver minha vida toda assim. - sorriu


Quando se deram conta, já era noite.


–Já tá tarde. – Disse Nick - Vou pra casa antes que meus pais comecem a me chamar.

–Eu também já vou. – Brendah fala.

–Então, - indaga Juno - até amanhã?

–Claro. – responde Nick - Tchau, galera.

Os três se despedem e cada um vai à direção de sua casa.

Pouco tempo depois, na casa do Nick...

Nick passava em frente ao quarto dos pais, quando viu que o pai estava no telefone, parou pra ouvir o que era.

–Alô? Quem é?... Sora? Eu tava mesmo precisando fal... Peraí, me escuta, Sora! Eu tenho sentido que a força da escuridão está rondando Twilight town. Você devia vir aqui... Como assim, sumiu a Keyblade?... A Way to the Dawn também sumiu! Temos um grande problema...

Way to the Dawn? - pensou Nick– Keyblade? O que será isso??? E quem será Sora? Enquanto Riku estava desligando o telefone, Nick se afastou bem devagar pra não ser visto, mas quando virou, bateu de cara com a sua mãe.

–O que estava fazendo aí, mocinho?

–É..., - Nick engoliu em seco enquanto tentava achar uma desculpa razoável - nada não, tava só passando por aqui e...

Antes que ele pudesse terminar sua desculpa esfarrapada, sua mãe o puxou para o quarto. Vendo os dois entrando, Riku perguntou:

–O que houve Ollete? Por que tá puxando o Nick assim?

–Porque ele estava aqui te espionando. - disse Ollette.

–É o que? – indaga Riku.

–Não é nada disso, pai. – responde Nick - Eu só tava passando por aqui e a mamãe achou que eu tava aqui te espionando.

–Ah, Ollete, deixa o garoto. – fala Riku, se virando para Nick - Vai pro seu quarto, vai.

–Já fui.

Quando Nick sai, Riku senta na cama com uma cara nitidamente preocupada. Percebendo isso, Ollete senta ao seu lado e pergunta:

–O que houve, Riku? - indagou Ollette - Você tem que estar com a mente muito distraída pra cair numa desculpa dessas.

–Problemas. - desabafou Riku - Dos grandes...

Enquanto Riku fala pra Ollete o que estava acontecendo, Nick já chegou ao seu quarto e se jogou na cama.

O que tudo aquilo que meu pai disse significa?... – pensou ele

Tentava esquecer sobre aquela conversa, mas parecia que sua mente sempre voltava para o mesmo lugar. Keyblade... Way to the Dawn... Tinha certeza que já tinha ouvido algo sobre aquilo, mas não se lembrava aonde. Por fim, acabou dormindo.

Caindo suavemente. Essa sensação foi a primeira coisa que seu consciente percebeu. Espera, consciente? Não tinha acabado de dormir? Mas, contrariando o senso comum, estava completamente lúcido. Tanto que sentiu quando a queda começou a cessar, e quando foi colocado de pé, como se o ar ao redor comandasse seu corpo. E, assim que seus pés tocaram em algo sólido, diversos pássaros cujas penas tinham matiz tão escuro quanto o ambiente ao redor revoaram, permitindo a visão de onde pisava.

Estava em um vitral. Tons escuros de azul e violeta coloriam o fundo, sendo o desenho principal seu pai, quando adolescente, em posição de guarda, quase que refletindo o rapaz de cabelos castanhos retratado a sua frente. Ambos seguravam uma estranha arma, e, embora nunca tivesse a visto, Nick sabia que a que estava nas mãos de seu pai era a Way to the Dawn. Como sabia? Não fazia ideia. O pensamento simplesmente viera em sua mente.

Antes que pudesse se questionar mais sobre a estranheza do sonho, percebeu que degrais de cristal começaram a aparecer do outro lado do vitral. Decidiu seguir por eles, e precisou subir vários até que chegasse ao próximo vitral. E, ao chegar, nem sequer olhou para baixo, à procura de outro desenho instigante. Sua atenção tinha sido presa por seu melhor amigo e sua mais nova amiga, ambos de pé, há poucos metros de distância.

-De novo não... - reclamaram ao olhar um para o outro

Percebendo que sua presença ainda não tinha sido notada, chamou-os, o que os fez se virar em sua direção, com uma expressão atônita.

-Nick? - exclamou a ruiva

-O que está fazendo aqui? - completou o garoto

-Isso pergunto a vocês. - devolveu – O que estão fazendo no meu sonho?

-Ah, tá virando normal invadir sonhos alheios. - brincou o loiro, parecendo um tanto quanto despreocupado apesar do que acabara de constatar

-Até porque, não deve ser bom ficar sozinho com aquelas coisas... - Juno pensou alto

O garoto de cabelos cinzentos ainda ia perguntar “Que coisas?”, mas, antes que sua voz escapasse de sua garganta, as sombras começaram a aparecer. As manchas negras correram pelo vitral, não demorando a se erguer e cercar os jovens.

-Ah, essas coisas... - deixou escapar

Quase que no mesmo instante em que se viram encurralados no centro do local, as keyblades apareceram em suas mãos. Juno estava armada com Oathkeeper, Lukas com Oblivion e Nick com Way to the Dawn. Sem hesitar, o trio começou a lutar. Mesmo com sua inexperiência, conseguiram destruir algumas sombras. Porém, eles continuavam a surgir, e até mesmo outro tipo apareceu, um ser cinzento que parecia ser feito de borracha de tão flexível que seus movimentos eram. Os três jovens já estavam perdendo as forças, mas, antes que acabassem feridos, uma intensa luz brihou, e cada um despertou em sua casa.

Mesmo ainda estando um pouco confuso, Nick logo se levantou da cama e saiu de casa sem que seus pais percebessem. Já tinha tido sonhos parecidos, mas nunca tão reais como aquele. E nunca tinha visto qualquer um dos seus amigos.

–Hey, aonde vai com tanta pressa? - indagou Brendah assim que o viu passar por Plaza Station.

–Desculpa, Brendah, mas não dá pra te explicar agora. - disse o garoto, sem nem parar

Assim que se virou para a entrada da estação, se viu cercado por nobodies. Nick não pode deixar de ficar surpreso. Enfrentá-los em sonho é uma coisa, agora, se estavam no mundo real, provavelmente era algo muito maior do que ele tinha pensado.

Automaticamente sacou a Way to the Dawn. Brendah ainda tentou correr para pedir ajuda, mas logo foi cercada por cinco nobodies. Um deles tentou atacá-la, ao que Brendah conseguiu impedir com as duas adagas que surgiram em suas mãos, uma do elemento fogo e outra do elemento trovão.

Mesmo ambos estando na batalha agora, ainda existiam muitos nobodies. Quando ainda faltava uma dezena deles, eles ouviram uma voz familiar.

–Thunder!

Raios acabaram com metade dos nobodies que ainda estavam lá, e os outros foram destruídos por Lukas e Juno, que tinham acabado de chegar.

–Uau, incrível! - exclamou Nick – Juno, como conseguiu fazer isso?

–Pra falar a verdade, não sei – respondeu Juno, com um sorriso – Eu simplesmente falei o que veio na minha mente.

–Alguém pode explicar o que está acontecendo? – indagou Brendah

–Sinto muito, mas sabemos pouco menos que você – disse Lukas

–Talvez eu possa responder.

Os quatro se viraram automaticamente. Qual não foi a surpresa quando viram que Riku tinha falado isso.

–Por que eu estou achando que isso tudo tem a ver com o que você estava falando ontem? - comentou Nick

–Então você estava realmente me espionando? – indagou Riku

–Quase – respondeu Nick, sorrindo

Riku percorreu o olhar rapidamente por todos que estavam ali, reparando nas armas de cada um. Nick, Way to the Dawn. Lukas, Oblivion. Brendah... Ela tinha aparecido 10 anos antes sem qualquer memória ou ligação com alguém da cidade. Agora tudo fazia sentido. Não pensou muito nisso e desviou o olhar para Juno. Nem precisou ver a Oathkeeper para descobrir quem ela era.

O Sora vai pirar quando souber que a filha dele tá aqui... - pensou Riku

–Mas, afinal, – disse Nick, interrompendo o pensamento de Riku – isso tem a ver com o que você estava falando ontem?

–O que você está segurando na sua mão direita é uma keyblade. – respondeu Riku – Alias, a minha keyblade. Mas a questão é que vocês são os novos escolhidos para salvar os mundos do domínio das trevas.

Riku então conta um breve resumo sobre o que são keyblades, heartless, nobodies, e fala um pouco sobre a história de Sora, mas sem mencionar que tanto ele quanto Roxas já lutaram no lado sombrio e inclusive contra ele. Assim que acaba de falar, Roxas chega ao local, sem que ninguém perceba.

Ele sorri ao notar as keyblades e estende a mão, fazendo a Oblivion desaparecer da mão de Lukas e aparecer na dele. Os cinco olham para o lado quando notam a ausência, que dura poucos segundos.

–Parece que eu nem precisava ter ficado preocupado. – disse Roxas, enquanto se aproximava do grupo – E acho que o Riku já deve ter contato toda a história, certo?

–Não que isso queira dizer que entendemos tudo – comentou Lukas

–Pode deixar que eu explico mais, - rebateu Roxas – mas isso lá em casa, porque a Namine está realmente preocupada contigo. Juno e Brendah, estão convidadas se quiserem vir também.

–Eu acho que a Juno vai querer ficar. – falou Riku

–Como assim? – perguntou Juno

–Sora. – respondeu Riku - O seu pai. Ele vai chegar à cidade daqui a poucas horas.

Juno sentiu como se um choque percorresse seu corpo. Ela tinha a sensação de que tudo aquilo tinha ligação com seu passado, mas não chegou a pensar em algo assim. Tinha ficado muito nervosa com a notícia. Mesmo assim, não demonstrou-o. Já tinha aprendido a disfarçar emoções.

–Então, tá. – disse Roxas – Brendah, você vem?

Brendah consentiu com a cabeça. Logo Roxas, Lukas e Brendah foram em direção a estação, enquanto Riku, Nick e Juno seguiram para a casa de Riku, que não ficava muito longe dali. Assim que a porta se abriu, Ollete fuzilou Nick com o olhar.

–Nick! – reclamou ela – Onde você se meteu?

–Pode ficar tranquila. – falou Riku, em um tom sarcástico – Ele só estava destruindo alguns nobodies com os amigos dele.

Esse era o tipo de comentário que nunca a deixaria tranquila. Assim que Juno entrou, ela fechou a porta e acompanhou ambos com o olhar.

Nobodies. Fazia tempo que não ouvia aquela palavra. Imaginar aqueles seres de novo na sua cidade era aterrorizante. Não mais que o fato de pensar no seu filho lutando com eles.

–Riku, o que está acontecendo? – indagou ela

–Acabamos de descobrir porque a Way to the Dawn não está mais comigo. – disse Riku

–E como você fica nessa calma toda? – sibilou Ollete – Algo de maior deve estar acontecendo para nobodies estarem por aqui!

Riku tinha consciência disso. Tentava manter a calma justamente para raciocinar melhor, e não pensar no pior. E ele também não gostava muito da ideia de ver Nick viajando de mundo em mundo, correndo perigos incontáveis.

–Acalme-se, Ollete. – falou ele, ao fim de alguns segundos – Tudo está e vai continuar bem. A keyblade está em boas mãos.

–E ela? – perguntou Ollete, olhando para Juno enquanto ela e Nick seguiam para o quarto dele – Quem é?

–Tem certeza que não sabe? – respondeu Riku

Ela olhou com um pouco mais de atenção. Logo deu um estalido na mente dela.

–É a filha da Kairi?

Riku se limitou a assentir com a cabeça. Nick e Juno nem ouviram nada do que eles tinham falado, estavam sentados na cama do quarto de Nick. E as horas passaram rápido com eles jogando conversa fora. Só pararam quando ouviram Riku batendo na porta semi-aberta.

–Só vim pra avisar que o Sora já está chegando à estação. – falou ele, olhando para Juno – Se despede do Nick que eu já to indo.

Riku sai logo em seguida, indo falar com Ollete. Juno nem se mexe do lugar. O nervosismo tomou conta dela. Seus pensamentos eram desorganizados, intensos, rápidos. Só conseguiu sair do transe quando sentiu Nick segurar sua mão.

–Eu sei que isso tudo é meio confuso e novo, - começou ele, um pouco sem jeito – mas eu queria que você soubesse... Que eu sempre vou estar do seu lado, ok?!

–Obrigada, Nick. – respondeu ela, sorrindo – É muito bom saber que eu tenho com quem contar.

Ambos ficaram levemente corados quando perceberam que estavam de mãos dadas, e Juno logo se levantou, caminhando para fora do quarto. Nick a seguiu, acompanhando-a até a porta de entrada. Se despediu dela e de seu pai e voltou ao seu quarto, se jogando na cama. O dia tinha sido bem cheio.

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Fim do capítulo II


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Notas finais do capítulo

Nick e Juno = casal kawaii-desu *--*

[edit - 27/01/2013] Concordo de maneira completa com a nota final que fiz originalmente qq

Anyways, MANO, CONSEGUI EDITAR DUAS CENAS, E TO QUASE FAZENDO A TERCEIRA. ZenWriter faz milagres ♥ ~para quem não conhece - e está desesperado por um pouco de concentração e relaxamento haha: http://www.beenokle.com/zenwriter.html ~~ É tão maravilhoso ver a edição de P&F prosseguindo ♥

[edit - 25-26/02/2013 - sim, dois dias, ninguém manda ficar escrevendo de madrugada q] Fala sério, de cap mais odiado, esse aqui subiu ao status de um dos mais queridos '-'

ALL MY FEELS, A CENA DO SEA-SALTY, COMO PUDE VIVER SEM ISSO ORIGINALMENTE?

E AIMEUDEUS, LuBren e NiJu ♥ ♥

Tá, meu limite de fangirl já bateu faz tempo q [mais especificamente, com minha one de Lágrima de Fogo - livro muito bom, se querem saber]

[edit - 18/06/2013] MANO, QUE INSPIRAÇÃO DO NADA FOI ESSA? Bem quando eu tava indo pra uma prova de Física #tenso t_t E acho que até consigo editar um pouco mais para amanhã \o/
(bom mesmo, pq Ê COISA TOSCA ESSAS CENAS DO NICK AQUI, PQP)

O ruim é que A QUANTIDADE DE PALAVRAS E_E Tá, ninguém está lendo mesmo, é algo pessoal, então não tem problema não ser atrativo....... Acho -q