Além do Horizonte escrita por Jacqueline Sampaio
Pela manhã o hanyou despertou e ainda com os olhos fechados tateou a cama a procura de Kagome, não encontrou. Levantou apressado indo para seu quarto, tomou um rápido banho indo para o restaurante onde sentia o cheiro de Kagome. Surpreendentemente Kagome estava dando alguma entrevista sentada em uma mesa qualquer, aparentemente já havia tomado café. Aproximou-se da jovem meio atordoado ouvindo a conversa entre ela e os repórteres. Vendo que se não interferisse aquilo duraria horas resolveu se manifestar.
-Bom ela já disse muito do que queriam. Temos que nos preparar para o próximo show. –Os repórteres saíram um pouco aborrecidos pela interrupção da entrevista, Kagome se manteve sentada.
-Nossa até que enfim eles se foram!
-Vamos partir hoje Inu-yasha?
-Sim. –Não deixou de notar o quanto Kagome estava áspera. Sentou-se ao seu lado.
-Kagome... –Esta se levantou.
-Vou arrumar minhas coisas.
-Mas Kagome você não vai tomar café?
-Eu já tomei. Obrigada.
-Fique aqui. Por favor!
-Tenho coisas a fazer assim como você.
-Kagome precisamos conversar!
-Depois. Até daqui a pouco. –Saiu simplesmente enquanto o jovem a olhava surpreso. Ficou sentado tentando entender o porquê de sua atitude, esperou seu cheiro enfraquecer e ai sim levantou decidido a tomar alguma atitude. Chegando a porta de Kagome abriu sem ao menos se pronunciar, esta era ajudada por uma camareira a arrumar sua mala. A camareira olhou para Inu-yasha surpresa e este fez um movimento silencioso com as mãos para que saísse o que prontamente fez. Kagome estranhou o silencio, Inu-yasha se aproximou lentamente ficando de frente para ela. Kagome sentiu sua presença, levantou-se e esticou uma das mãos tocando o rosto de Inu-yasha rapidamente.
-Inu-yasha?
-O que aconteceu com você? Por que me trata assim?-Kagome se afastou sentado em sua cama enquanto Inu-yasha continuava olhando para a moça.
-Só estou apressando o inevitável. Dei o que quis agora podemos voltar a ser o que éramos.
-Não pode estar falando sério! Está?
-Estou Inu-yasha.
-Então acha que sou como os outros homens que ficaram com você? Mesmo depois do que aconteceu mesmo depois do que disse você tem a coragem de fazer esse tipo de insinuação? O que pensa que eu sou?
-Você me disse lembra? O hanyou que não se apega a ninguém!-As palavras de Kagome pareciam dilacerar o coração de Inu-yasha que deixou uma lagrima cair de seus olhos. De repente começou a rir deixando Kagome surpresa.
-Por que está rindo?
-é a primeira vez que choro em toda a minha vida por uma mulher que não seja minha mãe!-Inu-yasha permaneceu parado olhando para uma lagrima caída na palma de sua mão, começou a caminhar para fora.
“-O que eu faço? Devo arriscar... Por ele?”.
Inu-yasha apertou o botão do elevador esperando ansiosamente para que a porta se abrisse, queria sair de lá! O elevador se abriu, fez menção de entrar, mas duas mãos o envolveram e o abraçaram forte, Inu-yasha tocou as mãos sabendo de quem era, mas sem ainda acreditar.
-Por favor, fica Inu-yasha!-Ela virou abraçando-o pela frente, Inu-yasha ficou parado. Tateou os olhos úmidos do hanyou secando suas lagrimas surpresa pela tristeza do hanyou. O abraçou novamente.
-Perdoe-me Inu-yasha! Fui tão cruel! Perdoe-me pelas minhas palavras! Falei isso por que queria mante-lo longe, não queria me prejudicar! Sei que fui muito cruel eu...
-Tudo bem. –Abraçou Kagome finalmente. –Eu entendo você... Passei por isso com as outras mulheres quando acreditava que elas estavam comigo por dinheiro. Eu entendo, mas... Nunca mais diga isso!
-Eu sei, perdoe-me!-Beijou os lábios de Inu-yasha assim como sua testa, sua bochecha e outras partes do rosto. –Perdoe-me! Perdoe-me!-Inu-yasha correspondeu ao beijo com fervor levando-a lentamente para seu quarto.
-Acredite em mim quando digo que a amo Kagome!
-Eu acredito...
Depois de duas horas...
Kagome repousava sua cabeça próxima à cabeça de Inu-yasha, os dois se olhavam.
-Seus olhos são lindos Kagome.
-Não tanto quanto os seus! Sei que são belos como você Inu-yasha. - Se aconchegou melhor nos braços de seu amado.
-Kagome... Fica comigo?
-Que pergunta boba!-Sorriu beijando-o e se aconchegando na cova do pescoço de seu homem. Por que não dizer que era seu? Tão seu como sempre fora assim que o viu, de certa forma, no teatro de Tóquio.
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