Sleeze Sister escrita por Bond Rebellion


Capítulo 11
Capítulo 10.Parte1 - As coisas podiam piorar? ...


Notas iniciais do capítulo

Olá! Me desculpem a demora (como sempre ¬¬) mas tenho uma boa noticia! O cap ta maior, só pra compensar vocês! *viu como sou boazinha*
Bom eu tive que dividi-lo em duas partes porque ele é realmente GIGANTE. O cap 10 é um dos mais importantes da fic pq acontecem muitas coisas nele. É quase um divisor de águas, portanto merece sua total atenção e minha total dedicação *momento casas Bahia* xD
Divirtam-se!
*Aviso as pervas fãns de Jakesse*
VAI ROLAR PEGA! Pronto falei :*

Ps: não esta betado, disculpem qualquer erro podem me chamar de analfabeta vai la eu deixo...sem minha beta não sou nada =/



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Capitulo 10. Parte 1 – As coisas podiam piorar? ... Espere até o príncipe encantado bater na sua porta

"Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo a causar o maior estrago possível”  -  Edward A. Murphy

Se abstiver de um dos seus sentidos não é uma coisa muito fácil, ignorar sua audição com duas tagarelas ao seu lado é quase uma missão impossível. Foi exatamente isso que Renesmee tentou fazer durante todo o caminho até a casa dos Cullen, ignorar sua audição, literalmente não dar ouvidos a conversa de Alice e Bella.

Alice que foi pilotando sua moto vermelha até a escola, agora voltava de carona no carro do irmão só para não interromper a conversa que estava tendo com Bella.

O assunto principal da conversa? Um certo moreno, irritante mais conhecido como Jacob Black.

Renesmee tentava a todo o custo ignorar o assunto, o sujeito do assunto e a reação que o nome dele a provocava. Depois de um dia como este ela acreditava já ter desenvolvido algum tipo de alergia por Black.

Bella e Alice haviam se tornado especialistas, defensoras e admiradoras de seu parceiro em menos de meia hora. Dentro do volvo o clima era até agradável se não fosse por Renesmee rolando os olhos e bufando a cada adjetivo atribuído injustamente a Jacob.

- Ele é muito lindo Nessie, fala sério eu com um parceiro daquele só ia tirar 10! – disse Alice não se importando com o olhar fulminante que a pequena Swan lhe deu. – Sabe o que eu acho... Que vocês até fazem um casal bonitinho.

Com toda a sua força de vontade, Renesmee afastou o pensamento de abrir a porta do carro em movimento e jogar a fada ao seu lado no asfalto.

- Ele tem namorada – disse em uma voz fria e cortante, escondendo qualquer emoção, inclusive seu desconforto em pronunciar aquelas palavras que de alguma forma a incomodavam.

- E daí? Edward também tinha uma namorada, isso não é um obstáculo muito grande – Disse Bella trocando um olhar cheio de significados com Edward no banco da frente.

- Claro que a Tanya não era...até você chutar o obstáculos loiro de 1,70 pra fora do caminho – Alice tentou mais não conseguiu segurar uma piadinha sobre o termino um pouco trágico do namoro do irmão com Tanya.

Edward gargalhou ao volante se lembrando do inicio de seu relacionamento com Bella. Foi uma época bem conturbada mais bem interessante. Não era segredo para ninguém que eles dois começaram a se envolver mesmo com Edward namorando Tanya. Mas a situação foi temporária, Bella logo encostou o Cullen na parede e o fez terminar o namoro de três anos.

Renesmee bem que esperou o cunhado se mostrar incomodado com o assunto, mas Edward parecia não ligar e estar se divertindo com a “fofoca” tanto quanto as meninas. As duas continuaram suas piadinhas e agora fortes indiretas sobre Jacob, Renesmee e a namorada de Black.

- Qual o problema de vocês hem? – já farta de tudo aquilo Nessie perguntou

- Qual o nosso problema? Qual o seu problema querida?! Porque você esta tão irritada e qual é o motivo de tanta implicância com o pobre do garoto? – rebateu Alice ao lado de Renesmee no banco de trás.

Pobre garoto? Rá eu posso te listar um trilhão de motivos para implicar com aquele filho da p...” Seus pensamentos gentis foram interrompidos por sua Irmã mais velha:

- Implicância? Nós conhecemos muito bem essa implicância... – mas uma vez Bella trocou olhares com Edward, os dois pareciam dividir uma piada interna pelos sorrisinhos que tinham nos rostos.

- É claro que conhece – Renesmee revirou os olhos entendendo a onde a irmã queria chegar – A sua implicância com o Edward era paixão animal reprimida meu bem!

- E a sua pelo Black é o que? – Bella se virou em seu assento para encarar a irmã em desafio.

- Pura repulsa. Total aversão na sua mais pura essência.

- Ah sim e o jeito que ele te olha nem é de quem quer arrancar sua roupa fora! – dessa vez foi Alice quem revirou os olhos.

- Ele não me olha assim – sibilou Renesmee

- Claro que não, com todo esse ódio ele nem precisaria tentar arrancá-las, você mesma poderia tirar não é mesmo?! – Bella sorriu sinicamente para a irmã que já estava ficando possessa, e vermelha de raiva.

- Puta que pariu! Será que vocês não vão cansar desse assunto nunca? Mais que porra, da pra parar de falar no idiota do Black só por um momento?! Jesus! Parece que ele enfeitiçou vocês ou sei lá o que, caralho da um tempo eu não aguento mais! - despejou Renesmee.

- Não é a nos duas que ele tem que enfeitiçar não Nessie – murmurou Alice ao seu lado escondendo um sorriso pelo destempero da caçula.

- Ei moçinha não coloque o nome do Senhor no meio de todos esses palavrões! – ralhou Bella – Porra ta com a boca suja hoje hem!

Quatro pares de olhos se entre olharam dentro do volvo em silêncio. Edward foi o primeiro a irromper em uma gargalhada, e logo foi seguido por Alice e Renesmee. Bella decidiu se juntar a eles e rir do seu próprio fracasso.

Bella tentava, mas nunca conseguia ser uma irmã mais velha séria e totalmente exemplar. Sua bronca perdera completamente a moral e a credibilidade se tornando quase uma piada.

O volvo subiu na calçada e estacionou em frente à casa dos Cullen, todos ainda riam quando saíram e irromperam pela porta da frente fazendo arruaça.

- Bells... você é uma péssima irmã mais velha! – disse Renesmee com a respiração difícil pela risada descontrolada.

- Eu sou péssima? Você é que é uma mostrinha rabugenta e mal humorada! – Bella começou a fazer cócegas na irmã - Eu sou uma santa por ti aturar!

As duas entraram na sala dos Cullen completamente enlaçadas uma a outra. Renesmee tentava se esquivar e fugir, mas Bella não lhe dava trégua. Atingindo a irmã no seu ponto fraco as duas cambalearam em direção ao sofá mais próximo.

- Socorro... pelo amor de Deus! – Renesmee suplicou por ajuda, mas Alice e Edward já tinham ido direto para a cozinha falar com a mãe.

- Ah você agora pede arrego? Vamos lá confesse sua atração animal...toda a sua paixão reprimida por seu parceiro e eu penso em ti dar uma folga – negociou Bella já montada em cima da irmã mais nova no sofá.

- Hum... Nessie ta apaixonada? Quem é a vitima? – soou no cômodo uma voz conhecida.

Renesmee e Bella congelaram. Olharam atentamente a sua volta, e se depararam com um grandalhão esparramado no sofá ao lado. Com um pacote de Doritos e uma coca-cola na mão Emmett assistia a um desenho animado quando foi interrompido por uma lutinha, a seu ver patética, das irmãs Swan.

- URSÃO! – Renesmee pulou do sofá e foi se pendurar nos braços de Emmett. Ela poderia implicar com ele na maior parte do tempo, mas ela realmente gostava dele e sentiu muito a sua falta durante esses dias para se preocupar em xingá-lo de alguma coisa.

- Eu também senti sua falta monstrinha! – ele disse a rodopiando em seus braços.

- Cala a boca! – ela usou uma mão que estava em volta de seu pescoço e deu um tapa em sua orelha.

Depois de Renesmee foi a vez de Bella dar as boas vindas, de volta, ao cunhado. No mesmo momento a porta da frente se abriu e um Jasper confuso se plantou no hall de entrada. Withlock viera a trás pilotando a moto da namorada, já que ela desprezara a mesma para pegar uma carona com o irmão.

- Cara o que tu fez pra eles te expulsarem de D.C? – Edward que acabara de voltar da cozinha para ver a “surpresa” que Esme havia anunciado, encontrou a namorada pendurada em um abraço de urso a um grandalhão na sala.

- Você sabe que não consigo ficar muito tempo longe da minha putinha e da minha amante! – disse Emmett abraçando o irmão. Há muito tempo os dois tinham essa brincadeira entre eles, um era a putinha do outro e depois que Jasper entrou para a família ele passou a ser a amante.

Alice que vinha saltitante da cozinha parou na soleira da porta e rolou os olhos por ver o irmão mais velho em casa antes do previsto.

- Ah não! Eu achei que iria me ver livre de você por mais uns três meses! – disse mal conseguindo esconder a alegria em ver o grandalhão implicante.

- Cala a boca Esquilete* e vem cá entrar na fila do abraço! – ele terminou de cumprimentar Jasper e abriu seus braços, para que a fada se atirasse neles.

Esme que escutava toda a bagunça que suas crianças faziam na sala, suspirou contente por ver sua casa cheia de vida e alegria. Alisando sua barriga, ela desejou que toda essa confusão acabasse logo para que Elizabeth tivesse um lugar definitivamente feliz como aquele.

- Ei crianças, o almoço está na mesa – ela anunciou entrando na sala – Emmett eu espero que você não tenha sujado meu sofá branco com esse corante laranja fedido! – ralhou ao ver o pacote de salgadinhos jogado sobre a sua almofada preferida.

O ursão bem que tentou se defender o caminho todo até a mesa, mas todos a sua volta pareciam querer complicar a sua situação com a Dona Esme. Com um complô formado, todos o acusavam e riam a suas custas quando finalmente se sentaram para almoçar.

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* Esquilete é o nome do trio de esquilos fêmea de Alvin e os Esquilos 2

Aquelas pequenininhas e fofinhas com a voz fininha que cantam single ladies...só pra quem não teve infância (um pouco retardada como eu x)

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Todos estavam reunidos a mesa com um clima leve e descontraído, Esme contemplava orgulhosa sua família toda ali reunida. Mas não podia ignorar uma nuvem de mau pressentimento que repousava sobre seus ombros.

- E ai Emm, que merda que você fez para eles te expulsarem e você voltar tão cedo pra casa? – Perguntou Renesmee já com seu bom humor recuperado.

- Eu não fiz absolutamente nada! O papai ligou pra mim, e bom eu também tive minhas fontes lá dentro da empresa de segurança. Eu não tinha mais nada pra fazer lá, então voltei pra casa. – explicou dando de ombros no fim da frase e enchendo sua boca com um garfo extragrande de macarronada.

- Não fazia sentido algum Emmett continuar em Washington infiltrado na empresa errada, lá não é o lugar onde ele tem que estar. – afirmou Carlisle com um olhar distante

- Hum...vocês não vão nem acreditar! – disse Emmett tentando esvaziar sua boca e não faltar com educação à mesa – um dos caras da empresa que fará a segurança do anel FOI ASSASSINADO! Cara o maluco morreu muito feio!

Emmett que estava todo empolgado por dar a noticia olhou intrigado todos congelarem a mesa. Todos paralisaram, alguns com o garfo ou o copo a caminho da boca, se entre olharam e abaixaram a cabeça tentando esconder uma gargalhada.

- Epa! Pêra ai...vocês tem alguma coisa a ver com isso? – quando viu Carlisle balançar a cabeça positivamente já irrompendo em risos a mente do ursão deu um estalo de entendimento – Quem de vocês matou o otário?

Ele fitou cuidadosamente cada semblante a mesa, captou por um momento uma troca de olhares entre Alice e Renesmee que logo olharam para Bella que não conseguia esconder seu brilho convencido no olhar pelo sucesso da missão.

- BELLINHA EU SOU TEU FÃN! – Emmett saiu de seu lugar e foi até o assento de Bella, arrancando ela da cadeira, a suspendeu no ar abraçando a cunhada – Edward se tu não casar com essa mulher EU CASO!

- Me...solta Emm... – Bella tentou suplicar enquanto tinha suas costelas esmagadas pelo abraço do ursão.

Por fim Bella conseguiu voltar a respirar novamente, e se sentou na cadeira ao lado de Edward, desamassando sua blusa.

- Falando nisso... você já descobriu alguma coisa sobre Garret Parker, Carlisle? – perguntou Renesmee.

Todos voltaram sua atenção para o patriarca dos Cullen. Carlisle suspirou e decidiu contar logo a todos o que descobrira:

- Sim, eu fiz uma pesquisa detalhada sobre Parker. Bom pelo o que me consta, ele é o chefe de um dos maiores cartéis de drogas e armas da America. Garret também faz alguns roubos, mas nada que chame muita atenção para ele. O cara é esperto e discreto. Na verdade ele é ótimo no que faz, talvez só perca para mim e Charlie por falta de experiência e “tempo de casa”.

- O cara é um mafioso! – disse Edward exasperado, ainda digerindo as palavras do pai – Qual será o interesse dele no anel?

- Talvez ele seja o dono – arriscou Jasper, se manifestando pela primeira vez sobre o assunto.

- Não, Não é o dono não! O anel pertence a um barão Frances, um tal de Jacques sei lá das quantas Saunière – disse Emmett.

O grandalhão começou a se arrepender do que tinha dito assim que percebeu que todos o encaravam como se ele tivesse três olhos, e o terceiro tivesse desgrudado uma boca e dito suas ultimas palavras.

Porque não era comum uma pessoa como Emmett demonstrar inteligência, nem sair por ai revelando informações que nem Carlisle tinha.

- O que foi? – perguntou para os olhares abismados a sua volta – eu presto atenção nas coisas às vezes ta!  Escutei um papinho lá no museu, um dos chefes tava comentando sobre a “generosidade” do barão e blá, blá, blá...

- Tudo bem Emmett, mas a questão é: o que Garret tem a ver com esse tal barão? – rebateu Bella.

- Provavelmente eles sejam próximos, você sabe que esses aristocratas são todos uns corruptos e que a grande maioria dos mafiosos deve favores para Deus e o mundo. Talvez seja esse o elo entre os dois. – Edward já podia ver os problemas que essa aliança muito inoportuna os traria.

A mesa perdeu toda a alegria de minutos atrás, todos se pegavam pensando no novo obstáculo e tentando mensurar os possíveis danos.

- Que lindo! Se já estava difícil, agora vai ficar quase impossível resgatar o tio Charlie! – disse Alice mal acreditando na situação em que eles se encontravam.

A reação de Carlisle deixou evidente que as noticias ruins não paravam por ali. Se debruçando sobre a mesa e enterrando a cabeça em suas mãos, um gesto típico de desespero.

- Carlisle querido, tem mais alguma coisa te incomodando? – Esme perguntou com sua voz serena, fazendo o marido se sentir reconfortado instantaneamente. Respirando fundo ele disse:

- Depois da manchete do The New York Times, o FBI se envolveu no caso do Emmery Hotel. É claro que nós não íamos nos preocupar, quantas vezes esses policiais já ficaram no nosso encalço, nos sempre conseguimos nos livrar deles... Mas nunca conseguimos nos livrar de Wolverine*.

- Ele está por dentro das investigações? – Edward perguntou sem acreditar no que ouvira. Carlisle assentiu em resposta a pergunta do filho, imediatamente uma áurea de desespero atingiu a todos.

O apelido do policial que mais esteve perto de prender Carlisle e Charlie não era desconhecido a ninguém. Era impossível não se lembrar do homem que foi o pesadelo deles durante muitos anos.

Wolverine era só um policial determinado naquela época, um oficial que idealizou prender a dupla de ladrões que atormentava a America. Determinado e ambicioso ele se comprometeu a prendê-los e fazê-los pagar por todos os seus crimes.

Hoje em dia ele já tinha se tornado um dos homens da diretoria, tinha nome e prestigio que lhes foram atribuídos por seu trabalho dedicado a Carlisle e Charlie. Mas como Wolverine era uma maquina, ele só pararia quando conseguisse atingir seu objetivo. O evento da ultima sexta feira chamou muito a sua atenção, seguindo sua intuição, sentiu o cheiro familiar de um Cullen e um Swan na historia.

Para ele não havia barreiras dentro do FBI, só um telefonema bastou para ele se tornar o chefe da operação e com isso ter carta branca para ir com sede ao pote, e devorar seu objetivo.

- Não é possível! Esse cara não tira férias, se aposenta...ou MORRE?! – se desesperou Bella. Era difícil acreditar que um fantasma há tempos enterrado pudesse ressurgir justo nesse momento.  

- Tudo bem, eu disse quase impossível? Ok. Apaguem o quase, com essa raposa velha no nosso pé, isso é oficialmente impossível! – se corrigiu Alice

- Nós agora vamos ter que tomar muito cuidado, cada passo, cada pensamento ou estratégia é como pisar em gelo fino. Ele está nos farejando como louco e não vai parar até nos prender. – advertiu Carlisle.   

Renesmee de seu lugar, só conseguia ver uma coisa: Caos.

“O que um italiano egocêntrico, um mafioso, um barão Frances e um agente do FBI têm em comum? Fuder com a nossa vida!” resumiu.

Fazendo um pequeno resumo dos fatos recém despejados sobre eles, ela concluiu que talvez mais nada pudesse dar errado por que não havia mais saída.

- Estamos perdidos! – Renesmee soltou em um fio de voz estrangulado.

- Mano eu sinto dizer...mas a tal teoria do Eddie Murphy tava certa: Se tem alguma coisa que pode dar errado, a infeliz vai dar. No pior momento, da pior maneira e de um jeito que foda com a porra toda! – disse Emmett muito compenetrado achando que citava alguma frase inteligente.

- Isso é a lei de Murphy. Ela não é assim, e o nome dele não era Eddie, ele nem era ator! – o olhando de esguelha, Edward o corrigiu se envergonhando pelo baixo QI do irmão.

- Foi mal... - Emmett coçou a cabeça sem graça - mas faz sentido não faz?

- CALA A BOCA EMMETT! – Renesmee e Bella falaram ao mesmo tempo. Elas dividiram um olhar e puderam ler por um momento suas mentes. Reconheceram nos olhos uma da outra a sua própria angustia, medo e desespero.

No mesmo momento dividiram o mesmo pensamento: “Será que mais alguma coisa poderia dar errado? As coisas podiam piorar?”

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*Wolverine é uma derivação da palavra Wolves, que em inglês significa lobo.

Definitivamente não é nada parecido ou ligado ao desenho X-man, isso é um super espoile!

Fiquem atentos ao nome e ao seu significado.

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[...]

Em algum lugar na Itália...

Crawling – Link Park

http://www.youtube.com/watch?v=Gd9OhYroLN0

"Crawling in my skin
These wounds they will not heal
Fear is how I fall
Confusing what is real"

Preso em um buraco escuro, frio, sujo e fétido se encontrava Charlie Swan. Dentro da escuridão ele já não tinha noção de tempo, dias ou semanas. Tentou buscar na memória há quanto tempo estava ali, mas não conseguiu. Afinal poderiam ser semanas... Ou até meses. 

Deitado no chão frio da cela, Charlie se lembrou da ultima vez que viu a luz do sol. Ele havia sido levado pelos capangas de Aro para uma enfermaria improvisada, aonde cuidariam de seus ferimentos mais graves. Foi no corredor, voltando para sua cela, que ele fitou um fio de luz pela janela suja e embaçada do corredor. 

Uma vaga lembrança o atingiu: Ele, Renée e suas meninas em uma praia em Phoenix, aproveitando o sol.

Ele tinha consciência de que dias como aquele jamais voltariam a acontecer. Ele tinha consciência que suas chances de sair dali vivo eram mínimas.

Charlie rolou no chão com a lembrança da família, o movimento o fez sentir uma fisgada em seu braço esquerdo quase completamente sarado, mas ainda um pouco dolorido pelo tiro. Ele se surpreendeu ao receber cuidados médicos assim que chegou ao seu cativeiro, mas era obvio que ele valia muito mais vivo para Aro do que morto. Cuidaram de seu braço, retiraram a bala e deram-lhe alguns pontos. Sem anestesia é claro, como disse Aro: aquilo não era um spar.

O único incomodo eram suas feridas superficiais, como seu olho roxo permanente, já que sempre que estava se cicatrizando, algum brutamontes que trabalhava para os Volturi, iam lá e o socava novamente fazendo-o inchar de novo. Isso só dificultava ainda mais sua visão já debilitada.

Fraco e abatido ele temia perder a razão naquela situação de extrema solidão. Charlie estava completamente só, abandonado, preso naquela cela imunda. Mas ele não tinha banho de sol, recreação e muito menos visitas. Seria possível manter sua sanidade cativo naquele lugar? Charlie bem que tentava. Ele costumava passar o tempo descascando com as unhas a tintura desgastada das paredes, ocupava sua mente com devaneios, imaginando coisas que poderiam acontecer quando ele finalmente voltasse para casa... se voltasse.

Mas sua mais nova maneira de não enlouquecer foi simples e até inusitada. Já cansado dos outros meios que sempre o levavam ao sono, ele resolvera fazer amizade. Com quem?

Dois ratos de bueiro.

Os seguranças não seriam simpáticos e sociáveis nem que fossem pagos para isso, vendo seu instinto social ser dragado pela escuridão ao seu redor ele decidiu dar um passo a caminho da loucura. Afinal, de louco todos tem um pouco. Para Charlie era bastante aceitável seu método já que existiam pessoas “livres” que conversavam com cachorros, gatos e até plantas.

- Sabe Tico, a primeira coisa que vou fazer quando sair daqui é comer a macarronada da minha Bella. É uma delicia! – papeou com o rato cinzento que estava no canto da cela roendo um pedaço de osso que havia desenterrado do chão recentemente. O bicho não o escutava, e nem o compreendia, Charlie sabia disso, mas não se importava de dar nomes aos roedores, que por sinal se chamavam Tico e Teco.

- Calma Teco eu guardo um pouco de molho pra você sim garoto! – esforçou um sorriso para a escuridão.

Um barulho desconhecido na escuridão assustou Charlie, o som da portinha de metal enferrujada da parede sempre o pegava de surpresa.

A portinha de 30 cm colocada na parede era o único meio de Charlie receber suas “refeições”. No momento em que a deslizaram um pouco de luz artificial do corredor atingiu seus olhos sensíveis a claridade. Estreitando os olhos Charlie viu algo a mais do que seu prato ser deslizado para dentro da cela.

- Vai em frente Tico! Pode comer essa lavagem que eles chamam de comida, eu prefiro esperar a macarronada da minha filha! – disse assim que a portinha foi fechada novamente o deixando completamente na escuridão.

Para contradizer o que acabara de dizer sua barriga se revirou, o som de seu estomago faminto ecoou nas paredes frias da cela. Desistindo de seu sonho com a macarronada da filha mais velha, Charlie foi em direção a sua lavagem do dia.

Rastejando na escuridão ele encontrou a bandeja com o prato, mais inesperadamente havia muito mais do que o de costume ali. Usando o tato Charlie descobriu um fósforo, uma vela e um papel ao lado de sua comida.

Desesperado e desajeitado, Charlie riscou o fósforo no chão acendeu a vela apressadamente e encarou um recorte do The New York Times.

- O que? O viado do Aro agora quer me manter por dentro das noticias é? – resmungou sem entender o gesto “generoso” de seu seqüestrador. Algo na mente de Charlie o avisou do perigo, afinal o que seria tão importante para que Aro o providenciasse velas?

Forçando sua vista ao máximo ele leu a manchete, logo sentiu um aperto da garganta, um frio percorreu sua espinha e ele soube o porquê de seu seqüestrador o ter proporcionado aquilo.

Charlie se recostou na parede, batendo sua cabeça contra ela. Não era possível o que ele estava lendo, só podia ser ilusão, uma peça pregada por sua mente já em combustão.

Suas meninas não poderiam ter se tornado como ele!

Os soluços já subiam por sua garganta quando ele terminou de ler a matéria, analisando a foto ele contemplou os cachos cor de bronze de Renesmee. Ele reconheceria aquele cabelo até no inferno, ela era sua caçula. Não tinha como ser um devaneio de sua cabeça em parafusos.

Ele chorou. Pela primeira vez em incontáveis dias de cárcere, ele se permitiu quebrar e chorar. Mas não por desespero de nunca sair dali, ou por solidão. Charlie chorava por ver estampado a sua frente o que ele e Renée sempre quiseram evitar: Que suas filhas se envolvessem no mundo que ele viveu, e que lutou para sair.

Roubos geniais, crimes perfeitos, adrenalina e ação não era um bom lugar para se construir e manter uma família. Tudo era arriscado demais, o preço não valia a pena ser pago.

Foi por isso que Charlie desistira de tudo para cuidar de sua família, educar suas filhas e proteger sua casa para que elas nunca precisassem se envolver com toda aquela sujeira. Sim tudo naquele mundo do crime era sujo e sempre cheirava a traição, uma ótima prova disso era o que Aro estava fazendo com ele.

Conhecidos de anos ele foi capaz de aprisioná-lo, chantagear sua família e agora estava tornando suas filhas criminosas, assassinas e procuradas pela policia. Esse nunca foi o futuro sonhado por ele e Renée. 

Com as costas das mãos Charlie enxugou suas lagrimas que não paravam de cair sobre seu rosto maltratado. Sentiu algo crescendo dentro dele, um desejo: ele sairia dali mais forte, e o mais rápido possível. Iria acabar logo com tudo aquilo, e principalmente iria acabar logo com quem começou tudo aquilo. Aro Volturi.

[...]

 

Ao anoitecer Bella e Renesmee voltaram para casa, como de costume a mais velha preparou o jantar e a mais nova cuidou da louça. O clima era leve e descontraído, assuntos mais delicados estavam proibidos aquela noite afinal o dia das irmãs Swan não foi nada fácil. Em uma oscilação de mau humor e noticias ruins era quase que obrigatório que a poeira abaixasse, mesmo que só por um momento. 

- Eu sonhei com o papai essa noite – disse Bella secando um dos últimos pratos da pilha enquanto Renesmee cuidava de enxaguar os copos.

- Como foi o sonho? – Renesmee terminou com os copos e passou para os talheres.

- Ele me levava até o altar, no dia do meu casamento. Quando nos chegamos até ao altar ele não queria me soltar de jeito nenhum e começou a ameaçar Edward, que tinha uma carinha assustada! – Bella começou a rir da lembrança da cara do namorado – Papai começou a dizer coisas como: se você maltratar minha filha eu corto seus braços, se você magoá-la eu corto suas pernas e se você a trair eu juro moleque, juro que corto seu pau fora!

Bella fez questão de imitar o tom de voz do pai, citando cada palavra do sonho que a fez acordar às três da manhã gargalhando.

- OMEUDEUS! – Renesmee começou a rir ainda enxaguando os últimos garfos da pilha – isso é a cara do papai!

- Eu sei! Foi tão real... – Bella se recostou no balcão e deixou seus olhos caírem, o seu sorriso foi morrendo aos poucos ao sentir algo a cutucando bem fundo em seu peito – eu fico me perguntando se vamos conseguir tira-lo dessa, se ele vai ficar bem, se vai presenciar esse dia.

Vendo a irmã mais velha respirar fundo, Renesmee parou o que estava fazendo e se virou para ver uma lagrima se formando nos olhos de Bella. A saudade e a insegurança eram sentimentos compartilhados entre as duas e a cada dia mais, com todas as “boas noticias” chegando, iam só aumentando.

- Você se deu conta de que hoje fez um mês que ele sumiu? – Renesmee perguntou sentindo algo prestes a rasgar sua garganta. Bella assentiu positivamente, o movimento fez com que uma lagrima finalmente escorresse de seus cílios, onde estava presa todo esse tempo, e corresse por seu rosto. Ao sentir as emoções subindo por seu peito e apertando sua garganta ela tentou empurrá-las o mais de pressa possível para que a irmã mais nova não visse.

- Hey! O que nós combinamos? Assunto proibido moçinha! – disse com a voz um pouco embargada mais a disfarçando com um humor inexistente em seus olhos. Com o pano de prato, que estava em suas mãos, ela chicoteou a irmã em repreensão, o que fez Renesmee rir e reclamar:

- Ai! – resmungou esfregando o braço teatralmente – vamos precisar de uma daquelas campainhas do tipo: AREA RESTRITA – ela usou sua melhor voz nasalada, no seu melhor estilo alarme de segurança, com direito a sonoplastia do que deveria ser uma sirene.

Com a péssima imitação de Renesmee, e com o sucesso em demovê-las daquele assunto doloroso e amargo, elas riram espontâneas uma da outra. Renesmee voltou a enxaguar o resto da louça, aproveitando o movimento ela jogou um pouco de água na irmã que a atingiu de volta com o pano de prato, começando assim “mais uma lutinha ridícula” como diria Emmett.

As duas demorarão um pouco mais do que o tempo necessário para terminarem com a louça. Mas depois de tudo finalmente limpo e seco, Bella se dirigiu a área de serviço para colocar algumas roupas pra lavar e Renesmee a acompanhou.

Renesmee se acomodou de pernas cruzadas, no típico jeitinho chinês, em cima da secadora enquanto Bella mergulhava no cesto de roupas. Vendo a irmã mais nova com um semblante tranqüilo e relaxado de sempre, Bella se lembrou do seu mau humor pela manhã e decidiu questioná-la.

- Hum... porque a senhora estava com o burro amarrado hoje pela manhã? - Perguntou se enfiando ainda mais dentro do cesto.

- Fácil. Culpe o seu novo amiguinho, Black. – respondeu ainda mantendo o humor. Mas como Renesmee jamais poderia deixar de se sentir desconfortável ao pronunciar o nome de seu parceiro, ela encostou sua cabeça a parede buscando apoio.

- E o que meu amiguinho fez? – Bella não se esforçou em esconder seu sorriso debochado, instigando a irmã mais nova enquanto colocava uma pilha de roupas na lavadora.

- Ele simplesmente me fez passar por um papelão na aula de biologia hoje, alem de me irritar como sempre.

- Ai Nessie... – Bella sacudiu a cabeça afastando um pensamento, se corrigindo mentalmente disse - eu só queria entender o porquê de tanta implicância sua com ele.

Ao ouvir as palavras “aula de biologia” Bella foi arremessada para uma ótima lembrança. Uma histórica aula de biologia com Edward povoou seus pensamentos a fazendo suspirar.

- Bella, o que você sentiria por uma pessoa que te irrita, te tira completamente do serio, é totalmente o seu oposto, discorda em tudo e faz freqüentes insinuações? Hum? – instigou a resposta da irmã que só fazia sorrir para ela – implicância. Desafeto. Ódio... e por ai vai.

Eu sinto outras coisas...” pensou Bella, suspirando internamente e discordando completamente da irmã mais nova. 

- Bom ti tirar do serio não é uma coisa muito difícil, já que você não tem um pingo de autocontrole. – apontou Bella voltando ao cesto que para seu azar era grande e parecia um buraco negro com tantas roupas sujas.

- E ele não tem um pingo de vergonha na cara, nem instinto de preservação! – rebateu. Renesmee começou a balançar freneticamente sua perna, um tique nervoso que mostrava a Bella a gravidade da situação – Jacob é definitivamente insano, e ainda insiste com aquelas insinuações idiotas...eu juro Bells, um dia ainda mato aquele babaca. – ela gesticulou com as mãos, como se o enforcasse.

Sentada no chão da área de serviço e separando as roupas por cor, Bella sorria da aparente irritação de Renesmee por Jacob.

- Que tipo de insinuações ele faz? – perguntou mal conseguindo esconder sua sobrancelha erguida motivando, desafiando e instigando Renesmee.

- Insinuações são insinuações! – revirou os olhos voltando à superfície com a mesma carranca de hoje de manhã. Encarando Bella que tinha uma expressão de explique-se escrita na testa ela continuou - Tipo...dar em cima de mim na cara de pau, pra ver se eu caio na dele só pra me somar a lista! Entende?

- Jacob não me parece o tipo de garoto que some alguém a lista, talvez ele realmente esteja interessado. – Bella deu de ombros recebendo na hora um olhar cortante da irmã.

- Você não parece o tipo de garota que matou quatro caras na ultima sexta feira – revidou encarando Bella que a fitou em reprovação.

- Como eu disse, talvez ele esteja interessado de verdade em você. – insistiu Bella

- E como eu já disse, ELE TEM NAMORADA. Não pode e não deve estar interessado de verdade. – as duas se encararam por um momento, Renesmee leu na testa de Bella seus próximos argumentos e interrompeu apressadamente – Nem pense em dizer isso! Eu vou fingir que não te escuto ok.

- Eu só ia dizer que ela não é um problema – Bella se levantou do chão com uma pilha de roupas em baixo do braço, colocando-as na maquina e pedindo a Deus que essas fossem realmente as ultimas do cesto. – Tem mais alguma roupa suja pela casa? – perguntou a irmã.

- Não que eu me lembre – deu de ombros – Espera! Lava logo esse Jean aqui. – disse Renesmee se colocando de pé e tirando a calça jeans que vestia, entregou a Bella antes que ela fechasse e iniciasse a maquina. Agora só de calçinha e blusa regata. O tempo em Forks podia não ser dos melhores, mas Renesmee nunca poderia trair suas raízes e dispensar uma regata, a peça que ela mais adorava e usava em Phoenix.

Bella pegou a calça da irmã e colocou na maquina finalmente a fechando e iniciando a lavagem. Como tudo que é bom, dura pouco, Bella logo se lembrou que suas tarefas na área de serviço ainda não estavam terminadas. De ombros arriados, Bella foi para o outro lado da área de serviço tirar e dobrar as roupas secas que estavam no varal.

- Eu queria mesmo é que ele parasse de me enlouquecer – soltou Renesmee em um suspiro quando voltou a se sentar em cima da secadora. 

- Suas reações explosivas só deixam o jogo mais interessante pra ele – apontou Bella

- Acha que isso é um jogo? – Bella acenou positivamente com uma cara de: “Hello isso é obvio! Como se esta idéia ainda não tivesse passado pela sua cabeça” – Tudo bem, você tem razão Bells, ele está brincando comigo.

- Eu sempre tenho razão! – Bella deu um sorriso convencido ainda dobrando uma pilha de roupas – Agora você escolhe se vai continuar sendo afetada por ele ou vai revidar. Afinal a melhor defesa...

- É o ataque – Renesmee completou a frase já sabendo aonde Bella queria chegar.

A idéia de contra atacar as investidas de Black foi se acomodando em sua mente, e sendo aceita aos poucos. Renesmee se lembrou da única vez que decidiu jogar no mesmo nível de seu parceiro, foi no quarto dele, quando ela decidiu o provocar de volta. Por sorte ela conseguiu dizer algo que o atingiu e sentiu o gosto delicioso da revanche em sua boca.

“Você também sentiu o gosto delicioso dos lábios dele” seu lado traidor se manifestou em sua mente.

- Se você não quer continuar sendo vulnerável as investidas dele, mostre que você também sabe jogar. Devolva na mesma moeda, mas tenha cuidado pra se manter em uma distancia segura...se você não quiser ficar presa ao jogo – Bella lhe deu um sorriso cheio de significados, o que fez Renesmee decorar a parte do MANTER UMA DISTANCIA SEGURA gravada em sua mente.

- Até que pra uma péssima irmã mais velha você da bons conselhos – brincou Renesmee.

- Eu sou ótima! Nasci pra ser sua irmã mais velha, nasci pra cuidar de você! E a propósito, nasci para detectar quando há alguma falha... – Bella foi deixando aos poucos a expressão um pouco mais seria – Esse seu lance com o Black, anda me cheirando alguma coisa...

- Cheira a homicídio – atirou Renesmee voltando com a sombra do seu mal humor. Mentalmente ela resolveu voltar a três minutos atrás quando disse que não iria escutar o que Bella dissesse. Ela iria filtrar apenas o que lhe era saudável e conveniente.

- Olha, eu só acho que já esta mais do que na hora de você encontrar alguém sabe. E o Jacob me parece uma boa pessoa.

- Eu vou filtrar apenas o que é aproveitável de tudo o que você disse ok?! – disse Renesmee levantando um pouco o seu nariz – Tudo tem seu tempo, e eu ainda não encontrei a pessoa certa.

Como havia dito e prometido a si mesma ela iria só escutar e responder o que era saudável ignorando assim a parte em que Jacob foi mencionado.

- Nessie você vive rodeada de pessoas, tem certeza que NENHUMA delas é a certa? Por favor, você nem ao menos tenta olhar ao redor! – Bella bufou irritada pela teimosia de Renesmee que sempre as levavam aquele tópico. Ela não era fácil, na verdade Renesmee Carlie Swan era a pessoa mais restrita e limitada no mundo em questões de relacionamento com o sexo oposto.

- Eu já olhei e quer saber? Nenhum deles faz o meu tipo!

- Tudo bem nós não precisamos falar de alguém com quem você ira se casar! Não precisa ser tão exigente. E quanto a diversão? – tentou Bella, buscando em sua mente alguns argumentos para desencalhar a irmã mais nova. O único problema é que Renesmee era uma mula feliz estando empacada. Não fazia esforço nenhum para sair dali.

- Não acho nenhum desses idiotas de Forks divertidos – disse com um tom entediado mexendo no cabelo como se não ligasse.

- Sabe o que eu acho que seria bom? – Bella encarou a irmã que lhe erguia uma sobrancelha duvidosa – Você dar uma chance para o seu parceiro conhecê-lo melhor. Ele até agora foi o cara mais decente que já vi aqui por Forks, acho que você realmente precisa disso.

Renesmee ativou seu filtro mental e fez questão de responder a Bella somente o que não envolvia mencionar o nome de seu parceiro.

- Sabe o que eu acho que seria realmente bom? Irmãs mais velhas terem uma mordaça especial para palpites nos relacionamentos das irmãs mais novas. – disse com sua melhor cara de deboche – E você até que tem razão em um ponto: Eu preciso de algo.

Bella cerrou os olhos com a resposta de Renesmee, era tão irritante quando ela agia daquele jeito tão malditamente parecido com o dela!

- Sim! Você precisa beijar na boca! – viu a irmã se levantar da secadora e ir em direção a cozinha novamente – e mais especificamente, VOCÊ PRECISA DE UM NAMORADO! – gritou por cima de seus ombros para ser ouvida no outro cômodo.

- Não! Eu preciso de açúcar – Renesmee procurou pelo pote de guloseimas na cozinha, tirando um pirulito de dentro, voltou à área de serviços – só com bastante insulina no sangue eu consigo te aturar!

As duas riram enquanto Renesmee colocava o pirulito na boca e o sugava com vontade, como se pudesse dragar todo o açúcar de uma só vez.

- Tudo bem, eu desisto de ti aconselhar porque quero o seu melhor como irmã mais velha! – disse Bella fazendo um gesto de quem lava a suas mãos – fique à vontade para esperar a pessoa certa aparecer.

- Obrigada! Eu vou ficar aqui sentadinha esperando o cara certo chegar.

- Isso mesmo, por mais que você não vá a luta, não corra a traz o príncipe encantado com certeza irá bater na sua porta um dia! – Bella terminou de dobrar as roupas e as colocou em uma pilha embaixo de seu braço direito.

- E eu estarei esperando! – Renesmee lhe deu um sorriso amarelo retribuindo o tom de ironia.

Bella foi andando com as roupas dobradas pelo cômodo, checando se não estava esquecendo nada antes de levar as roupas para o andar de cima e começar a passá-las.

- Mas cuidado, as únicas pessoas que podem bater na sua porta um dia são o entregador de pizzas e algum testemunha de Jeová! – Bella sorriu sobre os ombros em quanto ia em direção as escadas, sendo seguida pela irmã mais nova.

-Rá! Engraçadinha! – Renesmee cerrou os olhos para Bella que subia as escadas. Ela iria acompanhar a irmã até o andar de cima, iria ajudá-la com o resto das tarefas, mas algo a interrompeu.

O som inesperado da campainha soou fazendo Bella congelar seus movimentos no meio da escada. As duas trocaram um olhar se perguntando quem seria, já que nenhuma delas estava esperando por alguém. Afinal Edward tinha as chaves, e fora ele ninguém bateria a porta aquela hora da noite.

Como se uma lâmpada acendesse no cérebro da irmã mais velha, Renesmee viu o rosto de Bella se iluminar der repente. 

- Alice comentou que viria pegar um vestido emprestado! – Bella se lembrou do comentário da cunhada de mais cedo, a fada provavelmente iria a uma festa com Jasper e estava atrás de algo especial. - Ou deve ser só o seu príncipe encantado.

Bella deu de ombros e continuou a subir as escadas em direção ao segundo andar. Renesmee bufou ao pé da escada, balançou a cabeça e com um suspiro resignado se dirigiu a porta.

- Príncipe encantado... – resmungou abrindo a porta.

Girando a maçaneta, Renesmee abriu a porta da entrada da casa dos Swan. Ao contrario do que imaginou, não encontrou a fada delicada e de pele clara. Renesmee encarou uma silhueta muito diferente.

Na soleira de sua porta Nessie encarou o perfil de uma pessoa duas vezes mais alta que Alice. Com o triplo da massa muscular da fada e de pele um pouco mais morena.

Ele estava meio de lado, uma posição que a fez imaginar se ele já estava prestes a desistir depois de ter tocando a campainha. Renesmee se amaldiçoou por ter atendido a porta tão rápido. Afinal ele não deveria estar ali, deveria ter desistido. Porque em nenhum lugar na mente de Renesmee se encaixava o fato de Jacob Black estar parado a sua frente.

Jacob se virou com um sorriso brilhante para encarar sua parceira, mas seu sorriso genuíno foi se transformando aos poucos em um sorriso repleto de malicia ao analisar bem Renesmee.

Renesmee não abriu metade da porta como de costume, ela praticamente escancarou a porta pensando que fosse Alice. Assim não havia nenhuma parte de seu corpo escondido atrás da porta. Ela estava totalmente exposta, com uma cara de surpresa só de regata, calçinha e um pirulito na boca.

A visão era completamente alucinante para Jacob, ele fez questão de contemplar bem a imagem a sua frente, guardá-la na memória. Descarado ele mediu cada centímetro da pele exposta de Renesmee com luxuria transbordando em seus olhos.

Ela não teve tempo de assimilar seus trajes, ou falta deles, com a cara e o sorriso safado de Jacob. Em uma simples reação ao seu parceiro, em um impulso natural ela cerrou os olhos para ele e sem pensar duas vezes agarrou a porta para batê-la na cara dele.

Renesmee não contava com a aparição de Jacob aquela noite, muito menos com o seu reflexo rápido. A porta não fechou totalmente, emperrou quando faltava ainda uma brecha de mais ou menos um palmo. De cabeça baixa não foi difícil ver o que a impediu de bater com a porta na cara de Black. O pé dele estava o meio do caminho.

Depositando toda a sua força e fúria, Renesmee puxou a porta novamente a abrindo, e com toda a sua ira ela tentou fechá-la novamente. Mas mais uma vez o pé de Jacob a impediu.

- Boa noite – ele a saudou não disfarçando seu sorriso cheio de significados.

- Péssima! – serrando os dentes e o olhando intensamente ela gruiu - Tira o pé e cai fora!

- Eu vim fazer nosso trabalho de historia – ele disse simplesmente ignorando a recepção calorosa de sua parceira – vai me deixar aqui na chuva?

Jacob apontou para a chuva que caia no céu. Não era nenhuma novidade o fato de estar chovendo em Forks. Era tão rotineiro que Renesmee nem tinha se dado conta que o céu caia do lado de fora de sua casa.

Renesmee não o respondeu, apenas tentou fechar a porta mais uma vez sem sucesso. Bufando cerrou os olhos e o encarou. Durante algum tempo os dois se olharam fixamente, e Renesmee viu que ele não desistiria.

Encarando os olhos escuros do parceiro, viu que eles se desviavam, inconscientemente e percorriam seu corpo.

Olhando para si mesma Renesmee quis cavar um buraco e se enterrar ali mesmo. Mas antes que ela entrasse para pegar a pá e começar a cavar um pensamento a atingiu. Lembranças da conversa que teve com Bella há pouco tempo vieram a sua mente.

O olhar dele denunciava que o jogo havia começado, e ela se propôs a jogar também. Alguém ai quer começar as apostas?

Tomando fôlego e coragem ela decidiu responder a pergunta feita por ele, que a muito o próprio Jacob já havia se esquecido de ter feito.

- Quem precisa de um abrigo ou guarda chuva, quando já se esta de barraca armada? – dissimulou uma cara de inocente e chupou seu pirulito vendo instantaneamente a reação do corpo de Jacob ao seu simples gesto.

Algo cresceu dentro dela, uma confiança e uma sensação eletrizante de domínio. Era como se ela estivesse no controle, como se ela com apenas palavras o dominasse, dominasse as reações de seu corpo.

Isso só a fez gostar mais ainda do jogo.

- Mas nada se compara a sensação de ser abrigado, aconchegado com carinho – Jacob respondeu sem pensar.

Segundos depois seu fio de consciência o chutou por estar sendo um safado descarado, mas ele não podia evitar. Suas reações, pensamentos, impulsos tudo naquele momento estava girando ao entorno daquela pequena ninfeta, saída diretamente de seus sonhos mais férteis, parada a soleira da porta.

- Você não vai embora mesmo não é? – Renesmee perguntou em um suspiro derrotado

- Não. “não com você parada bem na minha frente só de calçinha, com esse pirulito e essa cara de safada... eu podia substituir esse pirulito por outra coisa gatinha... Argh! Eu bati na porta que vai direto pro inferno só pode!” pensou Jacob já se diagnosticando um maníaco doente com o rumo de seus pensamentos.

Ela fez um bico de desagrado e acenou pra que ele entrasse. Muitas pessoas ao entrarem pela primeira vez em algum lugar olham tudo ao seu redor, algumas até memorizam e são atentas a tudo. Mas Jacob Black foi uma regra a exceção, ao invés de contemplar a residência muito bem decorada por Renée e preservada até hoje em ótimo estado por Bella, ele não desgrudou os olhos em momento nenhum da menina de regata e calçinha perto da porta.

- Fique à vontade, eu vou subir pra pegar os materiais... já volto – Renesmee se deu por vencida e subiu as escadas, mas não sem antes fazer um charminho durante o percurso.

Ela não iria conseguir expulsa-lo de sua casa, não iria conseguir demove-lo da idéia de fazer o trabalho então ela só tinha uma coisa a fazer: se juntar a ele, garantir uma boa nota e se divertir durante a noite...as custas dele é claro.

Jacob não pensou duas vezes antes de se acomodar no sofá da frente, que tinha uma visão para a escada, e acompanhar com o olhar sua parceira subir os degraus rumo ao segundo andar. Ele já tinha passado pela porta que dava para o inferno, já tinha sido até recepcionado por uma das demônias então ele só tinha uma coisa a fazer: queimar sua boa educação e cavalheirismo, e apreciar a visão.

Apreciar a visão era especificamente comer Renesmee com os olhos. Queimando cada parte do corpo dela com o olhar, decorando cada parte de sua pele. Fitando toda a extensão de suas pernas e parando em seu bumbum, mas especificamente na calçinha que ele levaria na memória para o resto da vida.

A peça intima em questão não era nem muito pequena e vulgar, nem muito grande e broxante. A infeliz era do tamanho certo para fazê-lo perder a linha e o autocontrole.

Depois de deixar seu parceiro no andar de baixo, Renesmee fez questão de tirar a mascara de tranqüilidade e se permitiu bufar de raiva enfrente ao espelho enquanto colocava um short. Ela não podia acreditar que ele, justo ele a tinha visto daquele jeito. Renesmee se odiava ainda mais por inconscientemente atender ao pedido de Jacob feito da ultima terça feira: recepcionar-lhe de um jeito tão único quanto o que ele a recebeu em sua casa.

Ela brigou, discutiu com ele na ocasião. Prometeu a si mesma que aquilo jamais aconteceria, ela jamais iria fazer uma cena daquelas para ele. Mas de alguma forma ela parou, não enrolada em uma toalha, mas de calçinha na porta para recebê-lo.

Para uma pessoa orgulhosa isso seria um grande motivo para um ataque. Mais para uma Swan isso era motivo para um homicídio. E de preferência do culpado pela situação.

Renesmee colocou o short, terminou de apanhar seu material e o notebook para fazer a pesquisa e marchou pelo corredor até o quarto de Bella, mas ela não a encontrou lá.

Ainda andando furiosa Renesmee viu uma brecha da porta do quarto de seu pai aberta, logo deduziu que a irmã estivesse lá. Forçando um pouco de calma, ela abriu a porta receosa. Avistou Bella ajoelhada em frente ao closet do pai procurando algo entre as roupas e pertences de Charlie.

- O que está fazendo? – perguntou calma, mas mesmo assim sua voz inesperada fez Bella dar um pulo de susto.

- Nada! Só estou procurando alguma coisa suja, alguma coisa fora do lugar...

- Tudo bem já entendi! – ela a cortou já sabendo aonde aquilo iria dar. Bella tinha uma mania de limpeza e organização que quando atacava não sobrava pedra sobre pedra, ou melhor, nenhuma poeira sobre a pedra.

E hoje Bella tinha acordado com aquele espírito pela manhã. Já tinha organizado a casa toda, ao menos era o que Renesmee tinha pensado... Parece que a irmã mais velha achou mais alguma coisa para arrumar, mesmo já estando arrumada, ou sem uso. Porque não havia motivos para arrumar o quarto do pai, afinal ele estava inabitado. Era só um espaço vazio, esperando o dono retornar, se é que ele iria retornar.

- Alice já pegou o vestido? – Bella perguntou se enfiando novamente dentro do armário e atirando algumas peças de dentro, peças que ela julgava estarem sujas.

- Não era Alice. Adivinha só quem está lá em baixo? – Nessie cruzou os braços esperando a resposta da irmã.

- Hãm... quem? – Bella deu uma pausa da arrumação e encarou a irmã mais nova na soleira da porta.

- Seu convidado. – vendo a expressão ainda confusa de Bella, Renesmee continuou – alto moreno e irritante, ou melhor, você diz que ele é gente boa. Ele está lá sentado no nosso sofá tão animado pra fazer o dever de casa! – ela não conseguiu evitar que o sarcasmo e o duplo sentido escapassem de sua boca. Não era culpa dela, ele realmente estava animado, bem animado, diga-se de passagem.

- Jacob! Ele veio mesmo? – Bella riu da expressão de Renesmee – quando acabar aqui eu desço para falar com o meu convidado. Agora vai fazer sala pra ele por mim! – disse rindo abertamente do olhar fulminante que a irmã lhe apontava.

- Você. Me. Paga. – Renesmee se virou, respirou fundo e desceu para o primeiro andar, disposta a enfrentar seu parceiro, torcendo pra que ele já tivesse perdido todo o animo.  

Descendo as escadas, Renesmee tentou olhá-lo e esse foi o seu erro. Lá estava o seu parceiro sentado no sofá com os olhos grudados nela como imãs, acompanhando-a em todos os movimentos enquanto descia. Ela sentiu sua pele se arrepiar e esquentar com o olhar vidrado de Jacob.

Nessie anotou em sua mente para se questionar depois: o que acontecia entre eles? Por que toda essa eletricidade, olhares quentes e farpas?

Mas uma coisa ela não precisava se perguntar, afinal ela não era mais nenhuma criançinha inocente. Renesmee sabia quando havia interesse, e ela já se deu conta que entre ela e seu parceiro há uma nuvem densa de interesse e de uma forma quase palpável existe uma tensão sexual grande.

O único problema, a pequena Swan não sabe, quando estão muito densas e sobrecarregadas as nuvens costumam se derramar. O que significa que a qualquer momento pode cair um temporal entre eles dois.

Se aproximando ainda mais do olhar incandescente de Jacob, Renesmee se recriminou mentalmente, por que tudo o que ela precisava agora era corar na frente dele, ah sim tudo o que ela realmente precisava!

Mantendo sua mascara de indiferença, Renesmee jogou os matérias em cima da mesinha a frente do sofá onde Jacob estava sentado, abriu e ligou o notebook.

- Eu pesquiso e você copia – mandou apanhando umas almofadas e colocando no chão, logo em seguida se sentando sobre elas. Jacob a imitou e se posicionou ao seu lado.

Em um momento de fraqueza, Renesmee inspirou o perfume de Jacob. O cheio amadeirado e delicioso inundou sua mente, e sem sua permissão o cheiro já estava gravado lá. Ela nunca mais se livraria da memória olfativa de seu parceiro irritante.

Um lado de Nessie adorou e se derreteu pelo aroma único que a fez sentir inerte por segundos. Porem o outro lado achou muito ridícula a sua reação e fez questão de espantar aqueles pensamentos, fazendo Renesmee endireitar a postura e começar a pesquisa, lutando contra o desejo de esticar o pescoço, que estava a centímetros de distancia do rosto de Jacob, e inalar muito mais daquele perfume.

E como se fosse de propósito, só para dificultar ainda mais seu raciocínio, Jacob lhe deu um sorriso irresistível que prendeu seu olhar nele.

Jacob sorria pelo jeito mandão e prepotente de Renesmee, ele adorava quando ela fazia aquela cara de quem sabe de tudo e dava ordens. Ele se espantou quando ela fixou seu olhar no dele o encarando, mas não com prepotência ou sarcasmo, tinha algo que ele não conseguia decifrar vidrado em seus olhos.

Sem se darem conta os dois permaneceram daquele jeito por muito tempo. Sentados um ao lado do outro, com seus corpos bem próximos se encarando. Seus olhos se desviavam fitando os lábios um do outro vez ou outra, em um pedido mudo de permissão para fazerem o que sua vontade a tanto os consumia.

           

Os dois podiam brigar um com o outro, implicar e discutir, mas não tinha como negar que depois do quase beijo algo só cresceu dentro deles, mesmo que a implicância tenha sido dobrada, o desejo de consumarem o quase beijo também havia dobrado.

Jacob era sempre o lado mais fraco, seus sentimentos por Nessie o deixavam vulnerável. Cedendo aos seus desejos e vontades ele começou e diminuir a distancia entre os dois. Sua mão deslizou inconscientemente ao seu lado, como se tivesse vida própria pousou na parte baixa das costas de sua parceira. Fazendo mais uma vez a distancia diminuir.

Seu toque a fez estremecer e se inclinar mais ainda em sua direção.

Abandonando toda a resistência e pensamentos racionais, Renesmee decidiu se entregar ao momento. Com seu rosto a milímetros de distancia do dele, ela inalou mais uma vez seu perfume se perdendo ainda mais na vontade de beijá-lo. Como se pudesse ler sua mente Jacob colou sua testa a dela fazendo com que fosse impossível evitar.

Achando tudo torturante demais Renesmee se preparava para acabar com a hesitação de Jacob quando ouviu pela segunda vez naquela noite o barulho da companhia.

Despertando, mais uma vez do transe em que ela sempre se encontrava quando estava tão próxima de Jacob, Renesmee deu um pulo para trás e se pôs de pé apressadamente indo em direção a porta.

Tentando normalizar sua respiração, que ela nem sabia que estava acelerada, Renesmee abriu a porta com um semblante que ela esperava não ser de quem estava prestes a beijar o parceiro com quem tanto implicava, para dar de cara com uma fadinha encharcada.

- Eu realmente preciso do vestido da sua irmã! – disse Alice já passando por Renesmee e entrando/invadindo a casa – eu tive que correr do carro até aqui, só espero não pegar um resfriado.

- Boa noite pra você também Alie – Renesmee a cumprimentou já fechando a porta atrás de si.

Alice estava prestes a subir correndo as escadas, com seus cabelos pingando no assoalho, mas parou fitando a pessoa sentada no meio da sala.

   

- Boa noite Jacob – a fada soltou em uma fala arrastada junto com um sorriso brilhante. Ao contrario de quando você cumprimenta alguém, Alice não olhou para o moreno sentado no chão da sala, enquanto ela falava olhava por sobre os ombros para uma Renesmee com cara de poucos amigos ainda ao lado da porta.

Renesmee revirou os olhos para a fada que subiu correndo as escadas rumo ao segundo andar. Tomando fôlego e colocando sua melhor mascara de “não aconteceu nada aqui” ela voltou para a sala para se sentar novamente ao lado de Jacob.

Enquanto Renesmee caminhava até ele, Jacob fez uma careta com se reprovasse algo enquanto, mais uma vez, ele fitava suas pernas. Isso já estava se tornando um costume aquela noite não?

- O que? – perguntou sentando-se novamente ao seu lado, e fazendo questão de colocar certa distancia entre eles.

- Não gostei muito do short – Jacob disse dando um sorriso matreiro – prefiro você sem ele.

- E eu prefiro você de boca fechada, fazendo o trabalho – revidou ligando o notebook, começando a fazer o trabalho. Como uma promessa a si mesma, Renesmee se propôs a realmente fazer o trabalho, se dedicar, ocupar totalmente sua mente com ele. Se ela desse muito espaço pra sua mente talvez ela se inebriasse mais uma vez com o perfume de Jacob e teria outra recaída.

O lembrete ainda piscava como neon em sua mente: MANTENHA UMA DISTANCIA SEGURA 

No segundo andar, ainda organizando o quarto do pai, Bella continuava a arrumação. Ela já tinha trocado as cortinas, trocado a roupa de cama e agora organizava o armário.

Minutos atrás quando sua irmã mais nova entrou no quarto a surpreendendo ela sem querer derrubou uma pilha de roupas. Agora dobrando todas, Bella tentava colocar tudo no lugar.

Colocando um suéter azul de volta a pilha, Bella notou algo estranho. Próximo as gavetas internas do armário havia uma caixa.

Bella não pensou duas vezes antes de apanhar a caixa, curiosa como era, abriu e descobriu algumas relíquias, na verdade memórias de quase toda uma vida de Charlie.

Dentro da caixa Bella achou fotos antigas, de quando era criança, junto com Renesmee. Achou pétalas de uma rosa dentro de uma carta que uma vez Charlie dera a esposa. Bella quase deixou uma lagrima que beirava seus cílios, escapar quando viu que dentro da caixa havia o convite de casamento de seus pais. O papel estava um pouco desgastado e amarelado por causa do tempo, mas estava em bom estado.

Atrás do convite Bella achou uma foto, mas para sua surpresa, não reconheceu ninguém na figura. Para ela era apenas uma mulher desconhecida com um menino no colo.

Intrigada, Bella virou para ver atrás da foto. Como ela esperava alguém havia escrito no papel já envelhecido. Mas Bella não esperava ler o que estava escrito.

Franzindo o cenho Bella leu, e releu a única linha escrita: Esperamos por você. Ass. Jane e Garret

Com os olhos confusos e arregalados Bella tentou pensar no significado das palavras. A letra com certeza era uma caligrafia feminina, provavelmente da mulher que estava na foto? Seria essa mesma a tal Jane? E o menino, seria ele o Garret? Mas quem eram eles? De onde seu pai os conhecia e porque eles o esperariam?

Muitas perguntas vinham à mente de Bella, mas uma em especial ficava martelando na sua cabeça: essa Garret era o mesmo Garret que ela conhecia? O Parker?

Submersa em seus questionamentos Bella não percebeu a aproximação de Alice. A fada sem nenhum cuidado marchou para dentro do quarto e se jogou na cama de Charlie fazendo a amiga quase gritar de susto.

- Calma Bells! Ta devendo? – Alice se esparramou ainda mais sobre a cama rindo da cara da amiga.

- Não! Mas você me assustou! – Bella tentou disfarçar e colocou a foto no bolso de sua calça. Com certeza ela olharia a foto de novo e tentaria achar respostas para aquilo.

- Desculpa. Eu vim seqüestrar seu vestido! – vendo a careta de Bella, Alice resolveu se retratar ao perceber que tinha dado uma mancada feia falando uma palavra recém proibida no vocabulário das irmãs Swan: seqüestro. Todos compreendiam, era um assunto delicado – Foi mal, ter falado no seqüestro. Tudo bem eu estou pegando seu vestido emprestado! Melhorou? – ao ver que Bella sorriu da sua desculpa desengonçada, a fada continuou – Eu tive que vir correndo de carro até aqui, Jasper disse que vai me levar em algum lugar especial pra recompensar o meu abandono. Você sabe que eu não tive tempo de ir ao shopping e não vou repetir roupa!

- Tudo bem Alice. Respira – Bella já estava se preocupando com a cunhada, como uma criaturinha daquele tamanho conseguia falar tanto em um único sopro?

- Eu estou respirando – a fada rolou os olhos se sentando na cama – se bem que eu tive dificuldade pra fazer isso quando entrei e vi o gato do Black sentado no seu sofá! Eu sabia, a Nessie fica implicando e xingando o coitado mais ela ta doidinha pra dar uns amassos no menino!

- Ele só veio fazer o dever de casa – Bella riu do jeito típico tagarela de Alice.

- Você que pensa. Para de ser ingênua Bellinha! - ela se curvou para sussurrar, como um segredo – quando você menos esperar os dois vão estar se pegando na sala! E quando isso acontecer eu quero estar lá pra fazer a Nessie engolir todo aquele orgulho e confessar que o Black é o maior gostoso!    

- Minha irmã não é cega. Ela sabe e admite que ele é bem gostoso sim, ela só esta na fase do odiar e amar – Bella deu de ombros explicando a fase mais característica da adolescência.

- Que seja! Estou torcendo pra que eles superem a parte do odiar e partem logo pro amar! – Alice se pôs de pé sorrindo docemente para a amiga – Vou nessa, o Jazz deve estar me esperando e ainda tenho que fazer minha maquiagem!

Bella se levantou para se despedir da amiga, abraçou-a e a acompanhou até a escada. Ela assistiu Alice descer os degraus e ir até a porta. Sem perder a oportunidade, Bella tentou espiar o que acontecia na sala de onde estava do alto da escada encostada na grade ao lado do corrimão.

Renesmee e Jacob pareciam se comportar, não havia nenhum corpo com sangue estirado no chão, nem muito menos os dois se engolindo no sofá. Bella concluiu que estava tudo sobre controle. Voltou ao quarto para terminar de arrumá-lo e se questionar sobre a intrigante foto.

Após 30 minutos de pesquisas e resumos, Jacob e Renesmee achavam pelo menos estar perto do fim do trabalho. Os dois tentaram resumir da maneira que puderam a historia que envolvia o tratado e seu significado tão importante para a autonomia das treze colônias que resultaria logo mais em um dos passos importantes para a independência dos Estados Unidos.

Para finalizar os dois procuravam por uma figura que retratasse bem o tratado de MayFlower.

- Acho que essa daqui é perfeita – Renesmee apontou para uma pintura no monitor do século XIX onde colonos recém-chegados da Inglaterra se reunião em torno de uma mesa e assinavam um acordo que chamaram de Pacto de Mayflower.

- Concordo – Jacob disse analisando bem a figura.

Renesmee anotou mentalmente que era a primeira vez em que ela e seu parceiro concordavam em alguma coisa desde que se conheceram

   

- Mas... – ele se aproximou novamente dela fazendo com que Renesmee sentisse sua respiração em seu cabelo – eu ia achar mais perfeito se fosse uma foto sua com aquela calçinha branca – ele disse provocando-a. Jacob odiava quando as coisas entre eles dois ficavam serias, calmas e sem graça. Ele adorava provocá-la e não fazia isso desde que começaram a fazer o trabalho, o que para ele era muito tempo, quase uma eternidade.

- Você não vai esquecer isso mesmo não é? – Renesmee fechou os olhos tentando ignorar os arrepios que a respiração dele provocava em sua pele.

- Não tem como esquecer você – Jacob sussurrou mais perto de sua orelha.

Testando seus limites e mais uma vez deixando-se levar por seus sentimentos e desejos, Jacob ergueu sua mão e afastou os cachos cor de bronze de sua parceira de seus ombros. Sem nenhuma restrição, ele se inclinou e começou a distribuir beijos calmos em toda a pele exposta, percorrendo com adoração desde seu ombro até seu pescoço.

Completamente absorta de pensamentos e completamente envolvida na intensidade de emoções e sensações que ela sentia com as caricias de Jacob, Renesmee ofegou e deitou o pescoço em um convite mudo pra que ele continuasse.

Com o convite em aberto, Jacob mudou seus beijos antes calmos e suaves, para beijos lânguidos e provocativos, subindo até sua orelha e lhe fazendo estremecer ao mordeu de uma forma tentadora o lóbulo.

Renesmee estava com a cabeça vazia, nenhum pensamento coerente se formava em sua mente. Ela só conseguia sentir sua pulsação acelerada junto com um festival de borboletas saltitantes em seu estomago. Nessie tentou de alguma forma buscar sua mascara indiferente e pedir pra que ele se afastasse... mandá-lo embora, mas sua respiração irregular denunciava seu desejo. Ela não queria que ele parasse.

Jacob rodeou sua cintura com uma mão, colocando-a de frente pra ele. Ele depositou sua mão livre em seu pescoço, acariciando suavemente sua nuca. Com sua posição dominante ele foi trazendo seu corpo mais pra perto do seu enquanto continuava a mover seus lábios lentamente por seu queixo, descendo até o pescoço. Sua vontade mesmo era de avançar e devorar avidamente seus lábios, como ele havia esperado para fazer durante todo esse tempo, mas ele não poderia. Com toda a sua calma e autocontrole, Jacob queria conquistá-la, domando-a. Afinal Renesmee era uma pequena fera, ainda indomada, e o tipo que poderia muito bem mostrar suas garras e afastá-lo para sair correndo, e ele não poderia permitir que isso acontecesse, não agora, não com todos esses avanços. 

Nessie travava uma luta mental, ou com o resto de sua mente ainda lúcida, ela se dividia entre a vontade de afastá-lo com a urgência de puxá-lo para mais perto, acabar logo com toda aquela tortura e provar de vez seus lábios. Seu subconsciente, a única parte que ainda conseguia pensar de uma forma um pouco clara, implorava para que alguém interrompesse como havia acontecido por duas vezes. Era muito mais seguro evitar aquele beijo, afinal ninguém sabia o que poderia acontecer se começassem, talvez não pudessem parar. Por via das duvidas era melhor impedir. Ela tentou mover sua mão para afastá-lo, mas seus braços estavam flácidos ao seu lado.

- Acho que já terminamos, é melhor você ir embora – lembrando de como respirar, e como se junta palavras para formar uma frase, Renesmee sussurrou em um fio de consciência.

- Eu ainda não terminei – ele sussurrou passando a língua languidamente em sua orelha.

Não conseguindo controlar suas reações, Renesmee soltou um gemido de puro prazer. Era irritante a maneira única como ele a estava fazendo se sentir. Era tudo tão novo e bom... Tantas sensações maravilhosas que ela não podia se controlar, não dava pra bancar a durona agora.

As respostas, mesmo que inconscientes, de Nessie só deixavam Jacob ainda mais perto do seu limite. Vendo sua chance, já que ela não demonstrava vontade alguma de fugir e que até agora ninguém havia os interrompido, ele direcionou seus beijos para seus lábios. Movendo sua boca de uma forma calma, com selinhos suaves ele pedia pra que ela desse o braço a torcer e recebesse seu beijo.

Renesmee estava se sentindo torturada em meio a uma guerra interna. Era ilegal o jeito como ele estava fazendo-a se sentir, era injusto como ela queria tanto aprofundar o beijo, mas era tão ridículo seu instinto lhe mandando se afastar. Não sabendo a quem escutar ela calculou, erraticamente, suas chances de fuga. Eram mínimas. Até porque ela realmente não queria mais fugir.

Sua respiração era difícil e Jacob se aproveitando da sua evidente incerteza, forçou passagem com sua língua acariciando-a de uma maneira que finalmente a fez perder o controle. A pergunta que pairava na mente de Renesmee era: porque não? A resposta foi imediata, se rendendo e se entregando ao beijo aceitando as investidas e sugando a língua dele com um misto de desejo e hesitação.

Sua boca era quente e urgente na dela, suas línguas se encontraram e se enroscaram de um jeito único. A cada sugada uma nova onda de correntes elétricas era distribuída. O beijo que começou cauteloso, cheio de hesitação de ambas as partes, se tornou algo devorador em segundos. Ambos os batimentos eram frenéticos o que fazia o beijo ficar cada vez mais urgente.

Os braços, antes flácidos, de Renesmee rapidamente ganharam vida envolvendo o pescoço do seu parceiro com garra. Prendendo os cabelos curtos dele entre os dedos e os puxando para mais perto, se é que isso era possível. Ela havia desistido da resistência, naquele momento ela era regida unicamente por seus desejos e instintos que a impulsionavam cada vez mais para ele.

O beijo se tornou um frenesi, os dois estavam descontrolados e pedindo mais um do outro. Não havia uma parte do corpo de cada um que não estivesse tocando o outro. Sem querer interromper, o beijo mais louco de sua vida, Jacob tentou uma posição confortável. Ele sustentou todo o peso dos dois e se acomodou de uma forma menos desconfortável no chão. Ainda com a mão entrelaçada nos cabelos de Renesmee e outra em sua cintura ele a puxou delicadamente para ele. Sem querer quebrar o contato, ela não se deu conta que se posicionava ajoelhada de frente para ele, com cada perna uma em cada lado do corpo dele.

Nenhum dos dois nunca havia experimentado aquelas sensações antes, mas para Jacob era ainda mais excitante. Ele explorava a boca dela com avidez, sugava sua língua com urgência.

Ele ainda podia sentir o doce que o pirulito havia deixado em sua língua, ele jamais se cansaria de devorá-la. O gosto doce deixava o beijo ainda melhor.

Sua mão deslizou do quadril dela por magnetismo. É impossível manter um imã longe do metal, assim como é impossível manter as mãos de Jacob longe da pele dela. Ele percorreu do seu quadril até sua coxa parando os dedos na barra no maldito short. Porque o short? A calçinha era tão linda, deixava sua pele mais exposta. Embora o short não fosse muito maior que a calçinha, ele ainda o irritava, pois cobria uma parte de sua pele e tudo o que Jacob ansiava naquele momento era tocá-la, ter mais dela o quanto pudesse. Isso teria fim?

Nessie sentiu todos os seus pelos se arrepiarem ao sentir a mão dele em sua perna. Ela podia jurar ter sentido pequenos choques vindo de seus dedos. Ela ofegou ao sentir a mão dele apertando sua carne de maneira possessiva. Não podendo controlar suas reações, sua mão esquerda, a que não estava ocupada comprimindo a nuca de Black, deslizou pela camisa dele sentindo os músculos definidos mesmo por baixo do tecido. Se lembrando de como respirar, e lembrando que precisava respirar, Renesmee se afastou um pouco do beijo mesmo em protesto.     

Jacob tremeu com a caricia dela em seu abdômen e não se deixou abalar quando ela desviou do beijo em busca de ar. Não querendo deixá-la por nenhum segundo, ele continuou com os beijos, agora indo e voltando de sua mandíbula até sua orelha, mordiscando no meio do caminho seu queixo.      

Era constrangedor o modo como a respiração ofegante de Renesmee era audível. Mas era muito bom ter oxigênio entrando em seus pulmões, mesmo que com dificuldade, o ar ajudava á clarear um pouco a mente. Uma parte de sua mente ficou mais estável, a parte que odiava o autor das caricias alucinantes em questão, essa parte começou a processar perguntas como: o que diabos ela estava fazendo? E porque diabos estava gostando tanto?

- O que estamos fazendo? – Renesmee ofegou em um relâmpago de consciência enquanto Jacob lambia, mordiscava e devorava sua orelha.

Como resposta ele deu um sorriso rouco em sua nuca, que a fez tremer, e sussurrou – nos beijando.

A mente de Nessie protestou. O que ele entendia e conhecia por beijo não se aplicava aquilo. Definitivamente beijo era o contato de lábio com lábio, os lábios de Black estavam em todo o lugar junto com suas mãos. Aquilo era muito mais que um simples beijo. Era pegação no sentido mais literal da palavra, na sua mais pura essência.

 

- Você está me beijando. Eu nunca beijaria você. – ela não tinha tanta certeza das palavras que saiam sem permissão de sua boca, mas tinha pura certeza e consciência da mão de Jacob subindo por sua perna se posicionando em sua cintura, apertando sua pele fazendo sua blusa deslizar uns centímetros para cima.

- Sinto te informar gatinha, mas você já está me beijando – ele voltou seus lábios para os dela sussurrando as ultimas palavras pausadamente enquanto distribuía selinhos calmos.

- Eu jamais tomaria a iniciativa de beijar você – em pura contradição com suas palavras ela mordeu o lábio inferior de seu parceiro, puxando-o para que seus lábios se encontrassem novamente em mais um beijo urgente e faminto. Ela sugou sua língua com fome enquanto Jacob puxava sua cintura, fazendo-a colar seu corpo, mais ainda no dele. Os joelhos de Nessie protestaram, por estar sustentando seu peso durante todo esse tempo, e cederam. Ela se sentou em seu colo estremecendo instantaneamente ao contato com uma parte muito animada de seu parceiro.

Um pouco do ar que clareou sua mente, há poucos segundos atrais, ainda podia reunir forças e fazer uma parte remota de sua consciência gritar para que ela se afastasse. Renesmee não era nenhuma tola para não ver que aquilo estava se tornando perigoso demais. Ela admitiu para si mesma que finalmente permitira se entregar aquele beijo, mas era só isso. Ela só cederia um beijo aquela noite, nada a mais.

Afinal, ela precisava matar a vontade de experimentar seus lábios de uma vez por todas, sem interrupções. Nunca poderia imaginar que a reação de ambos seria tão explosiva, não podia esperar que respondessem um ao outro com tanta urgência. Era perigoso. Aquilo devia ter um fim.

Mas como teria um fim se eles não conseguiam parar? Se ela não conseguia parar?

Aquilo não era um simples beijo, até porque um beijo inofensivo não faz seu corpo inflamar em desejo. 

A parte mais lúcida de sua mente tentou de varias formas bolar algo para sair daquela situação, mas seu corpo e seus desejos formavam argumentos muito convincentes para que ela não parasse.

Uma luz muito pequena, quase minúscula, brilhou em sua mente e ela sabia o que fazer!

Restava ela ter forças para fazer.

Obrigando suas mãos, que estavam enganchadas no cabelo dele, a se soltarem, ela as trouxe para que ficassem sobre o peito dele. Um erro grave, pois foi sua quase ruína sentir aqueles músculos definidos sobe seus dedos.

Por um momento ela pensou em desistir da idéia e se jogar ainda mais de cabeça naquela fogueira insana de desejos, enquanto ele explorava mais ainda sua boca e deslizava seus dedos suavemente pela pele nua de suas costas. Renesmee só foi perceber que as mãos dele estavam por dentro de sua blusa nesse momento.

O contato fez as correntes elétricas aumentarem ainda mais, e foi com o choque que ela tomou coragem e com as mãos em seu peito o empurrou para trás.

Jacob cambaleou sobe ela e caiu deitado de encontro ao chão de costas, com sua proximidade ela quase foi junto, mas forçou seu corpo a se manter erguido.

- Nunca mais faça isso! – Nessie falou pausadamente enquanto arfava. Com os olhos confusos ele a fitou com o peito arfante, em busca de ar, subindo e descendo provocando alguns movimentos em Renesmee, que nesse momento percebeu que ainda estava montada em cima dele. Em um movimento súbito, ela se colocou de pé tentando descer sua blusa sem evidenciar suas mãos um pouco tremulas.

O que ele fez comigo?” se perguntou ao ver que nunca ficara tão descontrolada e tremula em toda a sua vida.

Jacob permaneceu deitado no chão, colocou as mãos despreocupadamente atrás da cabeça e colocou um sorriso bobo e irritante nos lábios como se estivesse saboreando o momento e ignorasse seu aviso.

Uma fúria súbita inundou todos os poros de Renesmee. Como aquele babaca se atrevia a ficar ali deitado, fitando-a com aquele sorriso idiota dos infernos, com cara de quem tinha ... ganhado um premio enquanto ela se odiava por ter perdido o controle. Em pé, e ainda arfante, diga se de passagem, ela se preparava para começar a chutá-lo e mandá-lo embora. Ela estava disposta a arrancar aquele sorriso irritante dos lábios dele, arrancá-lo de cima do seu tapete nem que fosse a força!

- Nós definitivamente já terminamos, pode ir embora agora. – falou entre dentes em uma voz que ela julgava ser calma.

Jacob não fez nenhuma menção a se retirar, pelo contrario, ele se aconchegou mais ao tapete e as almofadas no chão e seu sorriso brilhante se tornou maior. Com uma piscadela travessa ele fez sua parceira, já enfurecida, soltar fumaça pelo nariz.

Renesmee se preparava para atacá-lo, não da mesma maneira de minutos atrás, mas sim da maneira que lutadores de luta livre atacam seus adversários com intenção de arrancar sangue. E ela realmente não se importaria de arrancar sangue de Jacob Black.

Ela estreitou seus olhos já se preparando para avançar quando escutou passos vindos da escada.


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Notas finais do capítulo

E ai? Fico baaum?
Eu imagino que deve ter ficado cansativo, se quiserem que eu pare com os caps grandes é só avisar DEIXE UM REVIW que eu agradeço! Se gostaram do cap e querem que eu continue com ele desse tamanhinhu tbm DEIXE UM REVIW! Haushaush’

Agora suas principais perguntas: *sim eu sou videnta*
— Nova capa da fic? SIM! Eu tava enjoada da outra! Kkkkkk (se tiver alguém com dons para photoshoop e kiser me presentear eu vou adorar!)
— Os caps agora tem titulo? SIM! Em um dos meus ataques de neurônios e demência aguda me perguntei do pq meus caps não tinham nomes?! A resposta foi VOCÊ NUNCA PENSOU NISSO SUA BURRA! Daí eu resolvi colocar nome nos meus filhos! Todos estão atualizados com o nomezinhu lá bunitinhu gut gut =^.^=
— Porque o cap 10 é divisor de águas? Ele agora é cajado de Moises? SIM! Quer dizer...NÃO! (Haushuash) é porque a partir de agora as coisas vão mudar um tikim de rumo. Como perceberam as coisas entre Nessie e Jake tão esquentando, e muito, esse cap é o inicio de algo entre eles, algo di verdade. Eles vão passar a se conhecer MUITO MAIS!
Mais um ponto é o meu Jacob. Depois do cap 10 vocês não olharam pra ele da mesma forma. Ele vai começar a nos confundir e nos levantar muitas duvidas, mas ele também vai ficar mais fofo e irritantemente sexy! 66’
— Que merdelê foi aquele de Wolverine? É personagem novo? SIM! Ele é beeeeem importante, e pode ser a resposta pra metade das perguntas que já surgiram e surgirão!
— Qual foi daquela foto? Era o Parker? SIM! NÃO! TALVEZ QUEM SABE! Haushauhsuahs’...pena de quem acho que eu ia responder a todas as perguntas! Kkkkkkkkkkkkk

Beijos e adoro vocês mesmo sem me deixarem comentários!
(sim hj eu to di bom humor!)

Ps: assim q minha beta me devolver meu cap corrégidu direitin eu atualizo akie ;D