O Dia-a-dia (quase)normal de Um Filho De escrita por Mi-chan_Leto


Capítulo 4
Capítulo 3- Escola nova de novo (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Genteee, desculpa a demora, mas toda hora resolvia mudar alguma coisa, então estou postando antes que resolva trocar outra fala de lugar. Esse está tão diferente da idéia original...
Enfim, boa leitura!



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 --Ai, mas como o Kaname me matou de raiva no capítulo 62—a tal Thamyres estava falando com elas sobre Vampire Knight? Se querem saber como eu conheço, uma filha de Afrodite, me fazia ler/assistir tudo, e eu fiquei sem graça de recusar.

  --Ele foi um “vaco”, né?

  --Thamyres, você não era team Kaname?—perguntou a Gabi.

  --Eu sou team Suíça.

  Como elas ainda não tinham percebido que eu as estava esperando, resolvi me pronunciar.

  --Eu também. Ela ia casar com o Kaname, estava tudo perfeito, mas aí chega o idiota do Rido, o Kaname tem que ver a pessoa que ele mais ama esquecer que ele existe e ainda por cima ter medo dele. Mas o coitado do Zero passou anos cuidando da pessoa e se preocupando com ela para no final das contas ela ser a criatura que ele mais odeia e ser irmã da 2º pessoa que ele mais odeia. Fiquei com dó.

  A Thamyres me olhou com uma cara de “não acredito que ele teve a coragem de se intrometer”, e a Gabriela, sempre sorridente, perguntou:

  --Você é suíça então?

  --Sou, você também?

  --Team Zero—disse sorrindo de novo.

  --Sério que quando eu sorrio tanto minha bochecha começa a doer. A sua não?

  --A Gabi, assim como qualquer pessoa normal, exercita os músculos da bochecha sorrindo frequentemente, ao contrário de alguns cuja capa do caderno é um Death Note.

  E a Thamyres foi embora com uma sorridente Gabi e uma Sabrina corada.

  Quando eu as alcancei de novo, elas estavam guardando o material nos escaninhos.

  --Quem mudou nossa ordem sagrada?—falou Gabi sem me ver.

  --Tipo, todo ano, por sermos boas alunas, ele nos deixa ficar com o escaninho lado a lado. Que eu saiba, nossas notas não caíram tanto, então alguém com mais crédito na praça deve ter pedido para o diretor trocar.

  --Qual era a ordem sagrada?—perguntei.

  --Bárbara, Sabrina, Thamyres, eu, da esquerda para a direita—respondeu a Gabi.

  Bom, agora não dá para descrever a cara delas quando eu olhei para o meu número, abri o escaninho da discórdia, e coloquei meus materiais lá.

  --Ok, vocês querem pedir o diretor para trocar os escaninhos? Deve ter acontecido apenas um erro—perguntou a Gabi.

  --Bom, se eu não tiver causando problemas, e se eu não quiser trocar, a troca será inviável. E eu não quero.

  --Por mim tudo bem, mas se as duas quiserem, por isso que eu perguntei.

  --Eu não tenho nada contra—disse a Bárbara, chegando sem ser notada.—Já estava na hora daquela ordem ser quebrada, e agora o di Ângelo está do meu lado, e da Sabrina, não é?

  Eu me senti desconcertado com o jeito que ela falou comigo, estava claramente dando em cima de mim. Mas não precisei me preocupar com a resposta, pois ao ver uma garota no fim do corredor ela nos disse um tchau apressado e andou rapidamente até a garota.

  --E vocês, tem algo contra?—perguntei, para poder sair dali para ficar num canto sozinho como eu já devia ter feito desde o começo da aula—Espero que meus cadernos do Death Note não te incomodem, já que você não pensa que isso é um Death Note de verdade ou que talvez eu seja um shinigami—o que ela não sabia era que, de certo modo de vista, eu era filho do mestre deles.

   --Tudo bem você ficar ai--disse ela, com uma cara de culpada, que as outras imitaram ao acenar.

  --Ótimo—disse, e saí andando com a minha maior especialidade: uma cara fechada.

  Fui ao refeitório, e entrei na fila para pegar o almoço. A moça que servia, ao ver minha expressão, fez uma cara preocupada, como quem pergunta “está tudo bem?”. Eu forcei um sorriso que, considerando o meu estado atual, deve ter saído assustador e nada convincente.

  Imaginem a divisão de carteiras por “tribos” que nem no “Meninas Malvadas”. Eu sentei na penúltima mesa sem ninguém, que estava perto da mesa dos: fanáticos por Harry Potter, nerds adoradores de stars wars e coisas do tipo, e o último era daqueles panacas que acham que estão arrasando com o coração das garotas.

  Quando eu me sentei, aconteceu uma coisa em cada grupo: No dos pottermaníacos, um deles começou a sussurrar e foi passando tipo “telefone sem fio” para os outros, que me olhavam imediatamente ao escutar; no dos geeks, eles ficaram boquiabertos, e um falou alguma coisa sobre mim que os outros concordaram, a mesma coisa no “sissintino”.

  Imediatamente peguei meu nokia 3710 e liguei para o Percy. Ele atendeu no segundo toque.

Pov Percy

--Nice legs, Daisy Dukes makes a man go…,That's the way they all come through like –Berraram Sean Foreman e Nathaniel Motte, do 3OH!3, no meu celular.

  -- Meu Deus, é o Nico—falei aterrorizado ao ouvir o toque dele.

  --Atenda—mandou Annabeth de olhos arregalados, gesticulando para o Chris, dizendo “é o Nico”, apontando para o telefone e fazendo leitura labial. Ele correu e sentou do meu lado.

  --Oi Nico, querido do meu coração...

  --Estão todos aí?—perguntou naquela voz que só um filho de Hades sabe fazer. Fiz aquela cara de “estamos mortos”.

  --Clarisse está na fila do almoço ainda.

  --Ponha no viva voz e me avise quando ela chegar.—Precisa falar que eu o obedeci?

  --Oi Nico-- disse ela tensa ao chegar.

  --Gente, eu sei que vocês não tem nada a ver com isso, mas tinham bem uma idéia de que ia ser assim, e mesmo ciente de que vai prejudicar vocês—juro que vou tentar falar com o Quíron—estou prestes a levantar, sair dessa escola e não voltar mais.

  --Nico—começou Annabeth, mas logo ouvimos uma voz tímida perguntar por ele, e ele desligou imediatamente.

  Olhamos assustados uns para os outros, sem saber exatamente o que comentar primeiro.

  --Bom, parece que afinal de contas o primeiro dia não está sendo tão ruim assim...—falou Chris.

  --Será que é por causa dela que ele estava irritado?—perguntou Clarisse.

  --Só saberemos o que aconteceu quando ele contar, e ele só contará para Annabeth e olhe lá... Só nos resta esperar curiosos.—e guardei o celular no bolso.

Pov Nico

  --Nico?—perguntou uma voz que, mesmo sem nunca ouvir, sabia exatamente de quem era—você vai embora?

  Girei na cadeira e tratei de me corrigir:

  --Não, eu estava só num momento de raiva... Eles sabem que não era sério e não prestaram atenção.

  --Por acaso esse ataque foi causado pela Thamyres? Ela costuma ser assim com quem ela não conhece, foi assim até comigo e...

  --Não precisa se preocupar—disse, e apontei para a cadeira do meu lado. Ela se sentou, e ficou de cabeça baixa.

  --Você está com medo de falar comigo? Não precisa ficar com vergonha de falar...

  --Estou com vergonha, porque você me viu naquele estado... Embora tenha que admitir que fiquei com medo quando te ouvir falar no telefone... Se mitologia grega existisse, diria que você parecia uma forma de Hades falando. Com quem você estava falando?

  --Com os amigos com quem acabei de me mudar.

  --Ah, desculpe, já chego te chamando pelo primeiro nome e te perguntando sobre sua vida... desculpe o incômodo—e se levantou—além do mais, a Thamyres está me chamando. Até, di Ângelo.

  E foi embora antes de eu poder dizer que não me incomodava em nada ela me chamar pelo primeiro nome, e que se pudesse contaria toda a parte aceitável da minha vida. Ainda bem.

  Ela foi para perto da Thamyres, cuja expressão tinha mudado de surpresa para uma espécie de orgulho. Ela deu um toque na mão da Gabi e falou um empolgado “Aeeee garota” quando a Sabrina chegou. Só agora tinha reparado que todos olhavam discretamente para ela e para mim.

  Quase no fim do almoço, uma piriguete chega perto de mim e fala piscando e mexendo no cabelo:

  --Oi, sou a Amanda.

  --Oi Amanda,sou o Nico, embora duvide que você não saiba. Acho que tem algo no seu olho—me levantei, joguei a comida no lixo e saí, deixando todos boquiabertos. Sim, deixei uma garota razoavelmente bonita no “vácuo”.

_____

Quando o Percy chegou, e eu entrei no carro, todos me olhavam com uma cara maliciosa.

  --Parece que o primeiro dia não foi tão péssimo assim, né?—Brincou o Percy.

  --Vou tentar mais uma vez—disse e me calei, mostrando que não queria falar mais nada, e é claro, ninguém perguntou nada pelo resto do dia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e deixem reviews, please!!!Beijos