Sirius Black Não Se Apaixona?

Acordei com um sorriso na cara, me sentindo o melhor do mundo. Tomei um banho, me vesti, passei perfume e penteei o cabelo (não que isso seja raro, mas eu curti ficar arrumado para ver Marlene).

- Bom dia, princesa! – James disse quando saí do banheiro. Revirei os olhos e joguei a toalha molhada nele.

Marlene estava me esperando na sala comunal. Parecia meio esquisita.

- Olá, senhorita! – eu disse, dando um beijo nela.

- Oi. Fui ameaçada duas vezes já.

Olhei para perto do retrato, e vi duas meninas do sexto ano olhando furiosas para a gente. Sorri, e peguei a mão dela.

- Calma, querida.

Passamos pelas duas, e fiquei imaginando se alguém teria contratado o profeta diário para cobrir o nosso namoro, porque todas as garotas por quem passávamos nos encaravam loucas da vida, ou chorando.

Quando chegamos ao salão principal, Marlene apertou meu pulso com força.

- Se alguma delas me matar, eu mato você.

- Pode deixar.

XXX

- Olha, correio! – Lily disse, apontando para o teto. Cara, ela está aqui a sete anos e sempre fica feliz com o correio. Qual é o problema dela?

- Lene, tem um montão de cartas para você.

Me entreolhei com Marlene. Preocupada, ela abriu a primeira.

- Mckinnon. – começou ela, assustada. – Se você não largar Sirius Black, vamos pegar você. Ela vai ver quem vai pegar essa garota! Sirius!

Sorri amarelo.

- Ah, eu tenho certeza que depois param.

Olhei para James e Remus, que tinham mergulhado para debaixo da mesa para poderem rir. Lily pegou todas as outras e jogou fora.

Ameaças não faltaram nesse dia, embora tenha sido um dos melhores da minha vida (sim, até EU fui ameaçado) e acho que, se tudo der certo e não formos assassinados por estarmos juntos, podemos concluir Hogwarts juntos. Eu disse talvez, porque já recebi uma pena com veneno, bombons com poções do amor, e Marlene quase foi azarada duas vezes no corredor.

Naquela noite, antes da semana começar para valer e eu passar bilhetes para Marlene no meio das aulas, James me encarou, enquanto se preparava para dormir.

- Sirius Black não se apaixona...

Revirei os olhos. Sabia que ele ia falar isso alguma hora.

- O que?

- Sirius Black não se apaixona? – ele perguntou, me encarando com um sorriso irônico.

- Ah, cala a boca.

- Admita! Sirius Black não se apaixona?

Imbecil, idiota, retardado. Vou socar a cara dele. E dizer que ele é um otário! Isso mesmo, vou dizer agora.

- Tá, não é verdade. Feliz?

- Aham. – ele deitou. – E aí, vão casar?

- Vá encher o saco da sua mãe, Prongs. – eu disse, irritado. Olhei para cima, e vi a foto que tirei, abraçado a Marlene, mais cedo. Ela sorria e beijava minha bochecha. Sorri e fechei os olhos.

Fim