Sirius Black não se Apaixona? escrita por N_blackie


Capítulo 8
Capítulo 8




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Marlene

- Oi. – eu disse, meio relutante. Bom, se ela me der um soco, sei que não vai dar certo, pensei. Mas ela não fez nada, só sorriu triste.

- Oi.

Fiz menção de sentar, e ela deixou. Limpei a garganta.

- Está sozinha aqui?

- Aham. Não queria vir, mas Lily me irritou até eu concordar.

- Está linda.

Ela virou e olhou para mim com as sobrancelhas para cima. Sorri amarelo, imaginando que seria agora a hora dela me socar.

- Não consigo te entender, Sirius. O que está fazendo aqui?

Ai.

- Fui convidado. Marlene, preciso falar com você.

Arrastei a minha cadeira para ficar de frente para ela e comecei:

- Desculpa.

Vou admitir que, por mais suspeito que isso pareça, eu planejei a conversa. Eu pediria desculpa, beijaria a gravata (brincadeira) e ela responderia: "Tudo bem, Sirius.". Mas não. Ela não respondeu nada. Só ficou me olhando.

- Eu... – comecei de novo, olhando para ela, tentando lembrar o que James havia me dito sobre pedidos de desculpa. Mas nada veio, então resolvi desabafar mesmo. Vou levar um soco, com certeza.

- Lene. Eu preciso te dizer uma coisa. Quando começamos a ficar próximos, você não significava nada para mim. Quero dizer, significava sim, não é que eu te desprezasse ou coisa assim, eu até achava você legal, mas não legal, sabe. Então percebi que você tinha mudado. Estava bonita, diferente. Diferente bom, não ruim, tipo muito linda e legal ao mesmo tempo, mas ainda não muito legal, sabe. Pelo menos para mim. Mas então começamos a andar juntos, e vi que você não era nem legal, nem legal. Você era muito legaaaal. Entende?

Ela parecia prestes a rir de mim, e eu imaginei que espécie de débil mental eu devia estar parecendo.

- Sim.

- Bom, então. Eu gostava de você, como amiga, quero dizer. Não imaginava nenhum tipo de relacionamento amoroso ou algo assim, só que você provavelmente seria minha melhor amiga. E você foi, claro, uma ótima melhor amiga. Claro que para ser melhor amiga você precisa ter algo para ser comparado com, mas mesmo eu não tendo nenhuma outra amiga, agora tenho, a Emme e a Dorcas, mas antes eu não tinha e...

- Sirius?

- Sim?

- Eu já entendi essa parte.

- Ok. Eu... Eu não fazia ideia de que você tinha começado a se apegar. Então começamos a namorar, e descobri que além de uma ótima amiga, você era uma ótima namorada, beija muito bem e... Não que isso conte alguma coisa, ok? Só uma observação feita por alguém que tem outros parâmetros para comparar, e você ganhou e...

Ela revirou os olhos, e percebi que estava enrolando de novo. Limpei a garganta.

- Enfim. Eu fiz uma besteira sem tamanho deixando você, porque nenhuma outra é igual, Lene. Nenhuma.

James sempre disse que eu nunca ia usar a palavra com "A" na primeira pessoa nunca. Já chamei meninas da palavra com "A", mas nunca disse como um sentimento. Sei lá, faz a gente se apegar. Dessa vez senti que devia usar a palavra com "A".

- Marlene, o que eu quero dizer e estou enrolando é que...

- Você quer um bombom? – ela perguntou, sorrindo.

- Se eu quero um...

- É. Comi o resto, mas esse aqui é seu. Está precisando de chocolate, parece triste.

Peguei o docinho e comi, tinha gosto de cereja. Quando acabei de comer peguei a mão dela e olhei nos olhos dela.

- Marlene. Eu te amo.

Fiz uma parada dramática para que ela percebesse que encarava os olhos dela. Um sorriso começou nos lábios dela e ela me encarou de volta, parecendo incrédula.

- Sério?

- Sério. Só percebi depois que virei as costas.

Ela sorriu. Bom, acho que não vou levar um soco, então. Estendi a mão, e andamos até a pista. Envolvi a cintura dela, e começamos a dançar.

- Me conte sobre a sua família. – ela disse, sorrindo para mim.

- Bom, minha família é bem antiga. Meu pai vive de títulos e do ouro que a família acumulou em séculos de encheção de saco do ministério. Minha mãe vive em casa, mandando no Kretcher, mandando no Kretcher e quando tem um tempinho livre, manda o Kretcher fazer qualquer coisa. Regulus você conhece, é um inútil, eu costumo contá – lo como parte da mobília.

Ela começou a rir, e segurei em sua mão para ela girar no ar.

- E você?

- Ah, meus pais trabalham no ministério, e meu irmão está na França, como diplomata. Todos foram da corvinal, menos eu. Mas tudo bem. Não temos elfos domésticos, porque meu pai diz que é desumano.

- Depende de como trata um elfo. – eu disse, pensando em Muffy, a elfa dos Potter. Era velha já, e servia aos Potter por vontade própria. Tinha até uniforme (o qual, aliás, eu melei de sorvete uma vez, quando tentei jogá – la na piscina).

- Está pensando na Muffy? – ela perguntou.

- Aham.

- É, ela é realmente uma graça.

Girei Marlene no ar, e vi de relance o pessoal. James e Remus ergueram o polegar para mim, e Lily e Emme ergueram os braços no ar, felizes. Dorcas e Peter não foram convidados, mas imaginei que as garotas estavam mandando bilhetes com cada detalhe a cada minuto da festa.

Do outro lado, vi algumas meninas, encarando nós dois com os olhos arregalados. A coisa vai ser complicada, amigos.

Ficamos o resto da festa juntos. Me senti meio aliviado com a falta da voz de criança de Lily para James. Quando fui dormir, entendi o que James quis dizer com sentir tudo de bom ao mesmo tempo.


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