Sirius Black não se Apaixona? escrita por N_blackie


Capítulo 6
Capítulo 6




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Hogsmeade

Chegamos a Hogsmeade depois do almoço, e alguma coisa dentro da minha cabeça me avisou que eu não tinha falado nada ainda. Estava entretido com o sonho. Nunca sonhei com nenhuma garota. Isso é bizarro.

Quero dizer, nunca mesmo. Nunca sonhei coisas que fizessem sentido (oho, que legal pensar isso.) e agora, que sonho algo que posso saber o que é, ela vem.

Homens compram cosas rápido, isso é fato. Gargalhei quando James ficou para trás, esperando Lily experimentar todos os quinhentos e cinquenta trilhões de vestidos que a loja oferecia, e fui comer doces até vomitar junto com Peter.

Compramos (ISSO NÃO É BRINCADEIRA, AMIGOS) quase cinquenta sacos de doces (fique tranquilo, falecido tio, seu ouro foi bem empregado) e fomos até perto da casa dos gritos comer.

- Ninguém me ama, ninguém me quer... – Peter começou, tirando a primeira saca da pilha que fizemos.

- Vou comer BARATA! – gritei, enfiando uma barata na boca.

- Barata frita, barata assada...

- CACHOS DE BARATA!

Porque estou gritando? Deve ter alguma coisa suspeita nessas baratas.

Depois de um tempão escutei passos, e vi que Peter estava vomitando. Hahaha, ele sempre vomita antes de mim. Ganhei.

Enquanto ele se recompunha, resolvi dar um passeio pelo vilarejo, não tenho mais nada de bom pra fazer mesmo.

Passei em frente à loja de vestidos, e vi James saindo de lá com Lily. Por algum motivo, saí procurando Marlene, e a encontrei sentada num banco, sozinha. Parecia deprimida, olhando para todos com tédio.

Andei na direção dela, mas desisti. Ela não iria me querer por perto. Comecei a me sentir realmente mal, já que a culpa dela estar ali sozinha era minha. Mas eu ainda queria ficar com ela... Quero dizer, como amigo, claro. Ou não.

Ela piscou, e uma única lágrima desceu no rosto dela. Isso me fez lembrar o dia em que ajudei Marlene a parar de chorar. Foi bom enxugar as lágrimas dela. Ajudá – la a se acalmar me acalmou também.

Um grupo de garotas passou, sorridentes e risonhas acenando para mim. Mas eu estava distraído com Marlene, nem reparei.

Me senti meio arrependido por ter terminado tudo. Por mais que tivesse as garotas aos meus pés, o tempo que passei com ela foi o melhor. Ela me divertiu, me beijou (muito melhor do que muitas das outras garotas), até fez cafuné quando eu quis, mesmo sendo tudo de mentira.

Porque deixei ela ir mesmo? Ah, as outras. Quando parei para realmente pensar no que as outras significavam para mim, comparando a Marlene não eram nada. Eram fáceis, irritantes, davam risadas idiotas e não tinham ideia de quem eu era realmente. Marlene não era assim.

Mas eu deixei passar. Dei um tapa na minha testa, e algumas pessoas me olharam como se eu estivesse louco, e eu até ouvi a minha consciência dizer que eu era mesmo, porque deixei uma garota incrível parecer uma qualquer. Eu concordo com ela.

Saí atrás de James, que estava no três vassouras (graças a deus, porque se ele estivesse no Madame Puddyfoot eu desistiria) junto com Lily.

- Prongs, quero sua ajuda.

- O que foi? Cadê Wormtail, ele não estava com você?

- Estava, mas comeu doce e vomitou. Eu quero sua ajuda.

- Ele vomitou? E você deixou ele sozinho?

Ah, James. Que merda, dá pra me escutar?

- Cacete, James, me escuta!

- Hã?

- Preciso voltar com Marlene.

- HÃ?

- Preciso. Voltar. Com ela.

Lily levantou a sobrancelha.

- Mas você não tinha dispensado a minha amiga?

Percebi o tom feroz com que ela disse 'minha amiga' e me ajoelhei.

- Por favor! Sério, preciso!

- Sirius, o que está fazendo aí no chão?

Remus e Dorcas, junto de Emmeline, tinham acabado de entrar, bem na hora que me ajoelhei. James começou a rir e disse:

- Sirius bebeu um pouco demais e está querendo ajuda para reconquistar a Marlene.

- EU NÃO BEBI! JURO! OLHA! – eu disse, ainda ajoelhado, e soprei nele. James riu ainda mais alto.

- Ok, eu entendi. Mas o que te deu para querer ela de volta?

Todos sentaram na mesa, e eu me levantei e sentei na ponta, abaixando a cabeça. Pronto, Sirius. Coma sua língua. Mastigue, engula e diga:

- Estou apaixonado por ela.

Silêncio. Todos vão rir da minha cara.

- Que fofo. – Lily sorriu, e Dorcas olhou para mim:

- Sorte a sua, colega. Marlene disse que gosta de você. Só tem um problema.

Problema?

- É, Sirius. Você não tem o jeito.

O jeito. Defina qual é "o jeito".

- Quê?

- É... Você não sabe namorar.

- Precisa saber?

- Bom, se não quiser levar um soco quando for pedir Marlene de novo, é, tem sim.

- Ela não me socaria.

- Sirius, desculpe te desanimar. Mas ela me socou uma vez. E eu sou a melhor amiga dele. – Lily argumentou, apontando para o braço.

Perfeito. Passo quase dezoito anos sem amar ninguém, e quando me apaixono, é por uma sanguinária psicopata. Balões em mim, e lá vamos nós.


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