Sirius Black não se Apaixona? escrita por N_blackie


Capítulo 5
Capítulo 5




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As Outras

- E aí, como foi com a Lisa? – Remus me perguntou quando entrei na Sala Comunal.

Revirei os olhos. Na última semana toda porcaria de vez que eu entro nessa droga de sala comunal ele me pergunta a mesma bosta de pergunta: como foi com *insira qualquer nome feminino aqui*

- Foi bom.

- Beija bem?

Ah, essa é nova. Remus tem tanta experiência amorosa quanto um garoto de doze anos e vem me perguntando se ela beija bem? Bom, Lisa é bonita, e tudo o mais...

- Ela beija bem, mas não tão bem quanto Marlene. – eu respondi, mais para mim mesmo do que para ele.

- Jura?

Ah, merda. Porque estou falando nela? Aliás, porque sequer estou pensando nela? Quero dizer, acabou, eu consegui o que queria. Estou livre. Me joguei na poltrona, e encarei o pessoal na sala. Estava todo mundo feliz, porque eu não estava?

- Moony?

- Sim?

- Acho que estou sentindo falta dela.

- Marlene?

- É.

Ele baixou o livro e me encarou. Lá vem.

- Acho que esta gostando dela.

Ah, tá bom! Aham, isso mesmo, Moony. Eu digo uma coisa completamente nada a ver e ele vem com uma resposta mais nada e ver ainda. Viva nós.

- Claro que não, idiota.

- Porque não?

- Porque eu não gosto de ninguém. Sou de todo mundo, meu caro.

Ele voltou a ler, e eu sorri. Imbecil. Às vezes ele parece tão tolo. Levantei e decidi passear, e encontrei Ellie, da sonserina, dando sopa num canto. Estava andando até ela, quando uma voz familiar disse:

- Ah, Dorcas, me poupa!

Marlene. Sem pensar, comecei a seguir as duas na escuridão, como um morcego. Marlene é engraçada. Ela anda de um jeito meio aéreo, quando está com Dorcas. Estava usando os cabelos presos num rabo – de – cavalo, e sorria bastante.

- Lene... Acho que sabe por que eu te convidei pra conversar, né?

Gelei. Me encostei na parede, e vi Marlene parar também, encarando Dorcas.

- Lily mandou você me encher sobre o Sirius, não é? Dorcas, eu estou bem, para com isso.

- Não estamos enchendo. Você gostava dele?

- Não interessa muito agora, é?

Vi que Marlene estava ansiosa, e sorri sem querer. Será que ela ficou afim mesmo de mim? E porque eu me importo? Sirius, você vai levantar e ir atrás de Ellie. Agora.

- Mas você gostava? James ficou meio bravo porque Sirius foi grosso com você.

Parei na metade do caminho. Não fui grosso! Ora! O namoro era de mentira, só paramos de fingir.

- James não tem nada a ver com isso. Porque ele não cuida da Lily, que é o que tem feito nos últimos meses?

Isso! Boa, Marlene.

- Não é só James que liga, Lene. Escuta, nós queremos saber...

- Tá, tá. Se eu disser que estava começando a gostar dele você para?

- Se for verdade.

- É. Mas eu conheci Sirius o suficiente para saber que não dá certo entre nós. Ele é livre, sem compromisso. Não se prende alguém assim.

- Não é prender. Acha que ele gosta de você?

- Dorcas, você não escutou nada do que eu disse? Ele gosta de todas. Todas mesmo.

Depois que as duas saíram para o castelo, eu sentei no chão, e meio que me senti mal. Péssimo. Não quis magoar Marlene quando acabamos. Mas ela disse que era de mentira.

Voltei para a sala comunal meio confuso, e topei de frente com o meu carma ambulante.

- Ah! Desculpa.

- Oi, Marlene.

- Oi.

- Tudo bom?

- Tudo.

- Hum... Vai para a sala comunal?

- Não.

- Então tá.

- Ok.

Entrei no salão comunal, e percebi que ela estava me evitando. Será que me viu espionando?

- Pads, festinha do Slughorn. – James me disse quando consegui achar onde eles estavam. Ah, perfeito. Uma festa, com direito à Ranhoso, Regulus e companhia, era mesmo o que eu precisava.

- Merda. Se eu me jogar da torre de astronomia será que ele ficará ofendido?

- Não sei, eu sei que a gente vai precisar de roupa. Hogsmeade, lá vai. – ele resmungou, amassando o bilhete e abraçando Lily.

Revirei os olhos e fui dormir.

Eu estava andando num corredor escuro, e escutei um grito ao longe. Quando encontrei uma porta, abri e dei nos jardins de Hogwarts, onde estava tendo uma festa no lago (?), e eu resolvi participar (?)

Estava pronto para saltar, quando o lago se transformou numa sala de aula, onde Minerva explicava algo que eu não entendia. Do meu lado, senti uma mão envolver a minha. Me virei, e dei de cara com Marlene.

- Oi, posso?

- Pode? – perguntei confuso. Ela se aproximou de mim.

- Posso. – e me beijou. Era como eu me lembrava do beijo dela. Doce, quente, bom.

Então a sala desapareceu, e estávamos de novo no jardim, mas sozinhos. Ela sorriu tristemente.

- Você me magoou.

- Desculpe.

- Não tem problema. Estamos juntos agora.

- Aham. – eu respondi, e vendo que estávamos realmente sozinhos, deitei Marlene no chão, e me abaixei para beijá – la de novo...



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