Vermelha Perdição - Cicatrizes 2 escrita por Brigith


Capítulo 14
Capítulo 13 - Lost Girl


Notas iniciais do capítulo

Olá! Deuses, fazem séculos desde o último capítulo!
Bem, antes deste capítulo, alguns avisinhos básicos (desculpem, sei que é chato enrolar):
Este é o último capítulo desta temporada da fanfic e eu espero, sinceramente, que vocês gostem. Tenham em vista que a história continuará a partir daqui, tomando certos rumos... diferentes.
Gostaria que lessem este capítulo ao som da música "Where is my mind", cujo link está ali embaixo.
Bem, nos falamos depois, boa leitura!



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Música Extremamente Indicada para o Capítulo

ou

http://www.youtube.com/watch?v=7U9f1Rrhz9w

*


“Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe”

William Shakespeare


A água quente escorria por suas costas de maneira delicada. Seu corpo estava relaxado, cada celulazinha dele estava bem. Nada de dor, agonia, nada... não por fora, pelo menos. Apesar de tentar arduamente, Isabella não conseguia parar de pensar no que sua vida havia se tornado. Seria culpa deles, por terem permanecido na cidade apesar de tudo? Culpa dela, por ter se deixado apaixonar... ou seria o destino, uma força superior impossível de contrariar?

No fim, não importava. Não mais. Eles haviam deixado-na para sempre e ela só esperava que aquele que conseguira, de alguma forma, amenizar sua dor não seguisse o mesmo caminho.

Com um suspiro pesado, Bella desligou o chuveiro e, lentamente, foi para o quarto. Vestiu-se e abriu a janela, talvez Damon viesse, mas a garota duvidava muito – o mundo não girava ao redor dela, afinal.

Gritou um “boa noite” para Charlie e se enfiou embaixo das cobertas quentes, desejando mais do que tudo um sonho bom, daqueles que deixam até saudade quando acordamos... mas, novamente, a vida não costuma nos dar tudo o que queremos.


*


– Senti sua falta, Bella – disse Edward, com sua voz aveludada, acariciando a pálida face da garota – Senti muito sua falta.

Isabella estava confusa. Olhou para os lados, mas concluiu que não havia nada para ver, apenas escuridão, exceto... ele. Pálido, calmo e perfeito, ali, bem a sua frente, tão perto... tão real.

A garota encarou seus lindos olhos âmbar e sentiu o peito explodir. O abraçou com toda força que podia reunir e perguntou, em um sussurro baixo:

– Por quê?

Edward a afastou gentilmente e segurou seu rosto entre as mãos.

– Por que...


*


Isabella acordou com o vento frio que entrava por sua janela. Sentou-se lentamente na cama e secou as lágrimas que caíram durante a noite. Que sonho terrível, pensou, antes de tomar coragem e sair da cama.

Vestiu-se da melhor maneira que conseguiu e desceu para tomar seu café da manhã, entretanto, assim que chegou a cozinha, sentiu seu coração falhar uma batida. Ali, em cima da mesa, estava uma solitária carta, escrita em uma caligrafia disforme. Sentiu seu mundo girar. Não, ele não iria abandoná-la assim, não seria capaz... Damon não poderia.

Respirou fundo e pegou a folha de papel.


Bom dia, mi bambina. Espero que tenha dormido bem. Não quis te acordar, espero que me perdoe. Hoje mais cedo, os lobos deram com um rasto fresco. Como prometido, seu au au nos avisou do acontecido e vamos ajuda-los a pegar a ruiva. O chiuaua maior acha que é grande a chance de acabarmos com isso hoje.

Não se preocupe, Isabella, ficaremos bem, você viu que esses vampiros não tem chance contra nós e, além disso, eu lhe disse que lhe daria a cabeça desta vampidia de presente.

Contudo, seria bom se você passasse o dia em La Push hoje, sabe, vantagem de território. Caminhe na praia, visite Billy, o lobo com nome de cachorro, faça o que quiser e, por favor, se cuide.

Estarei de volta antes do sol se por, eu prometo e, Isa, quando eu voltar, a sua maior preocupação será a prova de química da semana que vem.

Cuide-se,

Com amor, Damon.


Isabella mal conseguia respirar quando saiu de casa em direção a La Push. Naquela hora, os lobos deviam estar atrás de Victória, juntamente com os Salvatore e... Elena. A garota tinha certeza que a recém- criada vampira não deixaria de ajudar na caça, apesar de tudo o que havia passado recentemente. Se algo acontecesse a eles...

E havia ainda aquela frase. Aquela última frase – “com amor”. Seu coração palpitava no peito... estaria ela cometendo o mesmo erro outra vez?

Não, pensou ela, não podia se dar o luxo de pensar daquela maneira; não quando aquelas pessoas que conhecera a tão pouco tempo estavam arriscando suas vidas para salvar a sua.

Perdida em pensamentos, mal reparou quando estacionou sua picape na frente da casa de Jacob e encaminhou-se, depois de avisar à Billy sobre sua presença (como se o mesmo não tivesse escutado o ronco de seu automóvel), para a praia.

A garota caminhava lentamente, tentando tirar de seus pensamentos todas as terríveis possibilidades que o futuro podia lhe reservar.

Olhando para o céu, Isabella podia dizer que a chuva não tardaria a chegar. Não havia som algum: nem do vento nas árvores, nem de pássaros cantantes, nem de nenhum outro animal – apenas as ondas, quebrando na linha dos penhascos onde se encontrava.

Swan lembrava claramente do dia em que Jacob debochara, irritado, de Sam Uley e seus seguidores. Lembrava-se como o garoto olhara com asco para eles, pulando do topo daquele penhasco. Tanta coisa havia mudado! Tanta coisa... inclusive ela mesma.

Após um longo tempo de caminhada, Isabella percebeu que chegara ao topo do penhasco. Sorriu e olhou, distraidamente, para baixo. A visão era esplêndida, porém, muito distante. A garota queria mais do que uma simples visão. Queria sentir-se livre. Queria que os lobos e os Salvatore estivessem bem. Queria que a dor que sentia no peito parasse de machucar... queria tanto... voar.

Respirou fundo e olhou para o céu. Era certamente uma atitude imprudente, mas por que não? Já vira outras pessoas pulando de lá, afinal.

Lentamente, a menina retirou os sapatos e, enquanto dava passos calmos até a beirada do penhasco, sentiu as primeiras gotas de chuva.

Sorriu. Não sentia medo – não sentia nada. Ficou na ponta dos pés e ergueu os braços para o céu, sentindo a chuva molhar seu corpo.

Sem pensar na temperatura da água, na queda ou mesmo no impacto que sofreria, Bella inclinou-se para a frente, agachou-se para pegar impulso e atirou-se do penhasco.



*

SEATTLE, WASHINGTON


Haviam passado séculos desde a última vez em que o vampiro sentira aquela dor. Com a respiração pesada, apertava o peito em uma tentativa vã de aplacar a sensação de que seu coração fora arrancado. Chovia forte do lado de fora do belo apartamento onde se encontrava, contudo, o homem sabia que aquela chuva não era nada, comparada a tempestade que, tinha certeza, estava por vir.

Quando, finalmente, foi capaz de respirar de maneira satisfatória, o vampiro discou um número que, há três semanas não tinha em sua agenda.

– Katherine – disse, assim que ela atendeu – está acontecendo. Encontre-a e a proteja e terá sua liberdade.

Sem esperar uma resposta, o vampiro desligou o aparelho e deixou-se, momentaneamente, sentir o medo de que algo pudesse dar errado.

Mas não, não iria, pois Katherine faria qualquer coisa por sua liberdade e Klaus tinha certeza que sua criança estaria a salvo nas mãos de seu antigo amor psicopata... bem, quase certeza.



*


LA PUSH, WASHINGTON


Isabella foi tomada por uma onda de puro prazer. O vento, a chuva, a queda... tudo tão maravilhoso! Contudo, a velocidade era tremenda e, muito antes do que desejava, sentiu seu corpo cortar a superfície da água. Era gelada, muito mais do que pensara e, ainda assim, perfeita. Por um momento, sentiu seu corpo afundar naquela escuridão fria e prazerosa e, então, sentiu-se puxada violentamente pela correnteza.

Naquele caos de águas negras, a garota não conseguia precisar para onde ficava a praia, sentia-se uma boneca, sendo arrastada de um lado para o outro, indefesa e vulnerável.

Naquela terrível confusão, a menina sentiu seu corpo ser arrastado fortemente contra algo rígido, uma rocha que ela não podia ver. A força do impacto foi tamanha que o ar que a garota conseguira reter em seus pulmões escapou de seu corpo e ela sentiu uma dor que ultrapassava tudo que já havia sentido.

Sentiu sua pele ser perfurada e seu sangue misturar-se a água que entrava por suas vias respiratórias. Doía como fogo contra a pele e Swan não tinha ninguém a quem culpar se não ela mesma. Em um último momento de lucidez, pensou em como Charlie, Angela, Reneé, Damon e até Edward reagiriam ao saber de sua morte e em como pudera ser tão egoísta.

A dor que sentia chegou ao ápice, nada mais importava, a garota sentia que era o fim.

A água, fria e cruel, envolveu-a completamente e, então, após uma última tentativa vã de sobrevivência, sua vida se esvaiu.

O coração de Bella Swan... parara de bater.


“Estas alegrias violentas têm fins violentos

Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora

Que num beijo se consomem”

Romeu e Julieta, Ato II, Cena IV




N/A : Heey! E então, o que acharam? Muito sentimental, pouco esclarecedor, é, como de costume. Bem, agora, para aqueles que já estavam querendo o meu couro, devo anunciar que, sim, meus amores, os Cullen estão cada vez mais perto de aparecerem na história! Só para avisar 'hehe

Bem, quero agradecer e mandar um beijo enorme as lindas Miss Midnight, Simone Cullen Salvatore, amando, giovana0914, Juliette, Bia Salvatore Mikaelson, Luce C, Vitoriaquinn, Titi Salvatore, Giulia Salvatore, Nielli Cris, Maiandra Gilbert, Becky e Nathany Braido, por terem me mandado reviews no capítulo anterior e me lembrarem que não escrevo essa história só para mim e que - por incrivel que pareça - tem gente que realmente gosta disto aqui.

Ah! E eu quero agradecer (MUITO) ás maravilhosas : Jessie, Mari, And_Cullen e Gabhi por aquelas recomendações que me fizeram tão feliz. Obrigada.

Espero que nos vejamos ainda na próxima temporada! Um beijo enorme e cheio de carinho a todos aqueles que, apesar de tudo, acompanharam essa historia até aqui, me incentivando incessavelmente através de reviews e etc.

Até a próxima temporada, beijos,

Bri.



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