Vermelha Perdição - Cicatrizes 2 escrita por Brigith


Capítulo 13
Capítulo 12 - Em Compasso de Espera


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Saudades de vocês! Eu sei que demorei - de novo - mais do que seria possível perdoar, mas ainda assim agradeço a todos aqueles que, apesar disso, continuam acompanhando isso aqui.
É o seguinte, meus amores, esse capítulo não é agitado, não contém muito "love, love" e nem muitos detalhes do que aconteceu em certo momento entre o desmaio da Bella e... bem, vocês vão entender. Mas é um capítulo necessário por que *rufem os tambores* capítulo que vem vai ser o último... dessa temporada. Pelo menos, é isso que estou planejando.
Bem, lá embaixo dou mais detalhes, aproveitem a leitura!



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Havia uma flor. Uma linda tulipa branca e vermelha,enraizada na terra fofa do que parecia ser uma enorme floresta. Já passava da meia noite,mas a lua estava absurdamente brilhante naquela escuridão. A garota olhou ao redor. O lugar onde estava era deprimente,apesar do brilho da lua e daquela única e solitária flor.

Isabella estava cansada. Sentia cada parte de seu corpo doer e uma vontade enorme de deitar ali mesmo, no meio daquela mata, sob o brilho da lua e a beleza da flor. Por alguma razão, entretanto, ela não podia. Bella sentia que precisava continuar andando,como se precisasse desesperadamente chegar em algum lugar – algum lugar que não fosse ali.Era aquele tipo de certeza que não deixava margem para dúvidas.

Então, sentindo seu corpo protestar, a garota começou a andar, não sem antes abaixar-se e arrancar a tulipa tão maravilhosa que, no segundo que foi erguida da terra,enegreceu e murchou, deixando na mão da menina apenas uma coisa sem vida, uma lembrança pouco eficiente do que uma vez fora tão belo.

*

Isabella acordou com grossas lágrimas caindo pelo rosto e uma raiva inexplicável que, ela sabia, nada tinha a ver com o triste sonho que acabara de ter.

– Isabella, finalmente!Estava começando a me preocupar. – disse Damon em uma voz extremamente aliviada – Está sentindo alguma coisa? Por que está chorando?

Swan suspirou, sentando-se na cama que, deduziu ela, deveria ser de seu namorado.

– Estou bem, não se preocupe. – disse a garota, secando o rosto com as mãos – Ah! Damon! Os lobos... Laurent... Deus, estão todos bem?

O vampiro sorriu, sentando-se do lado de sua menina e acariciando-lhe a face.

– Estão todos ótimos, exceto, talvez, Laurent. – concluiu – Não acho que ele tenha gostado muito de ter seus braços, pernas e cabeça arrancados por um bando de cachorros que cresceram demais, mas isso é só um palpite.

Isabella sorriu e abraçou o rapaz com todas as forças que tinha.

– Pelo menos agora sabemos que essa outra “espécie” de vampiros que brilham como garotas da Mangueira no carnaval não são páreos para nossas lindas e afiadas presas – disse Damon, de modo sarcástico.

– Garotas da Mangueira no carnaval? – perguntou Bella, encarando o vampiro, confusa.

Damon sorriu.

– A Mangueira é uma escola de samba do Brasil que, durante o carnaval, fica bem... brilhante. – explicou

– Desculpe, não entendi o que exatamente... – começou a garota

– Esqueça, mi bambina, - disse o rapaz, pacientemente – eu preciso te levar para casa, Isabella, Charlie deve estar preocupado. Tem certeza de que está bem?

Swan assentiu.

– Mas, Damon, - disse, enquanto se levantava da cama – o que... o que aconteceu depois que eu... que eu desmaiei?

O vampiro suspirou.

– Eu lhe conto no caminho de casa. Vamos?


*

– Calma, vai ficar tudo bem, você vai ficar bem. Isso é...

Elena, cujos olhos estavam totalmente molhados, nunca sentira nada parecido com aquilo antes.

Ela sentia tanta raiva, tanto ódio, tanto nojo de si mesma e, ainda assim, sentia-se totalmente... viva.

– Não se atreva – disse ela – a dizer que isso é “normal”, Stefan. Eu não... como eu pude fazer isso? Como pude?

– Elena, você é uma vampira agora. Você tem necessidades e desejos – disse Stefan,calmamente – Você lidou muito bem com a transformação, mas, meu amor, a sede de sangue não é uma coisa fácil de conter nos primeiros...

– Anos? – tentou a garota, com irritação

– Dias – corrigiu Stefan – no seu caso, pelo menos.

– O que você quer dizer com “no meu caso”? – perguntou Gilbert

– Quero dizer que farei de tudo para que essa transição seja o mais suave possível – disse ele – Vou te ensinar a se alimentar,a se controlar... você não vai se tornar alguém como... como eu.

Elena suspirou e secou uma lágrima de seu rosto.

– Mas aquele homem... Stefan, ele deveria ter família, filhos, esposa... o que foi que eu fiz? – questionou – Por que foi que o matei?

Tentando manter a postura firme, o vampiro abraçou a vampira que agora soluçava. Aquilo ia passar, ele sabia, mas a que preço?


*

– Não, não, não – disse Bella, olhando incrédula para Damon, enquanto o mesmo tirava o carro da garagem – Elena não faria isso, não pode ser verdade.

O vampiro olhou de esguelha para a garota e disse, serio:

– O que você tem de entender, Isabella, é que a transição é muito difícil. Tudo que se sentia antes é intensificado, aumentado. As emoções ficam fora de controle e, juntando isso com a sede do recém-criado... bem,apenas digo que até hoje não conheci um vampiro que não tenha matado alguém pelo menos uma vez.

– Mas... mas sangue animal não é o bastante? – perguntou Swan – E bolsas de sangue não poderiam...

– A longo prazo, bolsas de sangue são uma boa pedida – disse o rapaz – mas sangue animal não. Stefan, sendo o teimoso que é, tentou diversas vezes essa dieta e sempre acabou em desastre. Ele ainda pega um esquilo e coisas nojentas assim às vezes, mas ele está tentando se adaptar a sangue humano.

Isabella pareceu chocada.

– Mas por que...?

– Por que ele quer se alimentar de sangue humano? – concluiu Damon – Ele não quer, mas ele precisa. Sangue animal nos deixa fracos se é a única coisa que ingerimos. Não é o que precisamos. Nem sangue estocado em um freezer é. Precisamos de sangue quente, da veia, e recém criados precisam ainda mais. Mas acontece que, quando você se alimenta, é muito fácil perder o controle, ainda mais se está acostumado demais a beber só uma substituição para o que você realmente precisa.

– Então Stefan está tentando se alimentar de humanos para aprender a ter auto-controle? – perguntou a garota

– Basicamente, sim. Mas ele está mais nas bolsas de sangue por enquanto e, acredite em mim, isso é um ótimo progresso para os padrões dele. – disse Damon, enquanto manobrava o carro para virar uma curva – Já Elena, bem, isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Não me olhe assim, Isabella, só por que isso é verdade, não quer dizer que eu goste. Tenho certeza que ela vai superar... eventualmente.

Swan assentiu.

– Ed... Edward – começou, encolhendo-se – nunca me falou muito sobre como são as coisas... para os do tipo dele. Sei que a sede é terrível e que não são todos que conseguem se controlar o suficiente para morder um humano e não matá-lo. Não sei muito mais do que isso, entretanto.

O resto da ‘viagem’ correu em silêncio. Isabella sentia o coração apertar. Sentia pena de Elena, não devia ser fácil para ela, porém, o que mais a incomodava era o fato de saber que Victória estava cada vez mais perto. A simples lembrança daquele sorriso insolente e aquele cabelo ruivo fazia com que tivesse vontade de gritar – não de medo – de raiva.

Era tudo culpa deles. Por que não a fizeram forte como eles, por que a deixaram como uma vulnerável humana e por que, mais importante, a deixaram totalmente sozinha. O que faria se não tivesse os Salvatore e os lobos ao seu redor?

Bella grunhiu baixinho. Sabia que estava sendo egoísta, desejando que os lobos ou os Salvatore jamais a deixassem desprotegida,mas cansara de ser nobre. Estava mais do que na hora de começar a pensar mais em si mesma, ah, estava.

O carro parou, arrancando a garota de seus devaneios.

– Quer que eu entre com você? – perguntou Damon

– Não, - disse Bella, inclinando-se para o vampiro – você precisa ir ajudar Stefan e Elena, eles ainda devem estar na floresta...

– Tudo bem, - concordou o rapaz – mas eles já devem ter enterrado o trilheiro a essa altura.

– Sim, você tem razão, mas tenho certeza de que ela apreciará seus sábios conselhos – disse a garota, dando um leve beijo nos lábios de Damon – Seja gentil.

– Eu sempre sou gentil – retrucou o vampiro, enquanto Swan saia do carro – Isabella, eu...

Bella se virou, olhando para o Salvatore.

– Sim?

– Cuide-se,está bem? – concluiu o garoto

Ela sorriu.

– Eu sempre me cuido. – disse – E Damon... obrigada.

O moreno sorriu ironicamente, enquanto ligava o carro.

– Não me agradeça ainda, faça isso quando eu te der a cabeça de uma vampira psicopata de presente de aniversário, ok?

E, assim, deu a partida, sem esperar uma resposta.


*

HOTEL GRAND VILLAGE, FORKS

Katherine estava inquieta. Acabara de se estabelecer naquela pequena e medíocre cidadezinha e sabia que precisaria agir. Não era um jogo seguro, esse que estava jogando. Sua própria vida estava em risco, mas não via mais muitas saídas. Estava farta de fugir e, embora não estivesse totalmente certa de que seu plano funcionaria, precisava ao menos tentar.

Suspirou. Precisava tomar algumas precauções, antes de qualquer coisa. Conhecer o território, saber o que estava acontecendo, que tipo de pessoas poderia... persuadir.

Abriu a mala que estava em cima de sua cama e tirou de lá seu celular. Procurou por um tempo antes de achar o número que precisava.

Era fato que Pierce não confiava em quase ninguém, mas tinha lá seus “amigos”. Pessoas com quem, ela sabia, podia contar.

Apertou o botão de discar.

Faziam mais de dois anos desde que Katherine falara com sua “amiga” pela última vez, mas o que melhor que uma bruxa para lhe informar tudo o que precisava?

– Katherine? – perguntou a voz do outro lado da linha – Há quanto tempo! Precisa de alguma coisa?

A vampira sorriu.

– Weber! Fico feliz que ainda tenha meu número em sua agenda. – enrolou – Poderíamos nos encontrar? O assunto é delicado.

– Não me chame assim, sabe que não gosto. – retrucou a voz – Está em Forks? Bem, venha até minha casa, mas tome cuidado. Sua cópia também está aqui.

– Eu sei, Elena é um dos motivos de minha vinda. – disse ela -Escolha um vinho para bebermos,Angela,chego aí em meia hora.




N/A: Então, pessoas, o que acharam? Sim, eu sei, esperava-se mais depois de tanta demora e, por isso, me desculpem. Como eu disse, porém, esse capítulo era necessário para que o próximo possa ser digno do título de "Season finale" 'haha

Espero ver todos vocês no próximo capítulo e, posteriormente, na segunda temporada.

Como sempre, um beijo ultra-mega especial para as pessoas que deixaram a preguiça e a raiva dessa autora demorada de lado e deixaram comentários maravilhos. Não vou escrever todos os nomes, mas por favor, saibam que cada um de vocês é muito importante para mim. Obrigada, mais uma vez, por todo o apoio e paciência.

Então, um beijo enoorme e até o próximo capítulo!


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