Pigananda!!! escrita por almightymag


Capítulo 8
Luvebug is my nickname


Notas iniciais do capítulo

Eu só estou adiantando esse capítulo porque é véspera de Natal u_u E vocês merecem o/ E porque ele já estava escrito e porque eu não sei quando eu vou voltar a postar u_u Porque muitos sabem (ounão '-') que eu só posto acima de seis reviews, se tiver menos que isso não rola /lixa.
Então... Espero que vocês também gostem desse capítulo :D



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A gente não fez nada em questão àquilo. Sabe, àquilo! Bom, foi um beijo. E foi bom. Aaah, ta, ta bom, foi PERFEITO! Pelo fato de ele ter posto as mãos em meu rosto e não minha bunda como os garotos de Manhattan costumam fazer.

E eu também não contei para ninguém, quero dizer, não contei para Anna nem para Sunie. Pelo menos durante dez longas e intermináveis horas. Mas eu sei que esse silêncio não ia durar muito tempo.

É claro que durante o dia todo mundo notou algo estranho entre mim e o Key. Bom, pelo menos devem ter notado, porque eu mal conseguia olhar para ele direito, eu não conseguia ironizar nada do que eles falavam, eu estava calada demais e só fui notar isso quando todos estavam na sala assistindo qualquer coisa. Eu estava encolhida no canto esquerdo do sofá de três lugares com os fones do meu iPod enfiados nos ouvidos. Ao meu lado estava Sunie com as pernas dobradas em borboleta e no canto direito do sofá estava Anna abraçada com um ursinho que ela achou não sei aonde – acho que no closet deles.

– Ouuun, esse ursinho é tão fofo – anunciou ela fazendo voz de criança. Inédito! – Vocês o dão pra mim? – Ela abraçou o ursinho.

Bom, não era bem um ursinho. Ele era um pouco menor que minha perna. Ele era todo caramelo, a barriga era branca e o focinho e os olhos eram pretinhos. Ele era realmente muito, muito fofo.

– Pode ficar – disse Jong dando de ombros.

– Eu nem sabia que esse ursinho ainda existia – falou Onew sem tirar os olhos da televisão.

– Aliás, de quem era? – perguntou Jong.

Todo mundo olhou para Taemin.

Taemin apontou para Minho.

– Fala sério Minho – disse Jong – Você era meu ídolo, cara!

Eles começaram a rir.

– Qual o problema? – quis saber Minho – Minha mãe que me deu.

Eu também não pude deixar de rir.

– Aliás, pode ficar Anna. Mas ele não sai da Coréia! – Minho falou sério – Ele tem medo de avião.

Anna ria enquanto brincava com os bracinhos do urso.

– Qual o nome dele? – perguntou Sunie.

– Kael – respondeu Minho.

– Kael? – Sunie inclinou a cabeça.

– Kael de kaeleomel.

– Facilitou minha vida – disse Sunie.

Minho riu.

– Significa caramelo em coreano – explicou ele.

– Faz sentido – disse Sunie olhando para o urso nos braços de Anna – Posso contar um segredo?

– Claro! – responderam todos num uníssono.

E quem não gosta de escutar segredos?

– Anna sempre dorme abraçada com um urso.

– Ei! Se quer contar um segredo, conte um dos seus! – protestou Anna.

Todos riram.

– Eu gosto de dormir com ursinhos por que eles são fofos – disse Anna distraidamente.

– Eu sou fofo também – Taemin disse baixinho, mas, apesar do barulho da TV, deu para ouvir. Até eu que estava com os fones de ouvido ouvi.

E fiquei chocada pelo segundo sentido explícito em uma frase tão simples! Eu tive que tirar os fones de ouvido. Eu e Sunie olhamos para Anna, ela mantinha o rosto escondido atrás do urso. O rosto vermelho igual a um tomate. E olha que ainda estava escuro. Só a luz da TV que iluminava a sala, mas mesmo assim dava para ver o rosto de Anna ruborizado.

O que foi isso? – sussurrei e ela olhou para mim sorrindo.

Foi a primeira vez que eles ouviram minha voz depois que eu saí da cozinha.

Já haviam se passado 25h desde que eu beijei o Key. Ah, claro que estou contando! Ainda não disse nada para as meninas. Não por falta de coragem, mas por falta de tempo. Ontem de noite elas já foram sonolentas para o quarto, então sem chance de tentar conversar com elas. Quer dizer, se eu falasse qualquer coisa para elas do tipo “Logan Lerman ligou para o meu celular” elas me responderiam com um “hummm” bem desanimado – sim, elas se transformam em zumbis quando estão com sono.

E quando eu acordei? Bom, não disse nada porque só pensei em dizer quando nós estávamos no banheiro com as bocas ocupadas escovando os dentes. Depois eu não ia falar nada na mesa do café da manhã, nem quando nós estávamos lavando a louça e os meninos estavam lá nos assistindo e falando palhaçadas. Mas agora eu não tinha desculpa nenhuma.

Nós estávamos na parte de trás do quintal deles – não acredito que depois de uma semana nunca viemos aqui – onde havia uma piscina enorme. No deque da piscina havia cadeiras reclináveis e mesinhas com guarda-sol espetado nelas, uma mini quadra de basquete, um banheiro quase imperceptível num canto e um balanço com três lugares numa piscina de areia. Era lá que nós estávamos, sentadas no balanço sem se balançar, sentindo o calor do sol que nessa época de frio é uma delícia. Eu com a cabeça encostada na corda pensando por onde começar.

O silêncio que pairava entre nós não facilitava naaada.

– Eu tenho uma coisa para contar a vocês – murmurei sem erguer os olhos.

Mas dava para senti-las olhando para mim.

– Eu... – Eu tomei fôlego. – Beijei o Key.

Não precisei erguer os olhos para ver Sunie de boca aberta e Anna de olhos arregalados.

– Ontem quando nós estávamos na cozinha... – continuei falando baixo.

– Eu te disse! – falou Anna com entusiasmo.

– Aaaah, por que você o beijou, Mag? – perguntou Sunie injuriada.

– Porque ele é atraente – Anna respondeu por mim. Ah, claro que eu concordava com ela.

– Por sua culpa eu perdi cinqüenta dólares, senhorita Kiss! – acusou-me Sunie.

– Mas nos conta como foi! – incentivou Anna.

– Não acredito que vocês apostaram – murmurei fechando os olhos.

– Muito molhado? – perguntou Sunie.

– Muito seco? – perguntou Anna.

– Foi bom – respondi.

– Bom do tipo bom? – perguntou Sunie positivamente.

– Ou bom do tipo bom? – perguntou Anna negativamente.

– Foi... bom – respondi positivamente. Mas elas não estavam satisfeitas com a resposta. – Foi o melhor beijo que eu já provei ok? – falei tão baixo que nem se elas ouviram.

Elas soltaram gritinhos baixos de excitação e depois um “ouuuun” então eu soube que elas ouviram perfeitamente.

– Já chega – disse rindo e me levantando do balanço – Vamos fazer o almoço?

– Aaaah – Anna resmungou – Me deixa ficar aqui, só um pouquinho, aqui é tão inspirador – Ela olhou em volta, era realmente um quintal lindo. – E eu to sentindo falta de sentir isso... Me dêem uma folga hoje? – Ela fez beicinho. Nunca vi Anna fazendo beicinho.

– Assim eu fico até comovida – falei pelo beicinho que ela havia feito.

– Você vai lavar a louça sozinha? – propôs Sunie.

– Sunie, cuidar de você já um bom castigo – disse Anna.

Eu soltei uma gargalhada e abracei a Sunie que estava com uma cara forjada de choro.

– Coitadinha. Você me prometeu que ia manter segredo dela.

Sunie riu, bateu no meu ombro e saiu andando com passos pesados em direção a casa.

Dei um breve aceno à Anna e segui a Sunie.

A casa estava silenciosa, e isso me dava medo. Não havia nenhuma música tocando, não havia vozes e nem risos. E por isso eu e Sunie estávamos cantando enquanto cozinhávamos. Nosso repertório era enorme, desde pop à heavy metal – ok, heavy metal nem tanto, mas a gente conhecia bastante música.

Agora estávamos cantando Right Where I Belong do 3 Doors Down. Eu improvisava as batidas da música batendo duas colheres de pau na beirada da bancada. Essa música gasta bastante a garganta graças ao Brad Arnold, e quem puxou ela foi a Sunie – 3 Doors Down é a banda preferia dela.

I dont know why I gave you my heart 'cause sometimes it feels so wrong – nós berrávamos o refrão – But in spite of all this weather I know why we are together and I swear right now I'm right where I belong!

Não sei por que enquanto cantava o refrão dessa música eu sentia um ligeiro friozinho na barriga e Key latejava na minha cabeça. O refrão da música é exatamente assim: “Eu não sei por que te dei meu coração porque às vezes parece tão errado. Mas apesar de todo esse clima eu sei por que nós estamos juntos, e eu juro que agora estou exatamente onde é o meu lugar”. Mas esse aqui não é o meu lugar... Ou é? E eu não entreguei meu coração ao Key. Não mesmo. Foi só um beijo.

Sorri quase que de alívio quando terminamos a música.

You would not believe your eyes… If ten-million fireflies – comecei a música Fireflies de Owl City.

Sunie demorou a pegar a letra dessa, ela só me acompanhou no refrão.

I'd like to make myself beliiiiieve, that planet eeeeaaarth tuuurns sloooooooowly – a gente cantava alto enquanto ela cortava os temperos e eu fazia a massa da torta de queijo e presunto.

Particularmente eu acho essa música muito fofa.

You wake up, it's raining and it's monday – comecei outra música.

– Você não vai me fazer cantar Hannah Montana.

Looks like one of those rough days. Time's up, you're late again, so get out the door – continuei cantando e tentando não rir da cara da Sun.

– Aaah, Maggy!

– Ok! – Parei para pensar em outra música. – So, I put my hand up, they’re playing my song!

– Ah, Miley Cyrus! Bela variação.

Eu ri.

– Sunie! O que é isso? Quem está te ensinando a ser assim?

Ela me olhou de cima a baixo.

– Eu sou uma má influência... – murmurei.

– Oi, oi noonas – disse uma voz masculina.

Eu me virei e vi Taemin sentando-se no banco.

– Oi Tae – respondeu Sunie.

– O que é uma noona? – perguntei.

– Oh, me desculpe...

– Não, não precisa se sacrificar – interrompi ele – É só me explicar o que é uma noona.

– Usamos noona para meninas mais velhas – dizia ele com um sorriso – No caso, noona seria para você, mas como a Sunie é malditos meses mais velha do que eu – Sunie riu. – então serve para ela também. Para meninos se usa oppa – acrescentou Taemin.

– Onew oppa e Jong oppa – disse toda boba como se já falasse coreano fluentemente. Onew tinha 22 anos, Jong 21 e eu 20. Eles eram os únicos mais velhos que eu. Já o Minho e o Key também tem 20 e eu ainda não sei quando eles fazem aniversário, então não vale.

– Todos eles são oppa para mim – falou Sunie – Com exceção do Tae.

– Obrigado pela parte que me toca – murmurou Taemin – Ah, por que a Ann não está co vocês?

Ann? Nossa, que intimidade.

– Ela está lá fora desfrutando o silêncio e absorvendo inspiração – disse Sunie teatralmente.

– Humm – fez Taemin desanimado – Então é melhor deixá-la sozinha, né?

– Não! – Isso saiu mais alto do que eu queria. – Vai lá conversar com ela.

– Ah, Mag – fez Sunie – Você sabe que Anna quando quer ficar sozinha não gosta de ninguém no pé dela.

Eu pisei propositalmente no pé de Sunie sem que o Taemin percebesse.

Aaaai!

Eu a fuzilei com o olhar.

– Eu torci meu pé – completou ela sem saber o que estava falando.

– Você estava parada – disse Taemin.

– Ela é atrapalhada até quando não está respirando – zombei – Acredite em mim. Então Tae, vai lá conversar com a Ann.

– Não sei não...

– Vai lá conversar com ela!

– Tem certeza?

Eu peguei o facão na gaveta para cortar o queijo mussarela em cubos.

– Vai lá conversar com ela – disse com uma voz doce, o que combinando com a aquela faca na mão soou meio psicopata.

Taemin se levantou sem pensar muito.

– Ann vai te matar – sussurrou Sunie depois de certificar-se de que Taemin já tinha saído da casa.

– Ela vai me agradecer.

– Run – fez Sunie franzindo os lábios.

Eu larguei a faca no balcão e puxei Sunie pelo braço. Andei até o último quarto do corredor, onde havia uma janela que dava para o quintal de trás. Eu sabia que cômodo era aquele, estava tudo escuro, sendo apenas iluminado pela fraca luz do sol.

E lá estava, Anna em um balanço e Taemin em outro conversando sobre coisas que eu não fazia a mínima idéia do que se tratava. Havia brilho nos olhos da Anna. Havia brilho nos olhos da Anna!

Taemin se levantou. Eu e Sunie nos jogamos no chão.

– Será que ele nos viu? – sussurrou Sunie.

– Não, eu acho...

Eu me levantei bem devagar e puxei a cordinha da persiana. Agora sim. Eu e Sunie espionávamos por entre as brechinhas da persiana.

Agora a Anna estava balançando enquanto Taemin estava parado na frente dela numa distancia segura de dois metros – ou mais ou menos isso. Ele contava nos dedos e quando chegou a cinco, Anna saltou. Foi um belo salto, mas eu tive medo de que ela caísse.

Bom, ela caiu. Mas Taemin fez o favor de segurá-la. Segurá-la até demais. Ah, eu achei um exagero os braços dele envolver a cintura dela daquele jeito, e ela segurar nos braços dele, bom, daquele jeito.

– Não acredito que vamos assistir isso em primeira mão – sussurrei.

– Que inédito! – sussurrou Sunie entusiasmada.

– Graças a mim! Eu que o mandei para lá – sibilei emocionada.

– O que vocês estão fazendo? – outra voz masculina murmurou atrás da gente.

– Shhhhh! – fiz puxando o Minho pela mão fazendo ele se agachar ao nosso lado.

Eu vi Sunie perder a respiração quando ele olhou para ela e disse oi com um sorriso suave.

Cara, ele só disse oi.

– Vocês não estão fazendo isso – murmurou Minho olhando para onde estávamos olhando antes de ele chegar.

Eu voltei minha atenção lá para fora. Taemin dizia alguma coisa para Anna, e essa coisa – seja lá o que for – plantou um sorriso no rosto dela.

– Onde estão os outros? – perguntei ao Minho.

– Onew foi... – ele fez uma pausa – não sei aonde, Key foi ao mercado e Jong foi visitar a namorada.

– Jong tem namorada?

– Ahaam, a Se Kyung.

– Mais algum de vocês tem namorada? – foi a vez de Sunie perguntar.

Sei exatamente que a pergunta que se formulou na mente dela foi “Tem namorada Minho?”, mas se ela perguntasse isso... Bom, não gosto de ficar dando uma de castiçal – segurando velas.

– Hmmm, não, só o Key – ele respondeu simplesmente.

Meu sangue ferveu de raiva, mas não deixei ninguém notar isso.

– Na verdade – Minho continuou. – Ele terminou com a namorada dele semana passada. No mesmo dia e no mesmo lugar onde encontrou você, Mag.

– Ele contou para vocês onde me viu pela primeira vez? – perguntei. Não, meus olhos não deveriam estar brilhando. Quer dizer, qual o problema de ele contar para os amigos dele onde me viu pela primeira vez? Isso não deveria ser especial. Mas, caramba, acho que estou mais apaixonada do que deveria.

– Olha! – disse Sunie assim que Minho abriu a boca para me responder.

Quando eu voltei a olhar lá para fora, Anna e Taemin já estavam com os rostos a milímetros de distancia. Então os milímetros foram diminuindo até desaparecerem.

– Oh. My. God! – eu e Sunie exclamamos baixinho. Sunie bateu em alguma coisa.

Por reflexo eu olhei, e era a perna do Minho, bem na coxa. A Sunie sempre bate distraidamente em alguma coisa quando está empolgada. Mas, cara, ela bateu na perna do Minho! Alguém tem noção da gravidade que é tocar na perna de um garoto? Ainda mais na coxa!

– Me desculpe – disse Sunie super sem graça.

– Tudo bem – Minho respondeu com um sorriso.

Eles voltaram a olhar lá para fora. Porém, eu tive a chance de ver os olhos do Minho voltarem para a Sunie por alguns segundos, e ele estava mordendo o lábio inferior.

Eu me levantei dizendo:

– Certo, definitivamente odeio velas!

Eles olharam para mim confusos.

– Eu vou terminar de fazer o almoço, tá? – Eu já estava saindo quando Sunie se levantou. – Ah, e não preciso de sua ajuda – completei olhando para ela – Só falta montar a torta, então posso fazer isso sozinha. – Então saí sem mais delongas deixando Sunie sozinha naquele quarto. Com o Minho!

Elas deveriam me idolatrar. Sério. Deveriam meeeesmo!


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Ah, gostaram sim u_u -tijolada IUAHSIAUSHAIUSH' Como podem ver as coisas vão ser quentes agora, e não é porque a neve derreteu u_u kkkkk' talvez seja por isso que a neve derreteu .-. kkkkkk' :P
Bom, reviews reviews reviews o/



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