Pigananda!!! escrita por almightymag


Capítulo 29
You're the closest to heaven that I'll ever be~


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, hoje aconteceu tudo muito rápido xD Eu terminei a fic, recebi uma ask revigorante, ganhei mais uma leitora~ Seilá, tudo aconteceu hoje e isso me deixou super animada *--*
Poes é, SIM! eu terminei de escrever PIGANANDA! Finalmente! xD E nunca conseguiria se num fosse vcs *-*
Enfim, desfrutem u.u E eu finalmente fiz o POV dos meninos q vcs tanto pediram xD



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Eu não consegui simplesmente ficar sentada, parada, esperando a gente chegar ao nosso destino. Quando eu ficava parada por mais de cinco minutos tudo em mim me incomodava. O all star parecia estar apertado demais, minha nuca coçava, e por algum motivo eu não parava de coçar meu olho na tentativa de me livrar de um cílio que nunca esteve ali.

Eu levantei. Não exatamente fiquei de pé, porque num rola ficar de pé dentro de um carro – mesmo que o Chrysler Town & Country seja grande e tudo mais – e me inclinei entre os dois bancos, o do motorista e do carona – onde o Minho dirigia e o Key tentava se distrair com qualquer coisa lá fora (diferente de Ann e Tae que estavam se distraindo legal lá atrás) –, para mudar a estação de rádio, porque aquela música chata parecia que não ia acabar nunca!

Key se assustou com a minha súbita presença ali (e creio que você esteja se perguntando por que num é ele que está sentado no outro banco ao meu lado ao invés da Sunie. Bom, segundo o Minho, ele iria se distrair demais se a Sun fosse sentada ao lado dele. Então resolveram punir eu e o Key). Estiquei meu braço até alcançar o botão e só voltei a me sentar quando ouvi a voz das meninas de Rainbow cantando A (eu e as meninas sempre arranjávamos um tempinho para conhecer mais bandas de k-pop que, na nossa opinião, é bem mais viciante do que qualquer pop americano, sem contar que eles são sempre criativo nos clipes).

Só eu e Sunie que sabia a letra da música porque cantamos e tentamos dançar ela até o final. Já a Anna, ou ela realmente não sabia ou ainda estava ocupada lá atrás para onde eu evitei olhar por todo o trajeto (não existe muita coisa mais constrangedora do que você olhar para trás e ver sua amiga beijando um garoto. Sei lá, é muito tenso). Uma vez ou outra o Key me olhava pelo retrovisor e ria da minha tentativa frustrante de tentar dançar igual – mas isso era porque eu estava dançando sentada num banco de coro macio, dentro de um carro, e não em um lugar devidamente apropriado para isso.

Juro que quando o Minho estacionou o carro, meio que uma hora depois depois, eu quase pulei de lá de dentro. E eu estava tão ocupada dançando e cantando com Sunie que me esqueci de olhar pela janela para saber para que lugar eles estavam nos levando. E agora eu não sabia se me sentia surpresa ou assustada.

Porque o lugar não tinha nada.

Nada além de mato, árvores e pedras. Ah, e um céu mais encrustado de estrelas do que eu já vi em toda a minha vida quando eu ergui o rosto e o fiquei contemplando.

– Te trouxe ao lugar certo? – perguntou Key segurando a minha mão com a sua mão quente.

Eu suspirei, o campo tinha cheiro de flores silvestres e terra molhada, mesmo não estando chovendo.

– Não sou do tipo... rural. Mas gostei daqui – desci meus olhos até encontrar os seus.

– Mas é claro, você está comigo.

– Quem disse que você faz diferença? – Ergui uma sobrancelha.

– Ninguém precisa me dizer algo que eu já sei.

Eu mordi o lábio inferior e sorri olhando em volta.

– Vamos apostar uma corrida até aquela pedra? – disse apontando para uma pedra que não estava muito longe de onde nós estávamos agora.

– Apostar corrida? – Ele franziu o cenho.

– É – Eu olhei para ele que me fitava com descrença. – Tá com medo de perder, Key?

– Eu? Medo de perder de você? Há!

– Eu estou sentindo cheiro de medo – cantarolei.

– Para – ele murmurou – Eu não gosto muito de correr.

– Pó-pópó! – comecei a imitar uma galinha – O que é isso, um franguinho? – disse levando os dedos a minha orelha teatralmente. – Pópó-pó-pópó!

– Dá pra parar?

– Pópópópóóó!

– Já chega! – ele gritou.

E eu prendi o riso que estava me matando lentamente por dentro.

– Pópó...

Key se virou e começou a correr, rindo. Minhas pernas tropeçaram uma na outra no começo, mas logo elas começaram a funcionar com eficiência. Eu só estava alguns centímetros atrás do Key, na verdade, estava quase ao lado dele. Só não corria mais rápido porque os matos roçavam nas minhas canelas, e isso era desconfortante.

– Keeeey! – gritei, minha mão quase alcançando seu braço.

E quando meus dedos tocaram sua pele eu não hesitei em agarrá-lo e tentar, apenas tentar, puxá-lo para trás. Mas o Key é tão inteligente quanto eu, então ele me puxou pela cintura. E eu continuei segurando seus dois antebraços para que ele não passasse minha frente.

– Me larga!

– Você quem começou! – Ele ainda segurava minha cintura, me puxando para trás.

Eu ergui uma perna. Faltava tão pouco.

Eu estava na frente! – gritou ele.

– Injustamente! Você só estava na frente porque saiu correndo descontroladamente antes que eu mandasse!

– Agora você tem que mandar em mim?

Eu usei seus antebraços de apoio para jogar minhas pernas para cima e me apoiar na pedra.

– Ganhei – ofeguei. Não sei como eu confiava tanto assim no Key a ponto de fazer isso, ter apenas o apoio de seus antebraços.

– Vou bater palmas para você – brincou ele. Ou eu esperava que ele realmente estivesse brincando.

– Não vai não!

– Por que não? Você merece. Você venceu!

– Para Key, isso não é engraçado!

Ele riu deixando meu corpo cair para trás, mas por alívio, minhas costas encostaram-se em seu peito e ele mordiscou minha orelha, me fazendo rir e sentir um leve arrepio na nuca. Key me colocou cuidadosamente atrás dele e se virou para subir na pedra. Nos primeiros segundos eu fui ingênua demais para notar o que ele estava fazendo.

– Sabe que fui eu que ganhei – choraminguei cruzando os braços.

– Mas fui eu quem subiu a pedra primeiro – Ele se agachou na pedra, olhando para mim. Tudo que eu podia ver era sua silhueta, uma vez que ele estava de costas para a luz da lua. – Você apenas encostou seus lindos pés nela, e isso não está valendo.

– Você rouba muito, cara, nunca mais brinco com você.

– Awwh – fez ele estendendo a mão para mim. – Vem.

Vem é a última coisa que eu negaria vindo do Key. Por isso eu lhe entreguei minha mão, ele a segurou com força e me puxou para cima, me dando mais apoio com um braço na minha cintura. Minha respiração ainda estava entrecortada ou pela corrida ou porque ele ficava indescritivelmente e inacreditavelmente lindo a luz da lua.

Eu preferia a primeira opção porque a segunda me fazia parecer mais idiota do que já aparento ser. Mas era impossível não se sentir uma boba perto dele. Ou vulnerável quando ele olhava dentro dos meus olhos e deixava seus lábios separados de forma bem convidativa.

Key’s POV.

Não sei quanto tempo ficamos ali parados. Meu braço estava apoiado na sua cintura e a minha mão ainda segurava a sua, a que, se eu pudesse, nunca mais soltaria. Meus olhos resolveram grudar nos seus (sua ires tinha exatamente o mesmo brilho da lua, mas entre uma e outra eu preferia os olhos da Maggy) e minha mente deixou de trabalhar, tudo que eu tinha para dizer havia sumido, eu nem sabia por onde começar.

É nesses momentos que eu me pergunto qual foi a última vez que eu me senti assim perto de uma garota. Na verdade, acho que eu nunca me senti assim antes. Quando eu estava com ela eu sentia que eu podia ser quem eu quisesse sem ter medo de ser. Ela fazia com que eu me sentisse um moleque e um homem ao mesmo tempo, ela fazia eu me sentir forte, mas também era minha maior fraqueza, tê-la fazia com que eu quisesse chorar e rir ao mesmo tempo. E eu não sei porque não havia dito isso a ela. Talvez isso soasse meloso demais, ou não. Eu só saberia se eu dissesse.

– Eu tenho um segredinho para te contar – disse finalmente.

Seus lábios carnudos que antes estavam entreabertos, se fecharam e se esticaram num sorriso suave.

– Pode falar.

Eu olhei em volta.

– Ann e Taemin devem ter ficado dentro do carro mesmo – disse ela. – E Sun e Minho estão lá embaixo, mas não estão nem prestando a atenção na gente... Então, pode falar.

Eu engoli em seco e procurei por um ponto aonde começar.

– Bem... – comecei. – Quando estava dentro do trem vindo para Seol, eu finalmente abri a carta que minha avó havia me entregado quando saí de casa, dizendo o quanto me ama...

– Acho que vi isso num fã-site – disse ela com um leve sorriso.

– Eu já deveria saber – sorri de volta. – Mas não era só isso que havia escrito na carta. Havia muita coisa... três páginas.

– Hmmm – fez ela mordendo o lábio inferior e brincando com a gola da minha camisa. – E você pretende lê-la para mim?

Eu ri. Ela sorriu. Eu adorava o jeito que ela fazia isso. Seu sorriso me causava cócegas, e a Maggy não sorria apenas com os lábios, e sim com os olhos que se resumiam num par de fendas negras e brilhantes. Relutante, comecei a imaginar como seria viver sem ela e meu coração começou a doer. Minha avó nunca me disse que coisas incríveis realmente aconteciam, eu de fato estava vivendo meu sonho de ser um popstar, mas minha vida ainda não estava perto do incrível. Mas enquanto eu podia sentir a Maggy ao meu lado ou em meus braços eu poderia dizer que sim. Ela me completava, e eu não precisaria de mais nada se pudesse tê-la para sempre.

– Não exatamente – respondi ainda admirando seu sorriso.

– Onde você quer chegar com isso? – perguntou ela deixando a gola da minha camisa de lado e deixando suas mãos pousarem sobre meu peito. Nossos olhos se encontrando no escuro.

– É que muita coisa que estava escrito naquela carta de fato aconteceu, era como se ela tivesse predestinado tudo...

– Nossas mães e avós têm mesmo poderes sobrenaturais – comentou ela.

Eu soltei outra risada breve. Ela tornava as coisas bem mais fáceis e descontraídas.

– Enfim... Só me faltava uma coisa. Minha avó me dizia que eu ainda acharia a garota certa. – Respirei fundo e encostei meu rosto em seu ombro. Se eu realmente queria contar tudo para ela sem gaguejar, teria de ser assim. – Ela me dizia que – continuei –, quando eu me apaixonasse de verdade, eu me sentiria um idiota total. Que meus pensamentos seriam tomados por uma única pessoa, que meu coração bateria forte só de vê-la. Minha avó dizia que, a pessoa certa, era aquela que me faria sorrir até mesmo nos piores momentos. A pessoa certa me amaria e não teria medo de me dizer isso. A pessoa certa entraria na minha vida da maneira mais louca possível... O problema era que eu estava procurando ao invés de esperar. Por isso estive com todas as garotas erradas até agora. E quando eu terminei com a Mattzy eu prometi a mim mesmo que nunca mais ocuparia minha cabeça com isso porque é melhor ficar sozinho do que com a pessoa errada. – Eu senti ela se encolher sob meus braços, seus dedos puxavam minha camisa. – Mas então você surgiu na minha vida, pérola. Do nada. Da maneira mais louca possível. E agora você está saindo dela, da maneira mais dolorosa possível – Pigarreei quando minha voz ameaçou a falhar. Não sei por quantos mais segundos eu seguraria minhas lágrimas. – E eu não posso fazer nada para impedi-la disso.

Eu esperava que ela olhasse para mim, passasse a mão nos meus cabelos e me chamasse de “bebê chorão” ou algo parecido. Mas ela enfiou seus braços por debaixo dos meus e abraçou minha cintura com força, enterrando o rosto no meu peito. Tentando esconder as lágrimas com a mesma dificuldade que eu. Eu abracei seus ombros e deslizei uma mão para acariciar seus cabelos sedosos.

– Meu Deus, Key, eu te amo pra caramba – disse ela com a voz tremula e abafada, ainda com o rosto enterrado em meu peito.

Eu ri afagando seu cabelo e plantando um beijo na sua testa. Deslizei minhas mãos para o seu rosto e o ergui encontrando seus olhos lacrimosos e sorridentes.

Eu me inclinei e a beijei ternamente.

E juro que daria qualquer coisa para que o tempo parasse agora.  


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