A Loba e o Frio escrita por JubaDAzvdo


Capítulo 7
Seis.


Notas iniciais do capítulo

Nesse eu caprichei, tá ENORME.
KKKKKKK
Aproveitem!



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Seis.

--------- Uma semana depois-------------

            Myridan dirigia tranqüilamente, estava a caminho da reserva quileute para mais uma consulta de rotina, acompanhamento da gravidez de Emily. Foi extremamente difícil conseguir com que os lobos confiassem nela, na verdade, ainda não confiavam plenamente e ela sabia disso. Mas, havia conseguido confiança suficiente para cuidar da gestação delicada da esposa do alfa. Isso era uma tremenda vitória, quando a hora chegasse, eles seriam muito úteis, os Volturi não iam, simplesmente, colocar os rabos entre as pernas e deixar que ela fizesse o que quisessem. Não, eles voltariam para lutar pelo território e quando eles viessem, ela estaria preparada.

            Apesar das preocupações estava de bom-humor, cantarolava o refrão de sua musica favorita, “Fragile” do Lacuna Coil.

He's watching me

(What if I look away and deal with it)

He's watching me

(Digging in my grave)

He's watching me

(I won't deny it, fragile my crystal ball)

He's watching me

(Shattered on the ground)

----------------Flash Back-------------------

           

            O primeiro encontro com os Quileutes não estava acontecendo como ela planejava, era para ser pacífico. E agora, ali estava ela empoleirada em uma arvore junto com Aidan, cercada por lobos enormes que tentavam derrubar a planta se chocando contra ela, mordendo o tronco.

            -- Myridan! – chamou Aidan, olhando as bestas tentarem derrubar a arvore. – Qual é o plano? Sou bonito demais para ser desmembrado por lobos.

            -- Não queria fazer isso. – falou calmamente, mais para si mesma do que para o vampiro.

            Uma grande loba branca como neve e de olhos azuis surgiu quando Myridan saltou da arvore, caindo atrás dos lobos quileutes. Os olhos da mestiça encontraram os do alfa, Sam, e para a surpresa do animal de pelagem negra, a voz da índia soou clara em sua mente.

            -- Eu só quero conversar. – disse numa voz firme. – Na forma humana, de preferência. – acrescentou numa voz mais cordial. Já na forma humana, nua. – Por favor.

            Os lobos pareciam assustados perante a linda mestiça nua, começaram a se afastar se embrenhando na mata, alguns minutos depois, surgiu Sam na sua forma humana.

            -- E sobre o que você quer conversar? – perguntou sério. Os outros membros do bando foram surgindo um por um atrás do alfa  e formando um circulo em volta dos dois.

            -- Primeiramente, meu amigo pode descer? – perguntou Myridan calma, sem demonstrar qualquer constrangimento de ter seu corpo completamente exposto sob os olhos dos lobos.

            -- Pode. – respondeu secamente.

            Ela só precisou fazer um pequeno gesto com a cabeça, para Aidan, praticamente se materializar as suas costas, ele já tirava a camisa, oferecendo-o a Myridan.

            -- Obrigado Aidan. – agradeceu ao vampiro.

            -- Não por isso. – repondeu o belo imortal. Observando, desconfiado, todos os movimentos dos Quileutes que os cercavam.

            -- Então? – perguntou Sam, impaicente.

            -- Bem, - começou Myridan, selecionando cuidadosamente as palavras. – Me chamo Myridan e este aqui é Aidan. – o vampiro se limitou a dar um sorrisinho sarcástico. – Estamos nos mudando temporariamente para Forks, a fim de manter os Volturi definitivamente longe daqui, de sua reserva e dos Cullen.

            -- O que você está querendo dizer com isso? – falou o alfa secamente. – Não precisamos de sua ajuda para espantar vampiros. Sabemos nos cuidar muito bem e se não me engano, os Cullen também.

            -- Deixe-me ser mais direta. – disse Myridan, tranqüilamente. – Os Volturi em nosso mundo são a lei, o mundo inteiro faz parte de sua jurisdição. Eles mandam seus soldados para resolver, abafar, quando um de nós ou um grupo se exibe demais.

            -- E... o que você é? – o alfa estava mais intrigado com o que ela era.

            -- Depois. – falou Myridan. – Continuando, vocês os viram ontem, o grupo é grande e os vampiros que andam com eles tem poderes que vocês nem podem imaginar, na verdade, só não tiveram uma amostra de seus talentos porque Bella é um excelente escudo. – ela riu, ou melhor repuxou um canto dos lábios sensuais. – Eu nasci aqui, na América do Norte, esse é meu lar, portanto, não quero que eles se metam em assuntos daqui, não os quero aqui. Então, ontem os encontramos, enquanto eles retornavam de sua campanha falida de destruir os Cullen e os informamos que estamos a partir de hoje nos responsabilizando por todos os vampiros que estão na América do Norte, esse é nosso território e que eles não eram bem vindos.

            -- Então, estamos dentro do seu território? – perguntou Sam sarcástico.

            -- Não. Estou aqui para lhe propor o mesmo acordo que seus antepassados fizeram aos Cullen. – Myridan observou os efeitos de suas palavras, continuou. – Ficamos fora de suas terras e você me assegura que não haverá nenhuma discórdia entre nós, peço-lhe seu sigilo sobre nossa condição, é só o que quero.

            -- Então, é só isso que você quer? – perguntou o alfa sorrindo, os outros o acompanharam. – Isso vai depender de quanto tempo é esse “temporário”.

            -- Sinceramente, compramos uma casa no limite norte de Forks, pretendemos morar lá. – falou Myridan olhando para os outros quileutes. – E eu já fui admitida como nova medica do hospital.

            -- Então, sua passagem por aqui não será tão breve?

            -- Temo que não. – disse séria. – Os Volturi podem aparecer a qualquer momento, sua retirada foi meramente estratégica, eles voltarão e eu estarei aqui para ajudar. – ao ver a ira se formando no rosto de um dos lobos, se apressou a dizer. – Mesmo com vocês sabendo se cuidar sozinhos, mas os Volturi não são um bando de vampiros recém-nascidos descontrolados, sem ofensa.

            -- Então, você já falou e falou, porém não respondeu minha pergunta. – falou friamente. – O que é você, ou melhor, o que são vocês? – acrescentou. – Cheiram... Diferente.

            -- Claro! Eu sou uma mestiça, um tipo de mestiçagem. Sou a ultima remanescente do Kaêteras, já ouviu falar dessa tribo?

            -- Sim, eles também tinham o mesmo dom de se transformarem em lobos. – respondeu Sam pensativo. – De acordo com os anciões, sua tribo foi massacrada pelos Frios.

            -- Correto. Meu povo foi massacrado e eu fui mordida por um vampiro, ou melhor, eu devia estar morta. Mas, não morri ao invés disso, me transformei em loba. – acrescentou friamente. – Preciso de sangue, na verdade é minha principal alimentação, porem, também posso me alimentar de comida humana.

            -- E os olhos, não deviam ser vermelhos ou castanhos-dourados?

            -- Não nos alimentamos de sangue humano, pelo menos, não com freqüência. Sangue de animal está fora de questão. – captou a incredulidade do grupo. – Nos alimentamos de sangue de vampiro.

            Os lobos explodiram em risadas.

            -- Você não acredita que a gente vai engolir essa merda, não é? – falou um dos quileutes.

            -- Como você explicaria a cor dos nossos olhos, inteligência rara? – respondeu Aidan rispidamente, fazendo com que o índio o encarasse furioso.

            -- Calma, Paul! – ordenou Sam, parando de ri. – Explique.

            -- Minha saliva. A saliva de um vampiro é venenosa, transforma um humano. – parou um pouco tomando fôlego – A minha segue o mesmo raciocínio, com exceção de transformar um humano. Porém, é um veneno poderoso contra um vampiro, pois ao receber minha mordida ele começa a sangrar por cada orifício, nos alimentamos desse sangue, que muito mais poderoso e delicioso, principalmente, em uma tarde quente de verão é refrescante.

            -- Vou acreditar em você, mas, fiquem longe de nossas terras e por mim está tudo bem. – disse firmemente.

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            Myridan sabia que seria uma questão de tempo até que ela dobrasse o orgulho dos Quileutes e eles a permitissem entrar na Reserva. Passou-se dois anos, ela se comportou como uma boa menina, Aidan e os J seguiram seu exemplo.

            No terceiro ano, a esposa de Sam, Emily, engravidara, ela ficou atenta, esperando. E não demorou muito, para a jovem vir ao hospital para fazer o pré-natal, Myridan deu um jeito, seu jeito, Aidan, para ser a médica da índia, uma vez feito isso lhe conquistou a confiança, então, a amizade. Mas a gravidez de Emily era delicada, ela tinha sangramentos com facilidade, a médica recomendou repouso total, logo, sugeriu que as consultas fossem feitas em domicilio.

-----------Fim do Flash Back---------------

            Emily observava sorridente a mestiça sair do carro, ao seu lado estava Leah. Aquele era um dia excelente, ela estava radiante, sua prima finalmente viera visitá-la, se desculpando por seu comportamento e desejando toda a felicidade do mundo para ela, Sam e o bebê, que estava preste a nascer. A índia já estava no nono mês.

            -- Myridan! Venha, entre logo. – saudou Emily. – Quero que conheça minha prima, Leah.

            Myridan estreitou os olhos ao ver Leah. “Aidan tem motivo para estar atormentado. A loba é bonita, de um jeito meio selvagem, mas, muito bonita.” – pensou a mestiça, abrindo um largo sorriso para as duas.

            -- Entre, fiz bolinhos. – disse Emily, com um sorriso de criança que espera uma bronca. – Desculpinha.

            -- É um prazer conhecê-la, Leah. – estendeu a mão para a loba, que a apertou. Leah estava intrigada, aquela médica não cheirava como humana, era uma excêntrica mistura do cheiro de lobo e o aroma adocicado de vampiro.– Sou Myridan. – agora, se dirigindo a Emily. – Eu jurava que havia recomendado repouso absoluto, Sra. Uley.

            “Sra. Uley”. Aquelas palavras incomodaram o intimo de Leah, feriam, faziam com que ela se sentisse novamente na floresta, na lama. Por mais que houvesse prometido ser forte, aquelas duas palavras minaram suas forças. Precisava sair dali, daquele ambiente feliz, pois ela de repente já não se sentia.

            Inventou uma desculpa qualquer e foi embora, assim que o manto verde da floresta a protegeu dos olhos das duas mulheres, se transformou em loba e pois se a correr, para que o vento lhe secasse as lagrimas antes mesmo que lhe escorressem dos olhos.

           

----------Uma semana------------

            Aidan passara praticamente as duas ultimas semanas trancado em seu quarto/ateliê de arte. Desenhara como um doido, havia vários desenhos da loba espalhados pela bagunça que agora era seu quarto, antes tão cuidadosamente organizado. Estava tão desorientado que não se alimentava há quase uma semana, os olhos já começavam a ficar num tom mais escuro de azul.

O aparelho de som estava tocando “Cemiteries of London” ou “Lost” há três dias. Aidan estava deitado numa confusão de lençóis, travesseiros e desenhos que era a sua cama, o cabelo bagunçado, estava sem blusa, descalço, usava somente uma calça de moletom. Seu olhar perdido encarava o teto, seus pensamentos eram confusos, culpados, sentia-se péssimo havia prometido nunca mais fazer o que havia feito, quando fugira dos Volturi com Myridan, se prometera ser um novo vampiro. “Nunca mais matarei um inocente.” – lembrou, afundando a cabeça em um travesseiro. Quebrara seu próprio juramento, havia matado aquela pobre mulher, abusara dela, como durante cento e cinqüenta anos fizera com centenas de mulheres, enquanto, morava com os Volturi. A canção“Lost” havia terminado e “Cemiteries of London” começava pela, talvez, pela centésima vez, o vampiro perdera a conta em octogésima.

At night they would go walking

'Til the breaking of the day,

The morning is for sleeping

Through the dark streets, they'd go searching

To see God in their own way

Save the nighttime for your weeping

Your weeping...

Singing la la, la la la, la le...

And the night over London lay.

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            Myridan estava, simplesmente, impaciente. Aquela inércia de Aidan já estava a irritando, isso sem falar que já não suportava mais ouvir Coldplay, já estava a ponto de amarrar uma corda no pescoço do vampiro quando seu celular tocou, era Sam.

            -- Sim. – disse ela.

            -- A bolsa de Emily estourou! – falou Sam assustado.

            -- Já estou indo para a Reserva. – Rapidamente, ela arrumou sua maleta já estava pronta para sair quando deu meia volta.

            A porta de Aidan simplesmente foi arremessada em cima da cama, em cima dele.

            -- Mas que porra é essa? – falou Aidan com raiva.

            -- Você tem dois segundos para colocar uma camisa, um tênis e vir comigo. – falou numa voz firme sinalizando que não aceitaria um “não” como resposta. De repente, a mestiça se materializou diante do som, dando-lhe um soco, deixando o aposento escuro no silencio. – E não quero mais ouvir Coldplay, no mínimo, pela próxima década. Mexa-se!

            Foi a contragosto que Aidan se vestiu e seguiu a mestiça, entrando dentro do carro.

            -- Posso saber para onde estamos indo? – perguntou rabugento, deitado no banco traseiro do Mustang GT preto.

            -- Para a Reserva Quileute. – respondeu pondo o carro, enquanto discava para Carlisle. – Pegue isso e aproveite a viagem. – disse ela jogando uma bolsa de sangue no colo de Aidan. – Alô, Carlisle?

           

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            Os gritos de Emily feriam os ouvidos de Leah, assim como a expressão sofrida de Sam. Toda a alcatéia estava ali, inclusive a dela, Jacob e Seth, parra apoiar o alfa. A mãe da loba estava com a prima, pois esta não conseguia ficar dentro do quarto.

            Quando ouviu um carro parando em frente à casa, Leah correu em direção a porta, com Sam em seu encalço. Imediatamente, ela reconheceu a figura delicada e atraente de Myridan, esta numa velocidade sobre saiu do carro, nem falou com ela ou o alfa, foi direto ao quarto de onde Emily gritava.

Sam foi atrás dela, mas Leah continuou parada na entrada de cabeça baixa. Então, ela ouviu a porta do carro abrir, assustada, assistiu a Aidan sair do automóvel e se espreguiçar, os raios de sol incidiram sobre a pele exposta fazendo com que ela brilhasse como se ali estivessem colados milhares de pedrinhas de diamante.

-- Tão lindo... – mal as palavras escaparam de sua boca e Leah já se recriminava. “Ele é um maldito sanguessuga.” – repetia mentalmente, se afastando indo se esconder nos fundos da casa.

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            Pelo canto dos olhos, Aidan captou o movimento brusco de Leah, sua parca tentativa de fugir sem ser vista pelo vampiro. Um sorriso iluminou as belas feições do imortal. “Então, era isso Myridan.” – pensou sorrindo. Quase imediatamente se arrependeu de estar tão mal vestido, usava uma simples regata branca, a calça de moletom, e um tênis Nike surrado. Com passos calmos ele se dirigiu ao lado da casa, daria a volta na habitação, na mesma hora ouviu o carro de Carlisle parar atrás de si, pelo canto do olho viu Myridan correr ao encontro dele, parecia que não dava para remover Emily para o hospital, o parto teria que ser feito ali mesmo. “Perfeito” – pensou.

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            Leah estava do lado de fora da casa, encostada a parede dos fundos. Estava de olhos fechados, qualquer incomodo provocado pela presença de Sam desaparecera, diante do nervosismo de estar próxima do vampiro, daquele que assombrava seus pensamentos e sonhos há mais de um mês. Sua memória lembrava com riqueza de detalhes a forma como a regata branca se ajustava perfeitamente ao corpo dele, de como a luz do sol fizera toda a pele exposta brilhar. A respiração estava pesada, o coração disparado, sentia um frio no estômago, sentia os joelhos fracos.

            -- Mas que droga é essa? – se perguntou irritada.

            -- O quê? – respondeu o vampiro se encostando displicentemente na parede há alguns metros de Leah. – Sua prima vai ficar bem, Myridan e Carlisle vão cuidar muito bem dela.

            -- Não falei com você. – disse Leah rispidamente. – O que você faz aqui?

            -- Myridan. – respondeu fechando os olhos, sentindo a paz que somente a confusão de estar na presença da loba lhe proporcionava. Lentamente, expirou fundo, puxando o aroma dela para intoxicá-lo de vez.

            -- Por que está aqui? – perguntou Leah, num tom agressivo. Estar perto dele era desconcertante, estava travando uma batalha interna; Queria desesperadamente encará-lo, se perder no azul de seu olhar, no entanto, seu outro, lado queria pular no pescoço dele e arrancar-lhe a cabeça.

            -- Myridan, quis que eu viesse. – respondeu ele abrindo os olhos.

            -- Dá para me deixar sozinha? – disse rispidamente.

            -- Não quero ficar sozinho. – respondeu ele, virando o rosto, encarando-a sorrio.

            -- Odeio sanguessugas! – com muito esforço conseguiu juntar essas duas palavras. Seu raciocínio ficara lento quando o vira sorrir, rapidamente, ela desviou o olhar. – Não quero você perto de mim. – quando se deu conta às palavras haviam lhes escapado, devia ter dito sanguessuga ou vampiro.

            As palavras de Leah, soaram aos ouvidos de Aidan como um desafio, um convite a se aproximar, a chegar mais perto. Ela estava, claramente, nervosa com a presença dele. Num piscar de olhos o vampiro se materializou diante da loba, próximo demais, as mãos dele estavam apoiadas na parede, uma de cada lado do corpo dela.

            -- Perto, assim? – disse num sussurro. Os profundos olhos azuis encontraram o sensual olhar negro da loba. Aidan podia sentir o calor do corpo dela, mesmo sem lhe tocar, a respiração de Leah lhe acariciava o rosto, rapidamente percebeu que aquela proximidade lhe dava prazer. “Curioso.” – pensou.

            -- Fique longe de mim. – era para a voz sair ameaçadora, mas tudo que Leah conseguiu foi um sussurro sem convicção.

            -- Não. – disse ele.

            -- Por que seus olhos são azuis? – disse num tom de voz um pouco mais agressivo.

            -- Parece que está me acusando. – falou sorrindo. – Conto, se me disser como é possível uma transformista menstruar?

            Aquela pergunta pegara Leah de surpresa e com vergonha, seu rosto ficou enrubesceu, para o deleite de Aidan. “Linda.” – seu olhar, rapidamente, desceu admirando a camiseta de malha bege e a maneira como esta se ajustava ao corpo da loba. Os seios arfantes, o short curto que lhe expunham as pernas grossas, a índia era uma tentação com um T gigantesco.

            -- Como sabe... – foi tudo o que Leah disse, seus olhos estavam hipnotizados admirando cada detalhe do rosto bonito do vampiro, o mundo desaparecera e todo o universo se resumia a ele, ao cheiro adocicado, a pele branca, ao cabelo castanho-avermelhado, aqueles olhos azuis e aos irresistíveis lábios cheios, uma estranha vontade de tomá-los se apoderava dela.

            Aidan não respondeu, sua mente estava ocupada demais imaginando qual seria a sensação de beijá-la, seus olhos deslizavam por toda a extensão daqueles suculentos lábios carnudos e rubros, sem perceber foi se inclinando em direção a loba, mais um pouco.

            Leah estava imóvel, não conseguia se mover, tinha medo daquela excêntrica atração que o vampiro despertava e a um só tempo queria se atirar àquela sensação entorpecente, queria sentir os lábios dele, tornar o sonho real. Então, ela não se moveu, esperou o primeiro contato.

            Já estavam tão próximos, roçando os lábios sem beijar, numa doce e prazerosa tortura. Leah só esperava, enquanto, Aidan estava indeciso se lhe sugava primeiro o lábio inferior ou o superior, ambos pareciam convidativos. O vampiro já havia se decidido, quando um choro de recém-nascido os fez despertar, perceberem o quanto estavam preste a se beijarem.

            Tomado pela consciência, Aidan tratou de colocar uma boa distancia entre ele e Leah, esta estava sentada no chão seus joelhos cederam de repente.

            -- Perdoe-me. – disse Aidan, então, se pós a correr para longe dali.

            Leah continuou sentada no chão, confusa, sem se dar conta levou os dedos aos lábios, estes estavam levemente frios.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram???Naum esqueça do review.Bjuxxxxx