Quimera escrita por Reky


Capítulo 8
Mães


Notas iniciais do capítulo

Wow. Okay, então.
Mil e uma coisas para falar, mas, como é de praxe, deixem-me começar por esta aqui: desculpem-me pela demora, pessoal! Caramba, está difícil de atualizar Quimera (ou qualquer outra fic) este ano, sem que haja uma programação prévia (como houve com WIWYM). Enfim, prometo que o próximo capítulo sairá em breve - quem sabe, antes do próximo fim de semana? (; Esse fim de semestre está um verdadeiro pé no saco, então escrever este capítulo me ajudou - e muito! - a desestressar um pouco.
Bom, espero que vocês gostem (: Preparem os corações, já vou avisando!
Boa leitura, nos vemos lá em baixo!



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— E Então? — Ronald Weasley perguntou, sem sequer disfarçar a impaciência na voz. — O que diabos aconteceu com a minha filha?!

Nossa filha, Ronald. — Hermione suspirou, também impaciente. Odiava quando Rony dizia minha filha. Afinal, ela era a mãe. Carregara os filhos durante nove meses na barriga, aguentara birras e berros enquanto o marido tirava um cochilo aqui e ali. Era tão merecedora dos créditos quanto ele - se não mais. Virando-se para a enfermeira da escola, procurou uma maneira de suavizar a voz. — Por favor, senhora Humphrey, poderia nos dizer o que diabos aconteceu com nossa filha?

Ela pôde ouvir quando Rony sussurrou para Harry, atrás de si, o quanto sua esposa irritada, enquanto falava educadamente, era assustadora. Até teria se virado para discutir com o marido em outra ocasião, mas a prioridade ali era Rose. Quando voltou a prestar atenção na enfermeira a sua frente, porém, quase poderia dizer que a viu se encolher ligeiramente.

— É claro, senhora Weasley. Por favor, sigam-me.

A mulher os levou mais adiante pela Ala Hospitalar, parando em frente à única cama ocupada no momento. Hermione sentiu as pernas bambearem ao ver a filha ali, a face serena, as mãos apoiadas em cima do estômago. Parecia estar apenas dormindo e isso amedrontou Hermione mais do que ela gostaria.

Aproximou-se da filha, puxando uma banqueta para se sentar ao seu lado, e pegando a mão mais próxima de sua menina. Ela não reagiu ao toque e Hermione percebeu algo estranho: a mão dela estava pegando fogo. Rapidamente, mediu a temperatura da filha pela testa e notou algo ainda mais estranho: naquela região, Rose estava congelando.

— Mas que diabos…? — Soltou.

— O que houve? — Perguntou Harry, chegando perto e colocando uma mão acolhedora no ombro da amiga. — Algo errado?

É claro que há algo errado, Harry, ela teve vontade de revirar os olhos, mas manteve-se quieta. Madame Humphrey adiantou-se a explicar.

— A diferença de temperatura no corpo dela permanece a mesma desde que a trouxeram aqui, muito embora eu já tenha notado que, tanto a sensação de calor quanto a de frio, já melhoraram depois que comecei a medicá-la.

— Ela estava mais quente e fria do que isso?! — Hermione perguntou, assustada.

A enfermeira assentiu.

— Mas o que é isso, o que aconteceu com ela?! — Rony exaltou-se, levantando as mãos ao ar. Estava confuso, indignado, e Hermione não o culpava. Dirigiu o olhar à filha e acariciou sua face, desejando de todo seu coração que ela ficasse bem.

Madame Humphrey parecia desconfortável ao responder a pergunta de Rony.

— Não sei como, mas ao que tudo indica sua filha foi… Amaldiçoada.

— O quê...? — Hermione exalou. Se já não estivesse sentada, com certeza teria caído com tudo no chão. — Magia negra? Em Hogwarts?

— Não posso acreditar nisso, — Rony grunhiu. — Não consigo acreditar.

A enfermeira cruzou os braços, descontente.

— Como disse, não sei como isso foi acontecer nos terrenos da escola, mas é a única explicação, senhor Weasley. Estou cuidando dela pensando nisso e, como já houve uma melhora no quadro, continuarei com meus procedimentos. Se não se importarem, é claro.

Hermione apenas assentiu, olhando para o semblante da filha com mais atenção agora. Buscava alguma reação, qualquer movimento que lhe evidenciasse o tormento pelo qual Rose deveria estar passando naquele momento. Nenhuma maldição era boa o suficiente para deixar alguém meramente inconsciente - não, aquilo era muito pouco.

Rose deveria estar enfrentando seus piores pesadelos naquele momento e Hermione não podia fazer nada para ajudá-la.

O sentimento de impotência que a assolou era esmagador. Durante toda sua vida, ela estudara, fora a melhor aluna de Hogwarts em seu tempo, seu nome era reconhecido por toda sociedade bruxa, e agora não era capaz de mover um dedo para socorrer a filha, sangue de seu sangue.

Tudo aquilo - toda aquela experiência, diploma, conhecimento, sua vida – servira para quê?

Hermione não percebeu que estava chorando até o momento em que sentiu Harry apertar seu ombro novamente. Girou na banqueta e abraçou o amigo pela cintura, sentindo os soluços a consumirem. O quê, Merlin, ela faria agora?

Percebeu quando Rony se aproximou e a tomou nos braços, levando-a para longe da filha. Ela queria espernear, gritar para que ele a levasse de novo para perto de Rose, mas nem para isso Hermione tinha forças. Assim, apenas se deixou amolecer no aperto do marido e ouviu o coração dele bater. Quase como em um impulso, levou uma mão para aquela região e pôde senti-lo entre seus dedos.

Os batimentos de Rony sempre tinham o poder de acalmá-la.

Quando ele a depositou novamente no chão, Hermione já se sentia melhor. Enxugou as lágrimas e lançou um sorriso agradecido ao marido e à Harry, que os seguira até ali. Então, percebeu um pequeno sentimento se apossar de si. Uma determinação que foi crescendo exponencialmente no momento em que abriu a boca.

— Quem quer que tenha feito isso com Rosie… Vai pagar.

Harry e Rony a olharam como se não a reconhecessem mais.

— Hermione, — seu marido começou. — Tem certeza de que está bem? Não quer ir ao acampamento comigo e descansar...? — Concluiu, hesitante.

— Não, — ela abanou a cabeça. — Eu apenas quero descobrir quem foi o desgraçado que fez isso com a minha filha.

Ela não gritou. Hermione não se exaltou, não perdeu a compostura por um momento sequer. Não precisava. Estava sã, tinha plena consciência do que queria. Aquele desejo por justiça estava impregnado em seu DNA e tomava conta de seu ser de uma forma que sempre fora estarrecedora. Porém, desta vez era diferente. Desta vez, haviam mexido com sua filha, a menina - garota, mulher - que por dezesseis anos vira crescer.

Ninguém mexia com sua menina e saía impune.

Surpreendeu-se ao ver um sorriso surgiu no rosto do marido.

— Merlin, conseguiram irritar a Hermione. Pra valer.

Harry o acompanhou.

— Não me lembro da última vez em que a vi tão irritada assim. Acho que nem você conseguiu essa proeza, Rony.

— Não mesmo, — ele revirou os olhos. — O troféu vai para o Malfoy, definitivamente. Terceiro ano, soco certeiro naquele nariz de fuinha dele, lembra? — Rony franziu o cenho, parecendo lembrar-se de algo. — Falando em Malfoy…

— O quê? Você acha que ele fez isso com Rosie? — Perguntou Hermione, já sabendo que a velha rivalidade entre o marido e o sonserino acabaria levando seu raciocínio para aquele lado. — Ele é apenas um garoto, Ronald!

— Quando Malfoy tinha a idade dele, convidou uma dezena de Comensais para dentro de Hogwarts como se fosse um chá da tarde, lembra?! Pessoas se machucaram, Mione, Dumbledore acabou morto! Minha suspeita é completamente…

— Impossível, — Harry interrompeu antes que o amigo pudesse completar. — O garoto está na Mansão Malfoy para o enterro do pai. Toda a imprensa está falando disso.—

Rony bufou, cruzando os braços.

— Voltamos à estaca zero, então.

— Você é que sempre apressa as conclusões, Ronald. — Hermione disse, revirando os próprios olhos desta vez.

— Eu estava pensando… — Harry começou, querendo interromper a briga do casal antes que fosse tarde demais. — Será que isso não tem nada a ver com a Quimera?

Os olhos de Rony brilharam com uma emoção renovada, feliz em ter outra coisa para colocar a culpa. Estava até sorrindo, o rosto iluminado.

— Isso! Como não fui pensar nisso antes?! — Hermione revirou os olhos novamente. — Harry, temos que correr! Desvendar o que diabos significa VCB e descobrir o que é essa coisa!

— VCB… — Hermione murmurou, pensativa. — Isso me parece familiar, de alguma forma.

— Afinal, o que é isso? Iniciais? Uma frase? É como R.A.B., tudo de novo. — Harry suspirou, exausto só de lembrar. Enquanto isso, Rony se aproximara de uma parede e, com a ponta do dedo, rabiscava repetidamente as letras na superfície, como uma forma de fazer o cérebro funcionar. Por alguns instantes, um silêncio se formou entre os três amigos, todos imaginando de onde aquelas letras haviam surgido. Então, lentamente, pálido e com as sardas mais demarcadas em seu rosto, Rony se virou.

Imediatamente, Hermione soube que boa coisa não viria a seguir. Desta vez, não por acreditar que o marido falaria besteira. Ela sabia que, agora, era sério. De alguma forma, sentia que era isso: Rony desvendara o segredo de VCB.

— Voldemort está de volta. Voldemort Came Back.

Foi como se todo um mundo ruísse.

Hermione não quis acreditar. Abanou a cabeça firmemente, como se pudesse apagar o pânico que aquelas palavras instauraram em todo seu ser. Então, lembrou-se: Harry. Virou-se para o amigo e o encontrou paralisado, estático em temor.

Não. Não podia ser aquilo.

— Impossível, — Ela sibilou com a voz fraca. — Não pode ser isso! Harry o derrotou! Nós vimos! A profecia era clara, ela foi realizada! Ele não pode ter voltado!

Era isso. Fazia todo o sentido. As Horcruxes foram destruídas, a Pedra da Ressurreição fora perdida para sempre, a Varinha das Varinhas não existia mais… Aquilo era loucura. Hermione queria desesperadamente levar Rony para o St. Mungos.

— Você realmente acha que eu estou feliz com isso?! Mas é a única explicação! Faz sentido! Essa Quimera trabalha para Você-Sabe-Quem!

Não o chame assim! — Hermione gritou. Não. Ela não poderia mais aguentar. — Não faz sentido! Nenhum!

— Hermione… — Ela ouviu, baixinho, da direção em que Harry ainda estava parado.

Não deu importância.

— Não brinque com uma coisa séria dessas, Ronald! Você tem noção do que está falando?!

— Hermione… — Ouviu novamente.

— Torça para que ninguém tenha te ouvido, ou você terá instaurado o caos em todo o mundo bruxo por uma pia...!

— Hermione! — Harry berrou, dando um passo firma na direção em que o casal estava. Ela se encolheu, recuando. — Cale a boca por um instante, sim?! Deixe-me pensar um pouco.

— Harry… — ela murmurou. — Você não pode estar falando sério. Realmente acredita que isso é possível?

O amigo suspirou, bagunçando ainda mais seus cabelos rebeldes com as mãos.

— Eu… Não sei. Até que faz sentido, se considerarmos as letras no bilhete. Mas não senti nada em minha cicatriz, nenhuma sensação estranha há mais de vinte anos… E tudo o que poderia trazê-lo de volta foi destruído. Não tem explicação…

— Talvez… — Hermione mordeu o lábio inferior, buscando algo que pudesse fazer sentido em uma situação daquelas. — Talvez um seguidor? Um fanático que quer aterrorizar?

Harry assentiu sem muita convicção. Rony apenas permaneceu quieto, os punhos cerrados firmemente ao lado do corpo, os lábios apertados.

— Talvez. Apenas… Vamos trabalhar com todas as hipóteses, certo, Ronald? — O amigo acenou com a cabeça, ainda silencioso. — Mas também buscaremos outras explicações para não ficarmos limitados a… Ao pior quadro. — Ele suspirou. — Não sei quanto a vocês, mas preciso descansar depois dessa. Boa noite.

— Espere, — Rony se adiantou em sua direção. — Eu vou com você.

E se retirou sem dizer mais uma palavra sequer à esposa.

Scorpius acordou com a mãe inclinada sobre si, um pequeno sorriso em seu rosto pálido e cansado. Ela lhe deu um leve beijo em sua testa e depois se levantou.

— Acorde, — disse em um sussurro. — A diretora já está aqui.

Ele assentiu e observou enquanto Astoria se retirava silenciosamente do quarto. Em pensamentos, recordou-se de que ela sempre fora daquele jeito - discreta, delicada, quase sempre passando despercebida mesmo com toda sua beleza. Seu próprio pai uma vez lhe dissera que só fora realmente notar Astoria depois que se formara em Hogwarts - ela era a irmã mais nova de uma colega e sempre andava por aí de cabeça abaixada com suas amigas barulhentas.

— Foi uma surpresa encontrá-la em uma daquelas festas que sua avó sempre faz, alguns anos depois, e ver que, apesar de continuar exatamente igual, ela se sobressaía de todos ali.

Scorpius nunca se esqueceria do sorriso de Draco quando disse aquelas palavras.

O garoto permaneceu mais alguns minutos em sua cama, olhando para o teto e somente sentindo a falta que seu pai lhe fazia. Então, levantou-se, colocou uma roupa qualquer e desceu as escadas para encontrar sua mãe tendo uma conversa com McGonagall.

As duas estavam no hall de entrada da casa, acompanhadas por um elfo doméstico que estendia uma xícara de chá à diretora. Enquanto Scorpius se aproximava, a mulher mais velha bebericou alguns goles da bebida e sorriu relutante em sua direção.

— Preparado para voltar à escola, senhor Malfoy?

Scorpius apenas acenou com a cabeça e se virou para a mãe, que o olhava com confusão.

— Não vai querer levar nada, meu bem?

O filho deu de ombros.

— Já tenho tudo de que preciso em Hogwarts.

— Muito bem, então. — Disse McGonagall. — Podemos ir? Despeça-se de sua mãe, estarei te esperando do lado de fora. — Virou-se para Astoria e, com um sorriso triste, continuou. — Muito obrigada pelo chá, Astoria. Caso precise de algo, envie-me uma coruja.

— Eu que agradeço, diretora. Cuide bem do meu menino por mim.

McGonagall assentiu e saiu pela porta. Antes que Scorpius pudesse perceber, Astoria já havia enlaçado seus braços ao redor do filho, apertando-o contra si de uma forma que jamais fizera antes. Naquele abraço, Scorpius pôde sentir todo o medo e desespero da mãe - ele teve medo de abraçá-la de volta e vê-la despedaçar em seus braços ali mesmo.

Mas um sussurro dela bastou para que ele também a envolvesse.

— Ora, Scorpius, está crescido demais para abraçar sua velha mãe? Não há ninguém olhando, filho.

Imediatamente, ele ouviu o estalido do elfo doméstico desaparecendo e riu na curva do pescoço da mãe, apertando-a o máximo que podia sem machucá-la. Depositou um beijo em sua bochecha e se afastou.

— Cuide-se, mamãe. Se precisar de alguma coisa, não hesite em me chamar.

— Ah, é tão bom tê-lo como filho, Scorpius. — Ela acariciou a face dele. — Agora vá, McGonagall está te esperando.

Scorpius sorriu uma última vez antes de sair da mansão para encontrar a diretora, que o esperava pacientemente do lado de fora. Quando o viu se aproximando, apenas estendeu-lhe a mão.

— Pronto?

— Sim, — ele respondeu, mesmo que, no fundo, estivesse ouvindo claramente um não.

Não mais do que um segundo depois, estavam nos portões de Hogwarts. Scorpius olhou para cima, para os javalis que guardavam a escola desde sua criação. Sentiu o peito se comprimir em confusão - sempre sentira-se em casa quando em Hogwarts, mas depois de tudo pelo que passara nos últimos dias, perguntava-se se aquilo também não mudaria de alguma forma. Tudo - absolutamente tudo - em sua vida estava mudando sem que sequer tivesse a oportunidade de refletir um pouco.

Sentia que precisava de uma pausa, umas férias da própria vida.

Suspirou ao perceber que McGonagall já estava vários metros a sua frente e prontamente pôs-se a segui-la em direção ao castelo. Uma figura conhecida estava empoleirada logo na porta de entrada, acenando amigavelmente para Scorpius conforme ele se aproximava.

Era Albus.

Assim que o alcançou, o amigo se adiantou para lhe dar um abraço. Abraços de Albus eram raros, mas Scorpius estava precisando de um naquele momento, então apenas aceitou e o abraçou de volta com um pequeno sorriso no rosto.

— É bom te ter de volta, cara.

— É bom estar de volta, — ele suspirou. — Então, conte-me: o que aconteceu desde que eu saí? Pirraça pregou alguma peça imperdível?

A expressão descontraída de Albus esmoreceu imediatamente. Ah, não, Scorpius lamentou em pensamentos, o que houve desta vez?

— É Rose,— Scorpius percebeu a hesitação no tom de voz de Albus - o amigo não tinha certeza se deveria falar aquilo ou não a ele. Incentivou-o com um menear de cabeça. — Ela está hospitalizada. Encontrei meu pai mais cedo… Parece que ela foi amaldiçoada.

Scorpius não conseguiu identificar imediatamente a emoção que aquela notícia lhe causava. É claro, sentia o coração se comprimir em seu peito e, obviamente, estava preocupado. Mas, internamente, perguntava-se se ele tinha o direito de se sentir daquela forma.

Ele não tinha certeza.

Não depois de tudo o que acontecera entre ele e Rose no passado.

Então, lembrou-se dos olhos azuis o observando furtivamente, detrás daquela armadura próxima ao escritório de McGonagall. Lembrou-se de esperar por ela até não poder mais, da forma como se sentira ao perceber que ela não apareceria para se despedir nem quando seu pai havia morrido.

Assim, a culpa desapareceu. Foi tomado por um sentimento de indiferença.

Por que ele deveria se preocupar quando Rose claramente não se importava?

— Na verdade,— Albus falou, ainda hesitante. — Estava indo visitá-la agora. Quer ir comigo? — Perguntou, como se não tivesse nenhuma intenção por trás.

Scorpius não acreditava naquela inocência súbita do amigo.

— Tenho que resolver alguns assuntos agora, Albus. Você sabe, correr atrás das matérias que perdi nesse tempo… — Deixou a frase no ar. Pôde ver que Albus não comprara seu peixe e tinha certeza do quanto o amigo estava decepcionado somente ao encarar aqueles olhos verdes dele. Porém, Albus ainda sabia que não poderia fazer muito para mudar a cabeça de Scorpius, então apenas deu de ombros, derrotado.

— Muito bem. Vou indo nessa, então.

Scorpius acenou antes do amigo se virar para seguir seu caminho até o terceiro andar, rumo à Ala Hospitalar. Antes que pudesse se arrepender, tirou a varinha do bolso e conjurou uma Rosa vermelha.

— Albus! — Chamou e o garoto se virou, já a alguns metros de distância. — Tome, — disse, estendendo-lhe a flor. — Leve para ela.

Não precisava dizer mais nada. Satisfeito, Albus pegou a flor e sorriu, fazendo uma leve reverência antes de se retirar de uma vez.


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Notas finais do capítulo

Nossa, demorei para escrever isto aqui! Ficou tãaaaao longo! Mas acho que serviu para compensar um pouco a demora, não é? (;
E, céus, como ele ficou diferente do que eu planejava! Era para um monte de coisas mais acontecerem aqui (tipo, James e Neline aparecendo, saber o que está acontecendo com a Rosie em seu mundinho... e outras coisinhas mais, hehehe), mas toda essa história do nosso Trio de Ouro se estendeu demais e acabei achando melhor cortar tudo, se não o capítulo teria facilmente o dobro de tamanho! Socorro, né?
Pessoalmente, não gostei muito da primeira parte do capítulo. Acho que me desacostumei a escrever sobre a "antiga" geração. Quando voltei a escrever na perspectiva do Scorpius, senti-me mais como "eu mesma" do que antes, se é que vocês conseguem me entender (efeito pós-WIWYM, talvez? Saudades daquela história!).
Enfim, o que vocês acharam?! Surtaram?! Estavam esperando essa?! Acho que não! Muahaha (isso foi uma risada malígna!).
E... O ALBUS APARECEU! Milagres acontecem, estou falando!
Acho que o sono está me pegando, então estou começando a ficar hiperativa e a falar besteira, que nem criança... De qualquer forma, espero que tenham gostado e, por favor, comentem! :D Não vou ter aula amanhã, então vou tentar adiantar o próximo capítulo! Quem sabe logo mais ele não aparece?! Mas quero muitos daqueles comentários lindos que vocês sempre me deixam, tá? Arranjei inspiração para escrever este capítulo relendo os antigos comentários, olha que legal! Então, já sabem, né? Reviews = inspiração = vocês vão descobrir o que vai acontecer a seguir mais rapidamente! Hahaha.
Beijinhos, love ya!