Percy Jackson e os Aloídas escrita por bibi_di_angelo


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

gente, eu sei que eu prometi a algumas pessoas um capítulo ontem, mas é que eu fiquei tão deprimida por uma coisa que aconteceu que eu nem liguei meu pc, então aqui tá o capítulo, mas não pensem que a fic tá acabando, eu ainda vou colocar mais personagens novos e etc...
bjos
:*



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POV Percy

Annabeth ficou cuidando da minha irmã e dormiu na mesma barraca que ela, como eu não queria dividir minha barraca com Nico, pois seria muito estranho, eu fui buscá-la na barraca da Jess e a levei no meu colo e a coloquei na nossa barraca, Joe ficou com uma barraca pra ele e Nico ficou com a Jéssica em outra barraca. Deitei-me ao lado da minha Annie e adormeci, sonhei com a nossa missão, o mesmo sonho de Jéssica, o que me deixou com calafrios, lembrei-me do que ela havia dito aquele dia no lago, sobre eu não defendê-la de costas, pensei também em Annabeth, não sei se ela agüentaria ficar sem mim, eu com certeza não conseguiria viver sem ela.

Acordei cedo no outro dia e comecei a preparar algo para todos comerem, logo depois a Jéssica se levantou e se sentou ao meu lado, ela estava bem melhor comparada ao dia do ataque, ela estava cabisbaixa.

- Hey Jess! Bom dia, como você está? – Eu perguntei dando-lhe um abraço.

- Estou melhor, mas atrasei vocês nesta droga de missão. Quero que isso acabe logo Percy, eu já não sei quanto mais nós podemos agüentar. – Sua expressão era de tristeza misturada com desespero, sonhos.

- Calma maninha, vai ficar tudo bem, eu prometo. Temos uns aos outros, podemos nos proteger, tenho certeza de que nada vai nos acontecer.

Ela não me respondeu, começamos a tomar café e um silêncio desconfortável pairou no ar.

- Sabe...sua mãe não pira com esse negócio de ser meio sangue? – Jess me perguntou puxando um assunto, parecia que ela gostava do silêncio tanto quanto eu.

- Até que sim, mas ela sabe que semideuses não vivem muito e que havia uma grande profecia, ela sempre se preocupa, mas também acredita que as minhas habilidades vão me manter vivo, minha mãe sempre foi otimista, ela nunca vê o lado ruim das coisas, essa é uma das coisas que eu amo nela. – Ela sorriu com o comentário, mas pareceu se lembrar de algo e seu sorriso sumiu de novo.

- Jéssica, quando nós fomos te buscar, ouvimos você cantando uma música, era muito boa U2, não é? – Ela assentiu.

- Minha mãe era cantora profissional, ela gostava muito de tocar e de cantar, antes dela morrer me ensinava a tocar violão. Ela sempre me dizia que eu era um tesouro, me contava histórias sobre nosso pai, ela dizia que ele era um homem maravilhoso, que sabia ver o mundo de um jeito completamente diferente, minha mãe também era assim, ela nunca via o lado ruim das coisas, até criou um jogo comigo. – Ela sorriu de novo.

- Como é esse jogo? – Eu perguntei curioso.

- É assim: pense sempre em coisas boas, não se chateie e sempre ache o lado bom das coisas. O jogo começou quando eu tinha uns 5 anos e Semp querer acabei caindo da bicicleta no meio da ladeira e me esborrachei toda no chão, fiquei muito chateada, mas minha mãe me fez ver que antes eu ter me ralado do que eu ter quebrado alguma parte do meu corpo, eu achei estranho da primeira vez que ela fez isso comigo, mas depois eu fui entendendo o que ela queria com o jogo, mesmo que as situações estejam ruins, sempre tem um lado bom. Passei um bom tempo procurando um lado bom desde que ela morreu.

- Hum...É um bom jogo, que jogar comigo? – Eu disse percebendo que ela estava muito pra baixo, ela assentiu. – Você começa. – Ela parou e pensou por um momento.

- Eu passei um tempão procurando um lado bom na vida desde que a minha mãe se foi, só encontrei com vocês, com você eu ganhei uma família, pessoas que me amam e se importam comigo e conheci meu pai. E também tenho o melhor irmão do mundo! – Ela disse me abraçando com um sorriso de orelha a orelha.

- Eu também acho você a melhor irmã do mundo, e eu não to falando da boca pra fora.

Nós ficamos conversando e rindo até todos acordarem e virem tomar café, nos juntamos e continuamos conversando, nos arrumamos e eu e Jess chamamos os pégasos para partimos para o nosso destino final, finalmente poderíamos terminar essa missão maldita e eu tinha certeza de que se alguém tivesse que morrer, seria eu, manteria Jess, Annie, Nico e Joe seguros, eu devia isso a mãe de Jess e Poseidon, a Atena e a Bianca.

Voamos por um longo tempo até chegarmos a Wisconsin, paramos em hotel lá mesmo, agora que chegamos eu percebi que não sabíamos onde os Aloídas estavam, estávamos todos num restaurante e eu resolvi perguntar sobre nosso próximo passo.

- Como nós vamos encontrar os Aloídas? – Eu disse e todos pararam com a minha pergunta, parece que só agora se deram conta de que não tínhamos idéia de onde eles estavam, mas como sempre, eu estava enganada, Annabeth deu um sorriso leve e pegou o bilhete que nos deixaram na casa.

- Nico, você pode convocar um esqueleto que os rastreie pelo cheiro?

- Mas tem que ser com dente de dragão. – Eu a interrompi lembrando de quando Atlas fez um bando de esqueletos assassinos me perseguirem.

- Não se você tem um filho de Hades. – Ela respondeu tirando um livro bem antigo da sua bolsa. – Esse é o encantamento Nico, existem duas formas, usando os poderes de filho de Hades ou uma poção onde se usa dentes de dragão, as suas formas funcionam, mas isso pode drenar bastante seus poderes, por isso convoque apenas um, sugiro que nós passemos a noite no hotel e no final da tarde convocaremos o esqueleto. – Nico assentiu e pediu o livro de Annabeth emprestado, nós pagamos a garçonete e voltamos para o hotel.

POV Nico

Entrei no quarto do hotel e Joe foi tomar banho, depois foi a vez de Jess e eu fui por último, quando saí do banheiro, encontrei minha namorada encostada na cama lendo o livro e seus olhos lagrimando.

- O que foi, Jess? – Eu perguntei.

- Leia isso. – Ela apontou para um trecho, o livro era em grego antigo, eu entendi perfeitamente o que estava escrito: “Atenção: esse encantamento drena muita energia, é preciso de um meio sangue muito poderoso ou então podem acontecer efeitos colaterais graves.” Eu nem terminei de ler e vi a cara de agonia de Jéssica, passei meu braço em volta dela a abraçando.

- Calma, isso não é nada demais, eu treinei bastante no mundo inferior, tenho certeza de que posso conseguir, qualquer coisa nós temos ambrosia e néctar para ajudar, eu vou ficar bem. Se Annabeth acha que essa é a única saída, é porque ela já analisou tudo o que eles podem fazer, tenho certeza disso.

Ela se acalmou, mas eu ainda podia ver um pouco de medo em seu olhar, me deitei com ela ao meu lado e logo caí no sono. O outro dia foi normal, continuei estudando os passos do livro e fiz algumas preces a meu pai, para que eu tivesse força o bastante para suportar isso, quando chegou a hora de fazer o encantamento, fomos a um cemitério isolado e Joe e Percy cavaram um grande buraco, seguimos todos as instruções dos livros e eu me posicionei e pronunciei o encantamento em grego antigo, senti minha energia indo embora, minhas pernas começaram a tremer, mas eu me forcei a continuar lá, fechei os olhos e rezei para o meu pai, abri meus olhos de novo e vi o esqueleto me encarando, cambaleei para trás e Percy me segurou, entreguei o bilhete para o esqueleto que o cheirou.

- Consegui rastrear os Aloídas por este bilhete. – Ele assentiu com a cabeça. – Ok, então você vai encontrá-los e depois vai nos encontrar de novo e nos levar até o esconderijo deles, estaremos no hotel no final daquela esquina, entendeu? – O esqueleto assentiu e fez uma reverência de novo e saiu em uma sombra. Annie veio ao meu encontro com um pouco de néctar, afinal, eu ainda estava apoiado entre Percy e minha namorada. Logo que tomei um gole, me senti bem melhor, minhas pernas pararam de tremer e eu consegui me apoiar de novo.

- Até agora está tudo como nos meu planos, Jéssica, leve Nico para descansar um pouco e Percy, Joe e eu iremos ficar na recepção para aguardar o rastreador, suponho que ele não irá demorar.

Jéssica assentiu e me levou para o hotel, me colocou na cama e me cobriu.

- Eu estou bem, não preciso descansar.

- Nico di Ângelo. – Ih, eu estava ferrado, ela me chamou pelo meu nome inteiro. – O senhor já se olhou no espelho, está com uma cara horrível, quase caiu fazendo o encantamento, você ficou branco e está um pouco gelado, na verdade, você parecia um defunto, foi demais, mas muito estranho. – Eu ri com o comentário dela.

- Então quer dizer que mesmo com o meu estado bizarro você não teve medo de mim?

- Claro que não. Você ainda é o mesmo Nico que eu conheço mesmo parecendo um morto vivo. – Nós rimos. – Eu achei o máximo o que você fez, mas não faça isso de novo a não ser que seja realmente necessário. – Ela disse séria e depois sorriu me dando um selinho. – Agora acho melhor você descansar senhor mortinho. – Eu nem me sentia cansado, mas apaguei assim que ela terminou a frase, ok, eu estava realmente cansado.

Mais tarde Jéssica me acorda me dizendo que o esqueleto voltou, senti um arrepio na minha espinha, a missão estava acabando, tudo o que a profecia dizia iria se realizar.

POV Percy

Mandei Jéssica chamar Nico, logo os dois apareceram, o esqueleto fez uma reverência para o filho de Hades e começou a tilintar a boca, o mais bizarro era que Nico entendia o que ele dizia, eu acho.

- Ele disse que é para nos prepararmos que ele nos levará. – Todos nós subimos e colocamos nossas armaduras, Joe não tinha uma, somente a espada, resolvemos deixá-lo aqui caso algo acontecesse conosco o esqueleto o levaria para o acampamento a salvo. Descemos pelo elevador e eu enlacei meus dedos nos de Annie, eu estava muito inquieto, a expectativa me consumia, eu tinha meus objetivos claros: proteger os outros e acabar com aqueles gigantes bizarros metidos a besta. Eu e Annie pegamos carona com o esqueleto pelas sombras e Nico levou Jéssica, ele já havia recuperado as forças.

De novo fiz uma viagem pelas sombras e não foi melhor que da última vez, eu nunca gostei de viajar pelas sombras, mas já que era o único modo de chegar mais rápido, nós concordamos, chegamos em uma colina perto de um lago, bem no norte de Wisconsin, na colina havia uma construção de estilo grega, Annie preparou um plano e nós entramos devagar pelo o que parecia um palácio grego.

- Vamos todos para esse corredor, fiquem todos juntos e atentos. – Eu sussurrei para os outros que assentiram. Esgueiramos-nos pelo corredor, no começo era claro, mas quanto mais adentrávamos por ele, o corredor ia ficando escuro gradativamente, no final dele, vi uma grande porta, peguei o boné do Yankees com Annabeth e abri a porta, vasculhei tudo e voltei tirando o boné para os outros me seguirem. A sala dentro era escura, me parecia muito familiar, como se eu já tivesse estado lá antes, então me lembrei.

- Pessoal, vasculhem o local, as deusas com certeza estão aqui. – Eu sussurrei para eles de novo, nos separamos e vasculhamos o local, procurei em tudo. Vi Jéssica voltando e acenando para todos formando com os lábios a palavra “Achei”, nos aproximamos dela e eu vi a prisão das deusas, a primeira que me viu foi Héstia, ela sorriu e disse:

- Heróis, a jaula é enfeitiçada, já tentamos de tudo, nada funciona.

- Eu tenho uma idéia. – Disse o filho de Hades. Ele correu em direção a uma sombra e saiu dentro da jaula sorrindo. – Com licença senhora. – Ele fez uma reverência para Héstia e para as outras deusas, pegou na mão de duas delas e saiu correndo para outra sombra, Nico apareceu de novo com as duas deusas ao meu lado e se apoiou em mim, eu peguei minha garrafa de néctar e dei um gole a ele, ele repetiu o processo de novo e trouxe as outras deusas. Eu lhe dei mais néctar e disse:

- Ok Nico. Agora chame seu amiguinho para nós irmos embora daqui. – As deusas já tinham ido embora e então ouvimos um aplauso ecoando pela sala.

- Muito bem semideuses, mas vocês realmente acharam que seria fácil assim? – A risadas deles ecoaram pela sala arrepiando os cabelos da minha nunca, chegou a hora.


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Notas finais do capítulo

rewiews?
eu sei, eu sou má, vai ficar no suspenseeee
bjos
:* ei pessoal, comentem sobre a nova capa, espero que tenham gostado *-*