Amigos - a Melhor Aliança escrita por camila_guime


Capítulo 33
Abrindo os olhos para o campo e para as mentiras.


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, mas eu andei em trapos!
agora to voltando à ativa, e espero cntinuar assim!



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33.

Rachel e o time da SRP já estavam reunidos no vestiário da escola. Algumas garotas amarravam o cabelo, outras estavam sentadas ou deitadas nos bancos, algumas pulavam no lugar de ansiedade. Todas, porém, atentas à explicação da capitã. Rachel parecia até uma general.

— Tudo bem meninas, as Mocréias de Bordel...

— Meninas de Babel, Rae... – Vanessa corrigiu a capitã.

— Elas vão jogar contra a gente, pra mim elas são as Bordéis! – A morena rebateu fazendo algumas meninas rirem. — Enfim, como eu ia dizendo... Essas garotas que acreditam que podem jogar com a gente e ganhar têm uma tática muito simples: ataque. Eu vou estar aqui – ela apontou numa lousa sua região, a centroavante, — aconteça o que acontecer, na área vermelha, eu quero que Ciça e Bia fiquem sempre presentes nas laterais. Vamos separar assim: defesa e escape. A lateral vai ser nossa saída, já que elas sempre formam uma barreira no centro. Tabela pode até rolar eu só não quero ver nenhuma de vocês como um bando de gelatinas pelo gramado, ok?

— SIM, CAPITÃ! – As garotas responderam ainda rindo pela graça.

— Outra coisa! – Rachel as fez calar rapidamente. — Essas garotas são fortes, e por mais que me custe admitir, elas são boas. Só que mais que isso, elas são cínicas. Tomem cuidados e não deixem elas armarem pra cima de vocês. Eu não quero contusão, nem nenhum osso quebrado ou torção. Por favor, tentem sair de lá inteiras!

— Armaduras postas? – Vanessa perguntou ao final.

— É esse o espírito. Agora... Quem vai vencer?

— NÓS!

Elas tinham uma certeza invejável.

***

O time oposto já estava saindo para o campo. A arquibancada era 99,9% da SRP, ou seja, ninguém praticamente aplaudiu o time da MDB. Contudo, ninguém também vaiou. Era impossível fazer alguma coisa contra aquelas garotas. Em campo, vinte e uma meninas se espalhavam perto de seu gol. Eram músculos nas pernas para dar e vender. Elas não sorriam para ninguém, e encaravam o árbitro e os torcedores como se eles fossem pagar pra ver.

— Nossa, elas dão medo! – Vickie comentou enrolando a manga da camisa até em cima dos ombros.

— Medo? Fala sério! Elas são um máximo! – Stark rebateu pegando o binóculo de Danilo. Recebeu uma cotovelada de Vickie. — Ah, qual é? Se for por isso, você também dá medo ok?

A loira ficou com o queixo caído.

— Dani, eu dou medo?

— Sinceramente? Dá sim, às vezes...

Stark sorriu para o amigo e mostrou a língua para Vickie.

— Bem... Se eu dou medo, é melhor controlar seus comentários, Ethan Stark! – Disse ela pegando o binóculo dele.

O loiro estreitou os olhos e riu do jeito encarnado dela.

— Ok, eu não digo mais nada sobre elas serem boazudas, gatas, saradas...

— CALADO!

Meia arquibancada se virou para Vickie na mesma hora.

— Eu ainda te mato Stark!

Ele não respondeu. Já fizera Vickie dizer bem mais do que ele queria ouvir: toda enciumada!

Danilo riu dos dois e se manteve quieto. Era melhor do que se meter em briga de quase-marido-e-mulher. Mas... Falando em briga... Ele se lembrou de Rachel, e de seus frequentes surtos contra sua pessoa. O que ela poderia querer mais? Ele tinha mostrado o bastante.

“Mostrado o que, seu tapado? Não tem nada pra mostrar!” – Ele pensava.

Mas por que então parece que algo ainda está interminado? Aquela garota ainda o colocaria doido um dia. Isto se já não estiver!

Lembrou de quando Stark disse: “... Seria muito mais fácil se você admitisse de uma vez que gosta da Rachel! Quem está querendo enganar?”.

“Talvez eu esteja mesmo... Querendo enganar alguém”.

— O que fazer com essa garota? – Danilo pensou em voz alta. Alguém o respondeu:

— Já tentou falar do assunto com ela?

— O que? Ahn... Como você...?

Stark riu da cara de besta do amigo.

— Como se você não fosse óbvio, não é Dondoca!

— Mas nada te dá o direito de entrar na minha cabeça!

— Mas eu não fiz isso!

— É Dani, está estampado na sua testa! – Vickie se intrometeu. — Estava pensando na Rae, né?

Danilo balbuciou nervoso.

— Vocês estão enganados!

— Não minta! – Star repreendeu. — Toda vez que você pensa na minha raquete fica todo vermelho.

— E começa a olhar para baixo... – Vickie completou.

— Claro que não!

— É sim! – O loiro continuou, se divertindo com a vermelhidão do amigo. — Admita Danilo Luxer: você adora minha Raquete!

Nesse momento três garotas olharam por cima de seus ombros e riram de Danilo, que fitou Stark de forma homicida.

— Sua Raquete? – Ele rugiu.

— Ok, ela pode ser nossa, se você faz questão!

— Stark, fecha o bico!

— Não, Daniquinho, eu não me importo em dividir minha Raquete com você! Eu divido com a Vickie, é amor?

— Claro. A Raquetinha é nossa! Podemos deixar que seja um pouco sua!

As garotas do banco da frente continuaram rindo e entendendo tudo errado.

— Parem de falar em raquete, por favor! – Danilo já estava com o rosto quente.

— Nem finge, Luxer! Sei que você está doidinho para ver nossa Raquete marcar um gol agora mesmo! – Stark falou e riu junto com Vickie. Claro que eles percebiam a ambiguidade que as garotas da outra fileira estavam cochichando.

— Ahn... Não liguem para o que esses dois malucos estão falando. Raquete é uma garota, sabe... – Danilo tentou se justificar para as meninas que agora faziam graça.

— A gente ama nossa Raquete! – Vickie sorriu mimosamente.

— Podes crer! – Stark continuou. — Minha Raquete bate um bolão. Se o Dani não fosse tão ganancioso...

— A gente até dividiria com você!

Os dois loiros mostraram a língua para Danilo, que agora já era algo de piadinhas maldosas das três garotas da frente. Sem escapatória, Danilo suspirou derrotado e enterrou o rosto nas mãos.

Vickie e Stark riram da situação que armaram. Ambos já estavam convencidos: Danilo pensava realmente em Rachel.

***

“E É COM PRAZER QUE CHAMOS AGORA PARA O CAMPO O TIME DA CASA: SRP!”.

O secretário (e agora narrador) Heath anunciou. Logo, as meninas do time saíram pelas portas do vestiário em fila dupla. Os 99,9% da arquibancada se agitaram na mesma hora. Como num passe de mágica, surgiram faixas, balões, cartazes e cornetas animando a partida.

Rachel olhava para as pessoas e era incrível como a ansiedade não a deixava distinguir mingúem por lá. Era apenas uma massa de pessoas que estavam torcendo pelo time dela. Pelo menos isso bastava.

Vanessa, Ciça e Bia, que já costumavam andar juntas, saíram na frente das demais depois que chegaram ao gramado, e o trio começou a fazer uns saltos elaborados quase surreais. Um show à parte que, mesmo desnecessário, servia para intimidar ou pelo menos minimizar a coragem do time oposto. Ok, também se pode chamar de exibicionismo. Mas não era proibido!

“E AGORA QUE NOSSAS CAMPEÃS CHEGARAM, PODEMOS DAR INÍCIO À PRIMEIRA COMPETIÇÃO DO ANO! AS CAPITÃS DE AMOBS OS TIMES JÁ PODEM SE ENCAMINHAR PARA O CENTRO DO CAMPO”.

— Força, capitã! – Vanessa desejou à Rachel rapidamente.

— Tá bom gente, obrigada. Vamos ao cara do apito!

Rachel saiu correndo até a linha central, onde o “Cara do Apito” e a capitã do time oposto já se encontravam.

— Escolham um lado! – O árbitro comandou.

— A gente fica com esse aqui! – Uma morena com o cabelo repleto de trancinhas falou com uma autoridade maciça e intimidadora.

— Certo. Ficamos na esquerda! – Rachel disse firmemente.

— Cara ou coroa, para quem começa.

O árbitro jogou a moeda pra cima enquanto a morena decidia novamente:

— Coroa.

Rachel olhou para ela com uma sobrancelha erguida e a morena retribuiu com um sorriso irônico. O árbitro tirou a mão de cima da moeda e ergueu o braço para o lado do time que ia começar: o time oposto.

“E A PARTIDA VAI... COMEÇAR!” – Heath bradou e as arquibancadas gritaram eufóricas.

Rachel correu para as demais meninas. Houve um breve abraço grupal e então todas se espalharam em suas posições. O time adversário fez o mesmo, sempre encarando. O apito soou e a bola começou a rolar.

***

— VAI RACHEL! VAI! – Vickie já se esgoelava em pe no assento.

Stark assoprava numa corneta irritante, mas ninguém ali se importava.

— VAI BOLA, VAI! – Gritou o loiro.

— Bola, Stark? – Danilo riu do amigo.

— Ué? É a bola que entra no gol. Ela merece respeito!

Danilo deu um tabefe de leve na nuca de Stark e voltou a prestar atenção no jogo. Rachel parecia até outra em campo. A doçura dela se transformava em força e sua persistência em bravura. Ela não parecia cansar e desviava dos bloqueios com desenvoltura.

— VAI! VAI! – Danilo não se conteve em gritar quando Vanessa passou a bola para Rachel e ela saiu em disparada pelo meio-campo.

— É ISSO AÍ RACHEL! – Vickie berrou como só ela conseguia e acabou pegando a corneta de Stark e soprando-a com força.

Rachel não tinha muito no que pensar. Era o jogo no sangue ditando os lances de adrenalina para os movimentos. Ela não tinha noção de como fazia para correr tão rápido, nem como driblar tão agilmente, ela apenas seguia o seu impulso no momento. Era quase como uma arte: a inspiração fazia a coisa toda acontecer.

Duas jogadoras do time oposto a cercaram e foi uma cruzada de pernas mais tensas que no tango. A pobre da bola hesitava em que pé ficar. Ciça alcançou o bolo e tentou se meter, mas acabou levando uma cotovelada no nariz e o jogo foi interrompido.

“E UMA DE NOSSAS JOGADORAS MAIS ÁGEIS FOI ATINGIDA! FILHA DE UMA P... DESCULPA PESSOAL, ME EMPOLGUEI!” – Heath arranhou a garganta nervosamente quando o juiz o encarou feio. “E CARTÃO AMARELO PARA A JOGADORA NICOLE DO TIME MDB!”.

— Eu dizia, Heath. Se fosse eu aí, eu dizia que ela foi uma baita de uma filha da...

— Vickie, se acalme, por favor! – Stark a interrompeu.

— SE ACALMAR? PODERIA TER SIDO A RACHEL!

“E PARECE QUE CIÇA NÃO ESTÁ MACHUCADA. E ELA VOLTA PARA O CAMPO!” – Heath quase foi calado por uma chuva de gritos e sons que aclamaram a garota.

— UHUUUUL!!!!

— Você tá legal? – Rachel perguntou rapidamente para ela enquanto voltavam para a bola no ponto onde parou. A garota só pôde afirmar com a cabeça enquanto corria para sua posição.

Rachel chegou na bola e recomeçou a jogada. Porém, em mentos de cinco segundos a morena, capitã da MDB, roubou a bola com o drible da vaca, o que com certeza fez muitos ficarem surpresos.

Vanessa, porém, partiu para o ataque pela lateral. A morena parecia virar um ratinho que conseguia sair cortando caminho pelas passagens mais difíceis. Vanessa notou que, em contra partida, ela só fazia isto: driblar e driblar. Então, correu atrás dela e com um corte ágil roubou a bola. Usando sua habilidade, passou a correr o máximo que podia.

Fãs de Vanessa enlouqueciam com o jeito como a bola parecia ficar pregada ao pé da garota. Muitos murcharam quando ela fez um passe e passou a vez para uma outra menina, dando um chute que cruzou o campo.

— Nossa! Essas meninas são fodásticas! – Stark se admirou.

— Ninguém põe nelas! – Vickie concordou prontamente.

Danilo parecia contido, porém atento, com um olhar perspicaz no jogo. Olhar de quem entendia tecnicamente do assunto. As poucas vezes que se agitava era para vibrar uma boa tática, ou quando Rachel estava com a bola.

Estava concentrado quando uma outra jogadora, esta do time oposto, tropeçou e rolou pelo chão. Na pausa, Danilo percebeu que alguém ocupara o lugar ao lado dele.

— Olá? – Alanis falou carismática.

— Hei! Como vai? – O moreno falou educadamente e cedeu um abraço cortês a ela.

— Oi pessoal! – Alanis se dirigiu a Vickie e Stark que tentavam não a olhar muito obviamente, mas ela percebia o esforço deles.

— O-Oi! – Eles disseram meio sem jeito.

— E... Como é que está?

— Zero-a-zero. Ainda. – Danilo respondeu a Alanis.

A morena se acomodou no assento e passou a assistir a competição com certo desinteresse, mas ainda assim se animava quando a agitação era geral.

Nisso, a bola estava pior que pedaço de carne no anzol num mar de piranhas! (Tudo bem, peguei pesado nessa!) As garotas do MDB já estavam se cansando, pois a SRP dava mesmo trabalho para posse de bola delas. Ciça, então, correu o que pôde e arrancou a bola dos pés de uma das jogadoras e saiu em disparada para o gol delas.

“E A SRP VOLTA AO COMANDO E PARECE QUE DESTA VEZ COM FOME DE GOL. TEM ALGUÉM AÍ A FIM DE UM BOLA NA REDE?” – Heath tentou, coitado, mas ninguém riu. “EH... ESTÁ CERTO. VOU ENTENDER QUE VOCÊS ESTÃO FRAQUINHOS DEMAIS PARA RIR. HEHE!” – Alguns engraçadinhos uivaram o pobre rapaz. “OK, OK, CONTINUANDO. CECÍLIA, NÚMERO 11, DISPARA NA FRENTE. NOSSA! CARALH... QUER DIZER, CARAMBA! ELA ESTÁ SOZINHA. ENTENDEM O QUE É ISSO? S-O-Z-I-N-H-A! E NÃO PARECE NADA CANSADA. É ISSO AÍ! VAI CIÇAAAA!”.

— Cacete, é agora! – Stark vibrava.

— GOL! GOL! GOL! – A arquibancada pedia incessantemente.

“E AGORA É A CIÇA E A GOLEIRA VAL. E É AGORA... AGORA... E É... GOO- - - O QUE? IMPEDIDO?! MAS QUE PUTA SACANAGEM!” – O superior de Heath o encarou parecendo um vulcão que está preste a explodir. O garoto tremeu na base. “DESCULPA GENTE. MAS É INDIGNAÇÃO DEMAIS! MAS COMO SOU IMPARCIAL E PROFISSIONAL, FIQUEMOS FELIZES PELAS MENINAS DE BABEL!”.

É preciso dizer que ninguém apoiou Heath?

— DROGA! – Rachel exasperou. — INJUSTIÇA, MEU!

— Fica calma, Rae! Vamos fazer dois e dois! – Vanessa disse rapidamente. Não teve tempo de Rachel aprovar. Vanessa saiu fazendo um gesto que só o time da escola entendia. Uma das táticas de Rachel.

“CACETE! Essa jogara era só pro final!” – Rachel pensou nervosa. “Tomara que esta louca esteja certa!”.

O sinal foi interceptado pelas demais garotas do time e, quando as adversárias retomaram o jogo, a estratégia começou.

Danilo não se conteve e se mexeu ansioso no seu assento. Ele tinha entendido o que Rachel estava planejando. Tabela era perigoso. E este tipo que Rachel treinou com as garotas era extenso demais. As adversárias eram muito maliciosas. Mas ele ainda assim tinha fé.

— Nossa, você está uma pilha! – Alanis comentou.

Vickie e Stark pulavam e gritavam sem parar e, perto deles, Danilo até parecia mórbido. Mas Alanis sabia pelo jeito que ele olhava e ficava estático como ele estava ansioso.

— Eu vi o treino, você não tem noção do quanto elas são boas! – O garoto falou com o olhar preso na partida.

Alanis analisou com mais cuidado. Era realmente verdade o que Danilo disse, admitindo ela ou não. E percebeu que Danilo só vibrava perceptivelmente quando era Rachel a dona da bola. “Talvez ele esteja gostando mesmo dela...” – A morena meditou.

No campo, a tabela começou na área de risco para o time adversário. As garotas do SRP estavam infiltradas na área delas, dentro do time delas enquanto Rachel e Vanessa “tabelavam” e se aproximavam perigosamente.

Rachel percebeu a proximidade de uma adversária e arriscou para dentro do gol, porém...

“UM CORTE! VIRAM ISSO? UM CORTE NOS AFASTOU DO PRIMEIRO GOL! E A BOLA FOI PRA FORA. LATERAL PARA SRP! VAMOS BOTAR PRA FU... VALER. VAMOS BOTAR PRA VALER MENINAS. ESTAMOS COM VOCÊS!”.

“É agora, Rae... Você sabe que é agora...” – Danilo pensava.

“Anda Vanessa, faz o que você sabe garota!” – Rachel pensavam enquanto sua amiga se preparava para tirar a lateral. “Só um tiro certo. Só um tiro certo”.

Vanessa fechou os olhos momentaneamente e se concentrou. Ouviu o apito admitindo o reinício e expirou forte. Pegou a bola com as mãos e virou uma pirueta, mandando a bola pra dentro...

“NO MEIO DO BOLO GALERA! NO MEIO! CADÊ A BOLA? AH! TÁ ALI! E É A NOSSA CAPITÃ, PESSOAL. RACHEL, NÚMERO NOVE. ELA DRIBLA E... CACETE! PASSOU POR CIMA DA JOGADORA NÚMERO TRÊS DO MDB. TOMA ESSA! CARALH... CARAMBA, MEU, O TROÇO TÁ QUENTE. E É... P.Q.P. GENTE, ISSO É... ISSO FOI...”.

Rachel “chapelou” a jogadora que estava no seu caminho e fez a goleira de palhaça. Isso é... Isso foi...

“GOOOOOOOLLLL!” – Heath não se continha de euforia. “EU SOU FODA! MELHOR QUE GALVÃO BUENO! TOMA ESSA! VOCÊ NÃO PÔDE NARRAR ESSA ORBA DE CARTE! UHUUUUULLL!”.

Desta vez ninguém o impediu de ser antiprofissional. Todo mundo vibrava no limite de suas gargantas pelo gol. Danilo se levantou do banco num salto e não sabia se batia palma ou batia no apoio da arquibancada de pura euforia.

— É ISSO AÍ, RAE!

— AAAAAHHHHH! – Vickie só conseguia gritar. Stark também. Os dois loiros giraram abraçados dando pulinhos de alegria.

Alanis viu a cena quando os amigos deram um abraço triplo e ela nunca se sentiu tão excluída. Na arquibancada toda tinha pessoas comemorando com alguém e ela ali, sem comemorar e sem ter com quem fazer isso.

Num outro ponto da arquibancada, Luana assobiava para o gol de sua escola e bateu uma palma com Jam, que também assistia com bons olhos e torcia com vontade.

— Isso foi incrível, cara! – O garoto se admirou.

— Essa garota realmente sabe jogar. Todas elas! – Luana admitiu.

— Sabe, Lu... Por que mesmo que a Alanis não gosta dela. Digo... Da Rachel. Ela me parece ser... Decente.

Luana não ouviu direito o que ele perguntou, mas entendeu. No meio da agitação, nem pensou antes de falar:

— Ora, e você é tonto? Isso é puro despeito por que essa garota tem o que a Alanis mais quer!

A agitação se desfez para Jam que, intrigado, pegou Luana pelo braço, a fazendo cair na real.

— O que? Explica isso que você disse!

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Notas finais do capítulo

Gente foi mal o atraso. não não me abandonar né?
*.*

kisses
Mila.



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