Amigos - a Melhor Aliança escrita por camila_guime


Capítulo 15
Foi uma declaração? Parecia cócegas! =S


Notas iniciais do capítulo

O título pode parecer estranho, mas eu quase não sabia o que botar!
boa leitura!
TEM AVISO IMPORTANTE NO FIM DO CAPÍTULO! UMA PERGUNTINHA LÁ OK? (respondam no review minhas flores!, please!).



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15.

— Ainda bem que ninguém se atreveu a alojar estranhos aqui! – Rachel suspirou aliviada ao se jogar na mesma cama do ano passado.


— Nem me fale! Eu não estava nem um pouco a fim de chegar mandando intrusas vazarem! É tão cansativo! – Vickie desmaiou dramaticamente.


— Desculpa então! – Uma voz feminina rompeu a conversa de Rachel e Vickie, as fazendo sobressaltar.


As amigas viraram para trás e se depararam com uma garota de pé em frente à porta do banheiro. Demoraram a reconhecer por causa daquele cabelo curto e repicado, e as roupas de roqueira, mas aí então, a ficha caiu quando a garota sorriu:


— ALANIS? – Vickie e Rachel gritaram.


— EU! – A garota falou de volta.


— Nossa! Você está...


— Diferente? – Alanis completou. Assumiu que a resposta fosse sim, já que as meninas ficaram estáticas e de boca aberta.


— Menina, o que você faz aqui? Não ia mudar de escola? – Vickie perguntou.


— É. Ia, mas a escola militar não me quis! – A garota deu de ombros. — Daí, papi me devolveu para SRP. Não que eu esteja tão feliz por isso... Mas e vocês, garotas? Como vão?


— Na mesma! – Rachel desconversou. — Meninas, eu acho que vou tomar um banho, enquanto conversam...


Vickie assentiu, mas estranhou a reação da amiga, que simplesmente pegou sua necessair e se trancou no banheiro.


— Então? O que houve com você?


— Está falando da minha mudança? – Alanis seguiu meio que sem entusiasmo.


— Sim. Cortou o cabelo, mudou de estilo...


— Há algumas razões...


Alanis se jogou na sua própria cama e começou a arrumar suas coisas. Vicktoria apenas ergueu uma sobrancelha e decidiu que era melhor encerrar a conversa. Alanis não parecia normal, de jeito nenhum.


***


Danilo acabara de chutar a mala vazia para debaixo da cama e se jogar contra o colchão quando, de repente, a porta de seu alojamento foi aberta e por um louco cantando Fígaro totalmente desafinado.


Adivinhem quem era o louco?


— AH, NÃO! – Danilo tentou tapar os ouvidos.


— Acredite, ele não vai parar! – Alan alertou. — Ele já espantou metade da escola com isso!


— FÍGARO, FÍGARO, FÍGARO, FÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍGAROOOOO!


— Ah, não brinca! – Danilo bufou. — STARK! PARA DE CANTAR!


— FÍGARO FIIIII, FÍGARO FÁÁÁ, FÍGARO AQUI! FÍGARO LÁÁÁ!


— STARK! OU VOCÊ PARA AGORA, OU VAI CANTAR COM O FÍGADO NA BOCA! – Danilo ameaçou exasperado. Stark estancou.


— Tudo bem, Daniquinho! Mas só por que você pediu com jeitinho! – Stark piscou um olho e Danilo revirou os olhos.


— Gay! Meu Deus! Gay!


Stark respirou fundo e olhou para o quarto.


— Nosso cafofo! – Exclamou afetadamente.


— Nosso? Vai sonhando! – Alan disse ao se jogar na cama que lhe pertencia.


— Eu é que não acredito que consegui aguentar um ano inteiro dormindo no mesmo quarto em que vocês! – Danilo falou, mas estava brincando.


— Relaxa, Dani, esse ano eu tenho brincadeiras novas! – Stark falou.


Alan e Danilo se encararam assustados.


— Credo, seus bando de pervertidos! Eu estava falando de festa do pijama! – Stark disse jogando as roupas todas de uma vez na gaveta.


— E nós temos cara de quem compartilha dessas brincadeiras? – Alan perguntou.


— Sim, se envolver certas moças... – Stark piscou um olhou novamente.


— Aí o clima melhora! – Alan falou maroto.


— Mas é claro que não aqui né! – Danilo disse.


— Infelizmente! – Stark rebateu.


Os três ficaram calados e pensativos por uns segundos, mas logo a porta foi aberta e eles saíram de seus pensamentos...


— Com licença... – Um garoto de rosto pálido e de cabelos escuros apareceu.


Os garotos o mediram dos pés à cabeça.


— Pois não? – Danilo disse primeiro.


— Acho que eu me alojo por aqui... – Disse o rapaz tranquilamente, porém, notou que só havia três camas, e um garoto para cada uma já estava por lá.


— É. Sinto muito. Estamos aqui! – Disse Stark possessivamente se largando sobre uma das camas.


— Hum... – O recém-chegado pareceu inconformado. Tirou um papel do bolso e o examinou. Stark, Danilo e Alan ainda o olhavam de canto. — Vocês são Luxer e Castellan? – O rapaz perguntou ao léu. Danilo e Alan se endireitaram.


— Somos nós! – Disseram juntos.


— Pois é, então, somos colegas de quarto! – O garoto disse simplesmente.


Stark se ergueu da cama confuso.


— Como assim? Meu nome não está aí?


O garoto novato olhou o papel.


— Se você não é Castellan nem Luxer, e, obviamente eu, Dulaine, então não, você não está aqui! – Deu de ombros.


Stark se arrumou e foi até o tal de Dulaine inflado como um pavão. Pegou o papel e o olhou perplexo.


— Cadê Ethan Stark? – Perguntou bobamente.


— Acho que vi um nome desses no quarto ao lado! – Dulaine falou tentando ser gentil, mas ao mesmo tempo entrando e indo em direção à cama que desocupara.


— Está brincado! – Stark bufou e saiu do quarto. Segundos depois, foi ouvido apenas um berro do garoto.


Alan e Danilo começaram a rir escandalosamente enquanto o novato olhava os dois completamente sem noção. Quando Stark voltou para o quarto, seu rosto poderia ser confundido com um tomate que estava preste a explodir.


— Então, seu nome estava lá? – Alan perguntou tentando segurar o riso. Danilo tossia de tanto esforço também.


— Estava. – Stark cuspiu a palavra.


Fulo da vida foi até a cômoda que deveria lhe pertencer e arrancou a gaveta onde jogara todas suas roupas. Carregou o troço nos braços e o levou para o outro quarto. Só voltou com a gaveta vazia depois.


— Relaxa Stark, ainda somos vizinhos! – Danilo disse.


— Não dá pra sentir tanto a nossa falta assim! – Alan brincou.


— Ah, vão roer o pau da cama de vocês! – Stark marchou para fora inconformado.


Dulaine assistiu a tudo sem entender nada.


— Não liga não, irmão, é assim mesmo! – Danilo disse ao pobre.


— Esse é o Stark, mas ele é gente fina! – Alan apoiou.


— Se vocês estão dizendo... – O garoto, mesmo que um pouco inseguro, estendeu sua mão, primeiro para Alan e depois para Danilo. — Como vão? Sou Jan Dulaine.


— É, como vai? – Alan disse.


— Bem, você já sabe nossos nomes mesmo, então... Pulando essa parte... De onde você veio, cara? – Danilo prosseguiu simpático.

***


Uma hora se passou. Todos na escola já se arranjaram nesse espaço de tempo e agora, o caminho eram as secretarias. Muitos passavam por lá para pegar horários e outros procuravam pelos avisos nas paredes e, se ainda houvesse algum folheto, pegavam.


Vickie e Rachel caminhavam em direção à janela da secretaria do segundo piso, onde estava uma extensa fila de alunos esperando o documento. As duas se aproximaram de braços dados e analisaram as pessoas.


Primeiramente, alguns já notaram que elas não estavam devidamente uniformizadas, pois ambas ignoravam a abotoadura dos três botões na camisa pólo, além de usarem jeans e não a saia pregueada das garotas.


— Nossa! Vamos passar a manhã toda aqui! – Rachel disse.


— Que nada, amiga! Você não aprende? Veja!


Vickie andou o comprimento da fila e parou perto de um dos primeiros alunos. Espiou para dentro da secretaria e logo viu quem lhe interessava.


— Santiago? – Um rapaz de aparentes vinte e cinco anos acenou pelo vidro da janela.


— Oi! – Vickie sorriu.


Rachel se aproximou da amiga e voltaram a entrelaçar seus braços.


— Heath! – Rachel disse animada.


O rapaz esguio e simpático sorriu e acenou. Alguns alunos olharam de Heath para as duas garotas ali, paradas, e rolaram os olhos com uma profunda expressão de desgosto. Logo, Heath saiu da secretaria deixando a comprida fila na espera. Um fuzuê descontente começou.


— E aí meninas? Como foram de férias? – Heath disse contente abraçando a cada uma delas.


— Bem. E você? – Vickie respondeu.


— Férias? Pra um secretário? Não me façam rir! – Heath desconversou e sorriu carismático para elas.


— Sabe, Heath... Você poderia arranjar dois horários pra nós? – Rachel perguntou fazendo charminho. — Sabe não é? Vicktoria Santiago e Rachel!


Heath sorriu por um momento um pouco hipnotizado pelo sorriso faceiro de Rae, mas logo descongelou.


— Ah, sim, sim! Mas e o seu sobrenome?


— EI! – Alguém gritou da fila.


Heath, Rachel e Vickie olharam uma ruiva, não muito estranha, que estava com uma aparência péssima, além de perceptivelmente brava:


— Você trabalha aqui ou para elas? Todos nós queremos horários, ouviu?


Vozes chiaram em concordância.


Heath pareceu sem jeito.


— Desculpe, pessoal, mas eu já vou. É só um segundo! – Heath tentou acalmar, mas sinceramente teve medo da ruiva. —Então? Qual seu sobrenome Rachel?


A morena vacilou e hesitou, mas não queria atrapalhar o trabalho do rapaz.


— Bem... É...


— Rachel Marie Fox! – Vickie estourou.


Rachel assumiu um vermelho profundo no rosto e minou a loira com um olhar. Heath ficou um pouco pasmo.


— Marie Fox? – Perguntou ele.


— É. – Rae concordou timidamente.


— Hum... Bem... Está bem então!


Heath novamente desconversou e voltou a entrar na secretaria. A fila até soltou um suspiro grupal de “aleluia!”, porém, o rapaz voltou a sair, desta vez com os horários da garotas. Os demais bufaram desgostosos novamente.


— Obrigada, Heath! – Vickie deu um singelo beijo no rosto dele e Rachel o abraçou também.


A fila começou a cair de pau em xingamentos e insultos.


— De nada, meninas! Ao seu dispor!


— ÓTIMO! E ao nosso também? – Um garoto visivelmente estressado disse.


Heath entrou de volta na secretaria e recomeçou a distribuir horários formalmente. Rachel e Vickie estavam se afastando do murmurinho, mas ainda ouviram algo como “quem elas pensam que são?”, “era só o que me faltava!”, “isso é um absurdo!”, etc.


— Vickie, da próxima vez que quiser assinar um contrato de Primeira Péssima Impressão, me avise! – Rachel falou quando dobraram no outro corredor.


Vi apenas olhou de canto para Rachel e sorriu de lado.


— Querida, eles iam começar a desgostar de nós antes mesmo do horário do almoço, você sabe muito bem disso!


— Às vezes acho que somos muito soberbas...


— Não mexemos com ninguém! A final, não furei a fila, apenas Heath veio falar com a gente!


— Ah, e também: quem te autorizou a dizer meu sobrenome? Sabe que eu não gosto dele!


— Foi mal! – Vickie riu e Rachel se limitou a rolar os olhos. — Então... Quais são nossos - -


Vickie sentiu Rachel escapulir de seu braço instantaneamente. Rachel também só teve tempo de raciocinar que estava sendo puxada, porém, no segundo seguinte, entendeu quem era o engraçadinho.


— Hello baby! – Danilo disse segurando a morena dentro de seu abraço.


— Dani! – A morena o abraçou e logo depois deu um tabefe em seu braço.


— AI! O que foi que eu te fiz?


— Você me arrancou da Vickie! Agora me solta! – Rae se contorceu.


— Ah, mas não mesmo!


— AH! VI! Ah, ME AJUDAAAA! – Rachel falou para a amiga que já se encontrava em risos.


— Você é que dá confiança e depois me pede ajuda? Vire-se Baby! – A loira disse antes de dar uma risadinha maléfica e sair de perto indo ao rumo das escadas.


Rachel voltou a encarar Danilo com uma fingida expressão de medo.


— Parece que está sozinha... – Ele murmurou.


— Covarde! Só por que não tem testemunhas! – Rachel argumentou.


Danilo gargalhou.


—E por acaso você acha que eu vou fazer algo de mal?


— Ah, eu sei lá! – Fez-se de desentendida.


— Você sabe que eu sei...


— Você acha é?


— Ham-ham... – Danilo sorriu de canto e abraçou Rachel, pegando-a desprevenida.


— Nossa! Só isso? – Ela se fingiu de insatisfeita.


— Não...


Logo, Danilo se aproveitou para provocar cócegas em Rachel. Não houve saída para a pobre. Nem houve como se controlar. Suas risadas provavelmente ecoavam no prédio inteiro.


— AH! PARAAA!


— Ah, primeiro diz que me ama! – Ele pediu cinicamente.


— NÃOOO! AHHH!


— Diga!


— NÃÃOOO!


Nem havia como, Rachel não conseguia mais falar nada. Estava envolta por cócegas e nem enxergou quando Alan se aproximou junto com Stark e ambos começaram a aplaudir descaradamente.


— Ah, por que vocês não se declaram logo? – Stark falou fingindo cansaço.


— É O QUE EU ESTOU TENTANDO! – Danilo disse já ofegante, pois Rachel era difícil de segurar.


— Estou vendo! Com esse seu método, logo, logo você terá a mão dela! – Alan desdenhou.


— BRUTO! – Rachel xingou Danilo por baixo de risadas, não dando para ser levada a sério.


Danilo, cansado, desistiu das cócegas e simplesmente abraçou a cintura de Rachel, que, morta, se apoiou no garoto.


— Nossa! Isso é que é amor! – Stark falou todo gaiato.


Rachel levantou o olhar para os meninos e constatou que não estavam mais sozinhos. Todos repararam ao mesmo tempo no grupinho de desconhecidos que assistia a tudo no fim do corredor.


Rae arregalou os olhos e se afastou de Danilo, completamente ruborizada. Tentou arrumar a camisa e pegar de volta sua mochila que caíra no esquecimento (no chão, de fato).


— Vocês parecem doidos! Fui! – Foi tudo que ela pôde dizer, tentando ignorar os olhares dos demais, e correu em direção às escadas.


Danilo suspirou e passou a mão pelo cabelo.


— O que estão olhando? – Perguntou autoritário para os outros alunos que, chocados, recuaram e sumiram.


—Totaly Crazy irmão! – Stark disse.


— Concordo! – Alan falou.


Os três se encaram e Danilo não segurou uma risada. Logo, os três deixaram a situação toda para trás.

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Pois é, tô realmente cansadas meninas... Fim de ano, provas, Enem, seminário, matéria técnica.;.. curso! cara, eu tô me esvaindo.... Queria que vocês me respondessem uma perguntinha:

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Notas finais do capítulo

Gente eu tô com medo de continuar escrevendo...
Não que eu queira parar, mas eu tô tão cansada... vocês não tem ideia!!
Então me ajudem me dando opinião ok?

Mila.



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