Amigos - a Melhor Aliança escrita por camila_guime


Capítulo 13
Fim de férias!


Notas iniciais do capítulo

Ebaaa, fim de féras !!!
Minha galeriinha vai pra escola!!!
Gente eu vou fazer uma nova capa ok?
espero q aprovem os novos atores!

mila.



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13.

— Raquetinha, não é melhor você ir pro quarto? – Danilo perguntou delicadamente, enquanto Rachel se balançava descoordenadamente no banco do balcão, ainda no salão. A festa já estava esmaecendo, mas Rachel parecia vidrada.

— Dani, eu não vou conseguir dormir, estou muito agitada e ansiosa! Então não me manda ir pro quarto!

— Mas você... Quer dizer, NÓS, temos aula amanhã de manhã!

— Ok, papai!

— Então você vai? Quer dizer... Eu não quero ser culpado amanhã por nenhuma olheira, ressaca ou cansaço! – Brincou o garoto levantando e pedindo a mão dela.

Rachel sorriu parecendo mais pra lá que pra cá e se levantou, ignorando a mão de Danilo e se jogando nos braços dele, que, surpreso, a apoiou pelos ombros sorrindo.

— Tem certeza de que não tinha álcool nessa sua bebida? – Perguntou maroto.

— Relaxa, Dani, eu estou embriagada de estresse! – Disse ela pisando irregular.

— Está bem. Vamos...

Danilo pôs a garota no colo, desprevenida. Rachel riu e abraçou o rapaz, se deixando levar. Estava tão ferida por dentro que a última coisa na qual queria pensar era no motivo da sua tristeza. Assim, tentou se focar apenas em Danilo.

***

— Cara, você é muito lindo! – A ruiva que estava com Stark disse, se inclinando para cima do garoto. Estavam sentados nos degraus do fundo do salão, que dava para a parte de trás da pousada.

— É sério... Linda, - disse ele sem conseguir lembrar o nome dela, — é melhor você se controlar, garota!

A ruiva riu escandalosamente.

— Controlar o que e pra que? Heim? – Ela jogou o cabelo, que estapeou o rosto do garoto, e lançou os braços no seu pescoço. Enquanto Rachel estava alterada emocionalmente, a ruiva estava realmente alterada.

— Você bebeu alguma coisa com álcool quando disse que ia ao banheiro? – Stark perguntou temendo a resposta. Pela primeira vez não estava se sentindo a vontade com uma garota bonita e fácil.

— Não! Mas por quê? O que importa, gato? Vem ficar com sua ruivinha vem! – A atirada traçou uma linha de beijos pelo pescoço de Stark até alcançar sua boca.

Stark permitiu o beijo até o momento que ela se jogou demais, foi quando ele a afastou.

— É sério, garota, por favor, não faz besteira. – Disse ele buscando um tom sério que até mesmo ele desconhecia. — Diz qual é o seu apartamento e eu te deixo lá sã e salva. Já está tarde!

— A noite é um feto, meu amor!

— Feto é? Que horror!

A ruiva riu da própria piada.

— Dança mais comigo, gatinho, dança! – Pediu fazendo manha.

— Quer saber? Não mais, ok? É sério, fofa, eu tenho que acordar cedo amanhã! – Disse ele seriamente vendo a ruiva fechar a cara com o termo “fofa”.

— Fofa é a mãe seu palhaço! – Ela rugiu. — Quer saber? SAI DAQUI!

Stark não hesitou e deu o fora, largando aquela desequilibrada pra trás. A garota começou a pirar berrando:

— Espera aí, gatinho. Volta!

Mas Stark sumiu da vista dela num instante.

— Tem cada uma que me aparece... – Murmurou consigo mesmo enquanto subia para o apartamento.

Chegando lá, fez as malas para o dia de amanhã e tomou banho. Depois, desmaiou em sua cama como uma pedra.

***

Vickie estava enxugando os cabelos numa toalha, estava com a cabeça a mil, então, decidiu que precisava ver Rachel, a final, não sabia se ela já tinha voltado. Assim, foi até o quarto da morena, que estava aberto, mas vazio.

— Aproveitando a festa, não é honey? – Falou consigo mesma sorrindo.

Deitou no sofá do apartamento e ficou esperando. Não demorou muito, risos romperam o silêncio de praticamente todo aquele andar. Vickie se sentou de sobressalto quando a porta do apartamento foi aberta e Rachel entrou abraçada a Danilo. Ambos na maior gargalhada.

— UOU! Eu acho que não deveria estar aqui! – Vickie disse surpresa.

— Que nada! Sem estresse, amor! Vim deixar essa inconsequente antes que ela voltasse pra pista de dança! – Disse Danilo.

— Hum, sei... – Vickie ergueu uma sobrancelha.

— É sério! Eu não fiz nada de mal! Não foi Danizinho? – Rachel perguntou parecendo uma criança.

— Não. Ela só dançou. E MUITO. Não quero ser o culpado pela ressaca desta daminha amanhã!

— Querido, pode apostar, você já é! – Vickie falou.

Rachel riu e se jogou no sofá.

— É, estou vendo! – Danilo disse se escorando na porta. — Então eu vou indo meninas, boa-noite!

Saiu fechando a porta atrás de si.

— Cansada Raquetinha?

— Quer saber? Até que não muito! – Rachel falou brilhantemente.

— Também, dormindo a tarde toda no quarto com o Dani, não é de se estranhar! – Disse a loira ironicamente.

— Eu não dormi com ele, só ao mesmo tempo! mas pelo menos não fui eu quem dividiu o banheiro com Stark! – Provocou.

― Acredite, se eu soubesse, Stark comemoraria seu enterro hoje!

― Sei... – Rachel ergueu uma sobrancelha, mas preferiu mudar de assunto. ― E também, estou ansiosa demais pra dormir! – Falou se pondo de pé.

— E isso tem a ver com o Alan?

— Danilo te falou dele?

— Nem é preciso pra perceber. Além do que, eu o vi no jardim antes de subir.

Rachel tentou não se deixar afetar pela informação.

— Ele é um idiota!

— E sabe o pior? Ele sabe disso! – Vickie suspirou.

— Será que ele vai abrir os olhos? – Rae perguntou desanimada.

— Um dia vai. Pode ter certeza. É uma fase dos garotos... Sabe como eles são idiotas! Vai passar uma hora!

— Queria ter sua esperança! – Rachel sorriu de canto.

— Mas, mudando de assunto... Já fez suas malas, queridinha?

— NOT! – Rachel disse cinicamente.

— E vai querer ajuda?

Não foi preciso responder, a cara de Rachel foi suficiente.

***

No dia seguinte. Cinco e meia da manhã.

Alan acordara e saíra para o restaurante da pousada para tomar o café da manhã. Alguns empregados já haviam ficado de sobreaviso para atender aos hóspedes do patrão, a final, àquela hora, nenhum dos hóspedes comuns estava acordado.

Alan estava tomando seu habitual café forte com leite enquanto pensava...

“Seiscentos reais... Enfim, valeu à pena. Já poderia dar parte aos seus pais, e a outra economizaria para faculdade, ou o que precisar”.

Tudo que ele tinha que fazer agora era quitar sua dívida e voltar para sua vida normal. Tentar reconquistar a confiança de Rachel. Só mais dois tempos... Só isso. Ele apenas rezava que ela continuasse por perto até lá.

― Sonhando acordado? – Uma voz reconhecível falou atrás dele.

― Danilo? Oi! É... Sonhando acordado, por enquanto!

― Quase me esqueço que você estava hospedado aqui com a gente ontem! – Danilo comentou despretensiosamente... Ou quase...

Ele também já estava com sua mala pronta para sair da pousada. Sentou à mesa com Alan e começou a se servir do desjejum.

― É, eu precisei sair. Mas, você sabe me dizer sobre... Bem... – Alan hesitou.

― Rachel? – Danilo se segurou para não soar bravo. Na verdade, estava tentando pensar apenas no que Vickie disse sobre conversar e entender o Alan, pois pensar no quanto a Rachel estava alterada por culpa dele, o deixava realmente bravo.

― Eu não queria fazer o que estou fazendo... – Alan começou, porém, Danilo o impediu de continuar:

― Sabe, cara, sinceramente: não há desculpa. Ou você se abre com ela, ou não fala mais nada e nem fica insistindo. Tem ideia do quanto ela está mal? – Alan fez menção de falar, mas Danilo prosseguiu. ― A Rachel nunca foi assim, dessas de engolir sapos e cobras e cobrir sua tristeza com surtos de felicidades, no entanto, ela está fazendo isso. E eu te alertei: não deixe a Rae ficar mal por um problema que é seu! Mas você realmente não está tornando nada melhor!

Tudo bem, a ideia era ganhar a confiança de Alan, mas Danilo simplesmente não conseguiu.

― Luxer, eu realmente queria poder nunca ter começado a esconder coisas dela, acredite. Só eu e Deus sabemos o quanto eu queria! Mas tem certas coisas que são necessárias, coisa que eu não posso contar pra Rae por que eu sei que ela não vai gostar de saber!

― E o que seria?

― Acha que eu posso contar pra você? – Alan falou sorrindo ironicamente sem querer, o que não melhorou em nada os humores.

― Não, eu sempre achei que não, mas eu tive que tentar. Sabe... Alguém precisa tentar ajudar a Rachel, por que ninguém está a fim de vê-la assim, inconformada!

― E você está se dando ao trabalho de falar comigo por ela?

― Para de ser idiota, Alan! – Danilo se alterou. ― Eu não estou aqui por que ela me pediu. A Rachel não é garota infantil pra fazer isso! Eu também não estou aqui por que eu quero chegar com ela me dizendo o “descobridor” e solucionar toda a situação. Cara abre teus olhos! Você está fechando as porta para tudo e para todos! Se pelo menos alguém mais soubesse e te entendesse, talvez a Rachel se conformasse com seus motivos e não insistisse tanto! O problema é esse seu mistério descabido que está a enlouquecendo!

― Não se preocupe tanto, Danilo, logo isso tudo vai acabar! – Alan disse em tom definitivo, mas Danilo não se satisfez.

― Não me interessa seus problemas, se você não quer compartilhar com ninguém! Só, por favor, pare de agir com a Rae como se quisesse a amizade dela normalmente. Isso é prejudicial a ela! – Danilo falou, e só deu a conversa por terminada por que Vickie vinha chegando ao restaurante, puxando sua mala violeta.

― Bom-dia gente! – Falou sorridente.

― Bom-dia. – Os dois responderam ao mesmo tempo.

― Então, expectativa para hoje?

― Expectativa nenhuma! – Danilo falou ambiguamente, de forma que Vickie entendeu que ele se referira também ao Alan.

― Na verdade, eu tenho sim... – Alan falou em tom soturno.

― E expectativa do que? – Vickie perguntou atenta e curiosa.

― De minimizar um grande problema...

Vickie sentiu que, por pouco, Alan estava perto de dizer algo do qual ela pudesse deduzir alguma coisa interessante, mas foi justamente quando Stark apareceu:

― UUOOAAAHHH! – Ele bocejou escandalosamente ao se sentar na cadeira fazendo muito barulho. ― BUOM-DIIA GENTEEE! – Falou.

― Chegou quem não devia! – Vickie começou.

― Para alegrar todo seu dia! – Stark disse de volta e, sacana, passou os braços em volta da cintura de Vickie de repente e a espremeu num super abraço.

Danilo e Alan se esqueceram da tensão e começaram a rir.

― AH! Solta seu tarado!

― Só se você prometer casar comigo! – O maluco falou arteiramente.

― NUNCA! – Vickie se sacudia, mas Stark não afrouxava o enlace.

― CASA!

― NÃO.

― CASA!

― NÃO!

― Vai morrer no abraço do Snaker Stark! – Ele ameaçou.

― TUDO BEM, EU CASO, EU CASO! – A loira berrou desesperada.

― Ah, agora sim! – Stark suspirou soltando Vickie delicadamente.

― Eu ouvi direito? – Rachel surpreendeu todos quando se aproximou. Ninguém a notara enquanto estavam prestando atenção no casal de loucos. ― Vicktoria e Stark vão se casar?

― Ele me forçou! – Vickie se defendeu.

― Eu tinha que me garantir de alguma forma, ué! – Stark deu de ombros. ― Eu sei que a Vi não é lá essas coisas, mas dá pro gasto! – Zoou.

― Dá pro gasto? – Vicktoria rugiu. ― Olha quem fala! Estagiário de motel!

― Nadadora de aquário!

― Macaco albino!

― É melhor ser macaco que minhoca albina!

― Jura? Pelo menos não corro risco da banana me comer um dia!

― Mas ninguém disse nada sobre o macaco te comer! – Stark falou lerdamente, só notando o que dissera depois, quando desatou a rir.

Vickie ia abrir a boca para replicar quando Rachel arranhou a garganta, prevendo que não viria coisa boa nesta discussão.

― A gente já pode tomar café em paz? – Perguntou responsavelmente.

Stark e Vickie se limitaram a mostrar a língua um para o outro.

― Ótimo! – Disse Danilo. — Então, Rachel, como dormiu?

— UFF! – A morena desabou na cadeira ao lado de Stark. — Muito pesado! Quase não acordo! – Até então ela estava tentando veementemente não reparar nem pensar muito em Alan, mas justamente nessa hora, ele falou, surpreendendo a todos:

— Eu estava pensando, e acho que vou me inscrever para o time de futebol! – O garoto falou num tom trivial, mas estava perceptivelmente tenso.

Seus amigos não esperavam sequer uma palavra dele, quando, de repente, isso? Todos ficaram mudos, estáticos, e só faltaram cair para trás quando surpreendentemente Rachel sorriu.

Danilo a olhou e sentiu um nó na garganta. Ele tinha quase certeza de que Alan era insuficientemente confiável, e que esta súbita mudança não era algo sólido o bastante. Em resumo: Danilo não acreditava que Alan fosse fazer bem algum a Rachel.

— Então? Eu tenho chances, capitão? – Alan insistiu. Claro, o capitão estava embasbacado ainda.

Danilo balbuciou antes de dizer:

— Você vai ter que fazer os testes antes de eu saber!

— Certo. E você já marcou o dia? A final é você quem decide isso não é?

— Sim. – Danilo não tinha ideia do que se passava na cabeça de Alan, e nem suspeitava pela cara dele.

— Então, pode me colocar na lista de testes! – Alan disse todo garboso, se virando para sua comida.

Vickie olhou para Rachel tentando ver como a amiga estava depois desta mudança drástica, e ela não esperou encontrar Rachel se controlando para não sorrir. Era quase visível que Rae mordia as bochechas por dentro. Então Vickie olhou para Danilo, que estava sério, insondável. Stark comia com sua gulodice habitual sem ter sequer reparado em nada.

— Você pode me dizer por que quer entrar pro time esse ano? Nunca quis! Nunca se interessou! – Rachel falou seriamente, fingindo muito bem à vontade de sorrir. Os demais na mesa a olharam vidrados.

Alan levantou o olhar até a morena lutando para conter a felicidade de ela finalmente ter falado. Então, segurou firmes suas mãos debaixo da mesa e respondeu:

— Você tem razão: eu nunca me interessei... Mas tenho uma boa motivação para isso agora. – Ele falou em seu típico tom “mistério”. Rachel rolou os olhos. — Mas por que a pergunta? – Alan prosseguiu. Era ridícula a pergunta dele, a final, ela tinha toda a razão de estranhar, mas, de fato, o que ele queria mesmo era que ela falasse mais.

— Perguntei por que eu sou do time feminino. E independente disto, nós somos um time só sob o parâmetro estudantil, e todas as decisões precisam passar por mim também! – Ela disparou tecnicamente.

— Eu não sabia que era assim, mas que bom então! Vou passar pela sua aceitação! – Ele jogou, mas Rachel foi esperta:

— Ou não, não é?

— Acho que posso conseguir.

— E o que te faz pensar isso?

Os amigos assistiam à conversa como se fosse um jogo de vôlei: bola lá, bola aqui!

— Você nunca me viu jogando.

— E você sabe?

— Você verá! – Alan terminou.


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