O Retorno escrita por Vlayk


Capítulo 19
Natal, Natal, Natal


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei, desta vez (PELO MENOS) vou postar certo...
e vou escrever um novo capitulo pra postar logo!!!!

beijos



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A porta do quarto de Axl rangeu suavemente quando duas ruivas entraram por ela, ambas jovens e quase idênticas a não ser pela ampla diferença da cor dos olhos.

-Eu realmente ainda acho seu plano idiota. – Arvel comentou enquanto observava todos os cantos do quarto amplo e escuro.

-Cale a boca – Gina retrucou e com um aceno de varinha quatro globos de luz espalharam-se pelo quarto, deixando-o iluminado. – nenhum dos dois quer nos contar algo, e precisamos saber mais sobre eles.

-Ah sim, e simplesmente invadir o quarto de alguém quando sabemos que corremos risco de morte é algo muito sábido. – a outra revirou os olhos abrindo uma porta ao lado. – olhe isto Gine.

-O que? – a outra aproximou-se, havia uma penseira ali, as memórias flutuando soltas por toda a margem.

-Vem – Arvel sorriu puxando a irmã para dentro da penseira.

Era um destes dias ensolarados, uma garota ruiva corria rapidamente por entre os campos da escola, estava atrasada para um treino, pelo menos era o que suas roupas de quadribol e a vassoura denotavam. Os cabelos ruivos refletindo quando o sol banhava-lhe, aquecendo a pele branca da garota.

-James – ela berrou assim que seus pés bateram no campo, e num impulso ela ganhou o céu, num looping louco e alcançou o capitão – Desculpe o atraso, eu tive uns problemas para resolver. – ela disse um pouco sombria.

-Ah sim, porque todos nós somos obrigados a te esperar Vlakyk – Sirius Black resmungou fazendo a ruiva apertar os olhos.

-Eu pensei estar falando com James. – ela revirou os olhos – o que tenho que fazer agora?

-Bem, ham, você esta perfeita com a goles, então, eu precisava de uma isca para balaços – o capitão disse sem graça enquanto despenteava os cabelos, a ruiva arregalou os olhos.

-Quê? – perguntou surpresa e teve que segurar-se na vassoura para que não caisse.

-Entenda Axl, eu mesmo faria isto, mas tenho que treinar o John aqui – ele apontou um artilheiro novo – por favor? – ele pediu.

-Você me deve esta. – a ruiva resmungou apertando os olhos e voando direto para cima. – e ai? Cadê os balaços.

-Marlene, Sirius – James acenou voando para baixo e dando um chute no malão, liberando os balaços.

-Ah maravilha – a ruiva resmungou e num impulso fez com que sua Clewsper ganhasse velocidade, para poder fugir do balaço que Marlene acabara de rebater. A ruiva havia conseguido escapar dos balaços com louvor, desviando de todos, até que num movimento brusco, sua vassoura perdeu direção indo diretamente para os dois balaços.

-Ahhh – ela berrou puxando a varinha com força para cima, mas ela voltou a desviar-se para baixo, os balaços ainda mais perto. – inferno. – berrou novamente e ficou em pé na vassoura pulando, no exato minuto em que os balaços acertaram sua vassoura – ah sim, eu devia ter voado mais baixo, não a quinze metros de altura – bufou e enquanto ouvia os gritos dos companheiros puxou a varinha do bolso – você consegue – murmurou e quando estava a pouco menos de dois metros no chão, apontou a varinha para si mesma – Immobilus – murmurou, ela sentiu o corpo parar a poucos centimetros, um suspiro de alivio escapou por seus lábios e a ruiva sorriu levantando-se do chão quando o feitiço parou.

-Isto foi aterrorizante – Gina murmurou e Arvel acenou fracamente com a cabeça.

-Você esta bem? – Sirius, o primeiro a chegar até ela, perguntou preocupado.

-Eu pareço bem? – ela murmurou sentando-se, as pernas bambas, Sirius a puxou para seus braços abraçando-a fortemente.

-O que aconteceu lá em cima Axl? – James perguntou também abraçando a ruiva pela cintura.

-Minha vassoura estava enfeitiçada – murmurou – eu não consegui desviar. – seus olhos tingiram-se de negro. – estão tentando me matar James.

-É besteira – Marlene disse, puxando Sirius de perto da ruiva, para abraçar-se ao moreno – sua vassoura era velha provavelmente o encanto dela tenha passado.

-Ah claro, assim como a espada de uma armadura caiu em cima de mim – a ruiva começou enchendo-se de furia – ou ainda quando ‘acidentalmente’ aquela parte do corredor desmoronou, sendo que isto seria impossivel? Suponho também que o fato do Pedro ter me atacado inconscientemente com um crucio também foi acidente – as sobrancelhas arqueadas da ruiva e os olhos negros fez com que Marlene se afasta-se.

-Pare com isto – Sirius resmungou tocando o braço da ruiva, mas soltando-o rapidamente – você me queimou. – ele reclamou olhando a mão avermelhada para em seguida olhar para a ruiva que tremia, fazendo as arquibancadas tremerem perigosamente, o rosto delicado estava vermelho de raiva e a expressão contorcida em furia.

-Axl. – James chamou arregalando os olhos.

-Ahhh – ela berrou irritada e virou-se para arquibancada a suas costas, dando um murro no muro de contenção, a madeira partiu-se em pedaços, as farpas entrando na mão esquerda da ruiva, mas ela não estava sentindo dor.

-Pare com isto! – Marlene exclamou assustada afastando-se.

-Ah – um gemido baixo e rouco exclamou dos lábios de Axl quando ela cambaleou, caindo sentada no gramado, o rosto vermelho ficando palido ela caiu de costas no chão, o corpo tremendo levemente enquanto os lábios vermelhos e cheios de cortes balbuciavam em desespero.

-É assim que o time treina capitão? – uma voz perguntou irônica, suficientemente perto dos jogadores para o tom não saisse como um grito, uma voz que irônicamente lembrava a da ruiva entorpecida, porém assim que a figura excêntrica olhou para o rosto nervoso do capitão, ela arregalou os olhos – o que aconteceu com a Axl? – perguntou.

-Eu não sei – James respondeu num murmurio fraco – eu não sei – os olhos encheram-se de lágrimas. – desculpe Állex.

-Quem diabos é a Állex? – Arvel perguntou e Gina deu de ombros em seguida a cena rodou bruscamente, e a imagem da Ala Hospitalar apareceu, os professores todos a volta da cama de uma ruiva adormecida.

-O que acha que aconteceu Alvo? – Minerva perguntou olhando o diretor, seus olhos pareciam cansados.

-Carga de energia – o diretor respondeu, aproximando-se vagamente da garota palida e deitada na cama.

-Carga de Energia? – Slughorn perguntou surpreso – sou capaz de contar nos dedos quantos bruxos já a tiveram.

-Além do próprio Godric? – Dumbledore suspirou – ela é mais poderosa do que pensa.

-E as tentativas de assassinato? – Papoula perguntou aplicando um pano molhado sobre a testa da garota.

-Eu ainda não sei, sinceramente – Dumbledore respondeu com um meneio de cabeça – parece que alguém não a quer viva. – um suspiro escapou de seus lábios – é a décima vez que a vejo escapar da morte, e não apenas com um Avada – os olhos de Dumbledore finalmente cairam cansados sobre a garota. – eu quero que vocês a vigiem, não importa o que aconteça, Hagrid – chamou o meio gigante – você teria a bondade de ser o guardião desta bela dona? – perguntou, o guarda-caça acenou tremulo enquanto gordas lágrimas cairam de seus olhos.

As portas da Ala Hospitalar abriram-se com estrépito, e por ela entraram: James Potter, Lilian Evans, Sirius Black e Állex.

-O que fazem aqui? – Minerva irritou-se – já passou da hora de recolher.

-Eu quero ver a minha irmã – Állex disse furiosamente – eu estou a horas esperando para saber sobre ela só que ninguém quer me dizer nada! – ela empurrou alguns professores até parar de frente a Dumbledore, a maca onde a irmã estava, protegida pela alta figura do Diretor – e ninguém vai me impedir, eu quero saber o que esta acontecendo!

-Senhorita Állex, acalme-se – o homem alto pediu, dando passagem para que os alunos pudessem ver a figura pálida e serena da garota ruiva deitada. – ela esta bem agora. Fique calma.

-Não diga para que eu fique calma – a ruiva riu, friamente, mas lágrimas em seus olhos denotavam seu estado – estão tentando matá-la e ninguém faz nada, nem os meus pais.

-Senhorita Vlakyk.. – Dumbledore começou.

-Quero saber quem esta tentando matá-la e quero saber agora! – exigiu fria. – ou vocês me dizem, ou eu vou descobrir sozinha, com os meus metodos. – nenhum professor, e nem mesmo Dumbledore ou os outros alunos ousou falar, Állex mirou seus olhos por cada um deles, esperando uma resposta.

-Sabe – uma voz rouca rompeu o silêncio – eu realmente estava tentando dormir. Mas seus gritos de gazela louca não me deixam Állex!

-Axl! – a outra berrou abraçando fortemente a irmã, a imagem ficou escura e nublosa, dando lugar a outra, quente e ensolarada.

Axl estava sentada embaixo da capa de invisibilidade de James, seus olhos estavam observando Sirius e Marlene. As palavras não ditas, os sorrisos, os suspiros, num movimento brusco, ela levantou-se caminhando rapidamente de encontro ao castelo, ela tirou a capa, escondendo-a no bolso da blusa que usava, seus olhos frios vagueando pelos corredores, até que encontrou a figura de Régulus Black, a ruiva suspirou e andou até o moreno.

-Rég. – chamou num múrmurio e ele sorriu maravilhado para ela.

-Oi Axl. – ele sorriu beijando-lhe no canto dos lábios – o que posso fazer por você? – perguntou abraçando-a pela cintura.

-Me faça esquecer – ela pediu e seus olhos azuis encheram de lágrimas. – por favor.

-Eu prometo – ele murmurou e baixando levemente a cabeça selou seus lábios aos dela, beijando-a delicadamente, como se ela fosse uma boneca de porcelana, delicada.

-Eu não entendi – Arvel pronunciou-se – primeiro a mamãe tem uma irmã, e agora, ela e o cara parecido com o pai, estão se beijando?

-Se você não entendeu – Gina começou – eu menos. – ela completou observando a imagem que viam mudar abrupta.

Axl caminhava pelos corredores escuros e vazios da escola, as mãos nos bolsos do casaco da grifinória, era uma fria noite de dezembro, era Véspera de Natal. A ruiva, tirando a irmã, Régulus e Sirius, era a unica a estar na escola, e aparentemente a unica a andar tão tarde pelos corredores.

-Axl? – uma voz, que a ruiva reconheceria em qualquer lugar, murmurou a suas costas. – o que esta fazendo aqui?

-Oi Sirius – ela murmurou voltando-se para o maroto de olhos azuis – eu estou pensando – deu de ombros. – o que faz aqui?

-Eu estava vendo no mapa – ele refiriu-se ao mapa do maroto – você não estava dormindo.

-Não quero dormir – ela murmurou – eu não consigo. – os olhos dela tornaram-se quase negros.

-É estranho sabe – ele disse, agora a poucos centimetros dela, erguendo a mão e tocando seu rosto com a ponta dos dedos – ver seus olhos mudarem de cor com tanta facilidade.

-Sirius – ela murmurou fechando os olhos – não. – ela pediu abrindo os olhos, agora azuis claros um sorriso fraco em seu rosto.

-Você tem dez sorrisos – ele começou puxando-a pela cintura e andando até que entrou por uma porta que não estava ali antes, no sétimo andar. O ambiente em que estavam era amplo e branco, delicado com alguns detalhes vermelhos. – um quando você esta triste, que é este – ele beijou o canto de seus lábios para provar. – o segundo é dedicado para suas amigas, seus olhos brilham. – ele apertou ainda mais o braço em sua cintura. – o terceiro quando você acha que ninguém esta olhando, quando você ri por nada. – um soluço prendeu-se na garganta dela.

-O quarto – ele sorriu – o quarto é irônico, quando você esta brigando com alguém. – ele murmurou roçando seu nariz ao dela. – o quinto sorriso é aquele que você da aos professores quando responde alguma coisa. – os olhos dela brilharam. – o sexto é quando você sorri para sua irmã – ele beijou-lhe a bochecha – o sétimo é reservado aos marotos, você sorri amplamente com um riso preso nos lábios. – ela ofegou – o oitavo é quando você esta sem jeito e sorri timidamente – ele beijou-lhe rapidamente nos lábios. – o nono sorriso é quando a Grifinória ganha um jogo, é um sorriso maravilhoso. – ele sorriu – o décimo sorriso – ele olhou para ela sério. – era reservado para mim, quando você ria sem jeito e brigava comigo.

-Sirius. – ela disse engasgada, o corpo mole, ela apoiou-se nele.

-Eu não sei o que foi que aconteceu, eu não sei o que fez você acabar com nós dois – ele murmurou – mas é quase Natal – ele respirou fundo antes continuar – e eu não posso mais viver sem você. – respondeu aproximando sua boca da dela, mas sem beijá-la – por favor, nem que seja só por hoje, eu preciso sentir você. – ele aproximou seus lábios ainda mais. – nem que seja só hoje. – ele murmurou.

-Sirius – Axl murmurou e lentamente ela subiu as mãos para os cabelos dele puxando-o pela nuca e selando seus lábios, beijando-o ansiosamente.

-Quer mesmo ver isto? – Gina perguntou com um que de nojo na voz.

-Nós temos de ver – Arvel deu de ombros.

O maroto apertou-a em seus braços, beijando-a como se sua vida depende-se unica e exclusivamente dela.

-Eu amo você. – ele murmurou contra seus lábios e mudou o rumo dos beijos para o pescoço, Axl ofegou enquanto jogava a cabeça para trás.

-Sabe, você esta sentindo a intesidade do negócio? – Gina perguntou observando a cena com os lábios semi-cerrados.

-Na verdade eu estou sentindo a emoção da mãe nesta lembrança – Axl deu de ombros. – hum, da quase pra sentir alguém me beijando no pescoço.

-É, eu achava que era louca. – Gina revirou os olhos e olhou a irmã. – cara, é meio grotesco olhar esta imagem.

-Concordo plenamente. – Arvel sorriu – mas se quisermos enteder o que se passa, temos que ver tudo o que pudermos.

Sirius prensou Axl na parede a suas costas, erguendo-a, fazendo com que ela encaixa-se suas pernas ao redor de sua cintura.

-Axl – murmurou quando as unhas dela arranharam sua nuca e desceram para suas costas.

-Sirius – ela murmurou puxando a camisa dele e a rasgando, para poder ter acesso ao peito bem malhado do maroto. Sirius riu baixo e tirou-lhe o casaco, para em seguida, rasgar sua camisa ao meio, deixando-a só de calça jeans e sutiã.

-Você é linda – ele murmurou, virando-se e a depositando em uma cama. – você é linda – ele repetiu puxando as calças dela vagarosamente, vendo cada parte descoberta, beijando-a como se sua vida depende-se disto. Ele beijou toda a extenção do corpo dela, desde os cabelos até o pé, acariciando-a ternamente, e quando ela se contorceu ao seu toque ele a penetrou puxando seus cabelos e fazendo-a olhar em seus olhos.

-Diga. – ele pediu olhando para ela.

-Eu amo você. – ela murmurou fracamente, e eles explodiram juntos, corpo e alma juntando-se em um só.

-Onde isto foi importante? – Gina perguntou confusa e vermelha.

-Cale a boca. – Arvel mandou, mas não estava corada ao contrário ria – eu sabia que você ia ver.

-E você não? – Gina arqueou a sobrancelha, na cena que se passava, dois jovens adormeciam, colados um ao outro.

-Eu fechei meus olhos – a outra deu de ombros.

-Ah sua vaca – Gina rugiu, fazendo a irmã rir – grande pessoa você.

-Obrigada – Arvel riu e olhou para a nova cena que se desenrolava.

Sirius, Axl, Régulus e Állex estavam sentados abaixo de uma árvore qualquer nas extremidades do terreno de Hogwarts. Eles riam de alguma coisa, aparentemente, eles estavam felizes com algo.

-Ah e aquela vez em que nós obrigamos o Snape a beijar a Narcisa – Axl relembrou, ela e Sirius rindo muito – foi memorável. A cara dela, ilária!

-Muito incrível mesmo. – Sirius concordou – e também quando nós soltamos uma bomba de bosta na Sonserina?

-Ah sim – Állex reclamou – eu lembro, o Salão Comunal fedeu por dias. – ela relembrou com nojo, e Régulus concordou.

-Sirius? – uma voz doce chamou e os quatro voltaram-se para ver James, Lilian, Remus, Pedro e Marlene (a pessoa que chamava) aproximarem-se. – oi – ela sorriu e abaixou-se e beijou Sirius nos lábios, ao lado deles Axl fechou os olhos azuis com força para abri-los na cor negra.

-Eu tenho que ir – ela murmurou levantando-se cambaleante ao ver Sirius corresponder – bom ver vocês – ela murmurou andando na direção do castelo, trombando com os alunos que retornavam de suas casas.

As adolescentes observando a cena estavam estáticas, os olhos de Gina e Arvel estavam cheios de lágrimas, ambas pareciam ter tomado um soco.

-Ela se sacrificou pelo pai. – Gina murmurou.

-Ela sofreu – Arvel acrescentou tão chorosa quanto a irmã, ambas sairam da penseira, esgotadas.

-Ela e o Harry tem este complexo de herói. – Gina murmurou sentando-se na cama da mãe.

-Eu sei – Arvel resmungou e seus olhos foram traidos pelo reflexo de palavras em um porta retrato. – o que é isto? – ela perguntou para si mesma aproximando-se e abrindo o porta retrato, havia ali, uma carta, muito bem escondida. – Gin olhe isto. – ela chamou abrindo a carta.

A letra bem desenhada da mãe de ambas apareceu. Aquela era uma poesia, a muito tempo escrita, o pergaminho ainda mostrava marcas de lágrimas secas.

Se consigo sentir os olhares que me dá

 Não consigo mostrar o meu amor

Se consigo sentir seus beijos

Não posso mostrar o quanto me afetem

Se consigo sentir sua dor

Não quero acreditar que é por minha causa

Se consigo sentir seu calor

Não quero senti-lo.

Se estremeço só de ouvir sua voz

Sei que não aguentarei muito tempo

O tempo não apaga o amor

Ele só adormece

Ele espera que tudo se acenda

Um coração porém, se quebra

Em pedaços pequenos como vidro

Não tem concerto

A não ser o tempo

Um dia quem sabe Sirius,

Eu irei não te amar

Um dia talvez...

E eu pare de chorar.

-Isso foi emocionante – Arvel disse ainda analisando o papel, ao seu lado Gina debulhava-se em lágrimas. – quer parar de chorar? – resmungou enquanto guardava a carta no porta retrato e abraçava a irmã pela cintura.

-Desculpe – Gina fungou secando as lágrimas – a mãe era tão linda.

-Obrigada – uma voz rouca disse da porta – eu ainda me achava bonita antes do seu comentário Gine.

-Mãe! – ambas exclamaram de susto a mulher ruiva na porta arqueou a sobrancelha.

-E eu posso saber o que vocês estão fazendo aqui? – a mulher perguntou apertando os olhos.

-Esperando você – Arvel anuiu rapidamente.

-É mãe, estavamos te esperando! – Gina concordou com a irmã balançando a cabeça afirmativamente, Axl arqueou a sobrancelha e entrou no quarto, fechando a porta sob suas costas e andando calmamente até a penseira, seus saltos altos fazendo um barulho suave contra o chão frio, usou o dedo indicador para misturar as lembranças.

-Eu suponho que a Gina tenha ficado com vergonha da minha lembrança, correto? – perguntou para as duas que engoliram em seco e Arvel suspirou concordando. – e você deve ter fechado os olhos para deixar a irmã ver a lembrança sozinha? – Arvel concordou sorrindo em desculpa – é, eu faria isto com a Állex.

-Falando em Állex – Gina começou, a vermelhidão sumindo de seu rosto – quem é ela?

-Bonjour – uma voz altiva e feminina ecoou pelo quarto – Je suis Állex, tante d’entre vous. (Bom dia, Eu sou a Állex, a tia de vocês.) – as duas adolescentes olharam para porta, a primeira coisa que viram foi um par de sapatos altos seguidos por calças negras e coladas a um par de pernas delineadas, a camisa negra de mangas compridas imitando uma segunda pele, e finalmente encararam o rosto da mulher, os olhos azuis cinzentos, mas o rosto incrivelmente igual ao da outra ruiva do aposento.

-E depois – Arvel começou limpando a garganta – quando digo que minha vida é uma novela mexicana, você ri de mim Gine. – resmungou para a irmã que riu.

-É a vida mana – Gina piscou rindo.

-Então – Arvel soltou um bocejo e apoiou as costas contra a penteadeira da mãe – vocês nos devem uma explicação. – Ambas irmãs, Állex e Axl, arquearam a sobrancelha, e deram meios sorrisos idênticos.

-Então, você realmente mentiu para suas filhas? – Állex perguntou arqueou a sobrancelha para a irmã que simplesmente estirou a lingua em sua direção.

-Eu não diria que menti – Axl resmungou – eu diria que omiti uma informação não tão importante. – ela piscou.

-Você tem que procurar tratamento – Állex informou jogando-se na cama da irmã – com urgência. – Axl deu de ombros e voltou-se para seu bau, virando-se para a irmã em seguida com uma garrafa transparente de liquido negro, Állex riu enquanto que ao mesmo tempo, dois homens rompiam pelo quarto aparentemente brigando.

-Oi para você Sirius – Axl resmungou – Rég – sorriu e Sirius se aproximou da ruiva, enquanto o irmão ia em direção a Állex.

-Feliz Natal ruiva – ele piscou antes de beijá-la, confirmando que estaria ao lado dela para sempre.


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Notas finais do capítulo

hum, tantantan!!



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