Um sorriso cruel brotou nos lábios naturalmente vermelhos, a dona dos lábios apertou os olhos vermelhos como sangue e gargalhou, observando o bando de aurores da Ordem da Fênix enfileirados, sendo todos liderados por um velho de barba branca.

-Ah sim, Dumbledore, e exatamente porque você acha que eu vou fazer o que você quer? – perguntou arqueando a sobrancelha.

-Porque precisamos de você Exterminadora, nós lutamos pela mesma causa. – Dumbledore respondeu.

-Errado – a mulher disse – vocês lutam por um mundo melhor, vocês lutam por seus filhos e netos, vocês lutam para viver em paz – ela olhou para cada rosto ali presente e completou em voz clara – e eu luto por vingança a mim mesma.

-Isso quer dizer que você não vai nos ajudar? – Ninfadora Tonks perguntou finalmente.

-Eu não diria isto – a mulher respondeu o capuz de sua capa cobrindo seu rosto e cabelo parcialmente. – eu vou continuar minha jornada, mas não ao lado de vocês. – respondeu. – agora eu tenho que ir, a algumas coisas inacabadas das quais eu tenho que resolver. – ela disse e com um aceno sumiu em uma nuvem de fumaça vermelha.

-Você pode não admitir Moody, mas a Exterminadora tem estilo. – Tonks disse com voz de soprano e numa tentativa falha coloriu os olhos de vermelho, mas eles nunca chegaram à cor da mulher que outrora estava em sua frente.

Os cabelos ruivos ondularam a suas costas enquanto a mulher caminhava rapidamente pelas ruas vazias do Street Fetd os olhos azuis espertos vasculharam cada canto rapidamente, não se detendo a nenhum ponto especifico.

-Esta atrasada. – uma voz fria disse a suas costas e ela sorriu finalmente parando de andar, e virando-se na direção da voz, os saltos altos girando sob o asfalto irregular da rua.

-Eu nunca me atraso. – ela respondeu. – agora são oito horas em ponto. – ela disse para o homem moreno e de óculos a sua frente.

-Você nunca se cansa não é? – o homem perguntou.

-Não mesmo. – ela respondeu sorrindo torto. – vamos?

-Vamos – o homem disse puxando-a pelo braço e aparatando rapidamente para um local desconhecido.

A mulher ruiva e o homem moreno surgiram em um ponto distante do Street Fetd. A mulher apertou os olhos mais reconheceu o local.

-Alfaneiros? – ela indagou estranhando.

-O único jeito de ficarmos por perto. – o homem deu de ombros e guiou-a para um ponto entre as casas sete e nove, o ponto oculto bem a frente do número quatro. – Leia – ele disse entregando um papel.

-Rua dos Alfaneiros Número Oito. – ela leu para si mesma e o papel rapidamente entrou em combustão.

-É bom ter decorado – ele disse indicando a casa que lentamente surgia e abrindo a porta. – vamos. – ela o seguiu, o local onde se encontrava era límpido e claro, muito diferente da casa Black.

-É bem claro aqui. – a ruiva disse arqueando a sobrancelha.

-Ela nunca gostou de escuridão – o homem disse guiando-a em direção a escada. – você deveria saber.

-Eu sei. – ela disse observando os lírios – por quê?

-Porque temos que protegê-lo – o homem respondeu simplesmente.

-Ele sente falta de vocês – ela disse. – ele sente dor por não ter vocês. Ele se sente culpado. – o homem parou abrupto assim que subiram as escadas e prensou-a na parede apertando seu pescoço violento.

-Você não sabe o que nós estamos sentindo – ele disse apertando cada vez mais o pescoço dela que começou a respirar com dificuldade.

-James – ela disse com a voz sufocada.

-Você não entende a dor que nós sentimos – os olhos dele apertaram-se e sua mão continuou apertando o pescoço da ruiva, ele estava erguendo-a, ela não sentia mais o chão sob os pés. – você nunca entendeu.

-Solte ela James – uma voz disse a suas costas e o homem soltou a ruiva, fazendo com que ela cambaleasse e apoiando-se na parede.

-Por maior que seja minha vontade de te azarar, eu não vou fazer isto – ela disse para o homem enquanto respirava profundamente, então ela ergueu os olhos para a figura parada na porta do quarto, ela endireitou a postura e olhou firmemente a mulher. – ola Lilian.