Capitulo 17. Anne e Mark.

- Acorde Bella! - Edward me cutucou.

Abri os olhos confusos.

- Welcome to Washingnton! - Alice falou e pulou em mim.

- Já chegamos? - perguntei

Olhei para a janela, o avião havia acabado de pousar totalmente.

- Já sim! - Ela sorriu.

- Vamos, levante-se... - Ele falou se levantando.

Esfreguei os olhos levemente, e pulei da cadeira.

Estávamos todos na primeira classe, o que significava que éramos os primeiros a sair.

Carlisle e Esme estavam na frente, logo depois vinham Rose, e Emmett, Elizabeth, Alice, Jaspe, e eu, atrás de mim Edward.

Estava segurando, uma bolsa de mão, que era um pouco grande demais, e pesada. E por isso andava me arrastando.

- Quer que eu segure? - Edward perguntou.

Entreguei a ele, e ele andou atrás de mim, normalmente, como se o peso não afetasse, já estávamos fora do avião, em direção a esteira de bagagem. Era visível, porque tantas meninas em Forks corriam atrás dele, só foi a noticia de que ele e Tanya terminaram correr, que varias meninas viviam convidando ele, para sair, festas, muitas vezes, iam a casa dele, às vezes estávamos conversando, e então a campainha tocava, eram meninas, que eram apaixonadas por ele, e-mails, mensagens, e ligações a todo o momento. Chegava a ser engraçado.

- É uma das suas táticas? - perguntei.

Agora já andávamos lado a lado. E os outros um pouco mais a frente.

- Táticas? - ele perguntou com a sobrancelha arqueada.

- Sim, você sabe... Para conquistas as mulheres...

Ele gargalhou suavemente.

- Não vou revelar meus segredos!

- Eu tenho algumas teorias... - expliquei.

Ele gargalhou.

- Teorias? Sobre?

- Sobre, porque as mulheres são tão loucas e alucinadas por você! - expliquei.

Então, dessa vez ele gargalhou alto.

- Então quais são suas teorias? - ele perguntou.

- Bom, a primeira seria que você usa algum tipo de substancia mágica que atrai as mulheres...

Ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas.

- Funciona com você? - ele perguntou.

Então eu gargalhei.

- Bom, acho que tenho algum defeito, ou sou imune a elas! - expliquei.

- Ah, compreensível... Então, quais são as outras?

- Que com a sua beleza, qualquer idiota cai aos seus pés!

Ele me olhou com raiva dessa vez.

- Encaro como um elogio?

Dei de ombros.

- A outra, é um misto, beleza, inteligência, cantar, e tocar bem, e seu cavalheirismo!

- E a que conclusões chegou com essas teorias? - ele riu.

- A nenhuma! - murchei - Você poderia me contar o segredo, não é? - bati no ombro dele.

- Nunca, imagina um monte de marmanjo em cima de você? Nunca, jamais!

Ele passou o braço pelo meu ombro, e eu senti o seu perfume invadir minhas narinas, era incrível como eu adorava aquele perfume.

- Vai dar uma de irmão mais velho é? - perguntei.

- Não, só sou muito possessivo! - ele falou

Então eu gargalhei.

...

A limusine estacionou na frente da grande mansão, olhei pasma, era impossível distinguir quem era mais rico, perguntei, se nenhum deles viviam em um casebre. Estralei meus dedos nervosamente, tinha medo do que os meus avós iam dizer, como eles iam me receber, por um momento tive os mesmos medos de quando cheguei em Forks, e de quando fui conhecer Esme, minhas mãos estavam suando frio. 

- Vamos Bella? - Alice me perguntou.

Olhei para ela, todos já havia saído da limusine, só estávamos eu e ela.

Vi um casal de idosos abrir a porta da mansão. Apesar de velhos, eles ainda assim muito bonitos, a idade não havia deformado seus rostos. Estavam com um sorriso largo, e caminhavam pelo jardim em direção a limusine.

- Está com medo? - Alice perguntou segurando minhas mãos. – Nossa. Você está suando frio...

Assenti com a cabeça nervosamente.

- Eles são muito amáveis Bella, vão amar você, tenho certeza! - ela sorriu apertando minha mão - Vamos, saia!

Sai da limusine, e eles já abraçavam Carlisle e Esme. Parei ao lado de Edward, e Alice parou ao meu segurando ainda minha mão.

- Oh, como senti falta de você Esme! - a mulher de cabelos grisalhos, falou abraçando Esme.

- Oh, eu também Anne!

- Filho, precisa nos visitar mais! - O homem também de cabelos grisalhos e lindos olhos verdes falou.

- Vocês também deviam ir mais a Forks! - Carlisle respondeu.

Anne e Mark voltaram a se abraçar, e me olharam com um largo sorriso.

- Meu Deus, minhas netas são lindas! - Anne falou.

Alice que estava ao meu lado deu um largo sorriso.

- Obrigada vovó! - Alice respondeu.

Ela se aproximou de nós, e segurou com cada mão, nossos rostos, alisou a bochecha, depois os cabelos.

Corei um pouco, e senti o leve carinho.

Então ela nos abraçou, com muito carinho. Respondi ao abraço com a mesma intensidade, depois de alguns segundos ela se separou de nós com lagrimas nos olhos.

- Muito lindas! - Mark falou aconchegando ela, ao seu abraço.

Sorri levemente, com um leve corar.

- Eu sou Bella! - resolvi me apresentar.

Ele deu um largo sorriso.

- Acha que eu não sei quem é minha própria neta? - ele perguntou.

Então eu corei violentamente.

Ele me puxou para um abraço apertado, bem típico de um avô.

- Papai, só não mate minha filha! - Carlisle brincou.

Então ele me soltou e gargalhou.

- Depois da Bella, me esqueceu foi? - Alice resmungou.

Ele gargalhou.

- Impossível esquecer minha baixinha predileta! - E então a abraçou do mesmo jeito que havia me abraçado.

Sorri observando aquela cena.

- Eles são um doce! - Edward sussurrou  no meu ouvido.

Assenti com a cabeça, e com um largo sorriso.

...

Havia terminado de me instalar no quarto, era extremamente espaçoso, e bonito, todo numa cor neutra.

Estava em pé, ao lado da cama, e então, alguém bateu na porta.

- Entre!

Olhei para porta, e então Anne abriu, com um sorriso.

- Vim ver se precisa de alguma coisa! - ela falou

Sorri delicadamente.

- Não, está tudo perfeito, obrigada!

- Gostou do quarto? - ela perguntou.

- Amei, é lindo! - falei sinceramente.

Então, ela sorriu largamente, e andou até mim.

- Eu pensei em colocar cores, mas Alice disse que gostava de neutro.

Ri baixinho.

- É eu gosto!

Ela estava me olhando, e me avaliando. Virei-me, ficando de frente para ela.

- Sabe... Gosto de ter uma avó... - comecei a falar, respirei fundo e continuei - Os pais da minha mãe morreram cedo, ela ainda era nova, e eu nem havia nascido, foi um trágico acidente de carro, e os do papai - pausei, e olhei para ela ficando atenta a sua reação.  Ela pareceu calma, mesmo me ouvindo chamar o Charlie de papai - Morreram quando eu tinha cinco anos, eu não sabia direito o que era alguém morrer, por isso, sempre imaginava eles como estrelas no céu, que desapareciam ao dia, mais a noite estavam olhando por mim, senti a perda deles, principalmente aos Natais, quando eles apareciam, e me davam presentes, sorriam para mim, contavam histórias, sobre Jesus, e tudo mais, era estranho, não ter a quem visitar nos feriados... - Respirei profundamente - E agora, eu descubro que tenho dois avos vivos, isso chega a ser inacreditável.

Ela estava sorrindo para mim, e enrolando uma mecha do meu cabelo.

- Eu gosto de ter mais uma neta! - ela falou.

Sorri largamente.

Ela me deu um abraço apertado, e eu correspondi.

- Vou deixá-la descansar...

Assenti com a cabeça

 Ela caminhou até a porta em silencio, e a abriu. Fiquei observando, também em silencio, então ela se virou para mim.

- Esse quarto é seu, sempre que quiser nos visitar aos natais, dia de ações de graças, ou qualquer outro feriado, ele vai estar aqui esperando para ser ocupado por você.

Então, eu não pude deixar de sentir as lagrimas nos olhos.