A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis


Capítulo 54
51


Notas iniciais do capítulo

Eu consegui escrever no carro USHAUSAHSUAHSUAHSAUS
mas fiquei tããããããão frustrada quando vi esses DOIS comentários que quase chorei :
obrigada ás duas queridas que escreveram... Mas fiquei redondamente triste com quem me esqueceu :



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51 – Outro aprendiz á deus me faz um convite – quase – irresistível.

- Como ela está indo no treinamento, Athena? – perguntou minha mãe, durante o jantar.

Athena analisou-me de esguelha. – Ela está um tanto melhor do que eu previa... Em uma semana ela estará pronta para derrotar Tifão. – Completou a deusa, olhando para minha mãe.

Eu não estava muuuuito contente com tudo. Além de me questionar á toda hora: Quem é aquela de que meus pais estavam falando? E... o fato de mau conseguir ficar no mesmo cômodo que o filho de Athena e Hermes.

Eis mais uma coisa que eu não imaginava... eu não era a única filha de descendentes diretos do trono. Athena – a senhora eu-não-vou-me-casar-com-ninguém, - teve um filho com o deus mensageiro – Hermes. Cedric Demigood – irônico, hã?

Yeep, companheiro. As coisas estavam tensas no jantar – o garoto moreno estava ao meu lado, me olhando com a testa franzida – o que não me deixava muuuito confortável. E por que, diabos, eu estava me sentindo tão estranha perto dele? Hã?!

Claire Bennett está acima de qualquer garoto – até acima de sapatos Jimmy Choo... mesmo que eles tenha sido roubados por uma maldita líder de torcida, deusa do amor, que por coincidência é sua tia.

- Gallatea, você deve estar um pouco nervosa, não é? – perguntou Athena bebericando um cálice de vinho.

- Nervosa? Eu?

- Bem sim... você deve estar esperando pela missão que executaria esse ano e... – minha mãe a cortou.

- Ela não deve saber disso, Athena. Pelo menos não agora! – intrometeu-se Éphira com os lábios compressos juntos.

- Eu não acredito... Vocês realmente são maus! – Athena olhou indignada para Apollo – que se entupia de marias-moles verde neon – e para Éphira que olhava feio para ela. Ela deveria saber!

- Athena, ainda não é a hora. Ela vai saber... Um dia vai. – Apollo revirou os olhos, e continuou a comer suas marias-moles.

  - Saber de quê?! – granei mordendo ferozmente meu peito de peru. – Nada pode ser simples? Por quê tudo tem que ser tão misterioso e cheio de mentira?! ?!

- Gallatea, é para seu bem. – encerrou minha mãe.

- Não, não é. – retrucou Athena bufando alto. – Vocês dois são horrivelmente tendenciosos para crer em profecias! Deixaram-na na mão de mortais, durante a maior parte da vida dela. Tudo por uma profecia, Éphira!

- Você sabe bem o que dizia a grande profecia, Athena. – bufou minha mãe.

- Mas não é essa a questão! Você também deixou seu filho na mão de humanos. – Apollo falou, com a boca cheia.

- Mas nunca o enganei, fazendo-o pensar que não era filho de deuses!

- Mãe... Já chega. – resmungou o garoto, enquanto comia um pouco de sorvete de hortelã;

- Calado, Cedric.

- Chega. Todo mundo. – grasnei, terminando meu prato e o empurrei. – Eu não agüento mais vocês discutindo. Pelo amor de Zeus. – revirei os olhos.

Apollo sorriu e limpou a garganta. – Bem, querida, nosso amigo Cedric vai ficar no campus durante uma semana... quer mostrar á ele o dormitório dos visitantes?

Meus olhos aumentaram – consideravelmente – nas órbitas e engoli em seco. Olhei para meu adorável – e odiável – papai.

- Tu-tudo b-bem. – gorgolejei e me levantei.

Respira, respira e respira.

Levantei-me e segui para fora do salão de jantar, enquanto Apollo, Athena e Éphira voltavam a discutir avidamente. AH, DEUSES-PAIS SÃO TÃÃÃÃO IRRITANTES!

Entrei no elevador e Cedric me seguiu. – Térreo, por favor. - Ele sorriu  para mim, e percebi que ele usava aparelho dental.

Fiquei atordoada por alguns minutos e... EU ME ATRAPALHEI COM OS BOTÕES DE ELEVADOR! Quem, por Zeus, atrapalha-se com botões de elevador?!

- Algum problema? – o menino ajeitou os cabelos sobre os óculos, e me fitou com diversão. – Toda vez que eu olho para você, você desvia o olhar... Eu estou com um pedaço de alface no dente?

- Não! – exasperei entrando no elevador. - Quero dizer, não. Está tudo certo com seus dentes.

- Então... Qual o problema? Sou tão assustador assim? – ele tirou os óculos quadrados e me olhou fingindo drama.

- Você está... certo; - engoli em seco, amarrando meus cabelo, me forçando á olhar para seu rosto. POR QUE, HADES, EU ESTAVA AGINDO ASSIM?! CLAIRE BENNETT É SUPERIOR Á QUALQUER CARA, QUALQUEEEER!

- Ah, isso deve ser algum código californiano para se dizer que não há nenhuma alface em seu dente. Entendi. – ele suprimiu o riso, e assentiu fingindo seriedade.

- Eu sou Claire. – disse de repente. Sem sentido algum. Ele riu mais.

- Ah é? E eu sou Cedric. – ele tentou não gargalhar.

- É um filho de dois deuses descendentes diretos do trono Olimpiano, não é?

- Pode se dizer que sim, Gallatea.

- E... você mora na Academia Preparatória para Extradotados...

- E semideuses. Que não é meu caso. Eu sou completamente mortal, mas acho que um dia eu vou assumir meu lugar no Olimpo. – ele não parecia estar muito sério. E achando muuuuita graça do meu problema com as palavras.

- Ah... legal. – eu disse com dificuldade para olhar para aqueles cabelos desgrenhados que caiam sobre sua testa.

- Hey... isso são McLourences? – ele apontou para minhas botas de combate. Eu só a usava em circunstâncias extremas... e essa era uma circunstância extrema.

- É... são. – assenti um pouco nervosa demais. ONDE ESTÁ A CLAIRE NORMAL? E O QUE FIZERAM COM ELA? AAAAAH!

Ele apontou para suas botas de combate, sorrindo com seus dentes metálicos. – São completamente confortáveis. – agitou-se.

Assenti, e desci do elevador quando parou. – Aqui é o arranha- céu da diretora e lá... – comecei a apontar para os prédios de estudos.

- Eu sei bem onde estão as coisas por aqui. Já dei várias voltas pelo campus.

- Então por que sua mãe...?

- Ela queria discutir mais com seus pais. – ele riu.

- Ah... Que ótimo. Mais alguém quer me enganar? – revirei os olhos.

- Os deuses têm esse dom de mentir e esconder... Se dependesse de meu pai, eu não saberia nem meu sobrenome. – ele riu de novo.

Tentei continuar não olhar pra ele. Eu me sentia completamente nervosa quando olhava pra ele – então o método era: Gallatea não olhar para Cedric.

Ao longe, em um dos bancos, duas garotas olharam para nós e apontaram e cochicharam entre si.

- Odeio quando eles fazem isso. – bufei.

- É... mas é pior quando eles olham e esperam que a gente exploda. – ele franziu o cenho.

- Yeeep! – concordei me animando – Eles sempre olham... como se soubessem mais sobre mim do que eu mesma.

- Clássico. – Cedric assentiu.

Era bom conversar com alguém que sabia exatamente como eu me sentia. Eu e ele tínhamos tantas coisas em comum, que era quase assustador... Passamos por muitos lugares no campus, e eu conseguia olhar para ele sem gaguejar... Maaaaas ainda assim, eu me sentia um pouco diferente quando olhava pra ele.

- É estranho, não é? – ele analisou – Vamos ser ameaçados de morte daqui uma semana, e estamos tranqüilos com isso...

- Yeah, é mesmo bizarro.

- O mais estranho, é que eu não estou vendo ninguém com facas, escudos, espadas e lanças pro aqui... – ajeitou os óculos.

- Aqui, os poderes são mais importantes do que uma batalha, corpo a corpo.

- Acho... Que você deveria, mesmo ser transferida para Manhattan. – ele falou seguro.

Olhei um tempo, para o céu, que rugia alto, e uma tempestade se armava.

- Por que diz isso? – comprimi os lábios.

- Você seria melhor aproveitada, Gallatea. Acredite. Aqui... Não vejo como você possa um dia subir ao Olimpo. Na academia onde eu estou... somos preparados pelos melhores... para o melhor. – ele me fitou com coragem. – Eu estou te convidado, garota.

Mordi os lábios e suprimi o espanto.

- Está me convidado á sair dessa APE? – mordi os lábios, confusa.

- É... eu acho que estou.

Não respondi de imediato. Seria um adeus á Sharon e Tyler... Mas... eu me despediria de Hope, Fred e Melanie... e... Joe. JOE. Ah... o Joe.

- E-eu n-não se-sei. – respondi gaguejando.

- Achei que estávamos progredindo – disse ele gargalhando – você não gaguejou por um bom tempo. Bem, reconsidere minha proposta. Eu acho realmente que vale a pena, garota.

Ele ajeitou seus óculos, e sorriu contente com seus dentes aparelhádicos.

- Posso ir... quando... quando quiser?

- É claro! – ele falou animado - Howen iria adorar ter mais uma aprendiz á deusa na nossa academia.

- Vou ter de falar com meus amigos ainda. – engoli em seco, tentando não mastigar minhas belas e lindas unhas.

- Arn... – complementou não muito feliz – Eu... iria... hãn... pedia á você para não comentar com eles... – ele respirou. – Já devem estar desfalcados com a perda de seus amigos Denny e Brady, para o submundo...

Wait. Brady e Denny?!

- Hã? – engasguei. – Eu ouvi direito?

- Oh, Hermes! Você não sabia?! – ele me fitou estupefata. – Seus diretores daqui são tão... chatos! Eles esconderam isto de vocês?! Eles são seus amigos!

- De que, Hades, está falando?

- Vamos começar... do início. – ele se respirou, se acalmando – Todos os deuses, escolhem alguns aprendizes. Hades escolhe os Lordes do Submundo. São três na verdade, mas ele ainda não encontrou um terceiro aprendiz... com as capacidades malignas que ele procura. Denny Morish e Brady Monkeer estão no trono dos aprendizes de Hades. Jurava que sabiam disso...

- Aqui, as notícias demoram séculos para chegar. – bufei, ainda tensa com a notícia.

Caminhamos para o prédio do meu – e de Joe – dormitório.

- Eu espero que ainda reconsidere meu convite. – ele disse – vou ficar aqui até a “guerra” – ele fez as aspas com os dedos e fez um muxoxo. – Muito provavelmente, vou guiar metade dos calouros para as bases de seguranças. Pense enquanto isso e... não comente com ninguém.

Engoli em seco. – Eu prometo que vou pensar. – assenti, não me sentindo nada Claire Bennett.

- Meu dormitório é nesse prédio... – olhou uma chave com as inscrições: A-167.

- Prédio dos segundanistas... Yeeep, faz sentido. Tem um moooonte de segundanistas em missão.

- Benny. – uma voz que lembrava vagamente meu adorável-cachorrinho-feliz-Joe soou nas minhas costas.

- Estou indo, Claire. Pense bem no meu convite. Vale muito á pena. – Cedric sorriu e seus dentes metálicos brilharam contra as luzes dos postes das ruas, e seu corpo alto e não demasiadamente musculoso caminhou para o prédio dos segundanistas.

- Quem é ele? – perguntou sombriamente, um Joe com a expressão pesada e dura.

- Ah... oi. – respondi meio sem graça. – É... é... ele é um amigo.

Joe pegou meu braço perfeito – não muito amigavelmente – e me arrastou escadas á cima.

- Passou a tarde toda com esse cara?! Eu tenho cara de idiota? – grasnou furioso, batendo a porta do dormitório.

Franzi o cenho para ele, com ceticismo. ELE POR ACASO ESTAVA GRITANDO COM CLAIRE BENNETT? ESTAVA MESMO?!

- Não, seu idiota. Eu não passei. MAS E SEU EU TIVESSE PASSADO?! O QUE VOCÊ TEM COM ISSO?

- O QUE EU TENHO COM ISSO? EU SOU SÓ SEU NAMORADO! – rugiu ele.

- Não acredito que está fazendo isso Joe!  Faço o que eu bem entendo, não preciso de permissão de ninguém! E... ELE É MEUAMIGO, SEU IDIOTA!

Ele olhou mais brando para mim e sorriu. Mas aquilo tinha me irritado profundamente. Eu não o perdoaria... não tão cedo.

- Desculpe nanica... Eu só estava... um pouco... cheio de ciúme!

- Eu percebi, idiota. – grasnei. – Não imagino por que...

- Sabe o quando é linda, Benny?! Como não ficar com ciúmes de você!

- Acha que isso é certo?! Desconfiar de mim? Eu jamais ficaria com outro cara, estando com você! Eu posso ser maníaca, psicótica e perfeita, mas jamais uma vadia!

- Como era para eu agir? – ele começou a berrar de novo – Não sou eu que tenho duas garotas atrás de mim, todo o tempo!

- Eu não gosto deles! Você sabe muito bem disto! – respondi cheia de fúria.

- E o que ele estava dizendo á você, hã? “Estou indo, Claire. Pense bem no meu convite. Vale muito á pena”... – ele grasnou malvado.

- Eu quero arrebentar sua cara agora. – gritei estridente. – Eu te... odeio!

Peguei meu Hyperion de cima da cama – com a expressão aterrorizada – e saí do quarto batendo os pés.

Cheguei á porta vizinha com as inscrições:

“Gianther & Frenética”

Bati na porta e Melanie a abriu, com um saco de gelo na cabeça.

- HOMENS SÃO TÃO IDIOTAS! – sem mais palavras, ela abriu a porta e comecei a desabafar.


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